14 de março de 2011

Pensamentos soltos

Existe um ditado moderno que diz: “enquanto não acho a pessoa certa, vou me divertindo com as erradas”, e refletindo um pouco sobre isso cheguei a uma pergunta que se faz necessária: Existe mesmo a pessoa certa?
Os tempos são outros. O modo de se relacionar se tornou banal e efêmero, não há mais aquela avidez em conhecer uma pessoa à fundo, e o ser humano passou a se tornar cada vez mais descartável um para o outro. Os diálogos foram reduzidos aos 140 toques do Twitter e olhe lá se for tanto assim!
Esse texto não é uma crítica às redes sociais, de forma alguma. Fazendo isso, eu estaria como se diz, remando contra a maré. É notório que as redes sociais bem como elas foram criadas, tem servido para muitas pessoas como um alento na solidão cotidiana, e dando aquela falsa esperança de “companhia”, de que se tem alguém para se trocar uma ideia. A frieza do computador, daqueles bate-papos descontraídos das antigas salas ou mesmo do MSN foi substituída e reaquecida por fotos, vídeos e links que você pode compartilhar com os amigos que o “seguem” a qualquer momento e de qualquer lugar. Essas postagens dão vazão a “curtições”, comentários ou mesmo “cutucadas”, e criam aquela sensação de bem estar: “ah, estou sendo comentado. Todos me amam”. Isso quando a pessoa não é aquele tipo autista preso em seu próprio mundo e que pouco liga para o que os demais postam ou pensam. O que interessa é o que eu penso, dizem eles.
Voltando ao raciocínio que me fez sentar diante do computador para redigir esse texto. Penso que o relacionamento entre as pessoas está se tornando frio e distante assim como o é na internet e nas redes sociais. Não são todos que se preocupam com o calor humano, com a presença física de alguém querido e que tampouco se importam em conhecer pessoas novas para aumentar seu círculo social. Esses indivíduos, se o fazem, não se interessam pelo que se tem a dizer ou pelo que se pensa. É como se ninguém mais tivesse paciência de conhecer alguém a fundo, de fazer amizade ou de se relacionar seja lá como for. Como se tudo não pudesse mais sair da superficialidade, como se conteúdo não importasse mais.
Os relacionamentos amorosos atuais duram cada vez menos exatamente por essa “ansiedade crônica” que aflige o ser humano. O que é bom hoje amanhã já está gasto, assim como um celular ou um computador, e me soa meio absurdo imaginar um relacionamento íntimo dessa forma fria. Nós não somos máquinas. Não entramos em desuso depois de certo tempo (meu celular só tem 2 anos e vocês nem imaginam como ele está obsoleto!), nós temos sentimentos, possuímos coração e ele é alimentado por emoções e não por gigabytes de memória.
Os casais se juntam na avidez por atenção, às vezes na carência física (e vocês sabem do que estou falando), mas as relações não duram porque seja um ou outro está sempre querendo mais depois de certo tempo. “Estou com a Maria, mas como a Ana é gostosa, hein?”. Não há mais o apego. Você se dá para uma pessoa, cria uma expectativa em volta daquela relação e você é descartado tal qual um Ipad 1, que já virou entulho com o lançamento do Ipad 2. A tecnologia é necessária em nossas vidas hoje, mas não devemos levar nossa vida como se ela fosse uma corrida em busca do mais novo lançamento. Onde foi parar o sentimento? Onde o amor entra nessa história toda?
Cometemos vários erros ao longo de nossas vidas, e devemos ter humildade suficiente para reconhece-los e aprender com eles. Um relacionamento que não deu certo não pode servir como único parâmetro para os demais, caso contrário seria melhor desistir. É aí que volto à pergunta do início do post. Existe mesmo a pessoa certa?
O que não deu certo com a última funcionará com a próxima? Se eu consertar os erros cometidos e evita-los no futuro dará resultado ou isso só servirá para criar um novo ciclo de erros que resultarão em novos desentendimentos? E se eu achar o próximo “amor da minha vida” quanto tempo durará para que meu software se torne ultrapassado e ela ache um “amor 2.0”?
A superficialidade dos dias atuais tem me preocupado a ponto de não acreditar plenamente que ainda exista essa de “pessoa certa”. Talvez a pessoa certa seja aquela que te faz bem, cujo sorriso aquece seu coração e cujo abraço te faz esquecer dos problemas, mas somente pelo “eterno enquanto dure”. Talvez a pessoa certa não deva te acompanhar até que a morte os separe e sim enquanto durar o calor daquele aconchego. Quem sou eu para saber? De qualquer forma fica meu apelo aos ansiosos por novas aventuras: Dê valor a quem você ama. Faça cada momento valer a pena e que esses momentos durem o tempo necessário para se tornarem inesquecíveis e não temporários quanto os dados numa memória RAM.

"Eu sei que você sabe que nós tivemos alguns bons momentos,

Agora eles têm seus próprios caminhos a seguir

Eu posso te prometer amanhã

Mas eu não posso comprar de volta o ontem"

E assim as palavras se perdem com o vento na efemeridade das relações.

NAMASTE!

3 comentários:

  1. Cara é bem o q estou passando, tenho quase 40 anos passei por casamento e outros relacionamentos, até que surgiu a pessoa q me ensinou coisas maravilhosas. Respeitar a relação, ser companheiro, amigo, amante, FIEL, pensei estou em paz. Há algum tempo ela me traiu... Amigos é uma dor insuportável ainda mais de quem tanto me ensinou...Sabe o q tirei de lição? Tenho dó dela, não acredita no que diz, o discurso não condiz com a palavra, pobre ser. A regra é simples... Faço a todos o que gostaria pra mim... se não fizerem não sou eu q vou mudar, são eles q estão doentes. E não perco a esperança de encontrar a minha amada, que seja companheira, amiga, amante e dama e sim porque não fiel a mim. Lembrando que se quero isso eu tenho que ter os mesmos valores. Não posso desistir, não sou uma ilha, tenho que ter a minha companheira para trocarmos energia. Abraço. firstshadowrun@gmail.com

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  2. Ótimo desabafo.
    Sintetizou de forma simples o que eu tentei expressar no post.
    Boa sorte pra nós!!

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  3. “enquanto não acho a pessoa certa, vou me divertindo com as erradas”

    Mulheres promiscuas vagabundas que rodam com cafajestes dos 15 aos 30 anos pensam assim, pra depois arranjar um provedor que sustente o resto de todos.
    Enfim, não tem essa de pessoa certa. Graças ao feminismo, marxismo cultural, esquerdismo, nova ordem mundial, os relacionamentos já eram. Mulheres cada vez mais carreiristas e feministas, egoístas, não sabem fritar um ovo, frias, indiferentes aos homens, imprestáveis pra namoro e casamento. POr outro lado homens cada vez mais imbecis, dominados pela matrix, doutrinados a acreditar que mulheres são especiais e românticas, não sabem lidar com elas, cada vez mais frouxos e chorões, sem virilidade.
    Pra homem, o que resta é achar uma mulher menos pior e menos rodada, e não feminista, não tão corrompida. Pra elas, o que não falta é homem romântico e correto, trabalhador, tão sozinhas por culpa delas mesmas e não o contrário.
    Se eu fosse você criador do post, ia investir no crescimento pessoal, financeiro, isso sim acrescenta de verdade a sua vida. PAre de esperar a princesinha perfeita namoraduxa, não vais achar, desista. Não existe mulher exceção, santa, só existe agora as menos piores no máximo. Mesmo assim, também manipulam, possuem lado obscuro. (Quiser saber mais leia Nessahan Alita, Fórum Homens Honrados, e boa sorte na saída da matrix)

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