Parece até aquela "cláusula dos quadrinhos" escrita por Mark Evanier na hilária Sérgio Aragonés Massacra a Marvel: "Quando dois ou mais heróis se encontram numa HQ eles devem brigar sem motivo aparente". Essa é uma máxima que faz muito sentido. Não precisa ter um roteiro bem elaborado para que dois heróis caiam na porrada. Basta ter um filete de motivo que... ZÁS! Lá estão eles tentando se matar para no fim de tudo unir suas forças.Procure um lugar seguro, porque o bicho vai pegar!
Os dois maiores ícones das HQs já entraram em conflito por mais de uma vez e isso não é nenhuma novidade, uma vez que a visão de justiça de ambos são pra lá de distintas.
Lançada no Brasil na revista a Teia do Aranha nº 84 em 1996 (pela Abril no tradicional formatinho), a história do embate escolhido mostra um Hulk que na época era inteligente, transformado novamente numa criatura raivosa e descontrolada graças a um vírus gama experimental que libera a fúria reprimida do hospedeiro. Vendo-se entre o Hulk e um Doutor Samson enfraquecido, o Cabeça-de-Teia faz de tudo para impedir que o Verdão destrua a cidade e ainda no processo mate alguém (inclusive ele mesmo). Após ficar abalado por uma forte pancada do monstro Peter usa de psicologia para detê-lo e o faz exceder os limites de sua fúria até que o vírus se auto-exclua do corpo de Banner. Quando volta a si, o Hulk simplesmente dá as costas ao herói e volta para Nevada, local que ele usava na época como refúgio.

Vitória do Aranha que nem precisou usar sua força para deter o Hulk, muito menos lhe passar um vírus da gripe como aconteceu em outra luta entre eles!!
Depois do breve embate, Peter foge e Stark simplesmente desativa a armadura do rapaz, o deixando a mercê de super-vilões que quase o matam nos esgotos de Nova York. Peter é salvo pelo Justiceiro.
A Lei de Registro obrigava que todos aqueles que usassem seus poderes em prol da sociedade tivessem suas identidades secretas reveladas e registradas pelo governo, após um acidente na cidade de Stamford que matou milhares de pessoas após um confronto entre os heróis conhecidos como os Novos Guerreiros e o vilão Nitro. Para o Capitão América, isso era uma afronta à liberdade, e o Bandeiroso se voltou contra a SHIELD, tornando-se um fugitivo da lei.
Encabeçando a fileira adversária estava Tony Stark, e não demorou para que os dois antigos amigos se enfrentassem em campo de batalha. O Resultado pode ser visto a seguir.
Tony limpou o chão com o velho Steve Rogers e a revanche dessa luta só pode ser conferida no último capítulo da série Guerra Civil. Com a ajuda do sintozóide Visão que avaria a armadura do Homem de Ferro, o Capitão América dá uma lição em Stark, mas apesar de vitorioso ele se entrega à justiça, terminando seus dias pouco tempo depois, assassinado na escadaria no lugar onde seria julgado.
Naquela época a popularidade de Wolverine já vinha crescendo devido às histórias escritas por Chris Claremont, e o personagem já havia ganhado um status de O Casca-Grossa. Isso fica evidente quando à mercê dos golpes do Aranha o Carcajú ainda se vê com fôlego para revidar e quase estripar o pobre Peter Parker.
Essa deu empate, mas se a luta não tivesse sido interrompida, Wolverine teria acabado com o Homem Aranha.
Com um visual diferente do conhecido atualmente, mas com o mesmo ar casca-grossa de sempre o baixinho canadense se mete entre os dois titãs e consegue ferir mortalmente o Wendygo. Infelizmente para ele, o Hulk se mostra ainda mais resistente que o monstro branco e dá cabo de Wolverine sem muito esforço.

Ainda no embalo da Guerra Civil, a sua conclusão e suas conseqüências, o embate mais esperado após Capitão América X Homem de Ferro, era o acerto de contas entre o Deus do Trovão e o Vingador Dourado.
Nessa época, o verdadeiro Deus do trovão havia sido dado como morto após os acontecimentos do Ragnarok. Quando ele retornou, descobriu o que havia se passado na sua ausência, e foi prestar contas com o ex-amigo Stark. Para azar de Stark, Thor renasceu com os poderes de seu pai Odin, e não lhe deu a menor chance. Tecnologia X Poderes divinos. Ponto para o loirão.
Esse foi um dos acertos de contas mais esperados pelos leitores, e o Thor arrebentando o Homem de Ferro sem o menor esforço foi do cacete!
Num dos crossovers (nome dado ao encontro de personagens de suas editoras) mais polêmicos da história dos quadrinhos, coube ao Gigante Esmeralda enfrentar o Herói mais poderoso do planeta, o Superman e o resultado podemos ver a seguir.
Há quem diga que a vitória do Superman só é possível graças ao fato de que o Hulk que ele enfrentou possuía os pensamentos de Bruce Banner, e não a besta-fera que ele costuma ser. O que aconteceria se o Superman encarasse o Hulk desmiolado que quanto mais nervoso fica mais forte se torna?
No crossover seguinte entre Marvel e DC (no excelente Vingadores X Liga da Justiça), quem cai de pau com o Superman dessa vez é o Deus do Trovão, outro dos seres mais poderosos do universo da Casa das Idéias. Numa disputa acirrada entre as duas maiores equipes de super-heróis do mundo para ver quem consegue reaver primeiro o maior número de artefatos místicos (tecnológicos, sobrenaturais... enfim!) o Deus do Trovão decide medir forças com o Superman e leva a pior!

Na minha opinião esse é o MAIOR dos quebra-paus entre heróis nas HQs, principalmente por se tratar de uma luta entre os dois MAIS PODEROSOS personagens das Histórias em Quadrinhos.
De um lado o mais antigo super-herói já criado, o alienígena vindo do extinto planeta Krypton cujo corpo é uma verdadeira bateria solar que armazena energia há mais de trinta anos. Capaz de voar, disparar rajadas de calor e, além disso, ser invulnerável e superveloz. Do outro, um herdeiro dos poderes de deuses como Salomão (sabedoria) Hércules (força) Atlas (Vigor) Zeus (Poder) Aquiles (Coragem) e Mercúrio (Velocidade). O Homem de Aço contra o Mortal mais poderoso da Terra.Uma verdadeira luta de titãs.










Não olho com confiança para um Lanterna Verde metido a engraçadinho (como 98% dos papéis que Reynolds fez até hoje no cinema), mas o visual dos planetas, uniformes e naves espaciais está fantástico, e isso deve conquistar boa parte do público leigo. Eu como fã do personagem espero que seja respeitada sua história, e que o filme seja no mínimo divertido, com cenas de ação convincentes. Em Martin Campbell eu confio!





