Eu tentei. Deus é testemunha que eu tentei continuar acompanhando a revista do Aranha após o One more day, mas simplesmente não dá. A partir do mês que vem darei os 6,50 gastos nessa porcaria para algum morador de rua, pra algum trombadinha, sei lá. Definitivamente não dá.
Gostou? Toma mais então:O (ir)responsável pela arte é Eric Canete e os roteiros ficam a cargo de Joe Kelly.
A história? Não importa muito. O Deadpool é contratado por uma figura misteriosa para manter o aracnídeo ocupado enquanto um acontecimento importante do outro lado da cidade ocorre sem que Peter Parker possa interceder.
O encontro dos dois é uma das coisas mais lamentáveis que já vi na vida. As piadas são tão sem graça, e os diálogos tão sem sentido que nem vale a pena descrever. História pra lá de gratuita que só serve para agredir com os desenhos horríveis de Canete e o roteiro meia-boca de Kelly. Deus me livre!
A situação da revista do Aranha está tão ruim, que a melhor história do mix é escrita pelo próprio Stan "the man" Lee e desenhada pelo eficaz Marcos Martin.
Nela, o Homem Aranha procura um famoso psicólogo para se consultar e acaba deixando o homem aterrorizado com suas múltiplas facetas. A história é uma tremenda zoação de Stan Lee com todas as merdas que já fizeram com o Aranha ao longo dos anos.
Enquanto dialoga com o doutor, o Aranha lembra que já teve seis braços, já virou um lagarto, um Aranha-Hulk, uma aranha-humana, um porco-aranha... Todas as transformações do personagem são descritas em poucas páginas. Destaque para o comentário do Aranha sobre o que fizeram com ele e Mary Jane:
"Primeiro a gente era amigo. Depois, namoramos e casamos. Aí não estávamos mais casados. Ela engravidou... mas não engravidou."
Haja psicólogo para o nosso herói entender as roubadas que os roteiristas metem ele!
A última história do mix é escrita por Fred Van Lente e desenhada por Barry Kitson. Nela vemos as origens secretas do Elektro e sua busca por um poder ilimitado que espera conseguir bombardeando seu corpo com um campo energético abastecedido por tecnologia Stark.
A história é até bem simpática (não mostra o Aranha em um quadro se quer) e revela um encontro entre Elektro e Magneto. O mestre do magnetismo é atraído até o covil de Max Dillon pela energia absurda que o vilão libera, achando que ele podia se tratar de um mutante, mas se decepciona com a sua mentalidade reduzida num breve diálogo trocado. O encontro ocorre na época em que Magneto recrutava mutantes para sua irmandade (seus filhos Wanda e Pietro ainda estão com ele) e se bem entendi a proposta da história, ela prepara um evento em que o Aranha será atacado por toda sua galeria de vilões num chamado "corredor polonês".
Que original, não? Quase nunca o Aranha foi atacado por todos seus vilões ao mesmo tempo, né?
E até mesmo essa busca do Elektro em deixar de ser um vilãozinho de terceira conseguindo mais poder não é inédita. Pouco depois da Saga do Clone ele já havia conseguido isso com a ajuda do Tentáculo (se não me falha a memória) e dá uma surra no Aranha.
Quem portará o escudo é escrita por Ed Brubaker e desenhada por Butch Guice e o brazuca Luke Ross. No enredo vemos um Steve Rogers angustiado após seu retorno a vida e dividido em voltar a vestir a velha cota de malha e retomar seu escudo, que está sendo utilizado por seu ex-parceiro Bucky Barnes e abandonar de vez sua antiga identidade.
Após uma ação conjunta em que ambos aprisionam o Mr. Hyde e depois de uma longa conversa, Steve decide que Barnes está desempenhando um bom papel como Capitão América e abdica de seu uniforme, deixando o ex-Soldado Invernal honrado.
Em sua identidade civil, Rogers vai até a Casa Branca "trocar uma ideia" com o Presidente Obama (antes dele vir ao Brasil, acho! Hehehehe!), e ambos assinam um acordo secreto para derrubar o Reinado Sombrio de Osborn. Começam então os preparativos para O Cerco, a nova saga da Marvel.
Apesar dos desenhos razoáveis, ainda acho que Luke Ross perdeu toda a identidade de seu traço de tanto emular o traço de terceiros. Comentei aqui sobre isso em outro review. Pena, porque os desenhos originais dele eram bem legais, apesar de mais cartunescos do que os atuais.
(O Capitão está parecendo o Senhor Incrível nessa foto!)
Na história dos Vingadores que fecha esse mix (após uma história curta e descartável do Homem de Ferro que nem fiz questão de ler) escrita por Brian Bendis e desenhada pelo ultra-realista Mike Mayhew, Clint Barton, o ex-Gavião Arqueiro e atual Ronin é derrotado e aprisionado pelos Vingadores Sombrios de Norman Osborn, e sob o jugo dos vilões que fingem ser os mocinhos, o cara come o pão que o Diabo amassou enquanto eles o torturam para que entregue a posição de seus amigos Vingadores (os clandestinos liderados pelo Capitão "Bucky" América).
De dentadas do Venon, porradas do Sentinela, ameaças do Mercenário até torturas mentais do Mentallo, Barton é submetido a tudo enquanto sua esposa Harpia e as demais "meninas super-poderosas" dos Vingadores procuram por seu paradeiro. Não é difícil para Miss Marvel, Mulher Aranha, Jessica Jones e a própria Harpia deduzirem, no entanto, que o cara está sendo mantido na Torre dos Vingadores, e elas partem para resgatá-lo.
Após a tortura mental, Clint acaba revelando o esconderijo de seus amigos, mas quando Osborn e sua equipe chegam na casa camuflada do Capitão América, os heróis já não se encontram mais lá, frustrando o chefão da MARTELO. A investida dos Vingadores Sombrios serve, no entanto, para desguarnecer o Aeroporta-aviões da MARTELO, onde na verdade Barton está. As Vingadoras invadem o local e resgatam o ex-arqueiro e rumam para um segundo esconderijo sugerido por Steve Rogers. Lá elas se encontram com o restante da equipe e eis que o próprio recém-ressuscitado Steve Rogers surge e decreta que está na hora da reação heróica. É hora de acabar com o Reinado Sombrio de Osborn.
Fala sério! Mal posso esperar pra ver o velho Rogers chutando o rabo do Duende Verde!
Fiquei impressionado de início com a arte de Mike Mayhew. O cara manda muito bem no tom realista de seus desenhos, só peca um pouquinho talvez na movimentação de seus personagens, que parecem meio "durões" em cenas de ação. A mulherada, todavia, está de parabéns. Até mesmo sua Miss Marvel que está a cara da cantora Kylie Minogue!
Quase consigo imaginar a Carol Danvers cantando Can't get you out of my head. Hehehe!
Aliás, que gostosa que ela tá nesse clipe!
Enfim terminou a saga mais chata de todos os tempos: A Noite mais densa! Com a edição de nº 8, Geoff Johns decide o destino dos principais personagens da DC e do samba do crioulo doido que virou as várias tropas de Lanternas multicoloridos e sua guerrinha particular.
A resolução da Noite mais densa foi a mais clichê possível: A luz vence as trevas.
ÓÓÓÓÓÓ!
Acho que nunca tinha visto um desfecho tão original para uma saga que partiu de coisa alguma pra lugar nenhum. E sim, eu estou sendo irônico.
Como comentei no videocast, Sinestro é banhado pelo poder do avatar branco e parte para cima do detentor da força negra Nekron, a fim de dar cabo de sua malidicência e de seus seguidores mortos-vivos.
Em certo ponto o homenzinho cor-de-rosa até consegue encarar Nekron no mano-a-mano e arranca seu coração (aliás, isso é um clichêzão em toda a saga, assim como comer cérebros em filmes de zumbis). Por não precisar exatamente de sua forma física, isso não detém o vilão, que revida arrancando à força a essência branca de Sinestro, que é vencido pela própria arrogância.
Uma pancadaria sem precedentes acontece entre as diversas Tropas de Lanternas, os heróis DC e os mortos-vivos de Nekron, incluindo a galeria de personagens que deviam ter continuado mortos (Superman, Caçador de Marte, Arqueiro Verde, etc., etc.) e é hora do leitor se deleitar com a arte incrível de Ivan Reis nos vários quadros de batalha.
Aí me pergunto: Como após conseguir levar o Superman para o lado negro da força, o Nekron ainda consegue perder essa briga? Que incompetente!
Em Crise Infinita o Superboy-prime sozinho quase consegue matar o universo DC todo! Definitivamente não consigo entender os quadrinhos!
Bem, no final a energia branca banha toda a galera a começar por Hal Jordan, e ela consegue recuperar até mesmo os mortos-vivos como Superman. A bateria branca revive Willian Hand, o arauto de Nekron, o cara começa a vomitar (!) anéis brancos, Deus diz faça-se a luz (hehehhe!) e Nekron é "exprudido" pela luz branca que dá vida a todos os seres vivos.
Claro, todos se regozijaram! Todo mundo começa a cantar "Age of aquarius", o céu se enche de pássaros e as borboletas voltam a colorir o ambiente. É o fim da escuridão! (Pra quem não sacou, estou sendo sarcástico, não tem nada disso na HQ).
Pra completar o show de clichês, Johns, que não é popozuda mas também perde a linha, sem mais nem menos revive praticamente todos os personagens que passaram a saga toda arrancando corações alheios. Com isso o Nuclear Rony Raymond, Gavião Negro, a Mulher Gavião, o Caçador de Marte, Aquaman e até mesmo personagens "nada a ver" como o Flash Reverso e o Maxwel Lord (que meteu uma azeitona na cabeça do Besouro Azul e que depois teve o pescoço virado pra trás pela Mulher Maravilha) voltam à vida como num passe de mágica. É sério! É totalmente sem explicação!
A entidade branca simplesmente decide reviver todo mundo, como se a porra do universo fosse a casa da mãe Joana. Dessa vez nem deram a desculpa esfarrapada das porradas na realidade do Superboy.
Comprei as 8 edições de A noite mais densa esperando que algo relevante fosse acontecer e Geoff Johns simplesmente insulta minha inteligência revivendo personagens que, aparentemente, só morreram pra serem trazidos de volta. Aiai!
Comentarei mais pra frente sobre a banalidade das mortes e dos retornos nas HQs. Aguardem.
O que valeu a pena afinal em a Noite mais Densa? Os desenhos do brasileiro Ivan Reis. O cara deve ter tido um prazo apertado para desenhar essas edições e mandou bem absolutamente em todos os capítulos. Apesar do roteiro "enrolão" e abestalhado de Johns, a história deve ter exigido muito do artista por envolver quase todos os personagens da DC, as vezes, juntos no mesmo quadro. Fiquei impressionado com a capacidade do cara de conseguir enquadrar tantos personagens numa mesma página e sem perder a qualidade do traço. Quase nível George Perez que desenha mais de 100 personagens num mesmo quadro.
Destaque para a página quádrupla em que ele desenha os principais personagens ressuscitados:
Como se não bastasse, se mostrando ainda mais safada que a Marvel, a DC já emenda uma nova mega-saga nessa que mal terminou, a chamada Dia mais claro, só que dessa passarei longe. Chega de ser enrolado!
Só falta agora eles matarem todo mundo de novo que acabou de ressuscitar. Seria muito para a minha cabeça!
Na última edição de Wolverine vimos o começo do arco o Amanhã morre hoje em que uma moça dotada de dons precognitivos avisa Logan de que uma ameaça está vindo do futuro para exterminar super-seres com o potencial para se tornarem o grande líder da força rebelde contra a Roxxon. Essa ameaça se denomina Deathlok, e um verdadeiro esquadrão de exterminadores do futuro vem para detonar com todo mundo de sua lista, incluindo o atual Capitão América Bucky Barnes.
Nessa edição vemos pouco do velho Logan em ação, e a história se concentra mais em nos mostrar quem é o Deathlok incubido de destruir a líder rebelde Miranda Bayer.
A diferença entre futuro e presente é totalmente deturpada nessa história, que em certo tempo fica bem confusa. A Miranda do futuro manda instruções mentais (!) para a sua contraparte do passado, e esta por sua vez as executa no presente. Numa dessas projeções mentais, Miranda (a do presente) é instruída a ameaçar um garoto que virá a ser aquele Deathlok do futuro que está ali para matá-la, e a partir daí todo o plano do ciborgue vai para o espaço, quando o computador em seu cérebro assume o comando de seu corpo e se volta contra seus colegas Deathloks, destruindo-os.
A banalização do enredo se torna visível ao fim da história. Toda aquela lenga-lenga de robôs do futuro que estão no passado para mudarem o futuro acaba não resultando em nada, exceto que o líder da resistência e general de Miranda Bayer é o próprio Deathlok que foi enviado ao passado para matá-la (!). Eu não entendi porra nenhuma. Eu estava torcendo para que o general da resistência fosse o Steve Rogers, já que o mote da história começa com ele na edição anterior. O velho Steve não serve para mais nada na história além de ajudar os Vingadores a enfiar a mão na cara dos Deathloks, e também para desfilar seu novo uniforme. Mais nada.
A história até tinha potencial para ser boa, embora estivesse puxando (muitos) elementos do fillme Exterminador do Futuro, mas terminou confusa e um tanto quanto sem sentido. O bom é que mês que vem não precisarei mais comprar a revista do Wolverine pra ver o que acontece!
Pra fechar o mix, vemos uma história estrelada por Daken, o filho meio viadinho do Wolverine.
Escrita por Daniel Way e Marjorie Liu e desenhada por Giuseppe Camuncoli, somos jogados bem no meio da saga O Cerco (que mal começou), e os eventos já mostram que o controle de Norman Osborn sobre sua equipe já está ruindo.
O maluco ordena um ataque contra a cidade de Asgard, e o Wolverine Jr. sai matando geral os "bem treinados" guerreiros de Asgard.
Confesso que nunca tinha lido uma história se quer com esse personagem, e me surpreendi com o grau de homoxessualidade que ele atinge para provocar seus colegas de equipe. Praticamente todos seus comentários tem duplo sentido e puxam para o lado sexual da coisa, e apesar de também dar em cima da Miss Marvel (A Rocha Lunar, na verdade), ele explicitamente mostra que é mais chegado nos cuecas do grupo.
Parte de sua característica é o mau caratismo. Ele provoca a todos com piadinhas e comentários sarcásticos, e nem mesmo o chefe fica ileso de suas gracinhas.
A história é curta, e termina com Daken empalando Osborn com suas garras.
Não saquei muito se aquilo aconteceu mesmo ou se era a imagem de algum futuro alternativo, sei lá, mas enquanto ele dá uma lição no chefe, o que me parecem ser oráculos asgardianas o observam dizendo que ele é o arauto do Ragnarok (!). Blablablabla!
Na última edição de Homem de Ferro & Thor vimos o Doutor Destino apelando para a armadura do Destruidor para enfrentar o Deus do Trovão, e pela demonstração inicial achamos que o Thor se daria mal.
Tudo nos leva a crer que sim, até que o Senhor de Asgard vira o jogo e faz picadinho da armadura baseada em projetos de Odin, obrigando Destino a se escafeder antes de ser derrotado.
Enquanto a batalha entre Thor e Destino se decide, Balder recupera o coração da deusa Kelda e utilizando seus dons místicos, o traiçoeiro Loki, a fim de garantir a tolerância de seu meio-irmão, recupera a vida dela. Caindo nas graças de todos novamente por seus feitos, Loki sugere que todos voltem para Asgard, e após a vitória sobre Destino, Thor volta à sua vida normal, uma vez que foi banido da cidade reluzente após assassinar o próprio avô.
Os eventos mostrados na revista do Wolverine devem começar a envolver Thor e seus amigos em breve. Foi dada a largada para O Cerco.
Stark: A queda parte 3. Como vimos na edição anterior, seguindo as orientações do próprio Tony Stark, o Dr. Donald Blake, Maria Hill, o recém-ressuscitado Steve Rogers e Pepper Potts se unem para fazê-lo voltar à vida. O último reator ARK da Terra é implantado em Stark e o disco rígido recuperado por Hill é instalado, mas Tony não volta à vida como previsto.
É necessária então a intervenção mística do Doutor Stephen Strange que entra no plano astral para resgatar a mente de Stark enquanto o Capitão América e Potts protegem seu corpo físico.
O Fantasma, à serviço da Madame Máscara continua à espreita, e numa primeira investida ele quase dá cabo da senhoria dona da pensão onde o Doutor Blake reside. Graças à Maria Hill ele falha, mas isso não o impedirá de tentar de novo.
A edição termina com o Doutor Estranho encontrando a consciência de Stark e oferece ajuda para resgatá-lo.
Imagino que a enrolação termina no próximo número e Stark volte à vida para ajudar o Capitão e o Thor contra Norman Osborn.
É isso aí. Por hoje é só pessoal!
NAMASTE!