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19 de maio de 2015

REVIEW - MAD MAX - ESTRADA DA FÚRIA


Eu sou velho o suficiente para ter visto todos os filmes da franquia Mad Max na TV e ter me tornado fã, assim como quase todo mundo da minha geração é, mas sou uma exceção à regra. E não é que eu não goste de carros envenenados, perseguições alucinantes pelo deserto ou mesmo do protagonista vivido nos três primeiros filmes por Mel Gibson. Eu gosto de TUDO ISSO, mas é que não tive a oportunidade de ver os filmes e nem gostar deles na época.



Trinta anos se passaram desde que A Cúpula do Trovão (um excelente nome para um filme, aliás) estreou no cinema, e após algumas tentativas frustradas de uma retomada da franquia (uma inclusive em 2003, que incluía Mel Gibson no elenco), em 2013 George Miller finalmente conseguiu carta branca da Warner para dar início a um novo projeto envolvendo sua maior criação, um quarto filme de Mad Max, desta vez sem Gibson à frente do papel. E quer saber? Ele conseguiu fazer a melhor aventura de todas!



Pra começar, George Miller é da velha guarda de diretores de cinema que estão acostumados a pensar em suas cenas e executá-las usando efeitos práticos. Você, jovem imberbe, que nasceu numa época em que o filme de maior expressão no cinema era Matrix, o ápice do efeito digital como elemento gráfico e de composição, nem deve mais saber o que são efeitos práticos, mas são objetos, veículos e até mesmo artifícios criados de verdade, à mão, na raça, e não um efeito desenvolvido com a ajuda de um computador. E quase tudo em Estrada da Fúria obedece a esses conceitos, o que o faz ser incrivelmente grandioso.


O que fez de Mad Max uma franquia tão reverenciada pelos fãs ao longo dos anos, além das cenas de ação, foi o clima pós-apocalíptico que pauta toda a história de Max Rockatansky (antes Mel Gibson, agora Tom Hardy), um ex-policial que viu seu mundo ruir quando uma gangue de motoqueiros assassinou sua família, tornando-o um nômade errante a vagar sozinho pela Austrália em busca de paz. Em meio a um mundo caótico pós-guerra, ele tenta sobreviver enquanto uma luta frenética por água e combustível se faz necessária em meio ao deserto, fazendo com que um tirano enlouquecido após outro se declare responsável pela manutenção desse caos.


No novo filme, Max é capturado pelos homens do ditador da vez, o terrível Immortan Joe (Hugh Keays-Birne), um homem que não é visto por seus seguidores apenas como um líder, mas sim a reencarnação de um messias. Sendo usado como uma “bolsa de sangue” por um desses seguidores, o “Garoto da Guerra” Nux (Nicholas Hoult), Max acaba entrando a contragosto bem no meio do entrevero entre Immortan e sua anteriormente segunda comandante, a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron). 


Cansada dos mandos e desmandos do tirano Immortan, a Furiosa decide desviar-se de seu caminho tortuoso, levando consigo as “parideiras” de Joe, a bordo de seu caminhão “amamentador”, rumo a seu antigo lar, local que a moça acredita ser o último refúgio da Terra.


No meio do caminho, os objetivos de Furiosa e Max acabam se nivelando, e ele decide ajudá-la a acabar com a tirania de Immortan bem como fazer com que ela chegue em segurança até seu lar. É o que acontece no filme nesse meio tempo que o faz se tornar um dos Blockbusters mais bem realizados do ano, deixando o espectador na ponta da poltrona quase que o tempo todo, aflito pelo que vai acontecer na próxima cena de ação.
Todo o conjunto do filme o faz ser grande. 


Charlize Theron, Nicholas Hoult, Zoe Kravitz (Toast) e até mesmo Tom Hardy com suas poucas falam, mas diversas expressões e gestos, estão muito bem em cena. As interpretações não chegam a ser viscerais, mas nos mostram exatamente o sentimento que cada personagem está representando. A meu ver, Theron e Hoult se destacam nesse quesito, cativando o público ao longo da história apesar de começarem o filme do “lado negro da Força”. O desfecho de ambos os personagens na história é bem emocionante, sinal de que eles fizeram com que a gente se importasse verdadeiramente com eles.


Pra quem gosta de carros, motores, máquinas de locomoção em geral, perseguições, choques alucinantes e explosões, o filme é um deleite. Há todo tipo de veículo motorizado em cena, e o cenário desértico da Austrália só contribui para que essas máquinas possam ser vistas e reverenciadas. 


A história não só faz jus ao que já conhecíamos dos antigos Mad Max, como acrescenta elementos que só agregam valor a história, nos fazendo acreditar que a humanidade realmente chegou a seu limite. 


E não piraríamos todos nós se nos faltasse o elemento básico da vida, a água? E não nos tornaríamos também loucos insanos em busca de uma gota que fosse de combustível para abastecer nossos veículos? Claro que George Miller eleva essa insanidade à décima potência, nos colocando num freak-show perturbador (algo que me incomodou nos primeiros vinte minutos de filme) desde o começo da história. Aquilo que nos é estranho nos causa um certo distanciamento, é comum do ser humano. As pessoas deformadas, atrofiadas e mutiladas criam um ar meio desesperador a história, mas todos esses elementos fazem parte dos artifícios que Miller tem em mãos para compor sua história, e ela é perfeita dentro de suas imperfeições.


Mad Max – Estrada da Fúria arrecadou mais de R$ 10,2 Milhões em seu primeiro final de semana de lançamento no Brasil, atraindo mais de 600 mil pessoas ao cinema. O trailer veiculado semanas antes de seu lançamento deve ter convencido muita gente a ver o filme, os demais, foram atraídos pela fama e pelo poder incutido no nome Mad Max


A saga da Imperatriz Furiosa em tirar as jovens noivas do cárcere do Immortan Joe causou uma curiosa “revolta” na comunidade dos ativistas pelos direitos do homem, um grupo de “machões” que se sentem ameaçados pela força que a personagem apresenta no filme inteiro, deixando inclusive aquele que deveria ser o protagonista à margem disso. Para eles, Estrada da Fúria é um filme feminista, que tira o foco de um personagem masculino em detrimento das vontades de uma mulher.


A quem viu o filme como uma propaganda feminista em vez de um excelente Blockbuster de ação vertiginosa, com atuações impactantes e com cenas inesquecíveis... Fica apenas uma dica: VAI TRANSAR! Sério, cara! Você está precisando!


Ps.: A trilha sonora de Mad Max - Estrada da Fúria faz jus ao climão do filme. Composta por Tom Holkenborg, o som da orquestra por vezes se iguala a grandes clássicos do cinema, acompanhando o ritmo alucinante do filme. Vale a pena ouvir. Parte dela está disponível no Youtube, e os assinantes do Spotify também podem conferir. 

NOTA: 9

NAMASTE!

11 de março de 2023

The Walking Dead temporada 5 feat. The Last Of Us

The Walking Dead 5 Temporada


Por conta do sucesso da série The Last Of Us na HBO e pela espera de uma semana entre um episódio e outro, eu decidi deixar o meu ranço de lado para VOLTAR a assistir The Walking Dead, aproveitando o hype da temática apocalipse zumbi. 

Olha só, vejam vocês!

Eu tinha largado de mão a série da finada Fox por conta da exaustão do tema em si. Quando chegou na quinta temporada, não dava mais para ver nos episódios aquela chama que me fazia assistir com grande interesse todos os domingos a série baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman e, por conta disso, parei de acompanhar.

Ironicamente, agora que voltei a assistir religiosamente aos episódios do ponto de onde parei, não é raro me pegar comparando as duas produções — TWD e TLOU — e apontando aquilo que me deixa mais satisfeito — como espectador — em cada uma delas.

As semelhanças, aliás, são várias, mas a disparidade de qualidade entre uma e outra é gritante.

Enquanto falo da quinta temporada de The Walking Dead, farei alguns paralelos entre ela e The Last Of Us.

Sigam-me os bons!

O Terminal

O primeiro episódio da quinta temporada começa exatamente de onde a anterior acabou com os sobreviventes do grupo de Rick Grimes (Andrew Lincoln) se reencontrando no Terminal, lugar que é alardeado como um oásis de salvação no mundo agora povoado pelos “walkers”.

nua pelada bucetinha gostosa delícia xoxota


Tendo aprendido a lição com a falsa receptividade e acolhimento de Woodbury — a cidade criada e dominada pelo Governador (David Morrissey) —, Rick, Michonne (Danai Gurira), Carl (Chandler Riggs) e Daryl (Norman Reedus) decidem inspecionar o local envolto em muros antes de aceitar fazer parte da tal comunidade “paz e amor”.

Ao darem a volta no conjunto de residências e surpreender alguns de seus moradores, Rick logo percebe que há algo de errado com aquelas pessoas e que, além disso, os seus amigos estão correndo risco de morte.

Separados após a debandagem causada pelo ataque brutal do Governador à prisão que eles vinham usando como lar há bastante tempo, os sobreviventes seguem caminhos distintos ao longo da estrada e chegam em momentos diferentes ao Terminal. 

Assim, quando Rick e seu grupo alcançam o local, Glenn (Steven Yeun), Maggie (Lauren Cohan) e Sasha (Sonequa Martin-Green) já foram capturados e estão presos em um contêiner junto dos novos personagens com quem toparam no caminho: Abraham (Michael Cudlitz), Rosita (Christian Serratos) e Eugene (Josh McDermitt).

The Walking Dead 5 Temporada
Os novos integrantes da série, Abraham, Rosita e Eugene


Desarmados e à mercê dos soldados de Gareth (Andrew J. West), o comandante local, Rick e seus amigos não demoram a perceber que a tal comunidade pacífica não passa de uma armadilha para atrair mais pessoas a fim de alimentar os moradores locais.

Pois é.

Gareth e seus colegas são canibais e se alimentam das pessoas que chegam ao Terminal à procura de abrigo e proteção contra os zumbis.

O episódio “When We Are in Need” de The Last Of Us nos apresenta a uma comunidade muito parecida a essa do Terminal de The Walking Dead que também é formada por caçadores que atraem outras pessoas a fim de usá-las como alimento. Na escassez de comida e de recursos mais básicos, os dois grupos se veem tendo que avançar a última linha que os separam da barbárie e passam a comer — literalmente — outras pessoas.

The Walking Dead e The Last of us
Canibais nos dois universos das séries


Num mundo pós-apocalíptico em que os recursos para subsistência são escassos — para não dizer quase inexistentes —, o que nós, como seres humanos, seríamos capazes de fazer para sobreviver?

É um questionamento que ambas as produções levantam e, cada uma com seus argumentos, nos convence a refletir sobre o assunto.

O massacre na igreja

Após serem salvos por Carol (Melissa McBride), Rick e seus amigos voltam a cair na estrada — depois de queimar quase que completamente o Terminal — e se deparam com Gabriel (Seth Gilliam), um padre solitário sem seu rebanho que os vinha espreitando pelo caminho.

The Walking Dead 5 Temporada
O Padre Gabriel na série e nas HQs


Apesar de toda a desconfiança que a figura do religioso acaba inspirando no grupo, eles aceitam segui-lo até a igreja, onde o homem ainda retém um pouco de comida e um teto onde eles podem se abrigar sob.

Ainda com a ideia fixa de seguir viagem rumo a Washington, onde, segundo o problemático Eugene, o Governo americano ainda mantém uma base de onde se pode fazer pesquisas para a cura do Z-Vírus, o esquentado ex-militar Abraham causa uma cisão no grupo, forçando Rick a tomar uma decisão a respeito do destino deles agora que a farsa do Terminal foi desmantelada.

Nesse ínterim, Daryl encontra uma pista que pode conduzi-lo à Beth (Emily Kinney) — que foi sequestrada enquanto os dois lutavam contra zumbis isolados do restante do grupo — e o arqueiro parte com Carol em busca da irmã de Maggie.

Sempre deixando rastros atrás de si e, aparentemente, não tendo aprendido nada com a retaliação do Governador à prisão, Rick é encurralado pelos homens que ele deixou para trás ao queimar o Terminal e que ressurgem em busca de vingança.

Após armar uma situação a fim de atrair o grupo de Gareth para dentro da igreja onde Carl, Gabriel, Bob (Lawrence Gilliard Jr.) e a pequena Judith — a filha de Rick e Lori —estão escondidos, Rick é quem acaba emboscando os sobreviventes do Terminal e dá cabo dos homens de maneira um tanto quanto violenta desta vez.

O hospital

Depois de se livrar do perigo representado por Gareth, Glenn, Maggie e Tara (Alanna Masterson) decidem acompanhar Abraham e Rosita até Washington em busca da cura que, aparentemente, apenas Eugene sabe da existência.

Enquanto isso, Rick, Michonne e os outros decidem ficar na igreja a fim de esperar pelo retorno de Daryl e Carol, que ainda estão na pista de Beth.

Sem que o grupo na igreja soubesse, a filha mais nova do velho Hershel Greene acabou sendo levada para um hospital onde, após se recuperar dos seus ferimentos, passou a trabalhar como enfermeira, sob o comando firme de uma policial chamada Dawn (Christine Woods) e de um cirurgião chamado Steven (Erik Jensen) que salva pessoas em situação crítica que são levadas para o local pelos demais policiais recrutados por Dawn em patrulha pela cidade (entre eles Bob Lamson, interpretado por Maximiliano Hernández, o agente da Hidra Sitwell de Capitão América - O Soldado Invernal).

Apesar de parecer um local seguro, Beth logo descobre que está presa junto daquelas pessoas perigosas e que toda a comida que come é paga pelos seus serviços. Em meio aos corredores do hospital, ela acaba conhecendo o garoto Noah (Tyler James Williams, o Chris, de Todo Mundo Odeia o Chris) e juntos eles começam a arquitetar um plano de fuga.

The Walking Dead 5 Temporada
O Chris, deixado pra trás pela Rochelle e pelo Julius


Sendo ameaçada por um dos policiais e sofrendo os maus-tratos da policial no cargo de chefia, Beth consegue fugir com Noah, mas logo é recapturada. Enquanto o garoto escapa e acaba se encontrando com Daryl e Carol do lado de fora, Beth se vê cada vez mais ameaçada dentro do hospital e as coisas só pioram quando a própria Carol é levada para um dos leitos após ter sido atropelada.

Quando Daryl aciona Rick, eles decidem capturar dois dos soldados de Dawn a fim de barganhar pelas vidas de Beth e Carol, porém, na hora da troca, um acidente acaba ceifando a vida da jovem irmã de Maggie e temos aí um dos episódios mais chocantes e tristes da quinta temporada.

Mano, eu achei que TWD não podia me emocionar mais desse jeito, mas quando o Daryl sai do hospital carregando o corpo da Beth, foi difícil segurar as lágrimas!

The Walking Dead 5 Temporada
O triste destino de Beth


Eugene e a farsa

Enquanto isso, o ônibus da igreja que conduz o grupo de Abraham pela estrada rumo a Washington capota e logo nós somos apresentados à informação — que não surpreende ninguém — de que Eugene NÃO TEM informação privilegiada alguma a respeito de cura e que ele nem mesmo é um cientista de verdade.

Largados no meio do caminho e agora sem rumo, Maggie, Rosita e Glenn são forçados a enfrentar um enraivecido Abraham que não só nocauteia Eugene como também entra em um acesso de fúria por ser agora um homem sem uma missão a cumprir.

Em flashback, é mostrado o passado violento do ex-militar no início da “pandemia”, e nos é revelado que foi em um de seus acessos de raiva que ele acabou ocasionando a morte da sua esposa e dos próprios filhos. Logo depois disso, antes que ele cometesse suicídio, Abraham encontra o Eugene que, com o papo de “cientista salvador”, acaba convencendo o ruivo a ajudá-lo a chegar até Washington.

Adeus, Tyreese

Outro dos episódios mais pesados da temporada ocorre logo após a morte de Beth e é quando aprendemos um pouco mais sobre a máxima “Peter Parkiana” de que “com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”.

Em uma missão para levar Noah de volta para casa, honrando um último desejo de Beth, Rick, Michonne e Tyreese (Chad Coleman) aceitam escoltar o garoto até um bairro antes tranquilo onde ele espera reencontrar a mãe e os dois irmãos mais novos.

The Walking Dead 5 Temporada
Tyreese


Quando chegam ao local, no entanto, assim como boa parte do mundo, o condomínio está tomado pelos zumbis e a família de Noah está morta.

Enquanto inspeciona a casa que era do Chris Noah, Tyreese começa a ser infernizado por “fantasmas” das pessoas que morreram recentemente perto dele e que parecem, de alguma forma, estarem ali para lhe passar um recado.

São as figuras do Governador e de um dos capangas de Gareth, no entanto, que mais mexem com a sua mente, já que ambos o fazem lembrar das consequências geradas pela sua clemência para com os inimigos. O capanga havia ameaçado matar a bebê Judith ainda durante os eventos do Terminal e, apesar disso, Tyreese se recusou a matá-lo. Dias depois, esse mesmo capanga retornou com Gareth na emboscada dentro da igreja e isso custou a vida de Bob, de quem os canibais já haviam arrancado uma perna.

Em meio a esses devaneios, Tyreese acaba sendo atacado por um dos irmãos de Noah e tem o braço mordido. Apesar da rápida ação de Rick e Michonne em lhe amputar o membro superior, o grandalhão acaba não resistindo aos ferimentos e parte enxergando as figuras de Beth, Bob e das meninas Lizzie (Brighton Sharbino) e Mika (Kyla Kenedy) — a quem ele e Carol tiveram que sacrificar pela segurança de Judith anteriormente — prontos para conduzi-lo ao infinito e além.

Dois episódios carregados de emoção logo na sequência provando que, apesar do início de temporada fraco e dos argumentos ruins, a série ainda tem a força emocional de antes.   

De volta à estrada

Com o fim da ilusão de que há um lugar seguro em Washington e que é possível encontrar a cura, os sobreviventes voltam a cair na estrada. Porém, agora sem recursos para se manter em pé e sem um teto sobre suas cabeças, eles improvisam um antigo estábulo como esconderijo, quando então são obrigados a enfrentar uma tempestade.

Após sobreviveram a mais esse percalço, Rick e o seu agora ainda maior grupo são abordados por Aaron (Ross Marquand), um rapaz, aparentemente, inofensivo que lhes oferece uma chance de se salvar. Segundo ele, há uma nova comunidade formada a alguns quilômetros de onde eles se encontram e que está aceitando novos membros.

The Walking Dead 5 Temporada
Ross Marquand como Aaron


Enquanto interroga o cara e o força a dar mais informações, Rick descobre que Aaron e o seu parceiro os estiveram vigiando desde a estrada e que esse método faz parte do recrutamento da tal comunidade para novos membros. Afinal, não é qualquer um que merece ser convidado para além dos muros da sua “cidade feliz”.

Bem-vindos a Alexandria

Rick e seu bando são aceitos por Deanna Monroe (Tovah Feldshuh), a mulher que comanda a comunidade conhecida como "Alexandria". Arisco e ainda sofrendo dos traumas causados pelo Terminal — onde ele e seus amigos quase foram servidos num banquete de canibais —, Rick aceita a estadia por ora, enquanto coloca aquilo que agora chama de sua família para espreitar a tal comunidade.

The Walking Dead 5 Temporada


Numa dessas inspeções, Deanna acaba comparando aquilo que eles organizaram por ali como “Comunismo” e é aí que encontramos outro paralelo com The Last Of Us.

No episódio 6, chamado “Kin”, Joel (Pedro Pascal) na companhia de Ellie (Bella Ramsey), enfim, consegue encontrar o seu irmão desaparecido e ele está estabelecido em uma comunidade muito parecida com a que vimos em Alexandria de TWD. Num certo momento do episódio, a personagem Maria (Rutina Wesley) compara a organização que eles têm por ali como um sistema “Comunista” e, para quem estava acompanhando as duas séries ao mesmo tempo, é impossível não fazer esses paralelos de diálogos entre ambas.

The Last Of Us Comunismo

The Last Of Us comunismo
"Vai pra Cuba, comunista!"


É preciso então um apocalipse zumbi para que tenhamos a certeza de que o capitalismo, afinal, não funciona? Ora só, vejam vocês!

The Walking Dead 5 Temporada


Em TWD, apesar de agora terem casa, água quente, eletricidade, muros altos que rechaçam os zumbis e uma aparente segurança que há muito tempo eles não encontravam, Rick e a sua família não parecem satisfeitos com aquela tranquilidade e começam a planejar tomar o lugar, julgando que Deanna não merece o que foi construído ali.

Os entreveros entre os dois grupos não demoram a acontecer e, enquanto Glenn acaba sendo vítima de uma emboscada armada pelo irmão mais velho do Rafael Portugal, Nicholas (Michael Traynor), é Noah quem acaba pagando com a própria vida.

The Walking Dead 5 Temporada


Além dos muros de Alexandria, Rick acaba ficando atraído pela prestatividade de Jessie (Alexandra Breckenridge) e, enquanto começamos a duvidar da idoneidade do nosso “herói” achando que ele vai começar a dar em cima de uma mulher casada, é Carol quem descobre a cruel realidade oculta dentro da casa da loira: Ela é agredida pelo marido Pete (Corey Brill) quase que diariamente e isso causa uma instabilidade emocional em seu filho mais jovem, Sam, que acaba se apegando a Carol no processo.

The Walking Dead 5 Temporada
Rick e Jessie se aproximam


Vale lembrar que esse tema é bastante sensível para Carol, que desde o começo da série era vítima de um marido violento que ameaçava, inclusive, abusar da própria filha Sophia. Quando ela vê a mesma coisa acontecendo com Jessie, rapidamente ela aciona Rick e o manda tomar uma providência quanto ao médico Pete.

Com o pavio aceso, não demora para a casa cair dentro de Alexandria. Enquanto os planos de tomada de Rick são descobertos, Deanna fica entre a cruz e a espada ao se ver forçada a tomar uma atitude quanto ao grupo de Grimes: Expulsá-los para garantir a paz de seus moradores e perder a expertise militar que eles conferem à comunidade ou aceitá-los e ver ruir a civilização que ela tão bem conseguiu construir ao longo de todo aquele tempo?

The Walking Dead 5 Temporada
Deanna peitando Rick


Assim como em The Last Of Us, nós aprendemos em The Walking Dead, em sua quinta temporada, que em um mundo infestado por zumbis as maiores ameaças aos sobreviventes vêm das próprias pessoas e não dos infectados. Nas duas séries os zumbis passam a ser apenas o pano de fundo de uma busca por sobrevivência que depende muito mais de saber se proteger dos seres humanos pensantes do que daqueles que já foram dessa para uma melhor e que andam por aí a esmo em busca de carne fresca.

The Last Of Us está disponível na HBO Max (enquanto ainda tem esse nome) e as 11 temporadas de The Walking Dead podem ser maratonadas pela Netflix.


Review da Primeira Temporada de The Walkind Dead

Review da Segunda Temporada de The Walking Dead 

Review da Terceira Temporada de The Walking Dead (PARTE 1)

Review da Terceira Temporada de The Walking Dead (PARTE 2)

Review da Quarta Temporada de The Walking Dead

Review extra


NAMASTE!

22 de março de 2019

REVIEW – CAPITÃ MARVEL, MAIS ALTO, MAIS LONGE, MAIS RÁPIDO!



Capitã Marvel é o 21º filme da Marvel Studios, e o primeiro deles protagonizado por uma personagem feminina. Dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck, hoje, enquanto escrevo esse post, o filme já rendeu algo próximo da casa dos US$ 900 milhões em bilheteria, e deve se juntar aos outros quatro filmes da Marvel que alcançaram US$ 1 bilhão, Pantera Negra, Vingadores - A Era de Ultron, Capitão América - Guerra Civil e Vingadores - Guerra Infinita.


Em primeiro lugar é preciso dizer que há cinco ou seis anos a gente não esperava ver um filme encabeçado pela Capitã Marvel nos cinemas, ou que qualquer um desses personagens cósmicos sequer pudesse ter alguma chance de estrelar (hãn, hãn!) uma história solo. Eu já tinha elencado a Capitã (ou Major, pra dizer a patente certa) Carol Danvers como uma das minhas vingadoras favoritas em alguns posts do Blog, e a personagem cresceu bastante nos quadrinhos nas últimas décadas, após um ostracismo gigantesco em que ficou lá pelos anos 90. Aqui eu a elenquei nos 10 maiores Vingadores de todos os tempos e aqui eu escrevi um pouco sobre minha expectativa para ver Capitã Marvel nos cinemas, tudo isso para justificar que ela já merecia SIM um lugar ao sol no Panteão dos principais personagens da Marvel nos cinemas há bastante tempo.


Anna Boden e Ryan Fleck não tinham a experiência cinematográfica necessária para assumirem a direção de um barco tão grande quanto Capitã Marvel, filme que diferente dos demais, precisava dar certo por tudo que representaria dali para frente, porém, eles aceitaram o desafio, e hoje o filme tem sido aclamado pelo público. Era a primeira vez que o estúdio apostava em uma personagem feminina para chamar o filme de SEU, e por essa simples questão, o projeto já começava a ser desenvolvido envolto de preconceito, machismo e desconfiança. Homens brancos e heterossexuais já estão acostumados há muito tempo de se verem representados nas séries de TV, nos games e na tela grande do cinema, é muito comum que eles estranhem ou se incomodem com aquilo que saia desse padrão já tão fixado na mente de todas as pessoas, o que acaba gerando bravatas infelizes como “filmes protagonizados por mulheres são um lixo”, “filmes com heroínas não dão dinheiro”, “filmes de ação com mulher não prestam”. Eu particularmente conheci colegas que nunca tinham visto Kill Bill, filme protagonizado por Uma Thurman e dirigido por Quentin Tarantino, só porque tinha uma mulher segurando uma katana no poster, e quem nunca ouviu falar que Mad Max – A Estrada da Fúriaera uma porcaria” só porque o personagem título era quase suplantado pela Imperatriz Furiosa ao longo da história?


Capitã Marvel sofreu muitos ataques mesmo antes de ser lançado (Rotten Tomatoes recebeu críticas negativas do filme ANTES de sua estreia!), tudo porque tinha uma mulher como protagonista. As pessoas nem sequer conheciam o teor da história, a qualidade do roteiro ou dos efeitos visuais, mas já podiam reclamar que “a verdadeira Capitã Marvel tem mais corpo que a Brie Larson” ou que a atriz não sorri em nenhuma foto promocional do filme. Cá entre nós, em uma roda de amigos héteros (e até entre mulheres TAMBÉM) quem nunca reclamou que à Mulher Maravilha da Gal Gadot faltava um pouco de curvas ou porte físico? Brie Larson, a mirradinha Natalie V. Adams de Scott Pilgrim (o filme) foi a escolhida para viver uma das personagens mais corpulentas da Marvel, e embora a nossa visão de mulher-objeto, sexy, corpuda e gostosa não se aplique em quase nada a atriz, vendo o filme, nós entendemos que NADA DISSO faz qualquer falta, assim como não fez a Gal Gadot no filme da concorrente. 


Até mesmo o padrão estético dos quadrinhos vem mudando ultimamente, visto que a Carol Danvers já não usa mais um maiô apertadinho em 2019, e a tendência é que os cinemas (que atinge um público INFINITAMENTE maior que das HQs) e suas adaptações saibam levar isso em consideração. Sem fazer pose sexy, sem mostrar o corpo desnecessariamente, precisar ser a mocinha em perigo ou depender de um par romântico, Capitã Marvel deve ter orgulhado um punhado considerável de mulheres pelo mundo afora, só mostrando o quanto ela é FODA.


Mas Rodman, e o filme? Vai acabar com esse papinho feminista quando, e começar a falar do filme, seu arrombado?

O filme da Marvel tem um significado muito grande para as mulheres assim como Pantera Negra acabou funcionando muito bem para as pessoas negras e mestiças. A representatividade é algo que nós, homens brancos e heterossexuais, não entendemos muito bem, mas que quando se tem um pouco de empatia, somos capazes de sair da bolha em que vivemos. Dito isso, e apesar de tudo que ele representa, não dá pra dizer que Capitã Marvel é um filme perfeito. Até porque não é.


Os diretores erram a mão em vários momentos quando o quesito ação precisa ser desenrolado, e talvez pela falta de experiência na área, os combates corpo a corpo ou cenas de perseguição (de carro ou de naves espaciais) deixam a desejar visualmente. O filme inteiro não tem UMA CENA memorável de ação (algo que reclamei em Pantera Negra também, em especial sobre o final do filme), nem mesmo pra gente sair com aquele sorrisão no rosto ou para estar dentro do Metrô, a caminho de casa, após a saída do cinema lembrando. As cenas de luta me parecem todas muito genéricas, como se já tivéssemos visto igual em outro lugar, e quando a Capitã precisa entrar em ação, quem entra em seu lugar é sua dublê digital. Ainda na conta dos diretores, cenas impactantes e emocionais também são um ponto negativo, já que não conseguem empolgar como deveriam. Cito de exemplo o reencontro da Carol com sua amiga Maria Rambeau (Lashana Lynch) que deveria ser uma cena carregada de emoção, por uma achar que a outra estava morta POR ANOS, e que na prática, parece só mais uma conversa casual entre duas militares. 


O instante de virada de mesa da Capitã com seus raptores krees, aquele em que pela primeira vez ela libera todo seu potencial energético, também ficou aquém do que o momento necessitava, e foi bem estragado pela cena que já tinha sido exibida nos trailers do filme (o famoso cai e levanta em várias fases da vida da personagem).  

   
Então você achou o filme uma merda, Rodman?

Claro que não! Eu assisti duas temporadas inteiras de Punho de Ferro esperando UMA cena de ação decente sem conseguir ter. Não me chateio fácil assim.

O roteiro, também escrito por Boden e Fleck, não é lá aquela coisa que se possa dizer “Noooossa, que roteiro maravilhoso!”, mas para um filme Marvel serve direitinho, tendo apenas uma grande reviravolta com relação a quem é o verdadeiro vilão do filme. Se você considerar que todos esperavam que houvesse um Capitão Marvel no filme, há duas reviravoltas. Em ambas as situações, o personagem de Jude Law (Yon-Rogg) atua, mas para quem é velho e já leu qualquer coisa sobre o Capitão Marvel nas HQs, saber que ele é vilão não chega a ser nenhuma reviravolta.


Aiiiiinnnn! Eles mudaram a história do meu herói. Eles apagaram o Capitão Marvel do roteiro e colocaram essa rachada horrorosa no lugar! Odeio a Marvel!


Sobre essa reclamação temos alguns pontos a serem discutidos. A surpresa em saber que não existe um Dr. Lawson (a alcunha usada pelo kree Mar-Vell quando veio para Terra servir de espião) e sim uma DOUTORA Lawson na história, é de certa forma positiva, sobretudo para quem entrou no cinema achando que o Jude Law seria esse personagem (eu até creditei Law como “Mar-Vell” em meu post de expectativa). 


No filme, Annette Bening é a primeira Capitã Mar-Vell, uma cientista kree que está na Terra construindo um dispositivo que vai ajudar a população Skrull a encontrar um novo lar, disfarçada como a Dra. Lawson. A mim, skrulls bonzinhos são muito mais surpreendentes em um roteiro do que extinguir um Capitão Mar-Vell e substituí-lo por uma mulher!


Depois que descobrimos que o herói vermelho e azul (da qual ninguém além de nós velhos lembramos) NÃO EXISTE no MCU, acompanhamos a saga do skrull Talos (Ben Mendelsohn) para salvar sua família, enquanto o império kree, liderado em campo por Yon-Rogg (Jude Law), sob o comando da Inteligência Suprema (uma inteligência artificial que no filme não tem uma forma física específica), tenta recuperar o controle sobre Carol Danvers, ao mesmo tempo que pretende descobrir o paradeiro dos skrulls para eliminá-los. 


No filme, a Capitã Danvers é a primeira a tentar salvar a doutora Lawson de um ataque kree, e após disparar contra o dispositivo construído pela alienígena, ela acaba sendo atingida pela radiação da explosão e a absorvendo. Ao perder a memória, logo que ganha suas habilidades super-heróicas, ela acaba recebendo uma transfusão de sangue de Yon-Rogg, e passa seis (ou sete) anos no espaço, lutando contra skrulls ao lado de uma tropa de elite osso duro de roer pega um pega geral e também vai pegar você kree. Como o dispositivo era tudo que interessava a eles, os krees acabam usando Danvers (que é chamada apenas de Vers) como uma espécie de arma secreta, embora eles inibam seu poder total com um aparelho que fica na base de seu pescoço.


Muito se falou sobre a atuação de Brie Larson muito sisuda, mas é total de acordo com o que a personagem exige. Nas HQs Carol Danvers também não vive de sorrisinhos, e no filme, ela tem seus momentos de humor muito bem inseridos na trama, sem ser nada desnecessário. 


Já o Nick Fury rejuvenescido vinte anos de Samuel L. Jackson acaba passando um pouco do ponto do humor, se tornando quase um novo personagem, mais de bem com a vida e alegrão. Tudo isso é facilmente justificado pela inexperiência do agente da SHIELD, que assim como seu parceiro Coulson (Clark Gregg) está muito mais jovem, uma vez que o filme se passa nos anos 90. 


Coulson não acrescenta muito a história, fora estar ali para dizer que ele e Fury têm muitas histórias para contarem juntos, mas outra personagem coadjuvante que rouba a cena é mesmo a Maria Rambeau de Lishana Lynch. Com uma atuação muito pontual, Lynch nos faz acreditar na amizade que há entre sua personagem e a de Larson, e todo o carisma da pequena Monica Rambeau (vivida pela atriz mirim Akira Akbar), sua filha no filme, me fez abrir um sorriso de satisfação na primeira vez que foi mencionada. Eu fiz um post INTEIRO só falando sobre Monica Rambeau e a importância de sua personagem nas HQs, e quando ela apareceu no filme foi um momento de catarse!  

   
Como o skrull infiltrado na SHIELD Talos, Ben Mendelsohn manda muito bem em suas duas fases, como o chefe de Nick Fury e com o rosto atolado de maquiagem verde, já na pele do alienígena. Ninguém esperava que no final das contas os skrulls fossem os refugiados coitadinhos oprimidos nesse filme (quase que anulando uma possível Invasão Secreta no futuro do MCU), mas Mendelsohn conseguiu nos conquistar facilmente, atuando com brilhantismo, apesar dos quilos de látex.


Salvo alguns momentos de “bonecos digitais visíveis de mais” no filme, toda a equipe da ILM está de parabéns, tanto pelo rejuvenescimento facial de Samuel L. Jackson e Clark Gregg para o filme, quanto pela quase perfeição do gato flerken Goose, que alterna muito bem entre o bicho de verdade e o seu sósia digital, sendo quase imperceptível a mudança. Os cenários espaciais, naves e planetas também dão todo um charme especial ao filme, o que prova mais uma vez que a DC perdeu uma chance incrível de sair na frente da Marvel quando fez seu Lanterna Verde. Apenas comparem os dois filmes... Isso. Vai lá. Dá uma olhada em Lanterna Verde e depois volte aqui pra comparar!


Capitã Marvel não é nem de longe um filme nota 10, mas com certeza já deixou uma marca muito importante no hall dos filmes sobre representatividade feminina. A personagem ao final da história mostra porque é considerada a mais poderosa do MCU dando cabo SOZINHA de uma frota kree, e em seu filme de origem já nos fez gostar imensamente dela. Uma das cenas pós-crédito mostra (ENFIM) sua primeira interação com os Vingadores após a dizimação universal causada por Thanos em Vingadores – Guerra Infinita, e chega a dar aquela ansiedade para ver logo Vingadores – Ultimato, onde ela vai, de fato, lutar ao lado dos heróis mais poderosos da Terra. A mais poderosa do universo certamente é ela!

Nota: 8,5

Assim, meu ranking de produções Marvel ficou desse jeito:



P.S. – A trilha sonora assinada por Pinar Toprak é muito boa ouvida isoladamente, num fone de ouvido tranquilamente, mas não chega a ser marcante durante o filme. Até mesmo o tema da heroína “Captain Marvel” não causa o mesmo impacto que “Is She With You” de Hans Zimmer para o filme da Mulher Maravilha. As músicas dos anos 90, no entanto, são um grande acerto, tendo várias populares como “Just a girl” do No Doubt, “Celebrity Skin” do Hole e “Come as you are” do Nirvana.

P.S. 2 – Os momentos para ambientar os anos 90, além das músicas, também podiam ser melhor explorados. Seja como for, a cena da Blockbuster e do leitor de CD-ROM demorando uma eternidade para reproduzir o arquivo de áudio diz muito sobre o quanto ESTAMOS FICANDO VELHOS, MAGNETO!    

NAMASTE!

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