Parece até aquela "cláusula dos quadrinhos" escrita por Mark Evanier na hilária Sérgio Aragonés Massacra a Marvel: "Quando dois ou mais heróis se encontram numa HQ eles devem brigar sem motivo aparente". Essa é uma máxima que faz muito sentido. Não precisa ter um roteiro bem elaborado para que dois heróis caiam na porrada. Basta ter um filete de motivo que... ZÁS! Lá estão eles tentando se matar para no fim de tudo unir suas forças.
Cá entre nós, não há nada mais chamativo numa capa de HQ do que ver dois heróis se pegando (no bom sentido!), e exatamente por isso (enfim) estreio 2011 com o mais novo TOP 10: AS MAIORES PORRADARIAS DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS.
Procure um lugar seguro, porque o bicho vai pegar!
(Clique nas páginas para ver com mais detalhes os diálogos)
Os dois maiores ícones das HQs já entraram em conflito por mais de uma vez e isso não é nenhuma novidade, uma vez que a visão de justiça de ambos são pra lá de distintas.
O Cavaleiro das Trevas (a HQ e não o filme) escrita por Frank Miller redefiniu o conceito do Homem Morcego no fim dos anos 80, e colocou Bruce Wayne no topo dos cascas-grossas da DC, relegando o Superman a um escoteirão sem graça.
Nessa HQ os dois chegam a vias de fato devido suas visões particulares sobre justiça e o resultado é o Batman limpando o chão com a cara do último Filho de Krypton:
Tudo bem que irradiando o Superman com kryptonita qualquer um consegue encher a cara dele de bolacha, mas que essa surra que o Batman aplica no Azulão é linda de se ver isso ninguém pode negar.
Há quem diga que o Escalador-de-paredes não é páreo para a fúria esmeralda do Hulk, mas isso não é bem verdade. O Homem Aranha enfrentou o Hulk em mais de uma oportunidade e saiu ileso de todas (diferente de quando ele foi literalmente atropelado pelo Fanático). Em matéria de força não há o que discutir: Poucos personagens na Marvel podem medi-la com o Gigante Esmeralda, mas o Aranha também tem os seus truques e pode agüentar muito bem a força da criatura. Lançada no Brasil na revista a Teia do Aranha nº 84 em 1996 (pela Abril no tradicional formatinho), a história do embate escolhido mostra um Hulk que na época era inteligente, transformado novamente numa criatura raivosa e descontrolada graças a um vírus gama experimental que libera a fúria reprimida do hospedeiro. Vendo-se entre o Hulk e um Doutor Samson enfraquecido, o Cabeça-de-Teia faz de tudo para impedir que o Verdão destrua a cidade e ainda no processo mate alguém (inclusive ele mesmo). Após ficar abalado por uma forte pancada do monstro Peter usa de psicologia para detê-lo e o faz exceder os limites de sua fúria até que o vírus se auto-exclua do corpo de Banner. Quando volta a si, o Hulk simplesmente dá as costas ao herói e volta para Nevada, local que ele usava na época como refúgio.
Vitória do Aranha que nem precisou usar sua força para deter o Hulk, muito menos lhe passar um vírus da gripe como aconteceu em outra luta entre eles!!
Usado por Tony Stark, o invencível Homem de Ferro durante a Guerra Civil, com sua identidade secreta exposta para todo o mundo e com muita coisa a perder em jogo, Peter Parker se volta contra Stark em plena Guerra e decide ficar do lado do Capitão América contra a Lei de Registro de Super-Heróis.Usando uma armadura projetada por Stark, Peter tenta de tudo para deter seu ex-mentor, mas o máximo que consegue é equivaler suas forças com as dele.
Depois do breve embate, Peter foge e Stark simplesmente desativa a armadura do rapaz, o deixando a mercê de super-vilões que quase o matam nos esgotos de Nova York. Peter é salvo pelo Justiceiro.
Mais tarde, já com seu velho uniforme vermelho e azul, o Aranha volta a enfrentar o Homem de Ferro, após uma emboscada planejada pelo Capitão América e leva uma surra do herói blindado.
Resultado mais justo num embate como esse.
Vitória do enlatado. Essa foi mole!
Durante a Guerra Civil (HQ escrita por Mark Millar) não havia um herói sequer contra a Lei de Registro que não quisesse dar um safanão no Homem de Ferro. O Vingador Dourado foi considerado por muitos o grande vilão da série, uma vez que era uma batalha de herói contra herói. A Lei de Registro obrigava que todos aqueles que usassem seus poderes em prol da sociedade tivessem suas identidades secretas reveladas e registradas pelo governo, após um acidente na cidade de Stamford que matou milhares de pessoas após um confronto entre os heróis conhecidos como os Novos Guerreiros e o vilão Nitro. Para o Capitão América, isso era uma afronta à liberdade, e o Bandeiroso se voltou contra a SHIELD, tornando-se um fugitivo da lei. Encabeçando a fileira adversária estava Tony Stark, e não demorou para que os dois antigos amigos se enfrentassem em campo de batalha. O Resultado pode ser visto a seguir.
Tony limpou o chão com o velho Steve Rogers e a revanche dessa luta só pode ser conferida no último capítulo da série Guerra Civil. Com a ajuda do sintozóide Visão que avaria a armadura do Homem de Ferro, o Capitão América dá uma lição em Stark, mas apesar de vitorioso ele se entrega à justiça, terminando seus dias pouco tempo depois, assassinado na escadaria no lugar onde seria julgado.
A história foi publicada no Brasil na revista Homem Aranha nº 94, pela Editora Abril em 1991 (a história original é de 1986), e mostra um período conturbado da carreira do herói aracnídeo, antes de seu casamento (que ocorreria na edição 100 da mesma série). À serviço do Clarim Diário, o Aranha tem que ir até Berlim para uma reportagem e se vê envolvido numa trama cheia de mistérios por Wolverine, que o procura pedindo ajuda para localizar uma mulher denominada Charli. Envolvida até as tampas com a máfia, a mulher está sendo ameaçada de morte e quando Logan está prestes a acabar com o sofrimento da namorada, Peter interfere e os dois entram em um conflito violento. Naquela época a popularidade de Wolverine já vinha crescendo devido às histórias escritas por Chris Claremont, e o personagem já havia ganhado um status de O Casca-Grossa. Isso fica evidente quando à mercê dos golpes do Aranha o Carcajú ainda se vê com fôlego para revidar e quase estripar o pobre Peter Parker.
Essa deu empate, mas se a luta não tivesse sido interrompida, Wolverine teria acabado com o Homem Aranha.
A estréia de Wolverine nos quadrinhos foi numa história do Incrível Hulk. Mandado pelo governo canadense para deter o Gigante Esmeralda e Wendygo, uma poderosa criatura tida como muitos como imortal, o baixinho mutante não se intimidou diante do desafio e partiu pronto a dar cabo dos dois gigantes. Com um visual diferente do conhecido atualmente, mas com o mesmo ar casca-grossa de sempre o baixinho canadense se mete entre os dois titãs e consegue ferir mortalmente o Wendygo. Infelizmente para ele, o Hulk se mostra ainda mais resistente que o monstro branco e dá cabo de Wolverine sem muito esforço.
Até agora o Hulk segue invicto nos maiores quebra-paus das HQs!
Na versão Ultimate do Universo Marvel, um embate entre os dois acabou de forma bem mais violenta, e o Gigante Esmeralda parte literalmente o Wolverine ao meio, deixando-o para morrer na neve dividido ao meio. Isso que é humilhar.
Ainda no embalo da Guerra Civil, a sua conclusão e suas conseqüências, o embate mais esperado após Capitão América X Homem de Ferro, era o acerto de contas entre o Deus do Trovão e o Vingador Dourado.
Para certificar-se que seu lado venceria a Guerra, Tony Stark utilizou os talentos de Hank Pym, o Jaqueta Amarela para clonar os tecidos de Thor através de amostras de seu código genético e usar seus poderes num modelo de vida artificial.O resultado? O modelo de vida tornou-se instável e utilizou a imitação do martelo de Thor para assassinar o herói conhecido como Golias Negro. Desativado pouco depois, o robô caiu no esquecimento, o Capitão América foi morto e o Homem de Ferro venceu a Guerra Civil. A Lei de Registro havia sido aprovada.
Nessa época, o verdadeiro Deus do trovão havia sido dado como morto após os acontecimentos do Ragnarok. Quando ele retornou, descobriu o que havia se passado na sua ausência, e foi prestar contas com o ex-amigo Stark. Para azar de Stark, Thor renasceu com os poderes de seu pai Odin, e não lhe deu a menor chance. Tecnologia X Poderes divinos. Ponto para o loirão.
Esse foi um dos acertos de contas mais esperados pelos leitores, e o Thor arrebentando o Homem de Ferro sem o menor esforço foi do cacete!
Num dos crossovers (nome dado ao encontro de personagens de suas editoras) mais polêmicos da história dos quadrinhos, coube ao Gigante Esmeralda enfrentar o Herói mais poderoso do planeta, o Superman e o resultado podemos ver a seguir.
Em certo momento o Azulão chega a admitir que a força do Hulk é uma das maiores que já enfrentou, mas o Gigante não resiste quando o herói desfere seu mais poderoso soco, o arremessando contra uma montanha. Há quem diga que a vitória do Superman só é possível graças ao fato de que o Hulk que ele enfrentou possuía os pensamentos de Bruce Banner, e não a besta-fera que ele costuma ser. O que aconteceria se o Superman encarasse o Hulk desmiolado que quanto mais nervoso fica mais forte se torna?
No crossover seguinte entre Marvel e DC (no excelente Vingadores X Liga da Justiça), quem cai de pau com o Superman dessa vez é o Deus do Trovão, outro dos seres mais poderosos do universo da Casa das Idéias. Numa disputa acirrada entre as duas maiores equipes de super-heróis do mundo para ver quem consegue reaver primeiro o maior número de artefatos místicos (tecnológicos, sobrenaturais... enfim!) o Deus do Trovão decide medir forças com o Superman e leva a pior!
Em todo o momento o roteirista (Kurt Busiek) sugere que os personagens da DC são mais poderosos que os da Marvel (num nível quase humilhante mesmo), e isso é o que acaba decidindo quem vence. Estranhamente, Thor pouco utiliza dos poderes místicos de seu martelo Mjolnir (uma das fraquezas do Superman é a magia) e acaba enfrentando o Azulão na porrada, o que decreta sua derrota. Particularmente eu discordo do resultado dessa briga, se bem que o Thor anda apanhando de gente muito menos poderosa ultimamente...
Na minha opinião esse é o MAIOR dos quebra-paus entre heróis nas HQs, principalmente por se tratar de uma luta entre os dois MAIS PODEROSOS personagens das Histórias em Quadrinhos. De um lado o mais antigo super-herói já criado, o alienígena vindo do extinto planeta Krypton cujo corpo é uma verdadeira bateria solar que armazena energia há mais de trinta anos. Capaz de voar, disparar rajadas de calor e, além disso, ser invulnerável e superveloz. Do outro, um herdeiro dos poderes de deuses como Salomão (sabedoria) Hércules (força) Atlas (Vigor) Zeus (Poder) Aquiles (Coragem) e Mercúrio (Velocidade). O Homem de Aço contra o Mortal mais poderoso da Terra.Uma verdadeira luta de titãs.
Publicada no Brasil pela primeira vez com o título de Reino do Amanhã, e considerada uma das obras-primas do artista Alex Ross (e escrita por Mark Waid), essa história mostra um mundo onde a nova geração de heróis se torna mais violenta, o que conseqüentemente acaba aposentando o Superman e a Liga da Justiça, que desaprovam tal comportamento. Todos os personagens são retratados mais velhos (com exceção da Mulher Maravilha), e em meio à maldade crescente, uma cabala de vilões liderada por Lex Luthorelabora um plano para se livrar de todos os superseres e assim dominar tudo.
Luthor tem em seu poder o Capitão Marvel que é enviado para deter o Superman quando este desiste da aposentadoria e volta para coibir uma rebelião de superseres numa prisão especial.
O que se vê em seguida é uma sequência de tirar o fôlego em que ao mesmo tempo em que Superman e o Capitão Marvel se digladiam, todos os outros heróis tentam impedir a rebelião enquanto uma bomba lançada pelo governo ameaça explodir e matar a todos.
A luta entre os dois gigantes é emocionante, e em um dado momento, Marvel quase mata o Superman, invocando seu relâmpago místico com seu grito SHAZAM e propositalmente deixando o Azulão no caminho. Vulnerável à magia, o Superman quase perece, mas encontra forças para sair do caminho e deixar o relâmpago que o acertara repetidas vezes atingir Marvel, que volta a ser Billy Batson (agora um adulto). Daí pra frente, Batson consegue sair do domínio de Luthor e se sacrifica para deter o míssil que está caindo sobre todos. Superman vence mais uma.
Abaixo a melhor forma para descrever uma luta entre os dois visualmente falando, em um dos episódios do excelente desenho animado Liga da Justiça Sem Limites.
De tirar o fôlego. Os dois maiores heróis do mundo caindo na porrada sem precisar conter seus poderes. Cool!
Se isso acontecesse no mundo real não ia sobrar ninguém pra contar essa história.
O Superman é o campeão invicto desse Top 10 (até porque o Batman "morre" logo depois de espancá-lo lá na posição 10).
2010 foi um ano sem filmes muito bombásticos e o considero apenas mediano dentro do que tive a oportunidade de conferir. No topo da lista destaco Tropa de Elite 2 por motivos óbvios já comentados aqui por mim. Tivemos também o divertido Zumbilândia que é um filme no melhor estilo Trash sem perder o humor, além de Encontro Explosivo com Tom Cruise e Cameron Diaz (comentado aqui), o ótimo Homem de Ferro 2 (aqui), Toy Story 3, que fechou a saga dos heróis de brinquedo em grande estilo, Os Mercenários do Stallone, que realizou o velho sonho de infância de ver os velhotes todos juntos num filme (aqui), Sherlock Holmes que comentei aqui, entre outros. 2011 está batendo na porta e como é de praxe a expectativa está lá em cima com os filmes de super-heróis vindouros.
Lanterna Verde dirigido pelo excelente Martin Campbell (de Casino Royale e 007 contra Goldeneye)e com Ryan Reynolds na pele do protetor do setor 2814 é um dos mais aguardados do próximo ano, embora o trailler apresentado até agora não tenha me convencido e nem me animado muito. Não olho com confiança para um Lanterna Verde metido a engraçadinho (como 98% dos papéis que Reynolds fez até hoje no cinema), mas o visual dos planetas, uniformes e naves espaciais está fantástico, e isso deve conquistar boa parte do público leigo. Eu como fã do personagem espero que seja respeitada sua história, e que o filme seja no mínimo divertido, com cenas de ação convincentes. Em Martin Campbell eu confio!
A expectativa por Lanterna Verde, no entanto, não supera a de ver o que acho que tem tudo para ser o melhor filme do primeiro semestre: Thor!
Dirigido por Kenneth Branagh, que até então tem se mostrado um profundo entendedor do universo do Deus do Trovão, e com Chris Hemsworth no papel título (muito bem caracterizado), o filme apresenta muito mais vigor em seu trailler, o que inspira mais confiança do que o filme do herói esmeralda da DC.
Nunca fui um profundo entusiasta do personagem nas HQs, considerando suas histórias solo por diversas vezes cansativas, mas eu adorava quando ele atuava junto com os demais Vingadores. Suas histórias recentes, desde o Ragnarok até seu retorno pelas mãos de J.M. Straczynski (sim, o mesmo que ferrou com o Homem Aranha a pedido de Joe Quesada) deram um upgrade no personagem, e hoje ele me agrada muito mais que antes. Por isso especificamente espero que Thor seja um baita filme (pra não dizer um "puta filme"), que supere minhas expectativas (o que já vem acontecendo pelos heróis que estão nas mãos da Marvel Studio) e que seja um sucesso de bilheteria e de crítica.
Correndo por fora tem o filme do Sentinela da Liberdade, que até agora não lançou nenhum teaser trailler nem tampouco imagens muito convincentes, exceto as do ator Chris Evans atochado de bomba, caracterizado como Steve Rogers.
Quase ninguém botava fé em Evans como Capitão América, mas cheio de esteróides até que ele ficou bem parecido! Assim como Ryan Reynolds, Evans está acostumado a interpretar personagens engraçadinhos (aqueles com piadas prontas e que se comportam de forma escrota), e isso causa muito medo nos fãs do Capitão, que nas HQs não é muito conhecido por seu senso de humor.
Diferente de Thor, sempre gostei do Capitão América, e espero muito que o filme seja bem recebido, sem aquele preconceito de que ele "é estadounidense", "propagandista do governo americano" e todos esses blablablás com os quais costumam rotulá-lo. Acima de tudo sempre vi o Capitão América como o super-herói e líder fenomenal dos Vingadores que ele sempre foi, e isso basta para que ele tenha a minha estima.
O filme tem na direção Joe Johnston (do recente Lobisomem com Benício Del Toro), além de contar no elenco com o excelente Hugo Weaving (O Agente Smith de Matrix) como o Caveira Vermelha, Sebastian Stan como Bucky Barnes (o Robin do Capitão) e claro, o arroz de festa dos filmes Marvel, Samuel L. Jackson, repetindo o papel de Nick Fury. Sorte ao filme do Capitão América, que tem estreia prevista para Julho de 2011. Eu estarei lá!
Lanterna Verde, Thor e Capitão América não fazem frente, todavia, àquele que tenho certeza será o maior sucesso do cinema em 2011: Bruna Surfistinha, a biografia da célebre e culta garota de programa que é a figura feminina de maior expressão no cenário brasileiro desde Tarsilla do Amaral.
Estou sendo irônico, claro, mas com esse Brasil só fazendo piada mesmo!
Que o cinema em 2011 se destaque apenas por filmes bons e que o ano de um modo geral seja regado de energia positiva e paz.
Todo homem já ouviu quando pequeno ou em algum momento da vida que não deve chorar na frente dos outros, nem tampouco demonstrar suas emoções. Homem que é homem não chora. Tem que tomar cerveja (no gargalo), tem que arrotar em público, coçar o saco e cuspir no chão, senão não é macho.
Se você é mulher não precisa seguir essas regras (embora algumas sigam mesmo assim), e chorar vendo um bom filme romântico é quase que uma obrigação.
Ok, esse post é para quebrar essa regra que macho que é macho não chora e estou aqui para listar os 10 filmes que mais me fizeram chorar em toda a minha existência, e isso sem vergonha nenhuma.
Por mais estranho que isso pareça, não são os amores impossíveis nem os beijos cinematográficos que mexem com minhas emoções, e sim filmes com cachorros (os grandes amigos do homem), demonstrações de amizade e superação.
Se o filme tem algum desses elementos mais uma trilha sonora triste, tem grandes chances de fazer essa pedra de insensibilidade aqui ir às lágrimas.
A seguir, o mais novo Top 10, provando que tem que ser muito macho para admitir que chora.
Eu não sei precisar quando exatamente vi Benji ou de qual filme da série exatamente é a cena que vou destacar (vários filmes Benji foram feitos ao longo das décadas), mas tenho certeza que essa foi a primeira vez que um filme me emocionou.
A história é simples como todas focadas num cãozinho (e de lá da década de 80 pra cá tivemos vários exemplos), e é justamente essa simplicidade que me chama atenção. As vezes não é o ato heróico ou um resgate que o animal faz que me atrai, e sim um olhar ou um momento trágico que me comove.
A cena que destaquei mostra Benji tendo que levar por caminhos tortuosos 5 filhotinhos de puma perdidos da mãe, e é claro que o pobre cão é obrigado a enfrentar várias adversidades para chegar a seu destino e ainda proteger os filhotes, desde encarar lobos famintos a passar por desfiladeiros.
A cena mais triste do filme, a que fez meus olhos lacrimejarem é essa a seguir:
A cara de decepção do Benji quando a águia leva o filhotinho é triste pra caramba. Revendo o vídeo acabei me emocionando de novo.
Esse filme é mais recente que o anterior. Estrelado por Owen Wilson e Jennifer Aniston, dois atores acostumados com comédias, Marley & Eu conta toda a trajetória de vida do pior cão do mundo, e como ele se torna importante para uma família que vai crescendo ao longo do filme enquanto ele envelhece.
Assisti Marley & Eu esperando por uma comédia e todo o clima criado em volta do filme diz que se trata realmente de uma comédia, desde o elenco até o trailler, mas o final é surpreendente, e a parte dramática acaba sendo o ponto forte do filme.
Impossívelconter as lágrimas quando o vigoroso e alegre Marley já não mais é capaz de realizar suas proezas na sequencia final da história.
Ok, Ok! Os filmes dos irmãos Wayans tem qualidade duvidosa, possuem um humor retardado e sempre apelam para escatologia, mas o 6º Homem é um daqueles filmes que você vê num dia qualquer e acaba surpreendido por uma única cena que te emociona, sabe-se Deus lá como!
Na história, dois irmãos jogadores de basquete são obrigados a se separar quando um deles morre numa queda na quadra. Algum tempo depois esse irmão volta em espírito e começa a ajudar o time, fazendo com que eles comecem a ganhar uma partida atrás da outra.
Nada demais, mas a cena em questão em que Antoine (Kadeem Hardison) morre e logo depois seu irmão Kenny Tyler (Marlon Wayans) se despede dele é emocionante pacas. Rola todo aquele sentimento de companheirismo entre irmãos e isso me comoveu:
Eu não conheço ninguém que tenha visto O Rei Leão da Disney quando criança que não se emocionou com a fatídica morte de Mufasa.
Embora se trate de um desenho infantil, a carga dramática empregada nessa cena é excessiva e é impossível não ir às lágrimas com o desespero do pequeno Simba ao ver seu pai morto no chão. Todo o clima criado pelo filme, aquela névoa ao redor de Mufasa, aquele eco dos desfiladeiros e a trilha sonora triste formam uma cena inesquecível para qualquer criança (e marmanjos também). Alguém me trás um lenço, por favor?
Antes da fama de "massa, véio" o pegar e não largar mais, Michael Bay fazia como ninguém filmes catástrofes, e Armageddon é um excelente exemplo disso. Regado com muito humor e cenas de ação impactantes o filme tem no elenco Bruce Willis, Ben Afleck, Liv Tyler e mais uma grande quantidade de atores que fazem com que esse filme seja um marco do cinema blockbuster dos anos 90.
A cena final em que o personagem de Bruce Willis se sacrifica para salvar a humanidade de um asteróide que ameaça acabar com o mundo segundos antes de se despedir da filha, é uma das mais marcantes do filme. Ver a lindíssima Liv Tyler se debulhando em lágrimas diante de uma tela apagada é de cortar o coração.
O tema musical do filme não podia ser de outra banda senão Aerosmith. "I don't want to miss a thing" não só tem um arranjo sensacional como também contém uma das traduções mais lindas que já vi. Segue o clipe com legenda:
Sem sombra de dúvidas À espera de um milagre é um dos filmes mais tristes que já vi na vida. Contada pelo ponto de vista de Paul Edgecomb (Tom Hanks) a história se passa em 1935 e mostra o destino de um prisioneiro inocente que está no corredor da morte, pronto a ser executado na cadeira elétrica. Embora se passe num instituto prisional, o filme nos faz criar afeição por personagens condenados que em outras circunstâncias teríamos ódio ou algum outro sentimento desprezível.
Dois pontos fazem as lágrimas rolarem: A morte do ratinho Sr. Jingles (a cena é de uma crueldade incomum por parte do personagem Percy Wetmore, vivido por Doug Hutchison) e a execução do próprio John Coffey (Michael Clarke Duncan), um homem com poderes sobrenaturais de cura que está no corredor da morte acusado de ter matado uma criança.
Comovente é pouco para descrever esse belíssimo filme dirigido por Frank Darabont e adaptado da obra de Stephen King.
Devo admitir que até uns 3 anos atrás eu nunca tinha assistido qualquer Toy Story inteiro (e isso porque o 1º filme é de 1995!), e apenas hoje eu sei o quanto perdi por não ter conhecido esses personagens fantásticos desenvolvidos pela Pixar.
Não falarei aqui especificamente de nenhum dos três filmes, mas da série de um modo geral e o quanto cada um deles me comoveu de forma particular.
À grosso modo, se alguém ler a sinopse dos filmes não vai entender o porque deles causarem tanta emoção, mas quem já foi criança um dia (dã) e que ainda sente o coração pulsar deve entender do que estou falando.
Três cenas específicas me levaram às lágrimas:
No primeiro filme quando Woody (o cowboy) enfim percebe que a amizade tem muito mais validade do que seu medo em ser substituído por um brinquedo mais novo e recebe a ajuda de Buzz Lightyear para alcançar o carro de seu dono Andy.
No segundo filme quando a boneca vaqueira Jessie conta sua triste história de como sua antiga dona a abandonou depois que cresceu.
No terceiro filme quando Andy já crescido enfim se desfaz de seus bonecos e explica a importância que cada um deles tem em sua vida para a sua nova dona.
Nunca tinha visto uma animação tão carregada de emoção quanto Toy Story 3, mas isso fica para um post específico, senão vou começar a chorar aqui.
Quando comprei esse filme nunca antes tinha ouvido falar dele, portanto minha expectativa em relação à sua história era bem baixa. Me atraíram, no entanto, dois nomes: James M. Barrie e Peter Pan.
Em busca da Terra do Nunca narra a história do criador do famoso personagem Peter Pan, antes dele ter inventado o Menino que não queria crescer e como ele desenvolveu seu maior personagem.
Interpretado por Johnny Depp, James Barrie passava por uma crise artística quando então ele conhece uma mãe de família interpretada por Kate Winslet e sua adorável família. Fascinado por aquele mundo infantil que ele não estava mais acostumado, Barrie reencontrou a criança que havia dentro de si e criando as mais fantásticas brincadeiras para entreter seus pequenos amigos, ele reencontrou também a inspiração que precisava, desenvolvendo para o teatro a história de Peter Pan e a Terra do Nunca.
O filme é de uma singeleza impecável. O menino que inspira Barrie a criar seu Peter Pan dá um tom triste e ao mesmo tempo amargurado ao personagem, e nos momentos finais do filme fui às lágrimas como nunca antes havia acontecido vendo um filme. História mágica e comovente como o cinema atual tem carecido.
O DVD desse filme chegou em casa de repente, e à princípio não lhe dei o menor crédito por minha total ignorância sobre sua história. Hoje, no entanto, ele é o 2º lugar da minha lista de filmes mais lacrimejantes que já tive a honra de ver, e não só isso, claro. As interpretações (em especial a de Richard Gere, que vive um professor que acolhe o filhote de Akita perdido) são primorosas, além da direção magnífica de Lasse Hallstrom, que cria um filme simples e sublime de ponta a ponta, que emociona da forma mais sincera que é possível.
Hachi, o cãozinho da raça japonesa é encontrado numa estação de trem pelo personagem de Gere e a partir daí, embora à contragosto de sua esposa, cria uma relação de pura lealdade com seu novo dono. Ambos se ligam de tal forma que é impossível não se comover, e a história, que é baseada num fato real, se desenrola de tal forma que as lágrimas explodem dos olhos sem que a gente possa conter. Muito antes até do final extremamente triste. É até assustador. Essa foi a primeira vez que chorei aos prantos na frente de alguém de tão emocionado que fiquei, e minha namorada pode comprovar.
Sempre ao seu lado é um filme belíssimo que fala da lealdade de um cão e seu dono, que não o abandona nem depois da morte, indo dia após dia buscá-lo na estação de trem como sempre fazia com ele em vida. Extremamente tocante. Recomendo a qualquer um que goste realmente de cachorros e que acima disso goste de uma história bonita e singela. Nota 10!
Não tenho palavras para descrever o que o filme Forrest Gump representa para mim, mas vou tentar.
Devo tê-lo visto pela primeira vez na televisão em minha adolescência e nunca mais esqueci a história fantástica daquele menino de QI baixíssimo que acaba vivendo aventuras fantásticas pela vida, cativando a todos que encontra pelo caminho.
Vivido magistralmente por Tom Hanks(já é o terceiro filme da minha lista com ele, se contarmos Toy Story), Forrest Gump é um dos personagens mais encantadores que já tiveram espaço no cinema, e não há como não se comover com as perdas que ele sofre ao longo de sua vida e em especial com as demonstrações de superação que ele é capaz de dar, provando que embora não seja tão inteligente, seu coração e sua força de vontade é que mostram quem ele é de verdade.
A cena em que Forrest, ainda menino, se livra dos aparelhos que mantinham suas pernas firmes para correr dos garotos que ameaçam bater nele é uma das mais emblemáticas que já vi no cinema. Vou às lágrimas toda vez que vejo.
Não é a toa que esse filme de 1994 (ano importante para mim), dirigido por Robert Zemeckis (o mesmo de De volta para o Futuro) e vencedor de vários Oscar é meu filme preferido. Nenhum outro filme até hoje superou o que Forrest Gump representa para mim, e tenho certeza que muita gente também já foi inspirada pela história de inocência contada pelo valente Forrest.
"A vida é como uma caixa de chocolates... Nunca se sabe o que vai encontrar."
"Run, Forrest! Run!"
Agora me desculpem que vou ali enxugar as lágrimas de novo!
Passei uma longa temporada sem ir ao cinema (e olhe que esse é meu passatempo favorito em dias de folga), e entre muitos filmes que entraram e saíram do circuito sem que eu tivesse visto está Sherlock Holmes de Guy Ritchie (de Snatch: Porcos e Diamantes, mas você deve conhecê-lo melhor como o ex-marido da Madonna). É raro acontecer, mas senti aquela pontadinha de arrependimento por não ter visto o filme na tela grande enquanto assistia no sofá da sala de casa. Com certeza perdi um dos grandes filmes do ano, mas felizmente consegui reparar essa minha falha à tempo adquirindo o DVD. Assim como vem acontecendo com personagens clássicos da literatura e também do cinema, Sherlock Holmes é uma reconstrução do que já se conhece do personagem, e poderíamos dizer que é o que Casino Royale de Martin Campbell fez com o nome do 007. A visão apurada de Guy Ritchie cria um clima delicioso de mistério, ação e comédia para o filme do maior detetive do mundo (Chupa, Batman!), e não é que não vemos mais o velho Holmes na trama, ele está lá com seu método científico e sua dedução lógica, mas está envolto num invólucro chamado Robert Downey Jr. que de uns tempos pra cá tem incorporado tão bem os personagens que interpreta que em um dado momento parece que eles se mesclam.
O filme apresenta similaridades com Piratas do Caribe no tom cômico e aventureiro, por vezes tem um ritmo meio caricato tal qual Bater ou Correr (com Jackie Chan e Owen Wilson) e é impossível também não ver um quê de Tony Stark (o Homem de Ferro) no Holmes de Downey Jr., incluindo aí um pouco da arrogância do personagem e aquele ar de "eu sou foda e não me envergonho disso". Downey Jr. parece se sentir muito (muito mesmo) à vontade com esse tipo de papel, e se seu Sherlock não fosse um personagem extremamente cativante teríamos tanto ódio dele quanto seus adversários. Sir Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes sempre descreveu seu detetive como uma pessoa arrogante, que está correta sobre inúmeros assuntos e com palpites certeiros. Costuma não demonstrar muitos traços de sentimentalismo, preferindo o lado racional de ser além de apresentar-se como alguém extremamente orgulhoso. Holmes possui também alguns hábitos peculiares como a prática de artes marciais, boxe, esgrima de armas brancas e de bengala, e quase todos esses traços de personalidade e aptidões físicas estão presentes durante as mais de duas horas do filme. Até aí não há descaracterizações, exceto o fato de Downey Jr. ser americano e não possuir o sotaque inglês clássico (destoando e muito de seu colega de cena Jude Law, britânico legítimo). Poderíamos dizer que o Holmes que vemos em cena está "disfarçado de americano", tanto em hábitos quanto em suas falas, mas isso não é algo pungente, e de fato não chega a incomodar (pelo menos não como ver um inglês interpretar o Justiceiro, como comentei aqui).
O ritmo do filme é excelente e de cena em cena somos surpreendidos(assim como nos livros) com o poder dedutivo de Sherlock Holmes, brilhantemente enfatizado. Um dos fatos muito comentados nessa adaptação é que veríamos um Sherlock demonstrando mais aptidões físicas (como as já citadas) do que seu raciocínio lógico, e embora só metade dessa informação esteja correta, vemos sim o bom e velho detetive “botando para quebrar” com os inimigos, coisa que nunca tinha lido nas páginas de Conan Doyle (não que eu seja um perito, só li um livro até hoje do autor). A descrição dos pontos do corpo do adversário que irá atingir e o estrago que tais golpes irão causar é fantástica, e isso acaba acrescendo bastante ao personagem, já que ele deve ser alguém com velocidade de raciocínio superior a um humano médio. Não faria sentido um detetive tão inteligente e argucioso se valer apenas de armas para resolver suas pendengas, e vale lembrar que essas características não foram inventadas, já que o próprio Doyle as menciona em suas histórias, embora nunca explique exatamente como Holmes aprendeu tudo que sabe. Há pelo menos duas cenas no filme de Ritchie em que Holmes explica o que irá fazer com o adversário usando golpes certeiros em pontos estratégicos com suas habilidades marciais, e em nenhum momento é necessário mostrar fraturas expostas ou o raio x de ossos se partindo (Lembra de Romeu tem que morrer?). Tudo é feito com a classe e elegância inglesa, como manda o figurino.
Na história escrita por Anthony Peckman, Holmes e seu fiel amigo, o Dr. Watson (vivido magistralmente por Jude Law) estão num hiato de investigações, e o detetive se vê tedioso após resolver seu último caso, levando à justiça o perigoso Blackwood (Mark Strong), um homem envolvido com rituais satânicos de magia. Sem um grande caso para trabalhar e sem ter o que ocupar sua mente, Holmes recebe a visita da única mulher que conseguiu enganá-lo em todo aquele tempo, a astuciosa Irene Adler (Rachel McAdams de Penetras bons de bico). Enquanto investiga o homem desaparecido que sua antiga amante lhe pede em missão, Holmes se vê as voltas com a impressionante ressurreição de Blackwood, o homem que ele ajudou a prender e que supostamente fora enforcado como punição. A trama se desenrola a partir desse ponto e Holmes é obrigado a usar toda seu poder dedutivo para resolver o mistério dos dois casos, que sem que ele saiba estão intimamente ligados.
O filme é excelente. Tem doses muito bem empregadas de todos os elementos cinematográficos que ajudam a fazer uma ótima produção, e vale muito a pena ser conferido por aquele que não tem medo de ser feliz. Holmes não é um detetive chato embora seja cheio de si, e as situações pelo qual ele passa (mesmo as de humor, que poderiam ser descartadas) fazem com que ele cresça a olhos vistos durante a película. O Dr. Watson, dividido em começar a viver uma vida sem investigações criminais ao lado da pretendente Mary (Kelly Reilly) e continuar ajudando o parceiro a resolver seus casos acaba se tornando um personagem bem interessante e rico, bem mais do que um mero coadjuvante. É o primeiro filme que vejo de Jude Law em que ele participa de cenas de ação, embora agora só me venham à mente dois que contam com sua presença, AI: Inteligência Artificial e Closer.
Mark Strong (que é as fuças do Andy Garcia) está perfeito como o vilão da história e é difícil imaginá-lo interpretando um personagem bonzinho devido aquela sua cara de pilantra. Ele já foi o gangster Frank Damico em Kick Ass e ano que vem estará na pele de Sinestro, o tutor de Hal Jordan nos cinemas, no aguardado Lanterna Verde.
Rachel McAdams que além de ser uma graça é excelente atriz, convence no papel da "Mulher Gato" da vida de Sherlock Holmes e suas cenas com Downey Jr. passam todo o realismo de alguém capaz de enganar o maior detetive do mundo. Aliás não há homem no mundo capaz de resistir ao charme de uma bela mulher, seja ele o mais inteligente do mundo ou o mais burro. Indico Sherlock Holmes pra quem ainda não viu sem receio. Assista sem medo que as mudanças no personagem tenham sido radicais demais porque não são. Muita coisa foi alterada, mas o espírito do personagem ainda está lá mais vivaz do que nunca e isso é elementar, meu caro Watson.
NOTA: 9
Vale lembrar que a produção de Sherlock Holmes 2 já está em andamento, e o detetive enfrentará seu adversário mais clássico, o Profº Moriarty que já mexe seus pauzinhos nesse primeiro filme manipulando as ações de Irene.