16 de dezembro de 2021

What if… O Que aconteceria se o Wolverine tivesse matado o Hulk?

What if Wolverine vs Hulk


Oi, eu sou o Rod Rodman!

Eu poderia estar fazendo vídeos de dancinha no TikTok, começando algum podcast de mesa no Youtube ou traficando metanfetamina, mas em vez disso, estou escrevendo em um Blog… em pleno ano 2021!

SIM!

Quem ainda escreve em blog? E quem ainda lê isso?

Se você está aqui, parabéns. Você é tão lamentável quanto eu!




Independentemente dessa melancolia toda, hoje estou aqui para tirar do fundo do baú uma história que me foi muito peculiar em minha longínqua infância, quando a vida era bela e eu ainda tinha todo um futuro pela frente. O Incrível Hulk, publicado no Brasil pela Editora Abril em 1985 estava em seu número 22 e custava 2100 Cruzeiros…


What if Wolverine vs Hulk


(Pois é… Essa é do fundo do baú, MESMO! Tem gente hoje em dia que não sabe nem que o Cruzeiro já foi uma moeda no Brasil, que não sabe o significado de HQ e que só conhece “Hulk” porque ele apareceu nos filmes dos Vingadores!)

Anyway

Esse gibi publicava histórias regulares do “Golias Esmeralda” da década anterior e início dos anos 80 — lembrando que havia uma defasagem de alguns anos entre o que saía nos EUA e o que era publicado no Brasil —, e lembro que essa capa me chamou bastante a atenção por conta do seu tema central: Morte!

Sim, já contei aqui algumas vezes o quanto o tema “morte” me atraía e me deixava bastante chocado nas histórias em quadrinhos durante a infância e pré-adolescência e como a personalidade do jovem Rod Rodman foi praticamente moldada pelo trauma sofrido durante a morte da Gwen Stacy e do Superman.




Era o começo dos anos 90, não sei precisar a data específica, mas eu tinha sido levado por meu irmão mais velho para a casa de alguns amigos de escola dele para jogar videogame — era uma dupla de irmãos também e eles eram donos de um Atari, se não me falha a memória — ou jogar bola no quintal. Não sei os detalhes porque eu era realmente muito pequeno… Todavia, lembro que já sofria bullying por ser inepto tanto em manipular aquele controle "bananão" do Atari quanto em jogar bola, mas esses outros traumas não vêm ao caso agora...


Não se excitem, isso não é um consolo, é um controle de Atari


Esse meu irmão foi o grande responsável por eu gostar de HQ — e de eu ter gastado o valor de alguns carros populares com essa merda desde então — e foi ele quem trouxe para casa as primeiras revistas do tipo.

Esses amigos de meu irmão também gostavam de gibizinhos e um deles possuía uma caixa de papelão grande cheia de ácaro revistas, o que, obviamente, chamava a atenção de uma criança. Dentro dessa caixa, me lembro de ter visto muita HQ que era lançada na época — e provavelmente anteriores também — tanto da Disney, da Marvel e da DC e até hoje, quando me deparo com alguma das capas que vi na época, agora em sites de download, me bate um sentimento de nostalgia.

E já que citei a morte da Gwen Stacy, a primeira vez que peguei nas mãos a edição especial da Abril que reunia todos os confrontos do Homem-Aranha com o Duende Verde e consequentemente o fim trágico da namorada de Peter Parker, foi na casa desse cara mencionado.




O incrível Hulk #22 foi uma das HQs que encontrei nessa coleção e só para galera se situar no tempo/espaço, no começo dos anos 90, para o público “civil” o Hulk era um personagem extremamente popular, já que muita gente assistia as reprises do seriado do personagem vivido tanto pelo Lou Ferrigno quanto por Bill Bixby na TV. Se você não sabe do que estou falando, dá um Google aí, mas não espere muita coisa…

Eu já conhecia "de orelhada" alguns personagens da DC como o Superman, o Batman e  o Robin por conta dos desenhos dos Superamigos e na Marvel, provavelmente, era familiarizado apenas com o Homem-Aranha porque uma das primeiras revistas que tivemos em casa era o seu título mensal, também da Abril. “Wolverine”, no entanto, era um personagem totalmente obscuro para mim.

Eu comecei a ler HQs na primeira metade dos anos 90 e nunca tinha colocado a mão em nada referente a X-Men ou outros mutantes, por isso, aquele cara com garras metálicas saltadas dos antebraços e vestindo um traje amarelo era um completo estranho… Mas ele tinha matado o Hulk — a capa da edição deixava isso explícito — e o pequeno Rodman sentiu interesse em ver como isso acontecia.

Enquanto meu irmão jogava Atari ou batia uma bola no quintal com seus amigos, obviamente, eu, que já era introspectivo, preferia ficar “devorando” os gibizinhos no quarto um por um.

História legal, Rodman… Você sempre foi freak… Mas e daí?

Daí, jovem padawan, que naquela época, eu não fazia ideia o que significava “What if…” ou mesmo a sua tradução em português, portanto, eu não entendia que o Wolverine não tinha matado, de fato, o Hulk. Eu fiquei chocado que alguém fosse capaz de acabar com o Golias Esmeralda — que nos gibis do meu irmão, surrava os Vingadores sem nem suar! — e essa é a importância dessa história para a minha cronologia pessoal.

Para escrever esse post, eu decidi reler tanto a história em que ela é baseada quanto o próprio What if… e várias recordações voltaram em minha mente. 

Além do momento em que o Logan dá cabo do abacate vitaminado da Marvel, esse mix da Abril — o famoso "formatinho" 20x13 cm — também conta com uma história da guerreira Sonja escrita por Roy Thomas e Clair Noto, com desenhos de Frank Thorne e uma história do Quarteto Fantástico — dividida em duas partes — escrita por Gerry Conway e desenhada por Rich Buckler.


What if Wolverine vs Hulk


Confesso que a minha mente obliterou qualquer lembrança da história da Sonja — nunca gostei de Conan e nem de seus derivados, por isso devo ter cagado para esse fato — e da história do Quarteto Fantástico eu me recordava apenas dessa imagem específica:


What if Wolverine vs Hulk


Eu conhecia o Namor de sunguinha verde por causa daquele seu confronto contra o Hulk — junto dos "Pesos Pesados" da Marvel — escrito por John Byrne e quando o vi com esse traje azulado, devo admitir que achei mais maneiro. Mesmo ainda criança, sempre imaginei que devia ser incômodo lutar vestindo apenas uma cuequinha de escamas!


What if Wolverine vs Hulk


Por muitos anos, achei que aquele Namor vestido adequadamente fosse alguma coisa da minha imaginação, e só quando ele voltou a usar esse uniforme — que é descrito na história citada como um “traje formal da realeza” atlante — muitos anos depois, é que eu percebi que não era um devaneio meu e que a roupa com asas embaixo das axilas era de verdade.

Obviamente, eu não me lembrava de nada sobre o conteúdo de nenhuma dessas outras duas histórias.

O que aconteceria se... O Wolverine tivesse matado o Hulk? é uma história escrita por Rich Margopoulos com arte de Bob Budiansky e Mike Esposito em 1981 — apenas 4 anos antes da sua publicação no Brasil — e como todo mundo sabe agora por causa da exposição do seriado animado do MCU, "What if..." é um selo que visita acontecimentos passados em realidades paralelas, com narração do Vigia Uatu.

Quem são essas pessoas que você citou, Rodman?

Boa pergunta! Eu não conhecia nenhum desses escritores e desenhistas na época e continuo não fazendo a mais puta ideia de quem sejam hoje!

A história original em que o Wolverine faz a sua estreia no universo quadrinístico da Marvel, caindo no soco com o Hulk e o Wendigo AO MESMO TEMPO, se deu em 1974, com roteiros de Herb Trimpe e Len Wein — que criou o carcaju — e arte de Jack Abel.

No universo 616 tradicional — história que li a primeira vez em uma republicação feita pela própria Editora Abril na edição comemorativa de nº 100 do personagem, em 2000 — o Wolverine — que tinha um visual todo esquisito com uma máscara aberta nos olhos e “bigodinhos” — é contratado pelo governo canadense para capturar o Hulk — que está invadindo a área de uma instalação secreta — e o Wendigo, um monstro canibal que aterroriza as paragens do Canadá há algum tempo.


What if Wolverine vs Hulk


Como não podia deixar de ser, os dois monstros estão caindo de pau em meio ao cenário desolado, quando o Wolverine chega para dar um basta na contenda e acaba colocando ainda mais lenha na fogueira com seu jeitão estúpido e bronco.

Todo mundo sabe que foi o Chris Claremont, alguns anos depois da criação do personagem, que deu todas as características mais básicas que hoje identificamos no Logan em qualquer mídia que aparece e naquele início, ele era só um baixinho muito folgado que achava que podia peitar o personagem mais forte da Marvel…

Essa história envolve muito mais a mística ao redor do monstro albino da floresta do que a briga entre o Hulk e o Wolverine necessariamente e o “tão esperado” momento em que os dois caem no soco pela primeira vez é bem mais ou menos. Os desenhos de Jack Abel são apenas “OK” e o roteiro é um pouco cansativo, embora conclua bem com uma reviravolta interessante envolvendo a identidade do humano amaldiçoado que habita o corpo do Wendigo — ou seria o Wendigo que habita o seu corpo? 🤔 Enfim...

Alguns anos depois da história original que apresentou o Wolverine ao mundo, os roteiristas imaginaram o que teria acontecido se, naquele primeiro embate, o cara com ossos de adamantium já tivesse matado o Hulk, fato que ocorre logo na primeira página da HQ. 

O enredo desse "What if..." praticamente ignora a existência do Wendigo ou mesmo a razão dos dois monstros estarem lutando pouco antes da chegada de Logan ao local e em uma atitude impulsiva, o carcaju simplesmente decide cravar suas garras no pescoço do verdão, que cai mortalmente ferido.

Se eu tivesse assistido aquele “telefilme” do Hulk em que ele morre após cair de um helicóptero 🙄 eu poderia já estar preparado para um desfecho tão simplista como esse, mas naquela época, eu pensava que o Hulk era invulnerável, assim como o Superman, por exemplo…

O diálogo da cena me abalou na época:


What if Wolverine vs Hulk


“Vou rasgar sua goela!”. Imagina uma criança de 7 anos lendo isso num gibi!

Tudo depois dessa cena em diante é uma grande nuvem de lembranças esparsas em minha cabeça e só alguns anos depois — leia-se 2021 — é que fui saber o que acontece em seguida na história.

Em resumo, depois que mata o Hulk, o Wolverine é expulso da equipe tática do governo canadense e por sua atitude enérgica em resolver a questão com o monstro verde, ele acaba sendo cooptado por ninguém menos que o Magneto para integrar a sua famosa Irmandade de Mutantes.

Na época, os X-Men ainda eram formados apenas pelos cinco membros originais — Ciclope, Garota Marvel, Homem de Gelo, Anjo e Fera — e a Irmandade tinha em suas fileiras o Blob, a Lorelei, o Mestre Mental e um tal de Unus, que eu nunca tinha ouvido falar — e cujo poder é basicamente “ser intocável”.

Corta a cena e o Wolverine aparece de cara lavada sem seu traje amarelo na mansão do Professor Xavier, se oferecendo para fazer parte dos X-Men. Como estava usando um dispositivo que não permitia que o careca lesse seus pensamentos, o carcaju se infiltra no grupo mutante com facilidade e começa a ganhar a confiança de todos... menos do Ciclope.


What if Wolverine vs Hulk


O plano, óbvio, é permitir que Magneto e sua trupe consiga invadir a mansão em um momento vulnerável dos alunos de Xavier e é o Wolverine quem vai garantir isso.

Apaixonado por Jean Grey — até porque sabemos que o único ponto fraco do Logan é mulher ruiva —, o cara decide, na última hora, trair Magneto e acaba sendo morto quando o mestre do magnetismo usa seus dons para forçar o Wolverine a cravar as garras de metal em sua própria garganta… Coisa, aliás, que já devia ter acontecido desde a primeira vez que os dois se enfrentam no universo 616… Um controla o metal, o outro tem os ossos revestidos por metal… Adivinha!

O magnetismo deve deixar o Magneto meio burro…

O que aconteceria se O Wolverine tivesse matado o Hulk? é uma história maravilhosa?

Não.

Vai mudar a sua vida?

Nem um pouco.

Mas diverte durante os 10 minutos que você demora para ler. Aqui funciona apenas o fator nostalgia da coisa e também para deixar claro que um “What if…” bem contado, sempre termina com muitas mortes… Esse parecia ser o padrão da série desde a sua gênese.

Quem quiser dar uma conferida nesse clássico da Marvel — contém ironia —, fica aí embaixo no link para download.

Clica aqui

NAMASTE!

Corrente das séries

Blog do Rodman a corrente das séries

Há alguns anos, quando eu ainda usava outras redes sociais além do Twitter, eu recebi a corrente das séries em um post e achei bacana responder os 18 tópicos de sua lista.

Naquela época, o resultado foi o seguinte:


1. Nunca assisti: Seinfeld

2. Não sinto vontade de assistir: Grey's Anatomy

3. Assisti mais de uma vez: Westworld (até pra poder entender! Hehehe!)

4. Última que maratonei: La Casa de Papel

5. Todo mundo gosta e eu não: The Office

6. Abandonei: The Walking Dead

7. Me frustrei: Game of Thrones 

8. Surpreendeu: A Maldição da Residência Hill

9. A melhor: LOST

10. Reality: Sei lá… não vejo nenhum. 

11. Emociona: Eeeeeee… não sei. 

12. Quero Assistir: Community

13. Marcou a infância: Jaspion

14. Marcou a adolescência: Lois & Clark

15. Recomenda: Breaking Bad, Marianne

16. Cancelaram e sofri: Se cancelaram é porque é ruim! 

17. Pra relaxar: Friends

18. Um clássico: 24 Horas


Agora, muitos anos depois, resolvi recriar essa lista — até porque estou com preguiça de escrever outros posts — e vou apresentar a versão 2021 da Corrente das (minhas) Séries. Sigam-me os bons!


1. Nunca assisti:

Corrente das séries


Ouvi ótimas recomendações sobre Seinfeld, já fui incentivado a assistir mais de uma vez, a série estreou recentemente no catálogo da Netflix… Mas até hoje, eu nunca assisti e nem sei se vou. Quem sabe?
 

 

2. Não sinto vontade de assistir:

Corrente das séries


Cara! 18 temporadas em uma série sobre médicos… Não rola. Continuo não tendo vontade nenhuma de começar a assistir Grey's Anatomy.


MENÇÃO HONROSA: Loki do Disney + que foi a única das séries da Marvel para a qual simplesmente caguei e não vi até hoje.

 

3. Assisti mais de uma vez:

Corrente das séries


A série dos Titãs da Netflix/Warner eu já assisti mais de uma vez, até porque atualmente, as coisas somem da minha mente com muita facilidade e como são poucos episódios, é bem rápido de ver tudo de novo.

MENÇÃO HONROSA: A primeira temporada de Stranger Things eu já assisti mais de uma vez e pretendo rever todas as três antes da estreia da quarta temporada.

 

4. Última que maratonei:

Corrente das séries

Eu tenho assistido a muitas séries atualmente — sobretudo as antigas, que já vi várias vezes! — mas maratonar mesmo, de em poucos dias detonar com várias temporadas inteiras, eu só fiz com Orphan Black.

Eu nunca tinha desenvolvido interesse em ver a série por total ignorância sobre do que se tratava, mas bastou eu ler a sinopse uma vez para me sentir totalmente atraído para a história.

“Uma mulher se depara com alguém idêntica a ela cometer suicídio e quando decide assumir a identidade dessa pessoa, ela atrai para si vários problemas gerados pela vida daquela total estranha”.

A primeira temporada é absurdamente frenética e a cada novo episódio, a gente vai descobrindo cada vez mais motivos para continuar acompanhando a trajetória de Sarah Manning (Tatiana Maslany) enquanto ela se faz passar pela policial Beth.

Eu assisti as cinco temporadas quase sem pausas por conta da contagem regressiva imposta pela Netflix, que resolveu remover a série do catálogo, e foi uma verdadeira maratona liquidar todos os episódios e descobrir, afinal, qual seria o destino de Sarah e suas diversas cópias.

A Tatiana Maslany foi escalada para viver a Jennifer Walters e a Mulher-Hulk no seriado da Disney + e eu já estou ansioso para assistir. Ela conseguiu dar vida a quase 10 personagens diferentes em Orphan Black e mesmo se tratando de clones, a gente consegue ver nitidamente as diferenças sutis entre todas elas. Genial!


MENÇÃO HONROSA: Assistir todos os episódios de Round 6 não foi bem uma maratona e sim uma corrida até a esquina, mas a série rendeu bons momentos de diversão. É bom sair, de vez em quando, da nossa zona de conforto e experimentar produtos de outros lugares do mundo. Apesar do último episódio cagado, toda a primeira temporada é bastante empolgante… e é totalmente desnecessário que tenha uma segunda!

 

5. Todo mundo gosta e eu não:

Corrente das séries

Dizem que leva um tempo para se gostar de The Office, que os primeiros episódios são mesmo um pouco lentos… Mas eu não consegui achar graça de nada do que vi no começo da primeira temporada. Fica para uma próxima vida, quem sabe!

 

MENÇÃO HONROSA: Elite da Netflix… Assisti a alguns episódios e achei beeeem caidinha. Não me agradou.

 

6. Abandonei:

Corrente das séries

Assim como The Walking Dead, que citei na primeira lista, eu larguei mão das séries da CW. Consegui concluir Arrow, que era a que eu mais tinha simpatia, mas The Flash, Batwoman, Supergirl e Legends of Tomorrow me recuso a continuar assistindo. Deus que me livre!

 

7. Me frustrei:

Corrente das séries

Depois de LOST, acho que Game of Thrones foi a série que mais se aproximou de unir gregos e troianos num único intento, todos os domingos à noite.

Era incrivelmente prazeroso assistir aos episódios semanais e depois comentar no Twitter com a galera todas as emoções vividas até a sétima temporada, pena que a série foi ladeira abaixo em sua reta final.

Longe das mãos do George R.R. Martin — o autor dos livros da saga Crônicas de Gelo e Fogo — que nunca escreveu o final da sua própria história, os showrunners da série da HBO D.B. Weiss e David Benioff decidiram entregar um trabalho porco e apressado para encerrar a série, achando que assim, estariam agradando aos fãs, que também, como na época de LOST, viviam sugerindo e exigindo nas redes sociais o final que gostariam de assistir.

Por fim, GOT terminou de maneira melancólica e ninguém ficou satisfeito com os destinos dos personagens principais.

Daeneys morreu de um jeito idiota, Jon Snow voltou a ser o nada que sempre foi desde o começo da série, o Rei da Noite foi destruído de maneira cretina e a Arya Stark se tornou uma… pirata?

Tomanocu!

Final bem aquém de tudo que a série prometia desde o início, o que, obviamente, não apaga em nada a excelente trajetória e a produção acima da média que Game of Thrones sempre teve desde seu primeiro episódio, em 2011. Ou será que apaga?

 

8. Surpreendeu:

 Corrente das séries


Numa das minhas últimas idas à CCXP, eu cheguei a ver um cartaz de Desalma no painel da Globoplay e por se tratar de “bruxaria” em uma produção brasileira, eu me empolguei para assistir.

Eu maratonei os 10 episódios da série de uma tacada só e realmente fui surpreendido pela qualidade da produção que tem toda a cara de material gringo, tanto pela excelente fotografia quanto pela direção artística de João Paulo Jabur, Pablo Müller e Carlos Manga Jr..

A história fala sobre antigos rituais que ocorriam na cidade fictícia de Brígida, no Rio Grande do Sul e uma festa de origem pagã chamada Ivana-Kupala, onde uma jovem moradora local chamada Halyna (Anna Melo) acaba perdendo a sua vida.

Toda a trama que envolve o assassinato da garota reverbera pelos demais personagens ao longo dos anos e a personagem de Cássia Kiss — uma bruxa local —, que é a mãe de Halyna, acaba ditando os rumos da série.

Escrita por Ana Paula Maia, Desalma é um dos produtos nacionais mais bem feitos dos últimos anos, entrega ótimas atuações de Claudia Abreu e Maria Ribeiro e uma segunda temporada já está em produção.

 

9. A melhor:

Corrente das séries

Em 2021, fazem 11 anos do fim de LOST e até hoje, continuo elencando essa série como a melhor de todas os tempos.

LOST era para mim, muito mais do que apenas os mistérios sobrenaturais da ilha onde o avião da Oceanic Airlines cai no primeiro episódio ou as experiências científicas realizadas no local pela Iniciativa Dharma… A meu ver, a série falava sobre os personagens e era por eles que eu torcia do início ao fim de sua saga, mesmo que muitos deles não tenham conseguido chegar lá.

Eu era incrivelmente apaixonado por todos eles e me vi identificado pelos seus dramas de vida, pelos obstáculos que enfrentavam e pela maneira como tentavam resolver seus problemas pessoais, tais quais abandono parental, alcoolismo, crises conjugais, abuso de drogas e dificuldades para lidar com perdas.

Jack. Hurley. Kate. Locke. Sawyer. Jin. Sun. Charlie Nick e Paulo… NÃO, zoeira! e tantos outros fizeram parte da minha vida por seis maravilhosos anos e sempre que posso, eu os revisito, revendo todas as temporadas daquela que foi e sempre será a melhor série de todos os tempos.

 

10. Reality:

Corrente das séries

Eu assisti ao Brincando com Fogo original e até comentei aqui o que achei. Tentei assistir a versão brasileira narrada pela Bruna Louise, mas decidi que não tenho tanto tempo de vida para perder com essa besteira.

“Quando eu tiro a camisa na balada, nenhuma mulher consegue resistir ao meu charme”.

Fala sério! Que tipo de pessoa fala uma coisa dessa no mundo real?

 

11. Emociona:


Corrente das séries

 


Sob Pressão da Globoplay é uma daquelas séries médicas que me fizeram dar uma chance ao gênero que sempre abominei.

Tenho acompanhado há algum tempo e a cada episódio, fico ainda mais impressionado com o talento interpretativo de Marjorie Estiano.

Os encontros e desencontros da doutora Carolina e do doutor Evandro (Júlio Andrade) que tentam manter um relacionamento enquanto a vida no hospital público do Rio de Janeiro os afasta, são o mote principal da série, mas é acompanhando as vidas dos pacientes que chegam ao local que mais somos atingidos pelas emocionantes tragédias da vida real que o roteiro nos transmite a cada novo episódio.

Me vi chorando em vários momentos da série e essa última temporada especialmente, exibida esse ano, em período pós-pandemia — por assim dizer, embora a pandemia ainda não tenha acabado — me acertou de uma maneira bem particular.

Todas as quatro temporadas de Sob Pressão estão disponíveis no Globoplay e a direção é de Andrucha Waddington.

 

12. Quero Assistir:

 

Corrente das séries

Não tenho muitos motivos para querer continuar vivo, mas eu gostaria muito de assistir à série da Mulher-Hulk que estreia em 2022 na Disney +.

A personagem tem um timing de comédia muito bom nos quadrinhos — em especial, as suas fases nas mãos de John Byrne e de Dan Slott — e acho que combina bastante com a pegada dos filmes da Marvel, sem falar na quantidade absurda de cameos que pode render o tema "advocacia", com a participação de vários outros personagens do MCU… 

O que óbvio, não vai acontecer!

Mesmo assim, de todas as séries que estão prestes a estrear, She-Hulk é a que mais me deixa empolgado.

 

13. Marcou a infância:

 

Corrente das séries

O fantástico Jaspion me marcou de maneira muito intensa na infância e a série do maior Metal Hero japonês de todos os tempos me ajudou a enfrentar uma realidade solitária e triste. Não é para menos que os olhos se enchem de lágrimas até hoje cada vez que ouço os primeiros acordes daquela guitarra que antecede o tema da abertura.

Jaspion mora para sempre no meu coração.

 

14. Marcou a adolescência:

 

Corrente das séries

Nos anos 90, eram raríssimas as produções que envolviam super-heróis. Seja pela dificuldade orçamentária da época ou pela defasagem de efeitos visuais, os heróis raramente saíam das páginas de quadrinhos e iam para as telas… Quando iam, a gente tinha produções como o vergonhoso Capitão América (1990) de Albert Pyun, o intragável Quarteto Fantástico (1994) de Oley Sassone ou a esquecível Liga da Justiça (1997) dirigida por Félix Enríquez Alcalá.

Na esteira desses desastres cinematográficos, a Warner decidiu apostar em um seriado sobre o Superman, porém, mais focado em Lois Lane e Clark Kent. Foi aí que estreou, em 1993, Lois & Clark – As Novas aventuras do Superman.

Com a falta de produções bacanas com meus heróis favoritos, Lois & Clark supriu por um bom tempo aquela necessidade de ver o Superman em live-action. Os filmes de Richard Donner e Christopher Reeve eram bons, mas só tinham dois deles e ambos passavam com frequência na TV.

Lois & Clark focava mais nas aventuras românticas do alter-ego do herói kryptoniano e o cenário variava pouco entre a redação do Planeta Diário, o apartamento dos dois ou a fazenda da família Kent em "Pequenópolis". Os efeitos visuais do voo do Superman também eram bem capengas, mesmo assim, essa foi uma série que marcou a minha adolescência e que me apresentou à melhor Lois Lane de todos os tempos: Teri Hatcher.

A série está disponível no catálogo da HBO Max, mas eu não me arrisco a assistir de novo. Melhor deixar na lembrança!

 

15. Recomenda:

Corrente das séries

Esse ano eu revi todas as temporadas de Breaking Bad e para quem nunca assistiu essa série fenomenal escrita por Vince Gilligan e protagonizada pelo ainda mais fenomenal Bryan Cranston, fica a dica. Ela está inteirinha na Netflix e dá para assistir em um espaço muito curto de tempo.

  

16. Cancelaram e sofri:

 

Corrente das séries

Eu confesso que assistiria facilmente mais umas duas ou três temporadas de Demolidor da Netflix, com aquele mesmo elenco e a adição de outros personagens das páginas dos gibis do Homem sem Medo.

Recentemente, a Marvel anunciou que Charlie Cox foi contratado para voltar a viver o personagem em produções da casa  — sem a parceria com a Netflix desta vez —, mas eu duvido que seja a mesma coisa, mesmo que eles venham a desenvolver uma nova série.

Marvel’s Daredevil foi um acerto muito grande no mundo das séries de super-heróis e é, de longe, a melhor do gênero. Não só pela violência que era bastante pungente, mas também por todo o aspecto psicológico do personagem das HQs que foi respeitado na produção e os excelentes coadjuvantes que permeavam toda a narrativa de Matt Murdock.

Depois de WandaVision, que mesmo com seus defeitos, é uma boa série, nada mais que a Disney + tem lançado com os personagens do MCU me agrada, o que me deixa muito desesperançado para algo que envolva o Demolidor, mesmo colocando o Charlie Cox à frente. Uma pena muito grande não termos uma quarta temporada de Marvel's Daredevil depois daquela apresentação incrível do Mercenário na terceira.  

 

17. Pra relaxar:

Corrente das séries
 

Friends, Todo Mundo Odeia o Chris, Um Maluco no Pedaço e as primeiras temporadas de Dois Homens & Meio eu costumo usar para dar uma relaxada. Dificilmente essas séries entregam algum episódio ruim ou que não tenham graça.

 

18. Um clássico:

 

Corrente das séries

Atualmente, eu estou com algumas séries novas enfileiradas em minha lista para assistir, mas em vez disso, estou revendo a sétima temporada de 24 Horas DE NOVO, pela segunda vez em um período de menos de um ano.

Eu já escrevi alguns posts ao longo desses 11 anos de blog sobre 24 Horas e não me canso de dizer que foi com ela que comecei a pegar gosto por acompanhar séries estrangeiras e me sentir desesperado até que chegassem novos episódios.

A série acabou há mais de 8 anos, mas até hoje, me pego revendo as temporadas e acompanhando os dias intermináveis na vida de Jack Bauer, o agente mais eficiente da CTU, a Unidade Contra Terrorismo.

Depois de assistir muitas vezes, a gente consegue enxergar um padrão entre as temporadas, que usam sempre uma estrutura muito parecida entre si nos 24 episódios — toda temporada tem pelos menos três chefões terroristas divididos em hierarquias, como num jogo de videogame, os vilões são sempre árabes, africanos ou chineses e tem sempre um traíra infiltrado na CTU ou no FBI! —, mas mesmo sendo, às vezes, exageradamente ufanista e colocando os EUA como o centro da galáxia quase sempre, ainda assim, é divertido acompanhar a história.

A meu ver, 24 Horas já é um clássico eterno!

 

MEU TOP 5 SÉRIES DA VIDA

 

1 – LOST

2 – Breaking Bad

3 – Game of Thrones

4 – 24 Horas

5 - Friends


NAMASTE!

20 de setembro de 2021

Para Ana Luiza

para Ana Luiza


No último dia 17, eu e a minha família perdemos a Ana Luiza, de 26 anos, para o câncer. 

Sua luta contra a doença durou apenas alguns meses entre a descoberta, o tratamento com a quimioterapia e os resultados negativos após a mastectomia. 

Em suas redes sociais, com uma fé que parecia inabalável, em nenhum momento ela pareceu duvidar de sua cura. Teve que pedir ajuda aos amigos e familiares para se manter firme com os custos do tratamento, mas não desanimou um só instante. Acreditou que ia ficar bem até o fim.

Ela e eu não éramos primos próximos. Sempre morávamos em cidades muito distantes em São Paulo. Era um daqueles casos de familiares que se perdem um do outro durante anos e que se reencontram muito tempo depois com já todo mundo crescido e estabelecido. 

Minha empatia por ela foi meio que instantânea. São-paulina fanática estampava em todos os lugares para quem quisesse ver o quanto amava o nosso Tricolor Paulista. 

Durante anos, fomos "companheiros" inseparáveis de elogios, birras, críticas e muito lamento – esse principalmente nos últimos anos! – com esse time por meio do Twitter e era lá que tínhamos a nossa ligação mais forte. 

Ela dizia que o Twitter "não era lugar para família cuidar da nossa vida" e como todo mundo, usava o espaço de poucos caracteres como diário da vida. Eu era família também, mas como ela dizia, era bem-vindo. 

Ana Luiza



Por razões que só a vida pode explicar, eu encontrei a Analu apenas uma vez pessoalmente e foi – pasmem – num velório há alguns anos. Já a conhecia por fotos e claro, tínhamos contato pelas redes sociais. Ao vivo, nunca. 

Nossas famílias eram bem distantes uma da outra e as reuniões familiares passaram a rarear cada ano mais com os falecimentos naturais de parentes mais velhos. 

Apesar disso, eu a considerava como alguém próximo. As redes sociais nos fazem sentir como se a pessoa do outro lado estivesse "logo ali" e de um jeito ou de outro, ela estava sempre conversando comigo com suas postagens no Twitter

Linda. Alegre. Sincera. Essa era a Ana Luiza que eu conhecia. Não consigo imaginá-la de outro jeito. 

A partir do momento que ela deu entrada no hospital já em estado grave, eu passei a questionar o quanto todo esse sofrimento era injusto. 

Como alguém tão jovem e com tanta coisa ainda para viver pode passar por algo tão terrível?

Que tipo de justiça divina é essa que permite que uma moça tão cheia de fé em sua cura possa ser violada dessa maneira por uma doença tão feroz que não perdoa ninguém? 

E por que ela, que queria tanto viver?

Por que não eu que passei os últimos dois anos praticamente pedindo pra ser levado daqui porque já não acreditava mais em nada e não tinha mais nenhum propósito de vida? 

Às vezes, eu acho que se tem mesmo alguém lá em cima olhando tudo isso acontecer sem reação alguma, é alguém de puro sadismo.

E às vezes, eu acho que não existe ninguém. 

Analu, como seu amigo distante, eu desejei muito a sua cura. Até o último segundo acreditei que você fosse sim ser abençoada com uma melhora em seu quadro de saúde e que em breve estaria entre nós mais uma vez, abraçando seus entes queridos, vibrando com o São Paulo – nos momentos bons e ruins –, revendo seu Toy Story, curtindo seu Coldplay, jogando seu Free Fire, dando apertões carinhosos na sua Tereza e abrindo esse sorrisão lindo que tu tinha.  

Infelizmente, o universo não quis assim.

Nos vemos em breve então, quem sabe. Eu vou com a camisa do Tricolor, que tal? Eu e você na torcida lá de cima gritando muito, xingando palavrão… ia ser hilário! 
Fica em paz prima! Você foi, é e sempre será incrível! Nós te amamos!

P.S. - Parei de usar o Facebook há algum tempo e não o tenho mais instalado no celular. Apesar disso, mantenho o Messenger para algum tipo de emergência, sei lá. 
Há alguns dias, quando a Ana Luiza ainda estava em tratamento regular, eu mandei uma mensagem perguntando como ela estava passando por tudo isso. A ideia era bater um papo, manter uma proximidade, passar algum tipo de esperança, embora ela já a tivesse de sobra. Como a mensagem ficou sem resposta por um tempo, achei que ela não tivesse visto ou não tivesse ligado. 
Ao abrir o Messenger recentemente, descobri que ela tinha me respondido dia 08/09, apenas 5 dias antes de ser internada pela última vez. O app não me notificou e eu jamais vou ter a chance de responder aquela pergunta. 

Ana Luiza



P.S. 2 - Vou sentir falta de assistir futebol e depois ler os comentários da Analu marrenta no Twitter. A bicha era braba!
Os jogos do São Paulo nunca mais vão ser os mesmos sem ela...

Analu braba



NAMASTE!

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