19 de junho de 2014

#VAITERCOPA - México X Brasil


Como dizem as hashtags no Twitter, está tendo Copa pra caralho, e salvo um ou outro incidente como a invasão de torcedores argentinos sem ingressos ao Maracanã e a repetição desse mesmo incidente também com torcedores chilenos no jogo contra a Espanha (E-LI-MI-NA-DAAA!), poucas coisas estão atrapalhando o bom andamento do mundial de 2014. As manifestações contra o evento, estão ocorrendo a quilômetros dos estádios onde os jogos estão sendo disputados sem qualquer empecilho, e dentro dos estádios, a única coisa que está rolando é futebol e festa, afinal, estamos no país oficial do pão e circo do futebol! Há quem já vocifere a plenos pulmões que esta é a COPA DAS COPAS devido o alto nível do futebol exibido, além das surpresas que andam ocorrendo, como a precoce eliminação da seleção espanhola (atual campeã do mundo e a primeira no ranking da FIFA), da vergonhosa derrota da seleção uruguaia para a, até então, frágil Costa Rica e claro, o sapeco que nossos amigos lusitanos acabaram tomando do trator alemão pilotado por Thomas Müller, que em duas copas disputadas, já tem 8 gols! Mas muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte. Calma, otimistas, calma!



Mas chega de falar dos outros times. Vamos falar de coisa boa. Vamos falar da NOSSA SELEÇÃO CANARINHO E...

Pois é...

O cenário era o espetacular estádio do Castelão em Fortaleza, o público marcou presença, cantou o hino acapela após o tempo estipulado pela FIFA e emocionou o menino Neymar Jr., que chorou após a execução de nosso mais lindo símbolo pátrio. 



Bola rolando, a expectativa da torcida em todo o país estava nos picos, ainda mais depois da vitória sobre a seleção da Croácia, e o Brasil começou com o mesmo time que jogou contra a seleção europeia, com a exceção do atacante Hulk, que sentiu um "desconforto" na coxa e acabou sendo poupado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, para azar da mulherada que se empolgou em ver o atlético pernambucano em campo. 



Substituído por Ramires, Hulk acompanhou o jogo todo do banco, e assistiu de camarote a apatia da nossa seleção com os ataques (pra nossa sorte!) pouco precisos do time mexicano, que entrou em campo cauteloso até demais, apesar de ter exigido algumas defesas de nosso goleiro Julio Cesar.



Diferente do que vimos na primeira partida, a seleção estava sem sincronia nenhuma entre os setores de armação (que incrivelmente depende dos talentos de David Luiz e Thiago Silva, ambos ZAGUEIROS, para que a bola chegue na frente!!) e o de ataque, e após um decepcionante e sonolento primeiro tempo, percebemos pela primeira vez que não temos um time tão forte assim quanto imaginávamos. Sem aquele cara no meio que consiga azeitar um passe mais preciso para os atacantes, e sem a ajuda de nossos laterais que acabam servindo apenas como defensores (e ambos ainda meio verdes para tal função), e que pouco contribuem para o ataque, Neymar (que estreou seu novo visual "Ana Maria Braga"), Fred e Ramires acabaram ficando muito isolados na frente, chegando na cara do gol mais por seus talentos individuais do que pela ajuda dos companheiros.



Aliás, que futebolzinho que vem jogando o Fred, hein! Estático no meio da área, pouco participa dos lances e quase nunca volta para buscar jogo, servindo mais como uma palmeira fixada na área adversária. O que é? Sem os advogados do Fluminense a seu favor não consegue jogar? 'Bora participar mais, meu filho! Apostei uma caixa de cerveja que você ia ser o artilheiro brasileiro nessa Copa! Se aprume, rapaz!



Oscar que brilhou na primeira partida participando ativamente dos três lances que originaram os gols brasileiros, dessa vez, fez uma atuação discreta, tão discreta que não lembro de ter ouvido o narrador falar seu nome uma vez que fosse. Coube então a Neymar fazer de tudo um pouco para que a bola chegasse ao goleiro Ochoa, que aliás, foi eleito o nome do jogo.



O arqueiro Ochoa pegou até vento nessa partida, e embora nenhum dos ataques da seleção brasileira tenha de fato sido uma ameaça para o gol (exceto a cabeçada que parecia indefensável desferida por Neymar e que o goleiro tirou de cima da linha de fundo), há de se dar crédito ao Cosplay mexicano de David Luiz pela "não-vitória" do Brasil nesse jogo, porque se a partida terminou empatada num enfadonho 0X0, a culpa é total desse indivíduo! 



Vale ressaltar que Fred não estava sozinho na inaptidão, já que Paulinho (que Felipão deixou em campo a partida INTEIRA!), jogador que vem sendo titular desde o primeiro jogo, pouco vem contribuindo para nosso ataque, além de também não ajudar em nada na criação de boas jogadas que deixem os companheiros em posição de meter a redonda no barbante. Bernard que entrou no segundo tempo no lugar de Fred e que assumiu o lugar de Ramires pouco tempo tiveram para mostrar sua habilidade em campo. Dos dois, a melhor chance foi de Jô, que chegou a receber uma bola livre da intermediária, mas na hora de partir para a área, deixou a bola bater no calcanhar e perdeu o tempo do ataque. Trocando seis por meia dúzia em suas substituições, além de nos dar a certeza que não temos um banco de reservas muito criativo, Felipão também conseguiu deixar claro que o problema não era bem o ataque em si, e sim a qualidade da bola de ligação entre o meio-campo e o ataque. Precisamos de um meio-campista que consiga fazer a bola chegar no ataque, senão vamos sofrer com Fred, Ramires (ou Hulk), Oscar e Paulinho todos plantados feito coqueiros na área esperando a bola vir no pé. 



Lembrando que um tropeço contra a fraquíssima seleção de Camarões (que hoje tomou de 4X0 da Croácia), o último confronto da primeira fase da Copa, vai levar à nocaute a seleção brasileira precocemente, o que vai ser um fiasco INFINITAMENTE MAIOR do que o que fez a Espanha, que já deve estar pensando no prato de paeja que vai comer em casa.

Acompanhe aqui o Review de Brasil X Croácia e ouça o A.I.POD #008 sobre as expectativas para a Copa do Mundo no Brasil com a galera do A.I.JOVEM, IChucky, Killerdepano e o convidado Fernando Abdul!

NAMASTE!

13 de junho de 2014

#VAITERCOPA - Brasil x Croácia


Bem amigos do Blog do Rodman, parecia que não ia ter Copa devido o tom de protesto e a cortina de desconfiança que vinha cobrindo o Brasil nos últimos meses, mas ela começou, e a seleção entrou em campo pra mostrar quem é que manda nesses paranauês de futebol e... Tá, também não é assim! Não estou com essa empolgação toda.

Bem, você que está lendo esse post guarde bem essa data porque provavelmente NUNCA MAIS você verá outra Copa sediada no Brasil, e isso por vários motivos:

1 - Da última vez demorou mais de cinquenta anos pra isso acontecer.
2 - A FIFA não costuma dar a sede da Copa para um mesmo país na mesma década (eu já vivi três delas e nunca vi isso acontecer!)
3 - O Brasil NÃO TEM competência para organizar um troço grande desses, e não adianta vir de mimimi e falar que "aiii, Rodman, mas todos o estádios foram entregues na data certa e a festa está linda e a Dilma é linda e o Lula é lindo e blablablabla"!

Não, jovem padawan!


Essa festa que você está vendo pela TV foi patrocinada por você, boa parte da grana investida saiu do seu bolso, só que ele nunca mais vai retornar pra lá, portanto, aproveite a felicidade do momento do gol, porque esse vai ser o único pagamento daqui até o fim da Copa. Sorry!

Vamos começar pelo começo? 

OK. A cerimônia de abertura foi uma das coisas mais vergonhosas que eu já vi pela televisão. Sério! E olhe que eu vi o Baggio batendo aquele pênalti pra fora do estádio na Copa de 94!


Por mais nacionalista ou ufanista que você seja, não dá pra negar o quão foi decepcionante ver aquelas coreografias simplistas e aqueles personagens pobres e sem qualquer originalidade "desfilando" no centro da Arena Corinthians (Itaquerão, Arena São Paulo, sei lá!) aos olhos do mundo. Foi algo de dar dó, de dar pena mesmo.


As crianças eram bonitinhas, tinha indiozinhos navegando em pirogas, tinha bichinhos fofos, tinha uma tela led em forma de bola (que não fechou mais!)... Mas puta que bagulho de mau gosto! E os espaços vazios em cima daquela lona amarela? E a falta de preenchimento de espaço? E a falta de criatividade para mostrar o Brasil como algo além de uma selva?


Pra quem viu, é uma coisa pra se esquecer, e o resultado só não foi mais sofrível porque Jennifer Lopez (gostosíssima!!), Pitbull e nossa Claudinha Leitte (delíícia!) salvaram no final, mesmo cantando a pouco empolgante "We are One" num playback pra lá de caído. Pra quem já acompanhou outras aberturas de Copa na Europa, na Ásia ou mesmo na América não precisa se esforçar muito pra comparar e ver que a nossa fez feio, inclusive para a crítica estrangeira! Santa incompetência, Batman! 


Quando a bola enfim rolou, tomamos logo um banho de água fria no segundo ataque da Croácia, quando o jogador Marcelo acabou marcando contra o nosso gol numa tentativa infeliz de afastar a bola. Toda aquela afobação e nervosismo do jogo amistoso contra a Sérvia (que tem estilo de jogo parecido com o da Croácia) havia sido diluído apesar de ser um jogo de estreia em uma Copa, e de forma surpreendente a seleção conseguiu manter o sangue frio apesar da cagada de Marcelo, que recebeu o apoio da torcida e dos companheiros. O time continuou indo pro ataque e teve ótimas chances com Neymar e Oscar (diferente de Hulk que só fez isolar a bola!), ambos em um dia inspirado, mas o goleiro croata Pletikosa não parecia querer colaborar com a festa, fechando a defesa e tirando até pensamento da direção do gol.  


Após jogada insistente de Oscar, ele conseguiu encontrar Neymar livre, e o atacante marcou o gol de empate aos 28 min, para delírio da torcida presente no Itaquerão e em todo o país. Começava a reação brasileira.


No segundo tempo a marcação ferrenha da Croácia continuou firme, enquanto mais faltas do que lances bonitos enchiam os olhos dos torcedores. Somente aos 25 min, o matador Fred, que estivera apagado durante quase todo o jogo, surgiu livre na área, e ao receber um passe de costas para o zagueiro, simulou DESCARADAMENTE um pênalti ao ser tocado no ombro, no que o juiz japonês Yuchi Nishimura caiu na dele, assinalando a infração. Pênalti para o Brasil convertido por pouco por Neymar, que bateu mal, dando chances do goleiro croata voar na bola, chegando a resvalar seus dedos nela. Nova festa no Itaquerão, mas com aquele gostinho de "esse gol foi roubado pra caralho". Tudo bem, estamos na casa do Corinthians, aqui tá valendo! RRRRATINHOOOO!


A pressão croata seguiu forte até o fim do jogo, e quando eu já achava que iria ganhar o bolão da Copa (tinha apostado 2x1!!), eis que o desacreditado Oscar mostrou mais uma vez nesse dia porque é um dos homens de confiança de Felipão. Após uma tomada de bola de Ramires (que entrou no lugar de Neymar) no meio-campo, Oscar disparou para a área adversária acompanhado por dois croatas que nada puderam fazer, enquanto que ele de bico mandava a bola para o fundo da rede, mais uma vez surpreendendo Pletikosa. A coroação com um gol veio bem a calhar para Oscar, uma vez que ele foi um dos melhores em campo nessa primeira partida da seleção na Copa de 2014, tendo participação efetiva nos três gols da equipe.


O próximo desafio do Brasil é dia 17/06 contra a talentosa (e perigosa) equipe do México, que eliminou a seleção brasileira nos jogos olímpicos de 2012

Estaremos de olho e na torcida!


Relembre aqui os posts do DE OLHO NA COPA de 2010


Ouça o A.I.POD #008 com o pessoal do A.I.JOVEM em que bati um papo sobre as expectativas para a Copa 2014.

NAMASTE!

20 de maio de 2014

O Espetacular Homem Aranha 2 - A Ameaça do Bobalhão Elétrico

ATENÇÃO! ESSE POST POSSUI SPOILERS!!


Quem acompanha o Blog do Rodman ou conhece seu dono e proprietário sabe que o Homem Aranha é meu personagem preferido, e sabe também o quanto fiquei #xatiadu com O Espetacular Homem Aranha, filme que resenhei aqui e do qual não tenho nenhum apreço.

Como até comentei no Podcast do A.I.Jovem não estava nem um pouco a fim de ver a sequência desse filme, visto que nada no primeiro havia me agradado e que, portanto, preconceituosamente já achava que nesse seria semelhante. Pois bem. Apesar de todos os fatores contra, decidi ir ao cinema para ver O Espetacular Homem Aranha 2 – A Ameaça de Electro, e apesar de não achar essa Coca-Cola toda de que muita gente na mídia tem falado, confesso que esse filme tem alguns fatores que me fizeram aumentar a nota para o esforço de Marc Webb (oooooo diretor) em rebootar o Homem Aranha para a tela grande.


Pra começar, A ameaça de Electro tem atuações muito boas em especial por parte de seu protagonista Andrew Garfield, de Sally Field que vive a Tia May, de Emma Stone (Gwen Stacy) e de Dane DeHaan (Harry Osborn), que me fizeram enxergar o lado humano em um universo em que pessoas andam pelas paredes e soltam raios pelas mãos. Algumas cenas chegam a emocionar (sem sacanagem!) tal é a veracidade com que os atores as vivem contracenando uns com os outros, e de repente, me vi pensando “ué, não é que essa porra de filme é legal!”. Sou péssimo em aceitar mudanças e ainda sou muito apegado aos antigos filmes de Sam Raimi, que, embora hoje pareçam defasados devido a tecnologia de CGI que avançou muito em pouco mais de dez anos, foi o grande estopim para a invasão de super-heróis no cinema. 


Eu nunca havia visto o Aranha se balançando em sua teia numa tela grande, e pra época isso foi do caralho, algo que me levou a fechar Homem Aranha 1 e 2 numa redoma onde ninguém poderia falar mal ou achincalhar. Pois é. Mas o tempo passou, e tenho que admitir que em alguns aspectos (e não estou falando de tudo), O Espetacular Homem Aranha 2 é SIM (oh, Deus! Estou admitindo!) superior aos três primeiros filmes do aracnídeo, o que não diminui em nada a emoção que vivi quando vi a população nova iorquina defendendo o Aranha do Duende Verde ou dele freando um trem na marra após um ataque do Dr. Octopus.


Garfield já está visivelmente velho pro papel, pelo menos no que diz respeito as rugas, que saltam em seu rosto na cena em que ele mais deveria parecer um moleque na formatura. As mesmas rugas que estão em sua cara, estão nas minhas, o que levanta a questão de em quantos filmes mais ele ficaria bem vestindo o pijama cheio de teias?

Seja como for, nada disso o impede de atuar com veracidade, chegando a dar show na cena em que ele explica para a Tia May que o fato dele querer saber mais sobre o passado de seu pai não o faz ser menos grato ao fato dela ter cuidado dele desde os 6 anos. Porra, velho! A forma como ele fala essas coisas para May chega a ser tocante.


A química entre Garfield e Emma Stone (que se pegam também fora do cinema) é infinitamente maior do que a que (não) havia entre Tobey Maguire e Kirsten Dunst. Enquanto o primeiro Peter Parker mais parecia um abestado (como diria o Tiririca), morrendo de medo de se declarar para sua amada Mary Jane (como todo bom Nerd), o Peter Parker de Garfield é mais malandro e decidido, e as cenas em que ambos precisam demonstrar que se importam um com o outro são autênticas, e nos fazem acreditar que Peter realmente ama Gwen, e vice-versa. Destaque para a cena em que os dois estabelecem regras para o relacionamento deles agora que são só “amigos”.


O namoro naturalmente se desenvolve desde o primeiro filme, e em nenhum momento vemos que Gwen está com Peter por ele ser o Homem Aranha, como a Mary Jane de Kirsten Dunst transparece a torto e a direito nos filmes de Sam Raimi. Diferente da MJ biscateira que não sabe se fica com o herói ou com o milionário, Gwen é sincera com Peter e até chega a tomar as rédeas quando ele fica com a famosa lenga-lenga de “se eu ficar com você estarei arriscando a sua vida. Se algum vilão descobrir que a amo bláblábláblá”. Foda-se, meu filho! Todos os vilões dos filmes do Homem Aranha descobrem que ele é na verdade Peter Parker, então relaxa.


Sei que é uma bosta ficar comparando, mas Dane DeHaan é um Harry Osborn muito melhor do que James Franco, e principalmente no quesito obsessão e sangue no zóio. Eu não conhecia esse ator, mas gostei muito do que ele fez com seu Harry Osborn, dando-lhe um caráter muito mais assustador e obsessivo, que combina bastante com a fase do personagem nos quadrinhos em que ele, enfim, descobre que seu melhor amigo era na verdade o Escalador de Paredes (não disse que todo mundo sabe?) e o culpa pela “morte” de seu pai Norman Osborn.


Em Ameaça de Electro, não existe essa de “você matou meu papai e vou fazê-lo pagar”, na verdade o velho Osborn morre sozinho de uma doença (pelo que entendi) hereditária, e a razão de Harry depois querer a morte do amigo de infância é exatamente essa: Querer seu sangue para curar a si próprio da tal doença. Tá, eu sei. A razão é uma bosta, mas a interpretação de DeHaan é impressionante, o que o faz ficar ainda mais assustador com aqueles olhos azuis hipnotizantes. Lembrando que tudo que estou citando aqui é antes dele virar o Duende Verde no filme, porque depois... Tsc! Tsc!


Dessa vez não temos Peter Parker treinando os poderes ao som de Coldplay, mas a ação é desenfreada, o que infelizmente não justifica o 3D, que é outra merda. Marc Webb dessa vez abusou nos efeitos digitais, e aquilo que elogiei no primeiro filme ficou de fora, que foi ver mais Homem Aranha feito de carne e osso na tela. O Aranha digital está presente o tempo todo (mais do que o necessário) e embora muito melhor do que aquele bonequinho de borracha de Homem Aranha 1 e 2, ainda não convence quando quer passar naturalidade. Notem o Aranha subindo na torre próximo da sequência final do filme. Tsc! Tsc! Um fiasco!


Outra coisa que me incomodou (pra caralho) no filme foi o exagero nas cenas de ação. Uma história que se sustenta inteira na pirotecnia já não me agrada (aconteceu em Homem de Ferro 3 da Marvel) e chega até a entediar, o que acontece em TODAS as cenas de pancadaria entre o Aranha e o Electro (Jamie Foxx). Webb deve ter tido algumas aulinhas de filmagem em slow-motion com Zack Snyder, porque o recurso é usado a exaustão durante o filme, tornando as sequências lentas, longas e até mesmo previsíveis. A última luta entre os dois parece uma PORRA DE UMA ENORME CUTSCENE DE VIDEOGAME sem nenhuma graça e nenhuma emoção. Eu poderia estar jogando aquela merda num Xbox em vez de estar sentado assistindo. Nesse momento eu não torci para o Aranha e nem para o Electro, só queria ver logo o desfecho daquilo para levantar e ir embora.


O que dizer também do Homem Aranha se movendo na velocidade da luz para salvar as pessoas na cena da escadaria? Seria Webb antevendo um novo seriado do Flash por aí? Não sei, talvez!


Deixei para o final para falar do grande vilão do filme, que a meu ver deixou bastante a desejar, não pelos efeitos especiais que são grandiosos, impressionantes e nos fazem crer realmente que o Electro é um grande inimigo (o que nunca foi nos quadrinhos), mas pela atuação (pasmem) do oscarizado Jamie Foxx. Bem, em primeiro lugar é bom acrescentar que o roteiro nem exige uma grande atuação do Sr. Foxx, dando-lhe o papel de um Max Dillon bobalhão e fracassado do qual sentimos mais pena do que achamos graça. Toda a frustração de sua vida de ser um eterno “homem-invisível” parece realmente se potencializar quando ele sofre o acidente na Oscorp que o transforma no Electro, mas o problema é realmente esse. Dillon desaparece muito rápido quando os poderes elétricos começam a se manifestar, e o sujeito fraco e bobo dá lugar a um homem amargurado e cruel sem nos darmos tempo de assimilar isso. Não funciona bem como um reprimido Bruce Banner que se torna um monstro selvagem na pele do Hulk, é mais como se a eletricidade desse curto em seu cérebro e o fizesse distorcer as coisas. O Aranha nunca foi seu inimigo antes, porque ele se torna depois, segundo sua visão?


Ai, Rodman! Você é burro! A cena do telão mostra muito bem isso aí que cê disse!

Não mostra não. Ali mais parece que Dillon foi seduzido pelo Lado Negro da Força do que perdeu sua personalidade frágil de um homem abobalhado que cansou de sofrer bullyng. É tão Star Wars que ele usa capuz, solta raios pelas mãos e ainda ouve vozes!


Depois que ele se torna Electro não é mais necessário uma grande atuação de Jamie Foxx, porque o personagem se torna um estereótipo do típico vilão pau- mandado, que vive recebendo ordens de Harry Osborn, mais ou menos como o Homem Areia no terceiro filme do Sam Raimi. Assim sendo, qualquer ator mais meia-boca (e mais barato) justificaria a presença de Electro, não precisando necessariamente de Jamie Foxx para o papel.

Continuo achando toda essa história do passado secreto de Richard Parker uma besteira sem fim. Sei que é mais ou menos assim que as coisas funcionam no Universo Ultimate da Marvel e que o pai de Peter tem mais relevância na história do que o tem no Universo tradicional 616 (exceto que ele era um agente secreto!), mas continuo achando forçação de barra pura levar isso a enésima potência, em vez de apenas considerar que os inimigos de seu filho surgem naturalmente, seja por suas próprias ambições ou por quererem rivalizar  com ele.


Achei as motivações dos dois vilões principais terrivelmente fracas e tênues, e se o novo Harry Osborn esbanja atitude e maldade por um lado, por outro lado seu Duende Verde nada mais é do que uma criatura que age por impulso e totalmente descerebrada, mesmo tendo pouco tempo de participação na tela. O Duende Verde Curupira (admita que parece, vai!) não serve para mais nada além de MATAR GWEN STACY, e a razão pelo qual ele faz isso não é plausível. A amizade entre Peter e Harry nem nos convence tanto assim para nos causar aquela comoção de ver dois amigos saindo na porrada, como acontece nos filmes de Raimi, e isso enfraquece bastante o filme, apesar do desfecho explodir a cabeça de qualquer um. 


Ver Gwen despencando da torre  em câmera lenta (aí sim esse recurso se justifica), a teia lentamente tentando alcançá-la e seu corpo batendo violentamente no chão antes da teia amortecer foi de partir o coração. Valeu pela referência a cor da roupa de Gwen, que é idêntica a que ela usava nos quadrinhos quando morreu. As frases de Peter quando percebe que ela está morta também são parecidas com as que ele diz no gibi, e confesso que deixei algumas lágrimas rolarem por conta dessa cena. 


Apesar dos erros e dos exageros, O Espetacular Homem Aranha – A Ameaça do Electro (nome grande da porra!) é sim um bom veículo de entretenimento, melhor que o primeiro e alguns pontos acima da trilogia de Sam Raimi, em especial pela personalidade do Homem Aranha, o deixando mais engraçado e sarcástico (a cena inicial em que ele dá uma zoada no Aleksei Sytsevich vivido por Paul Giamatti é hilária). Seja como for, ainda prefiro o Peter Parker menos malandrão e mais Nerd, o que justifica que o Aranha seja piadista e infame.


Até aqui a Oscorp (com alguns projetos de Richard Parker) já criaram o Lagarto, o Electro, o Rino e o Duende Verde, já temos uma assistente chamada “Felícia” (a Gata Negra das HQs) que pode vir a substituir o lugar de Gwen no coração de Peter para o terceiro filme e temos um sujeito de chapéu cuja identidade continua oculta desde o primeiro filme. Qual outro vilão gostaríamos de ver na telona? Eu aposto em McGargan, como Escorpião ou como Venom.

NOTA: 8

NAMASTE!

17 de maio de 2014

The Walking Dead - 4ª Temporada

Esse post possui SPOILERS sobre a série!


Após estabelecer uma ditadura no final da segunda temporada com a célebre frase “isso não é mais uma democracia!”, Rick Grimes (Andrew Lincoln) decidiu dividir o comando da prisão criando um Conselho, onde além dele, Hershel (Scott Wilson), Daryl (Norman Reedus) e Michonne (Danai Gurira) debatem sobre o que é melhor para a comunidade.

Com a destruição de Woodbury, Grimes resolveu abrigar os sobreviventes da cidade antes comandada pelo Governador (David Morrissey) na prisão, e novos personagens se juntaram aos já conhecidos do grande público como Carol (Melissa McBride), Glenn (Steven Yeun) e Maggie (Lauren Cohan).


Para atrapalhar a aparente calmaria que reinava na comunidade, uma estranha peste espalhada depois do consumo da carne de um porco contaminado passou a matar alguns habitantes do local, fatalmente os transformando em errantes. E se os zumbis do lado de fora dos portões não conseguiam entrar, nada pior do que vê-los surgindo do lado de dentro dos muros, onde menos se esperava. O que dizer do pobre Greg (Vincent Martella) de Todo Mundo Odeia o Chris virando um errante?


Enquanto Daryl tenta encontrar suprimentos na cidade para tentar conter a peste que se alastra na prisão que serve como lar para os sobreviventes do Dia Z, descobrimos que Michonne estivera seguindo o rastro do Governador todas as vezes que saia em ronda. Após chacinar seus próprios parceiros, o enlouquecido comandante de Woodbury havia desaparecido, o que não fez com que ele esquecesse sua vingança contra Rick e os moradores da prisão.


O episódio do retorno do Governador foi um dos mais esclarecedores dessa temporada, uma vez que mostrou alguns pontos que só haviam sido descritos no livro baseado na série de quadrinhos A Ascensão do Governador (escrito por Robert Kirkman e Jay Bonansinga), e que trouxe desse mesmo livro alguns personagens como Tara, April e o senhor David Chalmers (a pequena Megan não existe no livro). Logo depois que foi derrotado por Rick e obrigado a fugir, Brian Blake (o verdadeiro nome do Governador) caiu na estrada, e como um verdadeiro morto-vivo perambulando a esmo, acabou se deparando com a família Chalmers, que lhe deu abrigo e proteção. Incapaz de se manter em “família” novamente, Brian acabou sendo encurralado por seus antigos parceiros (entre eles Martinez) e após se livrar deles, junto a uma nova comunidade e o apoio de Tara (Allana Masterson), ele decidiu atacar a prisão, que naquele momento era o mais próximo que ele conhecia de um local seguro. Blake mataria dois coelhos com uma mesma cajadada: abrigaria sua nova comunidade e teria sua vingança contra o grupo de Rick.



Após o bem sucedido ataque do Governador (num dos episódios mais chocantes da série) à prisão, o local destruído se tornou incapaz de continuar mantendo seus moradores seguros dos errantes que a invadiram, e dolorosamente aqueles que conseguiram sobreviver tiveram que debandar, separados dessa vez em pequenos grupos. Após uma surra vergonhosa aplicada pelo Governador, Rick se viu salvo por Michonne e muito ferido, ele o filho Carl fugiram da prisão sem saber o destino da pequena Judith, cujo berço apareceu vazio e ensanguentado.


Dali pra frente os personagens voltaram a colocar o pé na estrada em busca de abrigo, e cada um deles começou a encarar seus próprios demônios, Daryl e Beth (Emily Kinney) de um lado, Carol, Tyreese (Chad Coleman) e as meninas Lizzie e Mika de outro, Carl (Chandler Riggs) amparando o pai ferido, Maggie com Bob (Larry Gilliard Jr.) e Sasha (Sonequa Martin-Green), e Glenn, que fica para trás desacordado após sofrer com os sintomas da febre quase o começo da temporada toda. Os destinos de todos eles voltam a se cruzar quando eles começam a seguir o caminho para O Terminal (Terminus) alardeado em todos os cantos da cidade como o último refúgio seguro na Terra. A temporada acaba quando os sobreviventes chegam ao Terminal e descobrem que estavam mais seguros do lado de fora!


Já assisti The Walking Dead com maior empolgação, mas atualmente acompanho mais como torcer para um time que já não te traz mais alegria. A velha lenga-lenga de fugir de zumbis já me parece saturada a essa altura, e embora se perceba bem claramente que o foco é nos personagens e sua obstinada luta pela sobrevivência (e já não o era assim em LOST?), ainda assim me entedio fácil com os episódios mais lentos, em que nada parece acontecer. 



A meu ver, nessa quarta temporada houve três episódios que realmente me explodiram a cabeça, o 8 em que acontece o ataque do Governador à prisão e a chocante morte de Hershel, o 14 em que Carol e Tyreese são obrigados a tomar uma difícil decisão com relação as irmãs Lizzie e Mika para salvar a pequena Judith, e o episódio final em que Rick percebe que suas ações agora estão intimamente ligadas a sua sobrevivência e a de seu filho Carl, quando ele é obrigado a matar à sangue frio um dos agressores que os emboscam na estrada.


O antigo formato de seis episódios (como na primeira temporada) a meu ver funcionaria melhor para condensar os acontecimentos, ou mesmo uma temporada de 10 episódios, como acontece em Game of Thrones, que adaptam um livro de mais de 400 páginas de forma bem competente. Embora agora a série The Walking Dead esteja anos-luz de distância de sua origem nas HQs, e enquanto personagens que já morreram nos quadrinhos há muito tempo ainda estão vivos na série, esticar demais as temporadas parece um erro, já que a lentidão de alguns episódios em que parece que NADA ACONTECE são bem irritantes. Seja como for, a série é um sucesso inegável, e atinge todo tipo de público, desde os que só conhecem os personagens pela TV àqueles que acompanham também as HQs, mesmo sabendo que a fidelidade ao que acontece lá passou bem longe. Como já disse antes por aqui, são duas mídias bem distintas e as duas valem a pena de serem acompanhadas, mesmo já não me agradando tanto assim.


Nota: 7

Ps.: Não há nenhuma menção na série com relação ao personagem Governador se chamar "Brian" Blake na realidade em vez de "Phillip" Blake. A confusão é explicada no livro A Ascensão do Governador, em que Brian, assume a identidade do irmão Phil (que era o verdadeiro fodão enquanto Brian era um bosta asmático) depois que ele é dilacerado por errantes.  Se você odeia o personagem, vai até ter certa simpatia por ele logo que ler o livro. 


NAMASTE!

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