24 de março de 2011

Top 10 - Homenagens & Gozações a Star Wars

Sou um fã incondicional de toda a saga Star Wars. Quase tudo no universo criado por George Lucas é fascinante e isso gerou e ainda gera inúmeras homenagens e gozações com os personagens icônicos que os seis filmes, as séries animadas, os jogos e os livros apresentaram. Os alvos principais são, como não poderia ser diferente, os personagens clássicos da primeira trilogia (dos episódios IV, V e VI) e um dos maiores vilões da história do cinema: Darth Vader.
Nesse top 10 reuni os vídeos mais engraçados e curiosos relacionados a Star Wars e tem de tudo, desde Snoop Dog empunhando sabre de luz até Darth Vader sofrendo por amor.
Liga a caixa de som e bom divertimento!

Que Justin Bieber e seu pegajoso hit "Baby" se tornaram febre entre as adolescentes, embora muita gente não curta, é inegável. Quem em sã consciência poderia imaginar, no entanto, que viveria para ouvir o maior vilão da história do cinema recitando os versos da música mais executada nos Ipods das menininhas de 13 anos do mundo? O que? Você não consegue imaginar isso? Então aperta o play:


A culpada disso foi a apresentadora do Gayle King Show que sugeriu a James Earl Jones, a icônica voz por trás da máscara negra de Darth Vader, a recitar a música do "astro pop" durante a entrevista, e o resultado é hilário. Se eu fosse o Luke, também me jogaria no foço ao ter que ouvir essa m$%*&!

Se ouvir Darth Vader cantando "Babby, baby, baby" não é o suficiente, que tal ver o rapper Snoop Dogg empunhando um sabre de luz? Ou David Beckham batendo um papo com o mercenário que atirou primeiro no encontro com Han Solo no primeiro filme da série?



Para o lançamento dos produtos com a marca Star Wars a Adidas aprontou essa gracinha de vídeo em que insere personalidades reais em meio ao cenário da cantina do episódio IV (Uma nova esperança). O resultado é bem interessante, visto que conseguiu recriar com perfeição as mesmas situações, desde o mercenário tomando um tiro diante de Beckham (no filme é diante de Han Solo) ao sujeito que implica com Luke no balcão do bar. Infelizmente pra ele, Snoop Dogg tem bem menos paciência do que o aprendiz jedi!

Além dos já citados, o vídeo tem a participação do Daft Punk (os maluquinhos com máscaras robóticas), Noel Gallagher (do Oasis) e do ex-jogador de futebol Franz Beckenbauer.

Este vídeo eu não conhecia e o encontrei enquanto fazia a pesquisa para o post. Nele encontramos uma compilação muito bem feita de vários trechos dos 6 filmes, misturando as duas trilogias em que os personagens contam suas aventuras e características no melhor estilo gangsta. Levante o braço e faça movimentos com as mãos enquanto curte o rap!




É ou não é hilário? As vozes estão perfeitas e casam bem com o som do rap. Nota 10!

Esse vídeo eu conheci na época da faculdade e me foi apresentado pela Fernanda Casas, que era expert em caçar vídeos que iam dos mais engraçados aos mais absurdos na internet. A ideia é genial: Darth Vader tem uma gaita por baixo do capacete e da máscara! (Vai falar que não parece!)



É muito idiota, mas exatamente por isso é engraçado. Eu me acabo de rir com as expressões do Luke como se tivesse mesmo ouvindo o pai arrepiando no solo de gaita! Sem falar no "yaaahooo" que o Vader solta!

Agora tá explicado por que ele respira daquele jeito. Fica sem fôlego de tanto tocar!

Mesmo quem não sabe absolutamente nada de Star Wars já deve ter ouvido a Marcha Imperial, tema clássico nos filmes da primeira trilogia que anunciava as cenas do Império e de seu maior defensor Darth Vader.
O tema virou uma espécie de hino Nerd, e é inconfundível para os ouvidos de qualquer um dessa "espécie". Fala a verdade. Se você a conhece, ela já deve estar tocando na sua mente nesse momento.
Como seria a célebre Marcha Imperial pela visão furiosa de uma das maiores bandas de metal do mundo, o Metallica?


Puta que o pariu, hein! Totalmente excelente, como diria o Bonfá!

Esse vídeo já é engraçado por si só, mas será melhor compreendido se você ver este antes:





Heheheheh! O pequeno David é hilário! Pense no pai dele filmando essa cena? Deve ter se divertido horrores!

O vídeo de David tornou-se febre na internet imediatamente, até porque é bem engraçado vê-lo sob o efeito da anestesia a dizer coisas totalmente desconexas. "This is real life?". Heheheh!

Bom, sucesso garantido. Aí me vem um cara que de repente tem uma ideia: "Ei, e se fizessemos o vídeo do David depois do dentista mas com o Darth Vader no lugar do garoto?"

De onde esses caras tiram essas ideias? São geniais. O resultado a gente confere a seguir:




"Do not touch you nose!" Hehehe! Ficou muito criativo esse vídeo. Esses videomakers e suas ideias estapafúrdias...

Esse vídeo caiu na rede recentemente (ou pelo menos virou febre recentemente), e de cara a maioria dos sites sobre assuntos nerds publicou.

A história? 4 velhinhos começam a discutir e no calor do momento se munem de cabos de vassoura passando a ameaçar um ao outro aos berros.

Por que não transformar os pedaços de pau em sabres de luz, pensou algum desocupado criativo. Pronto está criado o mais novo hit da internet.


Os efeitos e a sonoridade estão bacanas, exceto na hora que arranca a cabeça do velhinho zangado. Aí forçou, mas é uma sequência bem divertida.

Mais divertida que a luta do Obi Wan e do Darth Vader em Uma nova Esperança! Heheheh!

Conheci os Seminovos numa tarde loser de ócio em frente à televisão num domingo, no programa do Faustão, e logo percebi que o teor das letras dos caras era extremamente inteligente. "Luke, eu sou seu pai" não foge à regra, e prova de uma vez por todas que a veia nerd da banda fala mais alto.

A música não é sobre Star Wars no geral, como um filme qualquer, e só quem tem bastante conhecimento da série cinematográfica poderia conceber algo assim. Quem é fã dos filmes percebe a sagacidade dos caras na letra que é do Maurício Ricardo, que além de compositor é também chargista e cartunista.


Luke eu defendo o Império por convicção
E acho o lado negro uma evolução
Você é rebelde porque na verdade
Quase todo mundo é na sua idade!
Luke, eu sou seu pai!

Genial!

Esse não é só mais um vídeo pra sacanear ou homenagear o universo Star Wars, é uma big de uma produção muito bem feita, além de hilária, que conta o que aconteceria se o "senhor da malvadeza" Darth Vader um dia se apaixonasse completamente. Os diálogos são muito bons e as situações também. Confiram:


Pois é. Mulher faz estrago até mesmo no coração de caras que nem costumam utilizá-lo! Heheheh! O Vader todo exaltado lavando o "rosto" é uma das melhores cenas de humor que já vi. Muito criativa.

"Whaat!"

E pra fechar o Top 10 com chave de ouro um dos comerciais mais brilhantes que já tive a chance de ver: O pequeno Darth Vader e a Força, da Volkswagen.

Pra quem não lembra ou não viu, eu já postei o vídeo aqui em outra oportunidade, e ele volta agora para coroar a medalha de ouro do pódio.

Tenho cá minhas dúvidas se dentro do traje do "mini-mim" Darth Vader tem mesmo uma criança ou um anão, porque a interpretação do moleque é digna de Oscar. Heheheh! E ele nem precisa falar nada pra isso! Os gestos dele, a frustração por não conseguir mover os objetos e a surpresa quando ele percebe que "ligou o carro" são demais!

Nota 10 pra esse ator mirim, ou pra esse anão, sei lá!



Sensacional!

Quando eu tiver um filho vou dar uma roupa do Vader pra ele sair se divertindo pela casa com o poder da "força".

Alguém quer ser a mãe?


NAMASTE!

22 de março de 2011

A cultura dos palavrões

ATENÇÃO: O post a seguir não é indicado para pessoas sensíveis a palavras de baixo calão, xingamentos gratuitos e referências sexuais.

Os palavrões estão tão difundidos no linguajar moderno que ninguém mais nem deve pensar em sua origem. Você já se perguntou qual é a procedência daquele palavrão cabeludo que você não tira da boca e o utiliza das mais variadas formas em seus diálogos cotidianos? Por que ele tem esse nome? E por que a maioria desses palavrões tem conotação sexual? Pois então. Ninguém deve pensar nisso.
Independente de sua origem, todos concordam que é bom soltar um palavrão naquele momento de estresse e que isso de certa forma até dá uma relaxada depois do ápice do insulto. Tem coisa melhor do que encher a boca e gritar “filho da puta”, mas com bastante ênfase no “puta” (tanta ênfase que sai algo como “PULTA”) quando o goleiro adversário defende aquele chute indefensável naquele clássico de futebol? Por acaso tem algo que expresse melhor a nossa raiva quando topamos com o dedinho do pé na quina do sofá do que aquele “puta que pariu”? Ou existe frase que expresse melhor a frustração quando aquela ex-namorada ingrata fala meses depois “mas eu te amava” e você sente vontade de dizer “amava porra nenhuma!”. Pois é. É disso que estou falando. Poucas palavras ditas cultas da língua portuguesa traduzem com tanto impacto aquele sentimento que vem de dentro pra fora e é emitido com um som de um “porra” ou “caralho”. Fala a verdade. Você sabe do que estou falando.

Hoje em dia é comum soltar um palavrão a qualquer momento, mas você há de convir que em certas ocasiões é feio e inapropriado dar uma de Dercy Gonçalves e sair praguejando por aí. Pense na mesa do jantar com a sogra você mandar “caralho! Que macarronada foda, sogrinha!”. Ou na reunião com o chefe você soltar um “puta que pariu! Esqueci o relatório!”. Há situações certas para se falar um palavrão e ele só é bem utilizado e causa o impacto devido quando é usado no momento exato, causando a surpresa do interlocutor. Não há nada mais desagradável do que aquelas pessoas que usam esse recurso tão nobre como se fossem vírgulas nas frases. “Caralho, filho da puta. Essa porra é foda!”. Não há necessidade de se utilizar o palavrão dessa forma um tanto quanto gratuita. Tem que ter estilo. Quanto menos usar nas frases, mais impacto ele causa. Caso contrário ele se torna banal.

Não é pecado soltar um palavrãozinho de vez em quando, mas devo admitir que não acho nada sexy mulher que fala palavrão como se fosse um ogro da floresta. Tem seu certo charme uma mulher que diz um ou outro no calor do momento, mas aquelas meninas desbocadas que mais parecem o Zé Pequeno com um trinta e oito na mão são broxantes.

Claro que gírias em demasia também são deselegantes, mas em alguns guetos eles são até aceitáveis, o que não quer dizer também que você não tenha que conjugar um verbo sequer no tempo correto. A língua portuguesa se modificou, mas os verbos ainda são necessários, por favor! E mulherada, dê uma maneirada no palavreado. Tem hora e lugar pra soltar aquele palavrão cabeludo, se é que vocês me entendem.

Não sou puritano nem caxias. Falo meus palavrõezinhos sim e tento utilizá-los em situações chave do diálogo. É muito comum exageramos na expressividade deles quando estamos com os ânimos alterados, mas daqui a pouco eu comento porque isso acontece. Quero relembrar quando os palavrões chegaram em minha vida e como eles não saíram mais.
Em minha adolescência eu era o tipo certinho de cara que não falava palavrões. Substituía o foda-se pelo vai se ferrar, o porra por merda e o caralho por cacete. Não achava bonito denominações como boceta para o órgão genital feminino e evitava ao máximo dizê-los em voz alta. Em casa ninguém falava palavrão, daí a educação em também não dizê-los em frente aos pais. Não sei exatamente em que ponto de minha vida eles tornaram-se usuais em meu vocabulário, mas imagino que foi na fase rock n’ roll. Já que não tinha nem o sexo nem as drogas, pelo menos um palavrãozinho tinha que rolar, né!


Deixei de ser o certinho perfeitinho e tornei meus hábitos mais relaxados, embora minha consciência permanecesse a mesma (aquela que até hoje não me levou a lugar nenhum, mas que como virtude não posso renegar), e abracei os palavrões. Que orgulho, hein! Uau!
Mas de onde vem essa necessidade de se mandar um foda-se de vez em quando? A ciência explica, claro.

Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da cabeça. Mais exatamente no sistema límbico, que funciona como o fundo do cérebro, a parte que controla nossas emoções. Trata-se de uma zona primitiva: se o nosso neocórtex é mais avantajado que o dos outros mamíferos, o sistema límbico é bem parecido. Nossa parte animal fica lá. E sai de vez em quando, na forma de palavrões.
Os palavrões, por esse ponto de vista, são poesia no sentido mais profundo da palavra. Duvida? Então pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo puta que o pariu a história é outra. Ele vai direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala direto para o de quem ouve. Por isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até mais sofisticado que a linguagem comum.
Simples assim. E se você não entendeu... foda-se! Hehehe! Brincadeira, caro leitor.

A origem etimológica de cada palavrão, aquelas raízes mais profundas, no entanto, tem origens diversas. Os nossos mais caros amigos de fúria e descontrole nasceram em sua grande maioria em terras lusitanas e foram trazidos pra cá, obviamente com as caravelas de Cabral.
A boa e velha FODA diz-se que surgiu da sigla ‘Fornicação Obrigatória por Despacho Administrativo’, decreto que era dado pelo rei ao moradores de Portugal para aumentar a taxa de natalidade.
Ora pois, quem diria. Os portugas não eram chegados a uma fornicação!
Eu penso nesse decreto como seria dado hoje em dia: “Senhoras e senhores eu exijo que vocês se fodam”.
O termo caralho, tem duas origens. Uma diz que o termo vem do latim characulu, diminutivo de kharax ou charax, palavra grega que significa “estaca” ou “pau” (pedaço de madeira). Ele passou a ser usado para designar o membro do touro na Antiguidade. Do membro do touro para o do homem deve ter sido um pulo.
A outra origem denota que caralho era como eram denominados os mais altos mastros das caravelas. Por serem mastros grandes, alguns portugas começaram a fazer comparações do tipo “o meu é tão grande quanto um caralho”, e desse jeito, a palavra acabou por perder seu sentido original virando sinônimo de... benga, pau... essas coisas eretas.
Outra palavra que tem origem interessante é boceta (essa tem até no dicionário) termo usado hoje como sinônimo de vagina, tem origem no latim buxis, “caixa de buxo” – buxo, por sua vez, é uma árvore. As gregas e romanas tinham preferência por essa madeira para suas pequenas caixas em que guardavam objetos de valor. Logo, com a evolução da língua, elas foram chamadas de bocetas. Há registros do termo associado ao órgão feminino em poemas portugueses do século 18.
Imagine o que um assaltante gritaria nessa época para uma dessas moçoilas, pedindo-lhe as tais caixinhas: “Me dá essa boceta!” Iau!
O palavrão hoje em dia está na boca do povo. E povo que eu digo é qualquer povo, não só das classes mais baixas. Pense numa pessoa que você considera pura e certinha. Essa pessoa com certeza fala palavrão. A Sandy (que agora é Devassa) fala palavrão, a Rainha da Inglaterra fala palavrão. Até a sua mãe deve falar palavrão. Às vezes soa ofensivo como um “vai tomar no cu”, mas pode ser um elogio também. Quem não gostaria de ouvir da boca da mulher amada que "é foda” no sexo? Até a Pitty já admitiu que é foda no refrão daquela música!
Então desencane. Fale palavrão. Desabafe. Se sentir-se culpado, diga que foi seu cérebro que o mandou agir dessa forma. Culpe o seu sistema límbico pelo palavrão e diga que você apenas estava cumprindo ordens dele. Apenas modere a quantidade de palavrões por segundo. Encaixe ele de forma consciente na conversa e use-o quando não houver outro recurso para extravasar seu sentimento. Grite “caralho” bem alto quando receber um aumento no emprego. Berre “puta que o pariu” quando seu time marcar um gol decisivo aos 45 minutos do segundo tempo e lembre-se de lavar a boca com sabão depois, menino malcriado, porque Deus tá vendo.

Pra fechar o post um dos melhores vídeos sobre palavrões.



"Um foda-se bem mandado relaxa, desestressa e te coloca no eixo."

NAMASTE!

20 de março de 2011

Reviews de HQs - Parte 2

Demorei, mas cheguei com os reviews de HQs, completando as edições de Fevereiro e dando início nas de Março.

Comentarei aqui as edições Homem Aranha nº 110, Homem de Ferro & Thor nº 11, A Noite mais densa nº 8, Wolverine nº 76 e os Novos Vingadores nº 85.

Se os comentários aqui nesse post não estiverem necessariamente inteligíveis, favor ler o post anterior com os reviews de Janeiro e Fevereiro.

Eu tentei. Deus é testemunha que eu tentei continuar acompanhando a revista do Aranha após o One more day, mas simplesmente não dá. A partir do mês que vem darei os 6,50 gastos nessa porcaria para algum morador de rua, pra algum trombadinha, sei lá. Definitivamente não dá.

O nível das histórias é muito baixo, sem falar na arte horrível que vem sendo usada para retratá-las.

O carro-chefe dessa edição é o "grandioso" encontro do Aranha com o mercenário tagarela Deadpool. Para os fãs putinhas do bocudo essa história deve ter sido o equivalente a um orgasmo nerd, mas para mim foi um lixo.



Olhem esses desenhos:



Gostou? Toma mais então:O (ir)responsável pela arte é Eric Canete e os roteiros ficam a cargo de Joe Kelly.
A história? Não importa muito. O Deadpool é contratado por uma figura misteriosa para manter o aracnídeo ocupado enquanto um acontecimento importante do outro lado da cidade ocorre sem que Peter Parker possa interceder.
O encontro dos dois é uma das coisas mais lamentáveis que já vi na vida. As piadas são tão sem graça, e os diálogos tão sem sentido que nem vale a pena descrever. História pra lá de gratuita que só serve para agredir com os desenhos horríveis de Canete e o roteiro meia-boca de Kelly. Deus me livre!
A situação da revista do Aranha está tão ruim, que a melhor história do mix é escrita pelo próprio Stan "the man" Lee e desenhada pelo eficaz Marcos Martin.
Nela, o Homem Aranha procura um famoso psicólogo para se consultar e acaba deixando o homem aterrorizado com suas múltiplas facetas. A história é uma tremenda zoação de Stan Lee com todas as merdas que já fizeram com o Aranha ao longo dos anos.


Enquanto dialoga com o doutor, o Aranha lembra que já teve seis braços, já virou um lagarto, um Aranha-Hulk, uma aranha-humana, um porco-aranha... Todas as transformações do personagem são descritas em poucas páginas. Destaque para o comentário do Aranha sobre o que fizeram com ele e Mary Jane:


"Primeiro a gente era amigo. Depois, namoramos e casamos. Aí não estávamos mais casados. Ela engravidou... mas não engravidou."


Haja psicólogo para o nosso herói entender as roubadas que os roteiristas metem ele!


A última história do mix é escrita por Fred Van Lente e desenhada por Barry Kitson. Nela vemos as origens secretas do Elektro e sua busca por um poder ilimitado que espera conseguir bombardeando seu corpo com um campo energético abastecedido por tecnologia Stark.
A história é até bem simpática (não mostra o Aranha em um quadro se quer) e revela um encontro entre Elektro e Magneto. O mestre do magnetismo é atraído até o covil de Max Dillon pela energia absurda que o vilão libera, achando que ele podia se tratar de um mutante, mas se decepciona com a sua mentalidade reduzida num breve diálogo trocado. O encontro ocorre na época em que Magneto recrutava mutantes para sua irmandade (seus filhos Wanda e Pietro ainda estão com ele) e se bem entendi a proposta da história, ela prepara um evento em que o Aranha será atacado por toda sua galeria de vilões num chamado "corredor polonês".
Que original, não? Quase nunca o Aranha foi atacado por todos seus vilões ao mesmo tempo, né?


E até mesmo essa busca do Elektro em deixar de ser um vilãozinho de terceira conseguindo mais poder não é inédita. Pouco depois da Saga do Clone ele já havia conseguido isso com a ajuda do Tentáculo (se não me falha a memória) e dá uma surra no Aranha.


Quem portará o escudo é escrita por Ed Brubaker e desenhada por Butch Guice e o brazuca Luke Ross. No enredo vemos um Steve Rogers angustiado após seu retorno a vida e dividido em voltar a vestir a velha cota de malha e retomar seu escudo, que está sendo utilizado por seu ex-parceiro Bucky Barnes e abandonar de vez sua antiga identidade.


Após uma ação conjunta em que ambos aprisionam o Mr. Hyde e depois de uma longa conversa, Steve decide que Barnes está desempenhando um bom papel como Capitão América e abdica de seu uniforme, deixando o ex-Soldado Invernal honrado.


Em sua identidade civil, Rogers vai até a Casa Branca "trocar uma ideia" com o Presidente Obama (antes dele vir ao Brasil, acho! Hehehehe!), e ambos assinam um acordo secreto para derrubar o Reinado Sombrio de Osborn. Começam então os preparativos para O Cerco, a nova saga da Marvel.
Apesar dos desenhos razoáveis, ainda acho que Luke Ross perdeu toda a identidade de seu traço de tanto emular o traço de terceiros. Comentei aqui sobre isso em outro review. Pena, porque os desenhos originais dele eram bem legais, apesar de mais cartunescos do que os atuais.



(O Capitão está parecendo o Senhor Incrível nessa foto!)

Na história dos Vingadores que fecha esse mix (após uma história curta e descartável do Homem de Ferro que nem fiz questão de ler) escrita por Brian Bendis e desenhada pelo ultra-realista Mike Mayhew, Clint Barton, o ex-Gavião Arqueiro e atual Ronin é derrotado e aprisionado pelos Vingadores Sombrios de Norman Osborn, e sob o jugo dos vilões que fingem ser os mocinhos, o cara come o pão que o Diabo amassou enquanto eles o torturam para que entregue a posição de seus amigos Vingadores (os clandestinos liderados pelo Capitão "Bucky" América).


De dentadas do Venon, porradas do Sentinela, ameaças do Mercenário até torturas mentais do Mentallo, Barton é submetido a tudo enquanto sua esposa Harpia e as demais "meninas super-poderosas" dos Vingadores procuram por seu paradeiro. Não é difícil para Miss Marvel, Mulher Aranha, Jessica Jones e a própria Harpia deduzirem, no entanto, que o cara está sendo mantido na Torre dos Vingadores, e elas partem para resgatá-lo.
Após a tortura mental, Clint acaba revelando o esconderijo de seus amigos, mas quando Osborn e sua equipe chegam na casa camuflada do Capitão América, os heróis já não se encontram mais lá, frustrando o chefão da MARTELO. A investida dos Vingadores Sombrios serve, no entanto, para desguarnecer o Aeroporta-aviões da MARTELO, onde na verdade Barton está. As Vingadoras invadem o local e resgatam o ex-arqueiro e rumam para um segundo esconderijo sugerido por Steve Rogers. Lá elas se encontram com o restante da equipe e eis que o próprio recém-ressuscitado Steve Rogers surge e decreta que está na hora da reação heróica. É hora de acabar com o Reinado Sombrio de Osborn.
Fala sério! Mal posso esperar pra ver o velho Rogers chutando o rabo do Duende Verde!


Fiquei impressionado de início com a arte de Mike Mayhew. O cara manda muito bem no tom realista de seus desenhos, só peca um pouquinho talvez na movimentação de seus personagens, que parecem meio "durões" em cenas de ação. A mulherada, todavia, está de parabéns. Até mesmo sua Miss Marvel que está a cara da cantora Kylie Minogue!


Quase consigo imaginar a Carol Danvers cantando Can't get you out of my head. Hehehe!


Aliás, que gostosa que ela tá nesse clipe!


Enfim terminou a saga mais chata de todos os tempos: A Noite mais densa! Com a edição de nº 8, Geoff Johns decide o destino dos principais personagens da DC e do samba do crioulo doido que virou as várias tropas de Lanternas multicoloridos e sua guerrinha particular.


A resolução da Noite mais densa foi a mais clichê possível: A luz vence as trevas.


ÓÓÓÓÓÓ!


Acho que nunca tinha visto um desfecho tão original para uma saga que partiu de coisa alguma pra lugar nenhum. E sim, eu estou sendo irônico.


Como comentei no videocast, Sinestro é banhado pelo poder do avatar branco e parte para cima do detentor da força negra Nekron, a fim de dar cabo de sua malidicência e de seus seguidores mortos-vivos.


Em certo ponto o homenzinho cor-de-rosa até consegue encarar Nekron no mano-a-mano e arranca seu coração (aliás, isso é um clichêzão em toda a saga, assim como comer cérebros em filmes de zumbis). Por não precisar exatamente de sua forma física, isso não detém o vilão, que revida arrancando à força a essência branca de Sinestro, que é vencido pela própria arrogância.


Uma pancadaria sem precedentes acontece entre as diversas Tropas de Lanternas, os heróis DC e os mortos-vivos de Nekron, incluindo a galeria de personagens que deviam ter continuado mortos (Superman, Caçador de Marte, Arqueiro Verde, etc., etc.) e é hora do leitor se deleitar com a arte incrível de Ivan Reis nos vários quadros de batalha.


Aí me pergunto: Como após conseguir levar o Superman para o lado negro da força, o Nekron ainda consegue perder essa briga? Que incompetente!


Em Crise Infinita o Superboy-prime sozinho quase consegue matar o universo DC todo! Definitivamente não consigo entender os quadrinhos!


Bem, no final a energia branca banha toda a galera a começar por Hal Jordan, e ela consegue recuperar até mesmo os mortos-vivos como Superman. A bateria branca revive Willian Hand, o arauto de Nekron, o cara começa a vomitar (!) anéis brancos, Deus diz faça-se a luz (hehehhe!) e Nekron é "exprudido" pela luz branca que dá vida a todos os seres vivos.


Claro, todos se regozijaram! Todo mundo começa a cantar "Age of aquarius", o céu se enche de pássaros e as borboletas voltam a colorir o ambiente. É o fim da escuridão! (Pra quem não sacou, estou sendo sarcástico, não tem nada disso na HQ).
Pra completar o show de clichês, Johns, que não é popozuda mas também perde a linha, sem mais nem menos revive praticamente todos os personagens que passaram a saga toda arrancando corações alheios. Com isso o Nuclear Rony Raymond, Gavião Negro, a Mulher Gavião, o Caçador de Marte, Aquaman e até mesmo personagens "nada a ver" como o Flash Reverso e o Maxwel Lord (que meteu uma azeitona na cabeça do Besouro Azul e que depois teve o pescoço virado pra trás pela Mulher Maravilha) voltam à vida como num passe de mágica. É sério! É totalmente sem explicação!


A entidade branca simplesmente decide reviver todo mundo, como se a porra do universo fosse a casa da mãe Joana. Dessa vez nem deram a desculpa esfarrapada das porradas na realidade do Superboy.
Comprei as 8 edições de A noite mais densa esperando que algo relevante fosse acontecer e Geoff Johns simplesmente insulta minha inteligência revivendo personagens que, aparentemente, só morreram pra serem trazidos de volta. Aiai!


Comentarei mais pra frente sobre a banalidade das mortes e dos retornos nas HQs. Aguardem.


O que valeu a pena afinal em a Noite mais Densa? Os desenhos do brasileiro Ivan Reis. O cara deve ter tido um prazo apertado para desenhar essas edições e mandou bem absolutamente em todos os capítulos. Apesar do roteiro "enrolão" e abestalhado de Johns, a história deve ter exigido muito do artista por envolver quase todos os personagens da DC, as vezes, juntos no mesmo quadro. Fiquei impressionado com a capacidade do cara de conseguir enquadrar tantos personagens numa mesma página e sem perder a qualidade do traço. Quase nível George Perez que desenha mais de 100 personagens num mesmo quadro.


Destaque para a página quádrupla em que ele desenha os principais personagens ressuscitados:


Como se não bastasse, se mostrando ainda mais safada que a Marvel, a DC já emenda uma nova mega-saga nessa que mal terminou, a chamada Dia mais claro, só que dessa passarei longe. Chega de ser enrolado!


Só falta agora eles matarem todo mundo de novo que acabou de ressuscitar. Seria muito para a minha cabeça!


Na última edição de Wolverine vimos o começo do arco o Amanhã morre hoje em que uma moça dotada de dons precognitivos avisa Logan de que uma ameaça está vindo do futuro para exterminar super-seres com o potencial para se tornarem o grande líder da força rebelde contra a Roxxon. Essa ameaça se denomina Deathlok, e um verdadeiro esquadrão de exterminadores do futuro vem para detonar com todo mundo de sua lista, incluindo o atual Capitão América Bucky Barnes.


Nessa edição vemos pouco do velho Logan em ação, e a história se concentra mais em nos mostrar quem é o Deathlok incubido de destruir a líder rebelde Miranda Bayer.


A diferença entre futuro e presente é totalmente deturpada nessa história, que em certo tempo fica bem confusa. A Miranda do futuro manda instruções mentais (!) para a sua contraparte do passado, e esta por sua vez as executa no presente. Numa dessas projeções mentais, Miranda (a do presente) é instruída a ameaçar um garoto que virá a ser aquele Deathlok do futuro que está ali para matá-la, e a partir daí todo o plano do ciborgue vai para o espaço, quando o computador em seu cérebro assume o comando de seu corpo e se volta contra seus colegas Deathloks, destruindo-os.


A banalização do enredo se torna visível ao fim da história. Toda aquela lenga-lenga de robôs do futuro que estão no passado para mudarem o futuro acaba não resultando em nada, exceto que o líder da resistência e general de Miranda Bayer é o próprio Deathlok que foi enviado ao passado para matá-la (!). Eu não entendi porra nenhuma. Eu estava torcendo para que o general da resistência fosse o Steve Rogers, já que o mote da história começa com ele na edição anterior. O velho Steve não serve para mais nada na história além de ajudar os Vingadores a enfiar a mão na cara dos Deathloks, e também para desfilar seu novo uniforme. Mais nada.


A história até tinha potencial para ser boa, embora estivesse puxando (muitos) elementos do fillme Exterminador do Futuro, mas terminou confusa e um tanto quanto sem sentido. O bom é que mês que vem não precisarei mais comprar a revista do Wolverine pra ver o que acontece!




Pra fechar o mix, vemos uma história estrelada por Daken, o filho meio viadinho do Wolverine.


Escrita por Daniel Way e Marjorie Liu e desenhada por Giuseppe Camuncoli, somos jogados bem no meio da saga O Cerco (que mal começou), e os eventos já mostram que o controle de Norman Osborn sobre sua equipe já está ruindo.
O maluco ordena um ataque contra a cidade de Asgard, e o Wolverine Jr. sai matando geral os "bem treinados" guerreiros de Asgard.


Confesso que nunca tinha lido uma história se quer com esse personagem, e me surpreendi com o grau de homoxessualidade que ele atinge para provocar seus colegas de equipe. Praticamente todos seus comentários tem duplo sentido e puxam para o lado sexual da coisa, e apesar de também dar em cima da Miss Marvel (A Rocha Lunar, na verdade), ele explicitamente mostra que é mais chegado nos cuecas do grupo.


Parte de sua característica é o mau caratismo. Ele provoca a todos com piadinhas e comentários sarcásticos, e nem mesmo o chefe fica ileso de suas gracinhas.


A história é curta, e termina com Daken empalando Osborn com suas garras.


Não saquei muito se aquilo aconteceu mesmo ou se era a imagem de algum futuro alternativo, sei lá, mas enquanto ele dá uma lição no chefe, o que me parecem ser oráculos asgardianas o observam dizendo que ele é o arauto do Ragnarok (!). Blablablabla!

Na última edição de Homem de Ferro & Thor vimos o Doutor Destino apelando para a armadura do Destruidor para enfrentar o Deus do Trovão, e pela demonstração inicial achamos que o Thor se daria mal.


Tudo nos leva a crer que sim, até que o Senhor de Asgard vira o jogo e faz picadinho da armadura baseada em projetos de Odin, obrigando Destino a se escafeder antes de ser derrotado.



Enquanto a batalha entre Thor e Destino se decide, Balder recupera o coração da deusa Kelda e utilizando seus dons místicos, o traiçoeiro Loki, a fim de garantir a tolerância de seu meio-irmão, recupera a vida dela. Caindo nas graças de todos novamente por seus feitos, Loki sugere que todos voltem para Asgard, e após a vitória sobre Destino, Thor volta à sua vida normal, uma vez que foi banido da cidade reluzente após assassinar o próprio avô.


Os eventos mostrados na revista do Wolverine devem começar a envolver Thor e seus amigos em breve. Foi dada a largada para O Cerco.


Stark: A queda parte 3. Como vimos na edição anterior, seguindo as orientações do próprio Tony Stark, o Dr. Donald Blake, Maria Hill, o recém-ressuscitado Steve Rogers e Pepper Potts se unem para fazê-lo voltar à vida. O último reator ARK da Terra é implantado em Stark e o disco rígido recuperado por Hill é instalado, mas Tony não volta à vida como previsto.


É necessária então a intervenção mística do Doutor Stephen Strange que entra no plano astral para resgatar a mente de Stark enquanto o Capitão América e Potts protegem seu corpo físico.


O Fantasma, à serviço da Madame Máscara continua à espreita, e numa primeira investida ele quase dá cabo da senhoria dona da pensão onde o Doutor Blake reside. Graças à Maria Hill ele falha, mas isso não o impedirá de tentar de novo.


A edição termina com o Doutor Estranho encontrando a consciência de Stark e oferece ajuda para resgatá-lo.


Imagino que a enrolação termina no próximo número e Stark volte à vida para ajudar o Capitão e o Thor contra Norman Osborn.


É isso aí. Por hoje é só pessoal!


NAMASTE!

14 de março de 2011

Pensamentos soltos

Existe um ditado moderno que diz: “enquanto não acho a pessoa certa, vou me divertindo com as erradas”, e refletindo um pouco sobre isso cheguei a uma pergunta que se faz necessária: Existe mesmo a pessoa certa?
Os tempos são outros. O modo de se relacionar se tornou banal e efêmero, não há mais aquela avidez em conhecer uma pessoa à fundo, e o ser humano passou a se tornar cada vez mais descartável um para o outro. Os diálogos foram reduzidos aos 140 toques do Twitter e olhe lá se for tanto assim!
Esse texto não é uma crítica às redes sociais, de forma alguma. Fazendo isso, eu estaria como se diz, remando contra a maré. É notório que as redes sociais bem como elas foram criadas, tem servido para muitas pessoas como um alento na solidão cotidiana, e dando aquela falsa esperança de “companhia”, de que se tem alguém para se trocar uma ideia. A frieza do computador, daqueles bate-papos descontraídos das antigas salas ou mesmo do MSN foi substituída e reaquecida por fotos, vídeos e links que você pode compartilhar com os amigos que o “seguem” a qualquer momento e de qualquer lugar. Essas postagens dão vazão a “curtições”, comentários ou mesmo “cutucadas”, e criam aquela sensação de bem estar: “ah, estou sendo comentado. Todos me amam”. Isso quando a pessoa não é aquele tipo autista preso em seu próprio mundo e que pouco liga para o que os demais postam ou pensam. O que interessa é o que eu penso, dizem eles.
Voltando ao raciocínio que me fez sentar diante do computador para redigir esse texto. Penso que o relacionamento entre as pessoas está se tornando frio e distante assim como o é na internet e nas redes sociais. Não são todos que se preocupam com o calor humano, com a presença física de alguém querido e que tampouco se importam em conhecer pessoas novas para aumentar seu círculo social. Esses indivíduos, se o fazem, não se interessam pelo que se tem a dizer ou pelo que se pensa. É como se ninguém mais tivesse paciência de conhecer alguém a fundo, de fazer amizade ou de se relacionar seja lá como for. Como se tudo não pudesse mais sair da superficialidade, como se conteúdo não importasse mais.
Os relacionamentos amorosos atuais duram cada vez menos exatamente por essa “ansiedade crônica” que aflige o ser humano. O que é bom hoje amanhã já está gasto, assim como um celular ou um computador, e me soa meio absurdo imaginar um relacionamento íntimo dessa forma fria. Nós não somos máquinas. Não entramos em desuso depois de certo tempo (meu celular só tem 2 anos e vocês nem imaginam como ele está obsoleto!), nós temos sentimentos, possuímos coração e ele é alimentado por emoções e não por gigabytes de memória.
Os casais se juntam na avidez por atenção, às vezes na carência física (e vocês sabem do que estou falando), mas as relações não duram porque seja um ou outro está sempre querendo mais depois de certo tempo. “Estou com a Maria, mas como a Ana é gostosa, hein?”. Não há mais o apego. Você se dá para uma pessoa, cria uma expectativa em volta daquela relação e você é descartado tal qual um Ipad 1, que já virou entulho com o lançamento do Ipad 2. A tecnologia é necessária em nossas vidas hoje, mas não devemos levar nossa vida como se ela fosse uma corrida em busca do mais novo lançamento. Onde foi parar o sentimento? Onde o amor entra nessa história toda?
Cometemos vários erros ao longo de nossas vidas, e devemos ter humildade suficiente para reconhece-los e aprender com eles. Um relacionamento que não deu certo não pode servir como único parâmetro para os demais, caso contrário seria melhor desistir. É aí que volto à pergunta do início do post. Existe mesmo a pessoa certa?
O que não deu certo com a última funcionará com a próxima? Se eu consertar os erros cometidos e evita-los no futuro dará resultado ou isso só servirá para criar um novo ciclo de erros que resultarão em novos desentendimentos? E se eu achar o próximo “amor da minha vida” quanto tempo durará para que meu software se torne ultrapassado e ela ache um “amor 2.0”?
A superficialidade dos dias atuais tem me preocupado a ponto de não acreditar plenamente que ainda exista essa de “pessoa certa”. Talvez a pessoa certa seja aquela que te faz bem, cujo sorriso aquece seu coração e cujo abraço te faz esquecer dos problemas, mas somente pelo “eterno enquanto dure”. Talvez a pessoa certa não deva te acompanhar até que a morte os separe e sim enquanto durar o calor daquele aconchego. Quem sou eu para saber? De qualquer forma fica meu apelo aos ansiosos por novas aventuras: Dê valor a quem você ama. Faça cada momento valer a pena e que esses momentos durem o tempo necessário para se tornarem inesquecíveis e não temporários quanto os dados numa memória RAM.

"Eu sei que você sabe que nós tivemos alguns bons momentos,

Agora eles têm seus próprios caminhos a seguir

Eu posso te prometer amanhã

Mas eu não posso comprar de volta o ontem"

E assim as palavras se perdem com o vento na efemeridade das relações.

NAMASTE!

11 de março de 2011

Robocop de Elite


Na mesma semana em que foram divulgados boatos de que o talentoso Wagner Moura (Capitão Nascimento para os não tão íntimos) havia sido contratado para viver o papel de um vilão de uma ficção-científica dirigida por Neill Bomkamp, o mesmo do simpático Distrito 9, José Padilha, o diretor dos dois Tropa de Elite agora é nome certo à frente do projeto que vai revitalizar o policial do futuro Robocop.
Já comentei por aqui as ótimas impressões que tive com a direção firme e corajosa de Padilha com Tropa de Elite, e como ambos os filmes mexem com assuntos polêmicos e de âmbito nacional de forma extremamente competente. Violência e corrupção nunca antes haviam sido mostradas de forma tão escancarada no Brasil, e o Capitão Nascimento virou herói nacional de forma instantânea, representando o policial incorruptível que combate traficantes no primeiro filme e inimigos muito mais poderosos no segundo.




Mas o que Padilha tem a ver com Robocop?


A meu ver, a forma realista com que encara a violencia urbana o transforma em um nome perfeito para o posto, visto que o primeiro filme Robocop de 1987 falava justamente disso: Uma cidade tomada pela corrupção em todas as suas vertentes e que a lei está reduzida quase a pó, na forma de pouquíssimos policiais que tentam combater a criminalidade da forma tradicional, enquanto forças maiores nos bastidores se movimentam para transformar a lei numa nova forma de lucro.
Essa é a parte realista do filme. O cenário da "nova" Detroit é muito semelhante ao que Padilha encenou na figura do Rio de Janeiro em Tropa, basta saber como o diretor brasileiro irá lidar com a parte fantástica da história, do policial que é brutalmente assassinado por uma gangue e se transforma num ciborgue quase indestrutível.

O orçamento inicial para o filme disponibilizado pela MGM (que achei que estivessa falida)é de 80 milhões de dólares, um valor bem significante para a realidade brasileira e que provavelmente indica que o remake de Robocop está bem valorizado em Hollywood. Acho que a torcida aqui em terras brasilis é muito grande para o sucesso de nosso compatriota lá fora, em especial pela forma como Tropa de Elite cativou o público brasileiro. Tomara que Padilha saiba aproveitar esse seu grande momento e que ele utilize todo seu talento para convencer o público americano assim como conseguiu por aqui.

Até então pouco se sabe sobre a linha geral do roteiro que será escrito por Joshua Zetumer, que nada de muito expressivo tem no currículo senão talvez uma participação na colcha de retalhos que foi o roteiro de Quantum of Solace (do 007), e tudo que foi veiculado até então é que o filme será mesmo um recomeço para a franquia, que teve um final melancólico com Robocop 3, o pior dos 3 filmes.

Espero que mantenham firmes as origens do personagem e que a linha violenta enaltecida por Paul Verhoeven, o diretor do clássico de 1987, seja mantida. Oremos!


Impossível não lembrar de Robocop quando vasculho meus registros de memória da infância. Eu cresci praticamente vendo e revendo, e revendo e revendo os 3 filmes da série e até hoje acho a cena da morte do policial Alex Murphy uma das mais brutais e angustiantes da história do cinema. Tudo no filme de 1987, em especial, se mantém como algo mágico para mim na memória, desde as mortes fantásticas, as sequências de violência pura, os diálogos e até mesmo aquelas propagandas de TV absurdas mostradas ao longo do filme, criticando os exageros cometidos pela publicidade.


Como bem mencionei aqui ao falar sobre os Mercenários do Stallone, eu fui criado assim, ao som de tiros e explosões, e a meu ver, Robocop é um ícone do cinema brucutú (não é a toa que ganhará uma estátua em Detroit) e merece um novo filme à altura do que foi o antigo.
Boa sorte a José Padilha e a Joshua Zetumer nessa nova empreitada.


Enquanto escrevia o post o tema do filme estava tocando em minha cabeça. Na torcida para que o Padilha use a trilha original que é tão clássica quanto a do Rocky ou a do Superman.




De arrepiar! Eu pago um dólar por isso!

NAMASTE!

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