18 de abril de 2011

Afinal, o que querem as mulheres?


Dia desses uma colega minha de longa data, que também já havia sido minha aluna entrou no MSN para bater um papo, e de forma surpreendente o assunto foi muito além do que eu imaginava.

Ela entrou para elogiar uns textos meus que eu tinha compartilhado dos meus arquivos pessoais, e conversa vai conversa vem, começamos a falar de relacionamentos. Contei sobre a menina-coala já citada aqui e como nosso relacionamento terminou, e fui surpreendido por uma daquelas pancadas que volta e meia somos obrigados a aceitar, também conhecida como dose de realidade: "Você fez exatamente o que nós mulheres não suportamos num homem. Você demonstrou interesse."

Sem acrescentar detalhes desnecessários da conversa, posso dizer que sou um cara que acreditou até o fim na relação e paguei por isso fazendo o chamado correr atrás, confesso. Mas até aí eu não entendia qual havia sido meu erro. Não vivem dizendo que devemos correr atrás daquilo que mais queremos no mundo? Então. Foi quando a frase dessa minha colega me atingiu de forma que eu não esperava.

Estaria eu errado em ter insistido em algo que eu julgava ser a coisa certa? Teria eu errado em ter acreditado naquilo que achava, até então, ser amor?

Esses questionamentos começaram a me incomodar e então a conversa continuou a se desenrolar pelo chat madrugada a dentro.

Essa minha colega argumentou que as mulheres necessitavam se sentir "por cima da carne seca" na maioria da vezes, no controle da situação e que nós homens, no papel de vítimas, e dando-lhe maior importância só colaborávamos para um futuro desgaste da relação. O ideal seria (e ela me confessou isso como se fosse um segredo passível de pena caso revelado) que os homens não se demonstrassem abalados com um término de namoro ou um rompimento momentâneo que fosse. As mulheres precisam se sentir ignoradas de certa forma para que então possam elas correrem atrás. Aí é que rolaram as divergências entre nós.

Minha visão de mundo e por se assim dizer também de relacionamentos é bem prática: Eu gosto de você, você gosta de mim, vamos ficar juntos. Se rolar algum desentendimento a gente conversa e resolve. Simples assim. É a famosa equação do amor, descrita pelo sábio Roberto Freire em Crônica de Amor: "Eu linda + você inteligente = dois apaixonados".



Não há nada que me irrite mais do que joguinhos mentais ou adivinhações em certo ponto do relacionamento. Acho até justo naquela fase de conhecimento, quando até então tudo é mistério e é até gostoso ir descobrindo aos poucos, mas durante um relacionamento acho ridículo. Falei isso com todas as letras para essa minha colega, e não é que ela ficou possessa e nunca mais quis falar comigo?

Vamos entender o contexto. Aquela era uma conversa amigável entre um homem e uma mulher sobre algo em que na maioria das vezes há divergências. Minha opinião é a de que as mulheres não deviam fazer tantos jogos do tipo "gosto, mas não vou falar pra não me fazer de fácil" ou "eu sei o que eu quero, mas não vou te falar. Adivinhe". Esse tipo de coisas tira a paciência de qualquer um. Pode até ser um ponto de vista machista e que com ele eu tenha ferido mortalmente o brio feminista de minha colega, mas duvido veementemente que fora o caso. Aconteceu ali um mau-entendido dos grandes e sinceramente até agora não sei porque essa minha colega fora tão ríspida e intolerante. Teria eu que aceitar a opinião dela sem nem mesmo argumentar ou lhe mostrar o MEU ponto de vista?

Tenho passado os últimos meses, por conta disso, estudando o comportamento feminino, tentando achar uma linha de raciocínio que, se não me explique o que as mulheres querem, pelo menos aquiete minha mente com um pouco de lógica. Sei bem que estou pisando em terreno hostil e que nem o pai da Psicanálise Freud conseguiu uma resposta satisfatória sobre a pergunta em questão, mas não desistirei por isso.

Pra começar, as próprias mulheres admitem que são complicadas de se fazerem entender. E não é só uma ou outra. Já ouvi de várias delas a frase "mulher é assim mesmo". Basta saber o que isso quer dizer:

"Mulher é assim mesmo" = Maluca?

"Mulher é assim mesmo" = Um bicho estranho?

"Mulher é assim mesmo" = Uma bomba pronta a explodir?

Não são raras também aquelas que falam em tom de ameaça "mulher não foi feita para se entender e sim para se obedecer". Concordo em gênero, número e grau, afinal todo mundo sabe que não se pode contrariar certas classes que não provém das faculdades psicossomáticas.

Antes que as feministas invadam o blog e exijam que eu seja queimado em praça pública pelo comentário jocoso, devo citar que eu amo as mulheres e aceito que os homens não são nada sem elas. Pra começar, precisamos de uma delas para nascer, depois precisamos de outra delas para nos ensinar a ler e escrever e passamos todo o resto da vida precisando de outra delas (ou outras) para darmos um sentido na vida. Essa, infelizmente, é a mais difícil de se encontrar. Portanto, não me levem tão a sério. É que as vezes acho as mulheres meio loucas mesmo.

Outro fator que deve ser levado em conta para chegar a essa complicada questão quase tão fundamental quanto aquela que diz "Pra onde vamos" é que a maioria das mulheres nem se quer sabem o que querem. Aí se enquadra o famoso "não sei se caso ou compro uma bicicleta". Já topei com mulheres que não conseguiam tomar uma simples decisão de vamos ao cinema ou vamos ficar em casa vendo filme embaixo do cobertor, o que nos leva a crer que as vezes elas não querem decidir nada, e querem sim, que nós, os seres menos evoluídos chamados de homens, tomem as decisões por elas. Que melhor forma elas teriam de reclamar posteriormente da decisão tomada, né?



Lendo um pouco sobre o assunto descobri, para minha surpresa, que algumas mulheres não se acham esse mistério todo, e que isso não passa de uma lenda urbana criada (pasmém) pelos próprios homens. Numa matéria escrita por Adriana Baggio publicado no site Digestivo Cultural, a autora cita uma frase da cartunista e humorista argentina Maitena que fala: "Não me identifico com a ideia de que o universo feminino é tão especial, não gosto quando escuto mulheres dizendo que somos seres difíceis de compreender, como uma fada que flutua em suas intuições. Não concordo com essa idéia, que me parece equivocada, que afasta homens e mulheres porque cria um mistério feminino que provoca medo no homem: medo do desconhecido, da distância, desse mistério insondável. Creio que nós mulheres não somos tão misteriosas”. A própria Baggio admite em certo ponto que para as mulheres é interessante manter essa aura de mistério ao redor do que elas realmente querem, até porque isso ajuda a justificar certas decisões. "Não fiquei com você porque... ah! Quem entende as mulheres?". Tudo tem que ter uma desculpa.

Num outro artigo escrito por Valéria Martins no blog A pausa do Tempo, a autora cita Freud em seu texto e explica que as bases que o pai da psicanálise tinha do assunto se encontram um tanto quanto obsoletas, uma vez que a mulher moderna é diferente da mulher que ele analisava. Hoje em dia muitas mulheres se encontram em posição social superior a dos homens, trabalham, são donas do próprio nariz e não precisam de homem nem se quer para abrir o vidro de palmito. Era comum que se criasse aquela aura de mistério em torno da fêmea pelo fato de que ninguém perguntava nada para ela. Era mais na base da observação e da intuição.

Segundo a visão de Valéria, essa mulher independente do século XXI causa o chamado medo (ou cagaço) nos homens, que se sentem inferiores a ela e, portanto, não tem a segurança necessária para tomar a iniciativa. Embora essas mulheres passem uma imagem superpoderosa, de "sai da frente que eu sou foda", em sua essência ela é uma mulher, e ainda espera ser galanteada, cortejada, conquistada, como sempre foi, embora ela também sinta-se suficientemente segura em partir para o ataque. O resultado criado por isso é: Nada. Se ela não investe esperando ser conquistada e ele tem medo da figura imperiosa dela, o fim de noite desses dois é no sofá da sala assistindo Altas Horas, cada um na sua casa.



Em suma o que as mulheres querem, embora elas tenham sérias dificuldades em demonstrar e sejam orgulhosas demais para pedir as vezes, é o que muitos homens querem também: amor. Esse sentimento é algo que todo ser humano necessita. Faz com que o combustível da alma flua melhor no corpo, e dá aquela sensação maravilhosa de que estamos vivos e de que não queremos mais sair dessa vida. Seria muito melhor que homens e mulheres se entendessem de forma plena, mas talvez dessa forma, as relações não fossem tão interessantes. Talvez esse mistério feminino seja um ingrediente a mais na conquista e que elas queiram ser descobertas por esses primatas desenvolvidos chamados de homem. Talvez elas se façam de estranhas e por vezes loucas para nos testarem e ver até onde vai nosso interesse. Se desistimos logo somos fracos, portanto indignos de sermos o pai de seus futuros filhos. Se aguentamos firmes suas maluquices temporárias, lhe damos nosso peito para que ela se aconchegue depois da briga (e uma bela de uma barra de chocolate) somos fortes candidatos a entrar em seu hall do homem perfeito, o que não quer dizer que permaneceremos lá por muito tempo. O fato é que homens e mulheres são diferentes em sua essência, e são por isso, complementares. Um precisa do outro e o importante disso é que ambos concordem com esse fato

e aceitem as diferenças. As vezes não precisa de um entendimento profundo, basta que se saiba que cada um é cada um.


Enfim, tudo que disse são conjecturas. Nesse momento pode ter um monte de mulher rindo da minha cara pela pretensão de ter tentado elucidar esse mistério que nem Sherlock Holmes ousaria e não ter chegado a lugar nenhum. Ou não.

Minha colega pode estar certa e os homens deveriam mesmo andar naquela linha tênue entre o foda-se e a indiferença com as mulheres, fazendo assim com que todas elas caiam aos nossos pés desamparadas e se sentindo abandonadas. Por outro lado pode ser que isso não se aplique a todas as mulheres, como eu desesperadamente prefiro continuar acreditando e tenham várias mulheres sensatas e cientes do que querem lendo esse texto agora num mundo alternativo fora do continuum-espaço.

Se as mulheres esperam mesmo que sejamos indiferentes, e que elas corram atrás, vou ter que mudar meus métodos e entrar para o clube dos cafajestes, que aliás, engloba os espécimes preferidos da grande maioria das mulheres. Mas, se elas só querem atenção, um cara que as saiba ouvir na hora certa, que saiba dar-lhe carinho quando necessita, que a faça se sentir importante a seu lado e que acima de tudo se sinta segura na sua presença, acho que o mundo tem salvação, porque é esse o meu tipo de mulher preferida. Sem joguinhos ou adivinhações. OK. Pode ter um pouco de mistério, eu não ligo, mas nada que me faça desejar ser um telepata para poder decidir qual o próximo caminho a seguir.



Será que cheguei perto de saber o que querem as mulheres?



NAMASTE!

17 de abril de 2011

Review: Bruna Surfistinha

Bruna Surfistinha já foi engendrado como um filme polêmico. Em primeiro lugar, fala de um assunto polêmico. Prostituição. Segundo, retrata a vida de uma pessoa polêmica. Terceiro, a personagem é interpretada por uma atriz que querendo ou não, uma hora ou outra está estampada nas capas das revistas de fofoca envolvida em alguma polêmica.

A chamada do filme mandava que o espectador assistisse o filme despido (uia!) de preconceitos, e foi a primeira coisa que fiz. Tomei uma Smirnoff e deixei o preconceito no bolso da outra calça.

O filme dirigido por Marcus Baldini não é nenhum primor do cinema brasileiro, algo que tenho tido prazer em destacar aqui depois dos ótimos VIPs, Tropa de Elite 2 e dos bacanas De Pernas para o ar e Muita Calma nessa hora. Primeiramente você tem que parar de exigir uma fotografia mais apurada, roteiro bem trabalhado e uma história bem desenvolvida, até porque a fonte disso tudo é o livro O Doce Veneno do Escorpião, escrito pela própria Raquel Pacheco, ou Bruna, para os mais íntimos. Tive a oportunidade de ler alguns trechos do livro (enquanto aguardava uma sessão de cinema), e apesar de ser uma leitura aprazível no sentido bíblico da coisa (se é que você me entende), não há nada de muito arrebatador. O filme segue essa linha, um roteiro simplificado, sem grandes reviravoltas, mas que apresenta uma Bruna Surfistinha que, imagino eu, poucas pessoas conheciam.

Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da classe média paulistana, que estudava num colégio tradicional da cidade. Um dia, sob certas pressões familiares, ela tomou uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel viveu diversas experiências "profissionais" e ganhou destaque nacional ao contar suas aventuras sexuais e afetivas num blog, que depois acabou virando um livro e tornou-se um best seller.


É importante saber que Raquel foi para o mundo da prostituição por vontade própria. Havia sim uma pressão sobre ela dentro de casa, e essa pressão começou a forçá-la a tentar conseguir algo por conta própria e sair das sombras dos pais. Quem nunca se viu nesse dilema? "Estou me tornando um peso-morto em casa, preciso arrumar um emprego." O problema é que ela sentiu-se seduzida pelo caminho "mais fácil", aquele que garantia lucros de forma muito mais rápida do que os tradicionais. A própria personagem de Drica Moraes, que interpreta a cafetina da primeira casa onde Raquel se emprega, menciona na "entrevista": "Você vai ganhar muito mais do que uma vendedora consegue em um mês."

Antes que os vendedores sintam-se ofendidos, provavelmente o salário proveniente de programas é superior a qualquer profissão média remunerada, incluindo a minha! Isso faz a gente pensar nos caminhos escolhido, hein? Hoje em dia Presidentes são eleitos sem nenhum diploma, deputados precisam provar que sabem ler e garotas de programa faturam mais do que quem tem diploma universitário. Essa vida é muito fanfarrona!


Passado o choque em saber que Raquel tornou-se Bruna porque quis, mergulhamos de cabeça no mundo das garotas de programa. Ela e suas colegas nos mostram todas as facilidades e dificuldades da profissão e ao mesmo tempo nos faz pensar nos tipos de homens que frequentam esses lugares. Em sua grande maioria eles são solitários, e mesmo os pais de família e maridos devem ser aqueles tipos que não encontram em casa o que as "primas" podem e sabem oferecer. Incrível pensar como a indústria do sexo sabe angariar recursos sem grande esforço. O que nos faz pensar novamente nos caminhos que nós escolhemos! (Fala a verdade, você pensou!).



Particularmente eu não acho a verdadeira Raquel uma mulher bonita assim como é sua intérprete, mas imagino que com seus 18 anos ela devia ter seus atrativos, e isso por si só garantiu o seu destaque entre as demais. Como ela chegou lá? Com muito "trabalho", meu amigo.


Vamos lá, mulher. Faça seu exercício mental da semana. Imagine você receber num quarto durante uma semana dezenas de homens de todos os tipos físicos possíveis e imagináveis. Barbudos, magros, gordos, velhos, com bafo, fimose, frieira, nojentos... Cara! Tem que ter talento para algo do tipo, ou muito amor à profissão! Bem, vamos prosseguir na linha do sem preconceito.

Quando sai da casa de tolerância de Larissa (Drica Moraes), Bruna percebe que a imagem criada por ela mesmo é atrativa e decide trabalhar por conta própria com uma das amigas do antigo emprego. É aí que ela se torna uma personagem nacionalmente reconhecida, atendendo seus clientes privativamente numa cobertura de luxo e relatando suas aventuras num blog da internet. O diferencial de Bruna estava justamente em expor seu trabalho num meio que não era utilizado para esse fim antes dela. Sexo sempre fora veiculado pela Internet, claro, mas um site funcionar como uma forma de atrair clientes para programas era inédito. Embora Bruna fosse avessa aos estudos, ela mostrou que entendia de marketing e atingiu seu público alvo no ponto certo: A vaidade. Como a personagem cita no filme, os homens que requisitavam seu trabalho precisavam de atenção, e o fato dela citá-los no blog e dar notas para seu desempenho sexual mexia com seu brio, e aquilo era retorno garantido. Está aí um ponto positivo para Bruna. E pensar que não apliquei em nada minhas aulas de marketing da faculdade!


Destaque para a cena em que Hudson (Cassio Gabus Mendes) tenta dissuadi-la de continuar naquela vida, mandando a frase:


"Quando você estiver trepando com aqueles caras, lembra da vida que você escolheu e como você tratou a única pessoa que já se importou com você."


Quem é que já não foi tratado como o Hudson, não é mesmo? Eu mesmo já ofereci ajuda a uma pessoa e só tive ingratidão como resposta. Tem gente que não gosta de ser tratada bem. Whatever.


Bom, da ascenção à queda é um pulo, e a vida de Bruna torna-se uma biografia de estrela do rock quando começa a se envolver com drogas, aspirando uma carreira (e não estou falando em almejar um emprego) atrás da outra compulsivamente. Na mesma medida em que ela é absorvida pelo próprio "sucesso profissional" e começa a se iludir pela vida de glamour que nunca tivera antes, ela mergulha fundo no mundo das drogas e permanece nesse fundo quando começa a perder tudo que conquistou de forma honesta.


Ué. Que foi?


Foi de forma honesta sim. Ninguém fazia os programas forçadamente, oras.


Toda a crise de Bruna, sua queda e o fundo do poço em que ela atinge é a melhor parte do filme e rendem as melhores cenas em matéria de interpretação a Deborah Secco. Deborah, por sinal, faz com que tenhamos simpatia por Bruna e sua história (quando esquecemos o trabalho da personagem) durante todo o filme, e se não temos cenas primorosas durante a película, é porque a personagem também não é das mais profundas.


Todo o restante do elenco, em especial Cassio Gabus Mendes (Hudson, o primeiro cliente de Bruna) e Drica Moraes estão muito bem em cena, e não há aquele elo fraco que quase toda produção tem. Se tem também, a atenção do filme é totalmente desviada com cenas luxuriantes de sexo e depravação, portanto, não posso dizer que tenha percebido.


"Ah, mas Rodman, esse é um filme pornô?"

Não, jovem padawan. Eu definiria como um soft pornô. Não há orgãos genitais aparecendo explicitamente, apenas cenas simuladas de sexo. Quem já viu os filmes do Cine Privê nos sábados a noite sabe do que estou falando.

Deborah Secco está deliciosa como Bruna, e não há como negar que esse é o grande atrativo do filme. Devo confessar que vi o filme pela curiosidade que ele me gerou desde seu anúncio, e não porque estava ávido para saber sobre a triste história de vida da pobre Raquel. Boa parcela do público do filme (que no começo de Março já batia a casa dos R$ 4,2 milhões em bilheteria), estava na sala para ver isso mesmo: Putaria. Não há como negar. Se você foi pra conferir outra coisa, posso dizer que você é uma pessoa que ainda acredita na arte. Eu não sou tão otimista.


Bruna Surfistinha é um filme mediano. Embora tenha boas interpretações, vale mais (e unicamente) pelo tema polêmico, que assim como a Bruna real soube fazer com seu trabalho e o blog, vendeu-se por isso. Ponto.


Dizer que ele não nos leva a reflexões é mentira. Pensei o tempo todo o que eu ainda estou fazendo no meu trabalho se o caminho da grana é o sexo? Estou aqui por meio do meu blog convidando alguém pra ser meu sócio no Bordel da Luz Vermelha que abrirei em breve. Ah, também estou recrutando as "primas" para o trabalho pesado.


Caso essa empreitada não dê certo, já tenho o plano B, e eu mesmo lançarei minha carreira de Go Go Boy. Meninas interessadas, prometo postar aqui fotos e descrições fieis aos programas realizados. Quem sabe o blog não comece a bombar??


Obs.: As fotos eu já tenho! Heheheheh!


NAMASTE!

11 de abril de 2011

1 ANO DO BLOG DO RODMAN

Há um ano eu tive a ideia insana de criar um Blog e por meio deste compartilhar minhas opiniões, dúvidas e certezas com quem quer que tivesse coragem de ler o que eu escrevia nessa concorrida blogosfera. Quem diria que essa brincadeira duraria um ano!

Em Abril comemoro um ano do Blog do Rodman justamente com o post de nº 100, e a ideia é compartilhar com o pessoal que visita esse humilde espaço na rede, o que já aconteceu de lá pra cá e as insanidades (e porque não dizer atrocidades) cometidas por mim.


Nesse ano que se passou a Seleção Brasileira perdeu a Copa na África, o Corinthians comemorou o Centenada, a Dilma venceu as eleições, o Tiririca se tornou o deputado mais votado, Lost acabou, o Japão quase foi destruído por tsunamis e terremotos, a Maria ganhou o BBB 11 e eu fiquei mais velho. É incrível como tanta coisa pode acontecer em 12 meses!


Apesar de não ser um grande fã de matemática nem das ciências exatas no geral, admito que gosto de números e estatísticas. Gosto de comparar dados, relacionar tudo com gráficos e disponibilizar esses resultados de forma clara, por isso decidi fazer um balanço do Blog nesse 1º (e provavelmente único) ano de existência.

Em primeiro lugar gostaria de agradecer a fidelidade dos 14 seguidores e dizer que a sua presença é muito importante para mim, porém tenho uma sugestão a vocês: Tratem de angariar mais seguidores, porra! Quanto mais gente ver o blog mais motivação terei pra escrever.

Dado o recado vamos à parte prática. Embora o Blog conte com pouco mais de uma dezena de seguidores, isso não quer dizer que os posts são pouco visualizados. O que é publicado na Internet atualmente, pode ser visto por pessoas em todo o mundo e hoje o Blog do Rodman conta com um total de 61 visitas gringas:

É surpreendente a dimensão que pode tomar aquilo que escrevemos, e até onde isso pode chegar. Um abraço a todos os portugueses que porventura venham a conhecer o Blog do Rodman (41 acessos em terras lusitanas!) futuramente e aos que por aqui já passaram, e claro, também aos compadres latinos. Un fuerte abrazo a todos.


Devo admitir que meus assuntos preferidos são relacionados ao entretenimento e isso acabou refletindo bastante também nos acessos do Blog. Embora eu já tenha escrito bastante posts com assuntos sérios, resenhas, críticas e opiniões sobre o mundo e cotidiano, os posts sobre Cinema, Quadrinhos e similares são os mais populares. 91% dos acessos ao Blog são direcionados aos temas mais divertidos, o que coloca o Blog do Rodman numa categoria de entretenimento. Pra quem gosta dos assuntos mais cabeças e sérios (9%), não se preocupem. Tem espaço para todos.


Do que já postei até hoje 70% se enquadra na categoria entretenimento. Só sobre cinema foram quase 25 posts e sobre quadrinhos 19.


Fazendo alguns cálculos no Excel (não arrisco fazer contas de cabeça) descobri que desse total pelo menos 28% dos posts tinham o tema cinema e 17% falavam de quadrinhos, minhas duas paixões! Os demais dados seguem no gráfico abaixo:



Diariamente (pelo menos é o que diz as estatísticas do Blogger) o blog é visitado por pessoas de vários pontos do país (e as vezes do mundo), e os posts mais populares, e que se mantém no topo dos acessos, variando pouco entre um e outro, são os seguintes:


Da lista sinto-me orgulhoso por Os melhores carros da ficção (3272 acessos até aqui), Os filmes do Justiceiro (1144 acessos), Melhores Desenhistas do Aranha (354 acessos) e Kick Ass (304 acessos) constarem entre os 10 posts mais visualizados, até porque todos eles me deram um trabalhão para serem feitos. A maioria deles me exigiu boas semanas de pesquisa e revisão de texto, sem falar que a edição do post é algo que leva-se tempo para fazer, além de exigir MUITA paciência. Designer Gráfico não se contenta com pouca coisa, e até tudo ficar uns 80% do que se espera, no mínimo, leva tempo.


Aparentemente, tanto trabalho deu resultado.


Claro que popularidade acaba valorizando o trabalho, mas a criação do Blog não tinha o intuito puro de ser o Blog mais popular do universo. As pretensões são mais modestas. Prefiro acreditar no Blog como uma forma de compartilhar ideias e expor um pouco mais os pensamentos de forma sempre bem humorada, gerando comentários e reflexões. Assim como gosto de dividir o que penso, também gosto de dividir com outras pessoas meus gostos pessoais e tentar trazer para perto quem também tenha esse mesmo gosto.


Sempre que você tiver alguma sugestão, crítica ou simplesmente queira me mandar pra puta que pariu, esteja à vontade. Sei que o espaço para os comentários é meio burocrático, exige e-mail, senha e afins, mas talvez valha a pena perder alguns minutos com isso para me dizer que você leu algum post e o que acha do assunto. É sempre válido.


Se gostou, compartilhe por aí. Twitter, Facebook e Orkut servem para essas coisas mesmo.


Um ano e 100 posts já foram, e enquanto eu tiver paciência e motivação para escrever ou publicar algo que valha a pena ser comentado, estarei por aqui.


Espero que curtam os próximos posts... ou não!


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NAMASTE!

4 de abril de 2011

VIPS

Domingão. Eu estava praticamente acordado à 24 horas depois de ter ido a uma festa que acabou por volta das 4 da manhã. Dancei, bebi, me diverti. Estava a fim da minha cama, mas chegando em casa encontrei visitas indesejadas, o que me fez cair na estrada de novo.

Meio que sem rumo decidi ir ao cinema apenas com uma leve ideia do que queria ver (não havia consultado o roteiro de filmes em cartaz). Fiquei um bom tempo de olho no painel do Cinemark procurando um filme decente e um horário aceitável que não me fizesse esperar mais de duas horas pela próxima sessão. As opções eram poucas (sempre descarto os dramas, animações e filmes com títulos desconhecidos) e após ler a sinopse num dos folders do cinema, me decidi por VIPS, filme nacional protagonizado por Wagner Moura. Por que não, pensei. Comprei o ingresso fiz algumas compras na Saraiva logo em frente e e fui para a sala depois. Nada poderia ser pior do que ficar em casa com as visitas inoportunas.

O que posso dizer sobre o filme de antemão, de forma que prenda sua atenção para o resto da leitura é que Wagner Moura mais uma vez rouba todas as atenções em cena com sua atuação primorosa. E olhe que dessa vez ele não representa apenas um papel em cena, mas vários. O filme dirigido por Toniko Melo (que entre outras coisas já dirigiu episódios da série Som & Fúria para a Globo em parceria com a produtora O2 Filmes) conta a história de Marcelo (Moura), um rapaz que possui um único intuito na vida: Ter o reconhecimento do próprio pai.

Com uma meta na cabeça e um talento especial para se fazer passar por outras pessoas (todas mais interessantes que ele mesmo), Marcelo decide um dia sair de casa e ir em busca de seus sonhos, deixando a mãe Sílvia(Gisele Fróes) sem saber de seu paradeiro. A partir de então, seguindo seu sonho de ser um piloto (assim como o pai) e viajar o mundo, Marcelo ruma para o Mato Grosso após conseguir uma passagem de forma bem sagaz (ele se finge de um sobrinho do dono da companhia de ônibus), e lá, na região Centro-Oeste do país começam suas aventuras.

A primeira passagem marcante que avisa o espectador de que Marcelo já é um segundo personagem é o corte de cabelo, que se transforma de liso para ondulado. O rapaz meio tímido e quieto também já está mais falante e mais safo, e embora ainda não tenha se tornado um piloto, já está bem mais próximo dos aviões que tanto venera, trabalhando num aero-clube e aprendendo a voar com um piloto mais experiente.


O filme faz com que nos apeguemos ao personagem de Wagner Moura de tal forma que em pouco tempo (em especial depois que ele deixa de ser um estudante meio bocó) já estamos torcendo para que suas armações deem certo. Aprovamos tudo, desde de trapaças a roubo de avião. Aprovamos até quando ele se torna Carrera, um relativamente famoso piloto que trabalha para um traficante paraguaio. Quase não há limites a simpatia que assumimos pelo personagem, e isso porque à princípio, o filme se trata como uma história bem humorada e não necessariamente um drama.


É como Carrera (por causa do modelo da Porsche) que conhecemos o "antigo" Marcelo em boa parte do filme, e é na pele do piloto de traficante que o personagem ganha de vez o público. A cena em que ele sobre no palco e "encarna" Renato Russo à frente da Legião Urbana é uma das melhores, e não há quem não caia no riso dentro da sala de projeção.


Um dos fatos curiosos é que mesmo na fronteira do Paraguai com o Brasil, a Legião Urbana é bem conhecida (nesse ponto da história é bom notar, que estamos 6 anos no passado) e o próprio Toniko Melo já dirigiu vários videoclipes da banda de Brasília. Uma homenagem que vem bem a calhar e que torna a película muito descontraída nesse ponto. Após todo o sucesso que Carrera consegue trabalhando com o velho traficante (Jorge D'Elia) que o assume como um tipo de filho, e depois das histórias que ele mesmo inventa sobre si para a Polícia local, a estrada começa a chegar ao fim, e seu "disfarce" começa a ruir. Depois de ser preso em um transporte de carga ilegal, correndo o risco de entregar as ações de seu velho empregador, Carrera é obrigado a abandonar seu personagem a pedido do próprio paraguaio que lhe entrega uma mala de dinheiro em troca de seus bons serviços ao longo daquele tempo. Mostrando conhecer sua verdadeira identidade, o velho o manda de volta para sua mãe e já em casa ele decide começar a planejar seu próximo golpe, como um profissional, analisando cuidadosamente os alvos.


Por que não assumir a identidade de um jovem empresário, o herdeiro da companhia aérea GOL Henrique Constantino (que existe na vida real)?


Deste ponto em diante é que percebemos que o filme se trata de um drama, pois as ações de Marcelo começam a nos mostrar que ele não está simplesmente fingindo ser outra pessoa e sim se escondendo atrás daquele personagem para não voltar a ser ele mesmo. A frase de sua mãe "desse jeito você nunca vai ser ninguém na vida" ecoa em sua cabeça o tempo todo, e o faz pensar que como Marcelo ele realmente não tem condições de ser nada além de uma sombra pálida do que seu pai gostaria que ele fosse. O remédio é assumir a vida de outras pessoas, e na pele do jovem empresário Henrique Constantino é que começamos a ser apresentados à fragilidade mental de Marcelo, que se vê tão envolvido com seu personagem que já não consegue mais limitar realidade de fantasia. As coisas começam a ruir.


O filme é claramente dividido em duas partes. Até o personagem Carrera temos muitos momentos divertidos e nos sentimos bem em presenciar as tramóias de Marcelo. Depois, quando ele assume a vida cheia de luxo e glamour de Constantino, percebemos que ele não quer somente se dar bem e sim ser realmente outra pessoa. Tanto que ele corre o risco de ser desmascarado quando aparece ao vivo no programa do Amaury Jr (Meu amigooooo) se fazendo passar pelo verdadeiro Constantino em uma balada do Carnaval de Recife, e quando uma velha conhecida (Arieta Correa) do próprio Constantino percebe a encenação. Daí pra frente a realidade começa a afetá-lo de forma física e ele percebe que não passa de um manequim que veste a máscara de outras pessoas para esconder seu verdadeiro eu.


Forte, não?


Algumas cenas nesse momento são chave para percebermos a fragilidade de Marcelo e para nos mostrar que muita coisa que ele acreditava se quer existia, mas falar delas é estragar toda a surpresa que faz do filme um ótimo exemplar dramático, embora não o pareça de início.


Wagner Moura entra em cada personagem que interpreta no filme. Ele realmente se torna um personagem diferente a cada metamorfose pela qual passa Marcelo e dá show em cada uma delas, mostrando que é com certeza, além do mais atuante, o melhor ator de sua geração.


O restante do elenco não serve muito além do que de apoio para as aventuras do camaleônico personagem de Moura.

Gisele Fróes, que interpreta a mãe de Marcelo me incomodou por algumas cenas me parecendo meio desconfortável no papel. Às vezes ela falava muito baixo, de forma meio tímida e não conseguiu passar muita emoção quando viu o filho de volta após sua passagem pelo Paraguai. Sua personagem, no entanto, não deixava de ser engraçada por conta disso, e ela meio que se vê realizada quando assiste o "Henrique Constantino" dando entrevista para o Amaury Jr. na TV.



O passado dela revela quem na verdade é o pai (ou não) de Marcelo, mas a meu ver ela não convenceu muito no papel, embora tenha ganho o prêmio de atriz coadjuvante no Festival do Rio por sua interpretação.

Outro nome de destaque no filme é o de Roger Gobeth (o eterno Touro dos primórdios de Malhação da Globo) que intrepreta um conhecido ator de TV que se torna uma espécie de braço direito do falso Constantino.

Além da gute-gute Marisol Ribeiro que interpreta a namorada do personagem de Gobeth, o filme também conta com uma participação no mínimo inusitada de Milhem Cortaz (o fanfarrão Capitão Fábio de Tropa de Elite) como uma espécie de gerente meio "cor-de-rosa" da pousada onde o falso Constantino fica hospedado em Recife. Hilário!

Os personagens de Jorge D'Elia (o patrão de Carrera) e Juliano Cazarré (o homem forte do patrão, Banã) tem interpretações dignas de prêmio também, e fazem parte dos melhores momentos do filme. D'Elia, à propósito, levou o prêmio de melhor ator coadjuvante no Festival do Rio, e realmente a cena em que ele se encontra com Carrera num casebre abandonado dizendo em castelhano que ficou feliz por ele não ter entregue a quadrilha quando foi preso, e logo em seguida alegando que sabe quem ele é na verdade é digna de filme hollywodiano.

Cazarré, por sua vez, faz as cenas mais cômicas, como no avião pilotado pela primeira vez por Carrera que faz o traficante suar frio enquanto pousa.



"Renato Russo do carajo!" é a melhor frase dita por ele, logo que o avião pousa, em referência à interpretação de Carrera para a clássica "Eu sei" da Legião Urbana.


VIPS não vai mudar sua vida, até porque não é sua proposta, mas vale como uma boa fonte de entretenimento durante a projeção.


Não espere por cenas de sexo ou de violência impactantes que você sairá decepcionado. VIPS nada mais é do que um ótimo exemplar da melhor leva de filmes que o cinema nacional vem sabendo produzir ultimamente, e se leva a sério até o ponto que precisa ser sério.
Assista sem medo e sem pré-julgamentos.
Na pior das hipóteses, se você não curtir a história, vai ver uma belíssima aula de interpretação de Wagner Moura.

NOTA: 8

NAMASTE!

30 de março de 2011

Sacanagens no MSN


Atire a primeira pedra quem nunca conversou coisas sacanas no MSN!

É fato, hoje muito tempo do relacionamento humano é gasto em frente a um computador, teclando com pessoas que nunca se viu pessoalmente ou com aquele colega que está na sala ao lado, mas que você tem preguiça de levantar e ir falar com ele olho no olho. Parte do tempo livre das pessoas é gasto em frente aos sites de relacionamentos, seja “tuitando”, mandando scrap, postando ou simplesmente teclando, e a outra parte desse tempo é gasto fuçando perfis alheios (e descobrindo que você não é o único sem vida social).

A tecnologia (e a inclusão digital) criou o ócio funcional; a pessoa passa o dia sentada em frente ao computador e se vê exausta após a jornada de tantos recados que mandou, se achando “pop” só porque tem mais de mil seguidores no Twitter e mais dois mil na lista do Facebook. O que me levou a escrever esse post foi algo que me chama a atenção já há algum tempo: a facilidade com que as pessoas são induzidas a falar sacanagem quando estão diante de uma janela do MSN. Bastou entrar aquela amiga peituda, aquela colega de trabalho sarada ou aquela cachorra que você nem lembra o nome (no Nick está aquele monte de caracteres indecifráveis!) para começar a safadeza. Não, não estou falando especificamente de mim, mas também de você que está lendo esse post. Sim, você mesmo. Ou acha que acredito que você nunca falou nenhuma sacanagenzinha pelos bate-papos da vida? Me engana que eu gosto!

Quando se está num relacionamento sério o bacana é apenas atiçar a curiosidade da pessoa amada com aquelas sacadas picantes, o que naturalmente ajuda a incrementar o relacionamento e a hora de se ver ao vivo. Nesses momentos o SMS também é bem vindo. Como é bom receber aquele torpedo cheio de más intenções!

Agora quando se está na “pista para negócios”, meu amigo, o bom é usar a metralhadora giratória e sair atirando para tudo quanto é lado. Vai que cola!

Descobri que por MSN a gente pode tirar de uma pessoa os segredos mais abstrusos (a palavra é essa mesmo) possíveis, aqueles que nem ela tem coragem de admitir que possui. Tudo depende, claro, de um bom jogo de palavras e da malícia envolvida entre os envolvidos. Se há pelo menos uma fagulha de lascívia em ambas as partes, a conversa rola solta madrugada adentro, e o papo se torna digno de Cine Privé (quiçá de Brasileirinhas, dependendo da desenvoltura da companhia).
O fato é que, quase todo mundo adora falar bobagens e insinuar algo através da segurança da tela do computador, e quem negar, está mentindo. Claro que tem que saber com quem se faz tal coisa. Tipo, acho que não colaria com a sua chefe, por exemplo. Ou colaria?


Pessoas desconhecidas em geral são um grande mistério e fazem com que nossa imaginação funcione à mil. A morena de cabelos lisos e corpo sarado do bate-papo e que põe a foto de uma tremenda modelo no perfil do MSN nunca necessariamente existe de verdade. As chances de você estar falando com um pervertido de 40 anos se passando pela “gatinha” é muito maior do que ela ser tudo aquilo que alega. Se for o caso, o bom é sempre tentar pegar a pessoa na mentira, tentando extrair dela o máximo possível. Ninguém consegue mentir 100% do tempo e uma hora cometerá um deslize. Se não for o caso, e você der o fora na tal morena antes de descobrir quem ela (ou ele) é na verdade, e mais tarde vir a saber que, por incrível que isso possa parecer, ela era de verdade, eu só tenho algo a lhe dizer: Perdeu, playboy! Chora na cama que é lugar quente.

Por MSN rola muita mentira, você lê histórias absurdas e pra lá de inverossímeis, mas quando rola sinceridade é muito interessante e um excelente meio de se passar aquele tempo ocioso depois da faculdade ou do trabalho. Rolam também as maiores fofocas e boatos, e você de repente pode descobrir, por exemplo, que a sua ex falava mal da sua capacidade sexual para os amigos dela, que ela se tornou a maior piriguete depois que te largou ou que ela te botava um belo par de chifres enquanto você trabalhava. É, caro leitor. Tudo tem seu lado ruim.

Se você conversa com sua amiga safadinha pelo MSN e tem namorada, prepare seu espírito: Ela pode estar fazendo a mesma coisa nesse momento, e o que é pior, te esculachando para o amiguinho e ainda comparando as performances sexuais. Já pensou? Quem com ferro fere... Será que é traição falar sacanagens com alguém que não é sua namorada (estando namorando, claro), mesmo que nunca role nada fisicamente? Pense bem, a questão é profunda.

Hoje é fato que o Orkut e o Facebook são grandes vilões entre os relacionamentos ditos sérios, isso porque qualquer gracinha postada ou comentada pode ser interpretada de forma errada e dar-se a desgraça. Não posso dizer com dados científicos, mas imagino que o nível de insegurança nos relacionamentos aumentou bastante nos últimos anos graças ao advento das redes sociais. A menos que você tenha a tranquilidade de um monge budista, ou tenha a carteira muito bem abastecida e que lhe garanta uma segurança em si mesmo sobre-humana, é muito comum ficar com aquela pulga atrás da orelha vendo aquela foto postada ou aquele recadinho cheio de malícia. É bom ficar de olho, como eu bem disse. Se no Facebook já está explícito assim, melhor nunca dar uma olhada no histórico do MSN da sua garota ao dar aquela fuçada enquanto ela conversa com a mãe na cozinha, ou a testa pode começar a coçar. O mesmo vale, claro, para as garotas e seus namorados.
Seja como for, é bom e saudável falar sacanagem com uma pessoa que você conheça (ou não). Nunca se sabe o que pode se esperar disso, e esse é o barato da coisa. Aquele papo mais caliente pode nunca mais se repetir, pode se resumir a apenas uma conversa ou pode, quem sabe, lhe render um novo relacionamento. A questão é: vale a pena começar um relacionamento já se baseando em safadeza? Se for o seu caso, aproveite, mas tenha em mente que você não é único adicionado na lista daquela danadinha que fala com você todo dia.
Outra coisa a se levar em consideração é que, nada substitui o bom e velho relacionamento pessoal, o bom e velho olho no olho, e somente neste é que se pode ter certeza das intenções reais da pessoa, sem grandes margens para mentirinhas e alegações falsas. Ou não. Você pode passar mais de um ano ao lado de uma pessoa e não conhecê-la totalmente. Não custa arriscar, no entanto.

De qualquer forma, levante esse traseiro gordo da cadeira e vá se relacionar com pessoas de verdade. O mundo irreal da internet é só parte do jogo da sedução, mas não se esconda pra sempre atrás dele. Uma hora você vai ter que mostrar serviço (se é que você me entende) e nessas horas não vai ter nenhum monitor entre vocês pra te salvar.


Ah, e siga também os 10 mandamentos do MSN:


1. Não encherás o saco nem torrarás a paciência de seus contatos. Ou serás bloqueado.

2. Respeitarás o status. Se um de seus contatos estiver “ocupado”, não escreverás “Ocupado nada, bichinha! Eu tô ligado que vc não faz p… nenhuma!”. E, se ele estiver “ausente”, não dirás “Eu sei que vc tá aí!!!!!!!!!!!!” 385 vezes.

3. Não usarás os winks exageradamente, sobretudo se você gostar de usar sempre aquele da gargalhada.

4. Não acessarás a sua conta com a namorada do lado. Certas mensagens podem deixar sua parceira puta da vida.

5. Não enviarás arquivos com mais de 98 mega. O seu contato não fica online 25 horas por dia como você.

6. Não escreverás poemas ou frases de efeito (retardado) no seu nick. Com certeza seus amigos preferem te procurar pelo nome.

7. Não falarás com 184 pessoas ao mesmo tempo. É capaz de você se confundir e chamar o seu melhor amigo para ir no motel. E, pior, é capaz de ele aceitar.

8. Não colocarás foto de outras pessoas na sua imagem de exibição. Se você não é bonito, seja pelo menos honesto.

9. Só farás sacanagens na webcam se for seguro. Instale um anti-vírus antes de começar.

10. Não deixarás o seu chefe ver que você conversa no MSN em horário de trabalho.

Rod Rodman está offline agora.


Mas talvez esteja aqui:






NAMASTE!

27 de março de 2011

Rogério Ceni 100 GOLS!

CLIQUE PARA AMPLIAR

Em tarde inspiradíssima no estádio da Arena Barueri, o maior goleiro do mundo nessa data que entra para a história do futebol, ajudou a equipe do São Paulo a bater o Corinthians por 2X1, marcando o seu centésimo gol da carreira.

A festa nem preciso dizer, foi geral entre os sãopaulinos espalhados por aí, e o feito tornou-se ainda mais saboroso por ter sido contra o Corinthians, ajudando o São Paulo a quebrar o tabú de 11 partidas (4 anos!) sem vencer a equipe do Parque São Jorge.


O São Paulo já vencia o jogo por 1X0 com golaço marcado por Dagoberto no primeiro tempo quando uma falta diante da área adversária, já no 2º tempo, deu a chance a Rogério Ceni de cobrar com perfeição contra a meta do goleiro corinthiano Júlio César. A coroação do gol alavancou o São Paulo que, assim como o Corinthians, vinha apresentado pouca criatividade até então, num jogo técnicamente fraco.


Rogério marca com certeza seu nome na história do futebol, até porque não é tão comum um goleiro artilheiro com tantos gols. Ceni é o primeiro a conseguir o feito, colecionando mais essa grande vitória em sua longa carreira. Os sãopaulinos da nova geração com certeza já tem um herói a adorar, porque nós da velha, já o temos desde o início!


Grande Rogério! Parabéns!!



NAMASTE!

24 de março de 2011

Top 10 - Homenagens & Gozações a Star Wars

Sou um fã incondicional de toda a saga Star Wars. Quase tudo no universo criado por George Lucas é fascinante e isso gerou e ainda gera inúmeras homenagens e gozações com os personagens icônicos que os seis filmes, as séries animadas, os jogos e os livros apresentaram. Os alvos principais são, como não poderia ser diferente, os personagens clássicos da primeira trilogia (dos episódios IV, V e VI) e um dos maiores vilões da história do cinema: Darth Vader.
Nesse top 10 reuni os vídeos mais engraçados e curiosos relacionados a Star Wars e tem de tudo, desde Snoop Dog empunhando sabre de luz até Darth Vader sofrendo por amor.
Liga a caixa de som e bom divertimento!

Que Justin Bieber e seu pegajoso hit "Baby" se tornaram febre entre as adolescentes, embora muita gente não curta, é inegável. Quem em sã consciência poderia imaginar, no entanto, que viveria para ouvir o maior vilão da história do cinema recitando os versos da música mais executada nos Ipods das menininhas de 13 anos do mundo? O que? Você não consegue imaginar isso? Então aperta o play:


A culpada disso foi a apresentadora do Gayle King Show que sugeriu a James Earl Jones, a icônica voz por trás da máscara negra de Darth Vader, a recitar a música do "astro pop" durante a entrevista, e o resultado é hilário. Se eu fosse o Luke, também me jogaria no foço ao ter que ouvir essa m$%*&!

Se ouvir Darth Vader cantando "Babby, baby, baby" não é o suficiente, que tal ver o rapper Snoop Dogg empunhando um sabre de luz? Ou David Beckham batendo um papo com o mercenário que atirou primeiro no encontro com Han Solo no primeiro filme da série?



Para o lançamento dos produtos com a marca Star Wars a Adidas aprontou essa gracinha de vídeo em que insere personalidades reais em meio ao cenário da cantina do episódio IV (Uma nova esperança). O resultado é bem interessante, visto que conseguiu recriar com perfeição as mesmas situações, desde o mercenário tomando um tiro diante de Beckham (no filme é diante de Han Solo) ao sujeito que implica com Luke no balcão do bar. Infelizmente pra ele, Snoop Dogg tem bem menos paciência do que o aprendiz jedi!

Além dos já citados, o vídeo tem a participação do Daft Punk (os maluquinhos com máscaras robóticas), Noel Gallagher (do Oasis) e do ex-jogador de futebol Franz Beckenbauer.

Este vídeo eu não conhecia e o encontrei enquanto fazia a pesquisa para o post. Nele encontramos uma compilação muito bem feita de vários trechos dos 6 filmes, misturando as duas trilogias em que os personagens contam suas aventuras e características no melhor estilo gangsta. Levante o braço e faça movimentos com as mãos enquanto curte o rap!




É ou não é hilário? As vozes estão perfeitas e casam bem com o som do rap. Nota 10!

Esse vídeo eu conheci na época da faculdade e me foi apresentado pela Fernanda Casas, que era expert em caçar vídeos que iam dos mais engraçados aos mais absurdos na internet. A ideia é genial: Darth Vader tem uma gaita por baixo do capacete e da máscara! (Vai falar que não parece!)



É muito idiota, mas exatamente por isso é engraçado. Eu me acabo de rir com as expressões do Luke como se tivesse mesmo ouvindo o pai arrepiando no solo de gaita! Sem falar no "yaaahooo" que o Vader solta!

Agora tá explicado por que ele respira daquele jeito. Fica sem fôlego de tanto tocar!

Mesmo quem não sabe absolutamente nada de Star Wars já deve ter ouvido a Marcha Imperial, tema clássico nos filmes da primeira trilogia que anunciava as cenas do Império e de seu maior defensor Darth Vader.
O tema virou uma espécie de hino Nerd, e é inconfundível para os ouvidos de qualquer um dessa "espécie". Fala a verdade. Se você a conhece, ela já deve estar tocando na sua mente nesse momento.
Como seria a célebre Marcha Imperial pela visão furiosa de uma das maiores bandas de metal do mundo, o Metallica?


Puta que o pariu, hein! Totalmente excelente, como diria o Bonfá!

Esse vídeo já é engraçado por si só, mas será melhor compreendido se você ver este antes:





Heheheheh! O pequeno David é hilário! Pense no pai dele filmando essa cena? Deve ter se divertido horrores!

O vídeo de David tornou-se febre na internet imediatamente, até porque é bem engraçado vê-lo sob o efeito da anestesia a dizer coisas totalmente desconexas. "This is real life?". Heheheh!

Bom, sucesso garantido. Aí me vem um cara que de repente tem uma ideia: "Ei, e se fizessemos o vídeo do David depois do dentista mas com o Darth Vader no lugar do garoto?"

De onde esses caras tiram essas ideias? São geniais. O resultado a gente confere a seguir:




"Do not touch you nose!" Hehehe! Ficou muito criativo esse vídeo. Esses videomakers e suas ideias estapafúrdias...

Esse vídeo caiu na rede recentemente (ou pelo menos virou febre recentemente), e de cara a maioria dos sites sobre assuntos nerds publicou.

A história? 4 velhinhos começam a discutir e no calor do momento se munem de cabos de vassoura passando a ameaçar um ao outro aos berros.

Por que não transformar os pedaços de pau em sabres de luz, pensou algum desocupado criativo. Pronto está criado o mais novo hit da internet.


Os efeitos e a sonoridade estão bacanas, exceto na hora que arranca a cabeça do velhinho zangado. Aí forçou, mas é uma sequência bem divertida.

Mais divertida que a luta do Obi Wan e do Darth Vader em Uma nova Esperança! Heheheh!

Conheci os Seminovos numa tarde loser de ócio em frente à televisão num domingo, no programa do Faustão, e logo percebi que o teor das letras dos caras era extremamente inteligente. "Luke, eu sou seu pai" não foge à regra, e prova de uma vez por todas que a veia nerd da banda fala mais alto.

A música não é sobre Star Wars no geral, como um filme qualquer, e só quem tem bastante conhecimento da série cinematográfica poderia conceber algo assim. Quem é fã dos filmes percebe a sagacidade dos caras na letra que é do Maurício Ricardo, que além de compositor é também chargista e cartunista.


Luke eu defendo o Império por convicção
E acho o lado negro uma evolução
Você é rebelde porque na verdade
Quase todo mundo é na sua idade!
Luke, eu sou seu pai!

Genial!

Esse não é só mais um vídeo pra sacanear ou homenagear o universo Star Wars, é uma big de uma produção muito bem feita, além de hilária, que conta o que aconteceria se o "senhor da malvadeza" Darth Vader um dia se apaixonasse completamente. Os diálogos são muito bons e as situações também. Confiram:


Pois é. Mulher faz estrago até mesmo no coração de caras que nem costumam utilizá-lo! Heheheh! O Vader todo exaltado lavando o "rosto" é uma das melhores cenas de humor que já vi. Muito criativa.

"Whaat!"

E pra fechar o Top 10 com chave de ouro um dos comerciais mais brilhantes que já tive a chance de ver: O pequeno Darth Vader e a Força, da Volkswagen.

Pra quem não lembra ou não viu, eu já postei o vídeo aqui em outra oportunidade, e ele volta agora para coroar a medalha de ouro do pódio.

Tenho cá minhas dúvidas se dentro do traje do "mini-mim" Darth Vader tem mesmo uma criança ou um anão, porque a interpretação do moleque é digna de Oscar. Heheheh! E ele nem precisa falar nada pra isso! Os gestos dele, a frustração por não conseguir mover os objetos e a surpresa quando ele percebe que "ligou o carro" são demais!

Nota 10 pra esse ator mirim, ou pra esse anão, sei lá!



Sensacional!

Quando eu tiver um filho vou dar uma roupa do Vader pra ele sair se divertindo pela casa com o poder da "força".

Alguém quer ser a mãe?


NAMASTE!

22 de março de 2011

A cultura dos palavrões

ATENÇÃO: O post a seguir não é indicado para pessoas sensíveis a palavras de baixo calão, xingamentos gratuitos e referências sexuais.

Os palavrões estão tão difundidos no linguajar moderno que ninguém mais nem deve pensar em sua origem. Você já se perguntou qual é a procedência daquele palavrão cabeludo que você não tira da boca e o utiliza das mais variadas formas em seus diálogos cotidianos? Por que ele tem esse nome? E por que a maioria desses palavrões tem conotação sexual? Pois então. Ninguém deve pensar nisso.
Independente de sua origem, todos concordam que é bom soltar um palavrão naquele momento de estresse e que isso de certa forma até dá uma relaxada depois do ápice do insulto. Tem coisa melhor do que encher a boca e gritar “filho da puta”, mas com bastante ênfase no “puta” (tanta ênfase que sai algo como “PULTA”) quando o goleiro adversário defende aquele chute indefensável naquele clássico de futebol? Por acaso tem algo que expresse melhor a nossa raiva quando topamos com o dedinho do pé na quina do sofá do que aquele “puta que pariu”? Ou existe frase que expresse melhor a frustração quando aquela ex-namorada ingrata fala meses depois “mas eu te amava” e você sente vontade de dizer “amava porra nenhuma!”. Pois é. É disso que estou falando. Poucas palavras ditas cultas da língua portuguesa traduzem com tanto impacto aquele sentimento que vem de dentro pra fora e é emitido com um som de um “porra” ou “caralho”. Fala a verdade. Você sabe do que estou falando.

Hoje em dia é comum soltar um palavrão a qualquer momento, mas você há de convir que em certas ocasiões é feio e inapropriado dar uma de Dercy Gonçalves e sair praguejando por aí. Pense na mesa do jantar com a sogra você mandar “caralho! Que macarronada foda, sogrinha!”. Ou na reunião com o chefe você soltar um “puta que pariu! Esqueci o relatório!”. Há situações certas para se falar um palavrão e ele só é bem utilizado e causa o impacto devido quando é usado no momento exato, causando a surpresa do interlocutor. Não há nada mais desagradável do que aquelas pessoas que usam esse recurso tão nobre como se fossem vírgulas nas frases. “Caralho, filho da puta. Essa porra é foda!”. Não há necessidade de se utilizar o palavrão dessa forma um tanto quanto gratuita. Tem que ter estilo. Quanto menos usar nas frases, mais impacto ele causa. Caso contrário ele se torna banal.

Não é pecado soltar um palavrãozinho de vez em quando, mas devo admitir que não acho nada sexy mulher que fala palavrão como se fosse um ogro da floresta. Tem seu certo charme uma mulher que diz um ou outro no calor do momento, mas aquelas meninas desbocadas que mais parecem o Zé Pequeno com um trinta e oito na mão são broxantes.

Claro que gírias em demasia também são deselegantes, mas em alguns guetos eles são até aceitáveis, o que não quer dizer também que você não tenha que conjugar um verbo sequer no tempo correto. A língua portuguesa se modificou, mas os verbos ainda são necessários, por favor! E mulherada, dê uma maneirada no palavreado. Tem hora e lugar pra soltar aquele palavrão cabeludo, se é que vocês me entendem.

Não sou puritano nem caxias. Falo meus palavrõezinhos sim e tento utilizá-los em situações chave do diálogo. É muito comum exageramos na expressividade deles quando estamos com os ânimos alterados, mas daqui a pouco eu comento porque isso acontece. Quero relembrar quando os palavrões chegaram em minha vida e como eles não saíram mais.
Em minha adolescência eu era o tipo certinho de cara que não falava palavrões. Substituía o foda-se pelo vai se ferrar, o porra por merda e o caralho por cacete. Não achava bonito denominações como boceta para o órgão genital feminino e evitava ao máximo dizê-los em voz alta. Em casa ninguém falava palavrão, daí a educação em também não dizê-los em frente aos pais. Não sei exatamente em que ponto de minha vida eles tornaram-se usuais em meu vocabulário, mas imagino que foi na fase rock n’ roll. Já que não tinha nem o sexo nem as drogas, pelo menos um palavrãozinho tinha que rolar, né!


Deixei de ser o certinho perfeitinho e tornei meus hábitos mais relaxados, embora minha consciência permanecesse a mesma (aquela que até hoje não me levou a lugar nenhum, mas que como virtude não posso renegar), e abracei os palavrões. Que orgulho, hein! Uau!
Mas de onde vem essa necessidade de se mandar um foda-se de vez em quando? A ciência explica, claro.

Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da cabeça. Mais exatamente no sistema límbico, que funciona como o fundo do cérebro, a parte que controla nossas emoções. Trata-se de uma zona primitiva: se o nosso neocórtex é mais avantajado que o dos outros mamíferos, o sistema límbico é bem parecido. Nossa parte animal fica lá. E sai de vez em quando, na forma de palavrões.
Os palavrões, por esse ponto de vista, são poesia no sentido mais profundo da palavra. Duvida? Então pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo puta que o pariu a história é outra. Ele vai direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala direto para o de quem ouve. Por isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até mais sofisticado que a linguagem comum.
Simples assim. E se você não entendeu... foda-se! Hehehe! Brincadeira, caro leitor.

A origem etimológica de cada palavrão, aquelas raízes mais profundas, no entanto, tem origens diversas. Os nossos mais caros amigos de fúria e descontrole nasceram em sua grande maioria em terras lusitanas e foram trazidos pra cá, obviamente com as caravelas de Cabral.
A boa e velha FODA diz-se que surgiu da sigla ‘Fornicação Obrigatória por Despacho Administrativo’, decreto que era dado pelo rei ao moradores de Portugal para aumentar a taxa de natalidade.
Ora pois, quem diria. Os portugas não eram chegados a uma fornicação!
Eu penso nesse decreto como seria dado hoje em dia: “Senhoras e senhores eu exijo que vocês se fodam”.
O termo caralho, tem duas origens. Uma diz que o termo vem do latim characulu, diminutivo de kharax ou charax, palavra grega que significa “estaca” ou “pau” (pedaço de madeira). Ele passou a ser usado para designar o membro do touro na Antiguidade. Do membro do touro para o do homem deve ter sido um pulo.
A outra origem denota que caralho era como eram denominados os mais altos mastros das caravelas. Por serem mastros grandes, alguns portugas começaram a fazer comparações do tipo “o meu é tão grande quanto um caralho”, e desse jeito, a palavra acabou por perder seu sentido original virando sinônimo de... benga, pau... essas coisas eretas.
Outra palavra que tem origem interessante é boceta (essa tem até no dicionário) termo usado hoje como sinônimo de vagina, tem origem no latim buxis, “caixa de buxo” – buxo, por sua vez, é uma árvore. As gregas e romanas tinham preferência por essa madeira para suas pequenas caixas em que guardavam objetos de valor. Logo, com a evolução da língua, elas foram chamadas de bocetas. Há registros do termo associado ao órgão feminino em poemas portugueses do século 18.
Imagine o que um assaltante gritaria nessa época para uma dessas moçoilas, pedindo-lhe as tais caixinhas: “Me dá essa boceta!” Iau!
O palavrão hoje em dia está na boca do povo. E povo que eu digo é qualquer povo, não só das classes mais baixas. Pense numa pessoa que você considera pura e certinha. Essa pessoa com certeza fala palavrão. A Sandy (que agora é Devassa) fala palavrão, a Rainha da Inglaterra fala palavrão. Até a sua mãe deve falar palavrão. Às vezes soa ofensivo como um “vai tomar no cu”, mas pode ser um elogio também. Quem não gostaria de ouvir da boca da mulher amada que "é foda” no sexo? Até a Pitty já admitiu que é foda no refrão daquela música!
Então desencane. Fale palavrão. Desabafe. Se sentir-se culpado, diga que foi seu cérebro que o mandou agir dessa forma. Culpe o seu sistema límbico pelo palavrão e diga que você apenas estava cumprindo ordens dele. Apenas modere a quantidade de palavrões por segundo. Encaixe ele de forma consciente na conversa e use-o quando não houver outro recurso para extravasar seu sentimento. Grite “caralho” bem alto quando receber um aumento no emprego. Berre “puta que o pariu” quando seu time marcar um gol decisivo aos 45 minutos do segundo tempo e lembre-se de lavar a boca com sabão depois, menino malcriado, porque Deus tá vendo.

Pra fechar o post um dos melhores vídeos sobre palavrões.



"Um foda-se bem mandado relaxa, desestressa e te coloca no eixo."

NAMASTE!

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