27 de maio de 2025

Impacto - Gene Ativo por Rod Rodman

Rapaz negro usando óculos de sol aparece em primeiro plano da cintura para cima. Ele está em pose clássica de boxe, com o punho direito à frente simulando um gancho. Uma energia dourada circunda o seu punho o fazendo brilhar levemente. Ele usa uma bandagem preta em volta da mão, deixando os dedos livres. A sua mão esquerda está em guarda próximo ao queixo. O personagem usa um colete de couro e calça preta. Atrás dele aparece em destaque um círculo contendo o símbolo de perigo radioativo —um trevo com três lâminas, com um círculo no centro e três raios saindo dele que indica a presença de materiais ou áreas com risco de radiação ionizante. Atrás do círculo, se percebe a silhueta do rosto de um ser carregado de energia nuclear, gritando em temperatura elevada como que queimando tudo ao seu redor.


Entre os anos 2002 e 2004, eu me dediquei a trazer à vida os meus próprios personagens super-heróicos e aquele foi um período muito divertido de criação em que usei de muito papel, lápis e caneta para rascunhar todo — ou quase todo — um universo fantástico que buscava se distanciar das minhas fanfics com os heróis Marvel e DC, mas que ao mesmo os homenageava sutilmente.

Naquele período, desenvolvi quatro personagens distintos que futuramente viriam a integrar uma equipe de heróis brasileiros, a Legião Nacional. O grupo era formado por duas moças — amigas inseparáveis cuja história já está disponível completa no Wattpad em “Rosa & Dália: O Despertar das Bruxas” — e dois rapazes. Um deles é o "Impacto" citado no título desse post.

Roger Luchetto, o Impacto, nasceu na verdade como “Explosão” devido à natureza de seus dons sobre-humanos de explodir matéria inorgânica com golpes carregados de energia cinética. Ele foi criado para ser o “Bad Boy” da equipe, o cara marrento e cabeça-quente que tenta resolver tudo no soco, justamente para se opor aos certinhos do grupo como a Dália e o Ilimitado.

Impacto em sua versão Black


Embora eu soubesse bem quem ele era e porque Roger agia de maneira tão impulsiva diante das adversidades — além do soco devastador, o seu corpo também era protegido por uma epiderme energética que o tornava praticamente indestrutível —, eu nunca pensei na origem de seus poderes, nem como o rapaz se tornou um herói casca-grossa — quase que literalmente —, ou como ele chegou às fileiras da Legião Nacional.

Em “Impacto – Gene Ativo” eu conto todo o início da aventura de Roger, desde a infância pobre no estado do Espírito Santo até a sua chegada a Santos, em São Paulo, onde boa parte da história se desenrola, e onde ele vai viver os momentos mais importantes da sua vida.

Nesse caminho tortuoso, o nosso personagem principal também vai passar pelos ringues da academia de boxe Estrela Negra — franquia já citada em “Ferina e a Geração Suprema” —, vai esbarrar no temperamental Luiz Caio Benítez — o ex-namorado tóxico de Fabiana Ferraz em “Rosa & Dália: O Despertar das Bruxas” — e vai ouvir falar de um certo geneticista que trabalha com mutação assistida, que também já foi apresentada anteriormente no universo Eclipse Books.

Ficha de personagem Impacto


Para quem ficou curioso sobre esse assunto, o termo “gene ativo” já foi amplamente citado pelo cientista inescrupuloso Maximus Valente em “Ferina e a Geração Suprema” — publicado integralmente no Wattpad — e lá são apresentados os jovens personagens de DNA alterado que serão muito importantes no futuro não só de Roger Luchetto como de toda a Legião Nacional.

Vocês nem fazem ideia do que vem pela frente.

Impacto – Gene Ativo é o segundo de três volumes que irão apresentar os personagens centrais da Legião Nacional, a equipe de super-heróis brasileiros que surge para unificar todos os personagens já criados por mim, Rod Rodman, para o selo Eclipse Books

A vindoura Legião Nacional
Alina, Pássaro Noturno, Major Brasil, Impacto, Ferina, Rosa, Dália, Disruptor e Drenagem


A história segue a cronologia do universo, se passando exatamente vinte e oito anos após a conclusão da saga de Alina Grigorescu — contada no livro "Alina e a Chave do Infinito" —, um ano após a última aventura de Henrique Harone como o Pássaro Noturno — apresentada em "Pássaro Noturno – Reikon" e poucas semanas após o fim de “Rosa & Dália: O Despertar das Bruxas”.

Mas, Rodman, eu preciso ler todos os seus livros para entender Impacto – Gene Ativo?

Não, jovem padawan. De maneira nenhuma. O livro em suas mãos é totalmente independente das demais publicações, embora esteja intimamente conectado a muitas delas. Aquilo que não for de seu conhecimento sobre o universo científico citado nele não influencia negativamente na leitura, e apenas complementa o tal universo mencionado anteriormente.

Agora, abra a sua mente e prepare-se para mergulhar de cabeça no mundo cheio de ação e drama de Impacto – Gene Ativo.

Para você que está chegando agora, seja muito bem-vindo (a). Pegue uma bebida e relaxe. E para aqueles que, porventura, já singraram os mares tortuosos da minha mente outrora, é aquilo de sempre... NAMASTE!


SINOPSE DE IMPACTO - GENE ATIVO


Roger Luchetto nasceu em Serrano, uma cidadezinha do Espírito Santo, e estuda Jornalismo enquanto treina boxe nas horas vagas na tradicional academia Estrela Negra.

Impulsivo e temperamental, ele encontra no esporte uma válvula de escape para os traumas de infância e a pobreza que enfrentou após o abandono do pai — um milionário diretor de uma siderúrgica.

Prestes a se formar e estagiando numa revista semanal, Roger recebe a chance da sua vida: investigar um caso de corrupção política ligado a um projeto científico em Santos, no litoral paulista.

Determinado a conquistar seu lugar entre os grandes nomes do jornalismo, o rapaz parte para a cidade litorânea sem imaginar que um acidente em um laboratório de pesquisas mudará sua vida para sempre.

Agora, dotado de poderes que mal compreende e envolvido numa conspiração que chega aos altos escalões da cidade, Roger terá que lutar por sua vida — e pela de muitos outros — quando uma criatura feita de energia radioativa ameaça destruir uma comunidade carente de Santos.

Impacto – Gene Ativo é um thriller eletrizante, repleto de ação, ficção científica e reviravoltas. Prepare-se para mergulhar de cabeça no universo Eclipse Books e ser impactado pelo mais novo livro de Rod Rodman.

O livro já está completo e gratuito na plataforma Wattpad. Link de acesso na capa ao final desse post. 



LIVROS ECLIPSE BOOKS EM ORDEM CRONOLÓGICA:

Alina e a Ordem do Portal de Fogo

Alina e a Ordem do Portal de Fogo

Alina e o Concílio de Sangue

Alina e o Concílio de Sangue

Alina e a Chave do Infinito

Alina e a Chave do Infinito

Pássaro Noturno – A Saga da Corporação


Pássaro Noturno – A Saga da Corporação

Pássaro Noturno – Máquina Brutal

Pássaro Noturno – Máquina Brutal

Pássaro Noturno vs. Major Brasil

Pássaro Noturno vs. Major Brasil

Ferina e a Geração Suprema

Ferina e a Geração Suprema

Pássaro Noturno - Reikon

Pássaro Noturno - Reikon

Rosa e Dália: O Despertar das Bruxas capa

Rosa & Dália: O Despertar das Bruxas

Impacto Gene Ativo capa

Impacto - Gene Ativo

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Esse post foi patrocinado por Drachen Motors e UniSan - Universidade Federal de Santos.

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NAMASTE!

26 de maio de 2025

O adeus a Peter David

Adeus Peter David

"Não existem finais felizes. Nunca. Eles são totalmente inventados por escritores de ficção que escolhem terminar a história com um ponto alto".

PETER DAVID 


Foi divulgado recentemente na mídia especializada o falecimento de um dos mais talentosos e reverenciados roteirista de histórias em quadrinhos, o incrível Peter David, aos 68 anos.

Nascido em 1956 no estado de Maryland, teve uma passagem muito marcante por duas das editoras mais famosas do mundo. Para a Marvel, no final dos anos 1980, redefiniu o personagem Hulk e modernizou muitos dos conceitos criador lá nos anos 1960 por Jack Kirby e Stan Lee.

Ao lado do desenhista Todd McFarlane, escreveu algumas das histórias mais emblemáticas com o Hulk cinza e criou o Senhor Tira-Teima, uma das personalidades mais sacanas de Bruce Banner que era o leão-de-chácara de um poderoso criminoso da cidade.

O Sr. Tira Teima com várias mulheres seminuas na primeira foto. Ao lado do Caolho na segunda foto.


Para o Homem-Aranha, ele escreveu um dos arcos mais memoráveis da minha vida que foi a Morte da Capitã Jean DeWolff — que eu já devo ter citado algumas vezes por aqui, e uma das imagens dessa HQ está até no banner principal do blog.

Na época dos formatinhos da Editora Abril, essa história chegou às minhas mãos quando eu devia ter uns 11 ou 12 anos. A narrativa era muito mais séria e dramática do que eu estava acostumado a ler com o meu super-herói favorito e acho que foi isso que me marcou tanto.

a morte da capitã Jean DeWolff


No enredo, um assassino mascarado denominado “Devorador de Pecados” começa a matar figuras públicas da cidade de Nova York, colocando o Homem-Aranha e o Demolidor em uma investigação conjunta para descobrir a real identidade do criminoso, além de frear as suas ações.

Para Peter Parker, a coisa é levada para o lado pessoal quando o Devorador mata a capitã de polícia Jean DeWolff — uma de suas únicas aliadas dentro do departamento — e, quando mais tarde ele tenta matar Betty Brant, a secretária de J.Jonah Jameson — que era o verdadeiro alvo do cara — e antigo affair de Peter.

Para Matt Murdock, é seu lado advogado que fala mais alto. Uma das vítimas é um juiz com quem ele já havia trabalhado antes e o herói cego sai pela cidade em seu uniforme de Demolidor na intenção de prender o Devorador de Pecados e fazer com que a justiça seja cumprida.

Para Peter, no entanto, é o sentimento de vingança que fala mais alto, o que coloca os dois vigilantes em lados opostos, os fazendo, inclusive, sair no soco para provar o seu ponto.

Demolidor tenta impedir o Homem-Aranha


A luta entre os dois me marcou bastante também porque foi a primeira vez que vi o Aranha levando a pior. Peter David criou um roteiro de cinema em duas poucas edições — na Abril, a nº 87 e 88 do Homem-Aranha — e aquilo foi o bastante para deixar o pequeno Rod Rodman impactado para o resto da vida.

Formatinhos da Editora Abril do Homem-Aranha


Ainda falando de Homem-Aranha, mas de um futuro muito distante, agora ao lado do talentoso artista Rick Leonardi, Peter David desenvolveu todo o conceito do Homem-Aranha 2099.

Naquele tempo, nada sequer parecido tinha sido desenvolvido pela Marvel e foi um choque positivo muito grande ver as primeiras páginas da versão futurista do Escalador de Paredes que não era mais Peter Parker e sim Miguel O’Hara.

Miguel O'Hara como Homem-Aranha


Para um moleque de doze anos todo o visual cyberpunk do Aranha 2099 era muito massa e é claro que eu fiquei maluco para ler mais sobre o universo onde aquele cara vivia. Por falta de grana, eu não consegui acompanhar os gibis onde eram lançadas as suas histórias no período, e só muitos anos mais tarde é que consegui comprar um encadernado da Panini onde todo o primeiro arco foi lançado. 

Homem-Aranha 2099 no traço de Rick Leonardi


E sim, a nostalgia bateu forte.

Nos anos 1990 os X-Men eram o carro-chefe da Marvel e tudo que era lançado nas bancas com o "X" na capa vendia horrores.

Peter David ficou a cargo de escrever a nova versão do X-Factor e deu àqueles mutantes de time "B" da Marvel uma profundidade que ninguém mais tinha pensado em dar. 

X-Factor de Peter David


É roteiro de David uma das passagens mais legais do Mercúrio onde o velocista explica numa sessão de terapia como é entediante o mundo à sua volta, já que ele enxerga como se tudo estivesse em câmera lenta o tempo todo.

Mercúrio e o mundo em câmera lenta


Enquanto os X-Men saíam na porrada dia sim, dia não com o Magneto fazendo pose de halterofilista, os X-Factor estavam mais preocupados com a sua saúde mental e como os seus poderes podiam afetar as pessoas ao seu redor. Esse arco é muito bom.

De volta ao Hulk, em parceria com outro artista já saudoso, o George Pérez, Peter David deu vida também ao arco “Futuro Imperfeito”, onde o Bruce Banner do presente é obrigado a viajar para o futuro a pedido de um Rick Jones idoso e enfrentar a sua versão déspota imortal, o terrível Maestro.

Hulk no Futuro Imperfeito


Esse também foi outro arco que eu demorei a ler, mas que me conquistou de uma maneira muito rápida e que me fez entender porque era tão aclamada à época de seu lançamento.

Adeus a Peter David


Pulando o muro das editoras e falando um pouco de DC, Peter David também revolucionou alguns dos personagens mais conhecidos de lá, em especial o Aquaman.

Se hoje lembramos da figura do Rei da Atlântida como um sujeito casca-grossa, cabeludo e porradeiro, isso se deve à repaginada que Peter David deu ao personagem ali pelo final dos anos 1990.

Quem não se lembra daquela imagem icônica do Arthur cabeludo e barbudo com um gancho no lugar da mão decepada?

Aquaman sem a mão esquerda


Ninguém levava esse personagem a sério até aquele momento — um cara que se comunica com peixes! —, e foi com base nos roteiros de David para o Aquaman que ele se tornou relevante para a DC a partir de então.

Outra grande contribuição de David para a DC foi a criação da Justiça Jovem que reuniu o Robin (Tim Drake), o Superboy (Conner Kent) e o Impulso (Bart Allen) numa mesma equipe que surgiu para substituir os Novos Titãs, que naquele fim de século — ali próximo dos anos 2000 — já não eram mais tão “novos” assim.

A Justiça Jovem


Aliás, o Impulso foi uma criação do Peter David e o personagem foi amplamente usado na animação Justiça Jovem da Warner que teve quatro ótimas temporadas e que usou muitos dos conceitos desenvolvidos pelo autor em seus diversos episódios.

A animação Justiça Jovem


É triste pensar que mesmo tendo criado tanta coisa para ambas as editoras, de ter contribuído para que tanto Marvel quanto DC faturassem milhões com seus personagens, David tenha morrido na pobreza quase completa.

Enfrentando vários problemas de saúde em decorrência a um AVC que sofreu há alguns anos, os familiares do autor precisaram recorrer a um financiamento coletivo pela internet — uma espécie de vaquinha — para poder custear os seus caríssimos tratamentos de saúde.

Adeus a Peter David


Por não haver um sistema como o SUS nos Estragos Fudidos, lá a coisa é muito mais pesada quando se trata de saúde, e ninguém que não seja milionário consegue custear esses valores.

Nem Marvel e nem DC se indignaram a pagar as despesas médicas de Peter David, mesmo ele tendo atuado por tantos anos como roteirista para as duas. No mundo do capitalismo selvagem em que vivemos, o seu nome de criador nos créditos de filmes, séries e animações aparecem bem pequenos no encerramento e isso é o máximo de “reconhecimento” que você terá por ajudar a empresa que te empregou a faturar milhões às suas custas.

Que descanse em paz, Peter David. As suas histórias ficarão para sempre em nossa memória.

NAMASTÊ!

17 de abril de 2025

The Walking Dead - Temporada 8 Review

The Walking Dead season 8


E não é que depois de um tempão, eu percebi que esqueci de fazer o review da oitava temporada de The Walking Dead para o Blog do Rodman?

Não que alguém tenha percebido ou sentido falta, mas como sou meio paranoico com esse negócio de sequência, decidi cobrir essa lacuna — até porque estou assistindo a nona temporada no Disney + e pretendo trazer as minhas impressões sobre ela no futuro.

Se houver futuro...

Sigam-me os bons!

💀

A oitava temporada de The Walking Dead é aquela fase em que a série parece ter entrado no modo automático e esqueceu de onde guardou o manual da emoção. O famoso arco “Guerra Total” — Rick vs. Negan — tinha tudo pra ser épico, mas acabou se arrastando mais do que um zumbi em dia quente.

O roteiro? 

Cheio de tiroteios sem mira, diálogos de efeito que parecem retirados de um curso intensivo de frases motivacionais e reviravoltas que, às vezes, soam tão forçadas quanto sorriso de foto de formatura.

Vamos de resumo sobre o que melhor — ou pior — aconteceu ao longo dos episódios.

A Guerra Contra Negan (Ou: "Por Que Ninguém Mira Direito?")

The Walking Dead season 8


A tão esperada guerra entre Rick (Andrew Lincoln) e Negan (Jeffrey Dean Morgan) finalmente começou, e com ela vieram:

  • Tiros, muitos tiros – Sério, parece que todo episódio tinha um tiroteio, mas ninguém nunca acertava ninguém (até o momento dramático).
  • Estratégias questionáveis – Rick e companhia planejando ataques como se fossem experts em guerra, mas no final tudo virava confusão e explosões aleatórias.
  • Negan e seu charme irritante – Jeffrey Dean Morgan continua roubando a cena, mesmo quando está fazendo discursos no meio de um campo minado (literalmente) e seu personagem segue tão afiado com sua Lucille quanto com as suas piadas de tiozão sádico.
  • Rick se divide entre olhar pensativo pro horizonte e dar discursos que, sinceramente, nem o Carl (Chandler Riggs) aguentava mais.

Mortes? Quase Nenhuma (Até Que...)

Falando em Carl…

A temporada prometia "mortes impactantes", mas levou um tempão para alguém importante cair. Quando finalmente aconteceu... #RIPCarl. Foi triste, inesperado e deixou todo mundo puto – principalmente porque ele era um dos poucos personagens que ainda tinham um coração e com a qual a molecada mais jovem se identificava ao assistir a série.

The Walking Dead season 8
Chandler Riggs (Carl) e a sua versão nas HQs


Nos quadrinhos, ele é um dos únicos personagens que permanece vivo de ponta a ponta entre as 193 edições de The Walking Dead e a sua eliminação na série se deu por questões de bastidores envolvendo os pais do ator Chandler Riggs que, por conta disso, não poderia mais participar das gravações.

The Walking Dead season 8
Nas HQs Carl adulto e pai de família


Em detrimento à morte de Carl, também tivemos nessa temporada:

  • Ações Repetitivas (Ou: "Já Vimos Isso Antes?")
  • Personagem se separa do grupo.
  • Personagem quase morre.
  • Personagem é salvo no último segundo.
  • Repita por 16 episódios.
  • Ah, e não podemos esquecer dos flash-forwards misteriosos do Rick velho, que só serviram para deixar todo mundo confuso até o final.

Destaques (Porque Nem Tudo Foi Ruim)

The Walking Dead season 8


Simon (Steven Ogg) sendo um vilão subestimado – O cara era tão cruel que até o Negan deu uma segurada nele.

The Walking Dead season 8


Eugene (Josh McDermitt), o mestre da sobrevivência — De cientista medroso a fabricante de balas do Negan, ele provou que, no apocalipse, até os nerds viram badasses (ou traidores, depende do ponto de vista).

The Walking Dead season 8


A redenção de Morgan (Lennie James) – Depois de ficar maluco, voltar ao normal e depois quase enlouquecer de novo, ele finalmente foi para Fear the Walking Dead. Paz, Morgan!

Veredito Final: 6/10 (Mas Com Muita Poeira Nos Dentes)

A 8ª temporada teve momentos legais, mas também muita enrolação. A guerra poderia ter sido resolvida em metade dos episódios, e algumas decisões dos roteiristas (como matar o Carl) ainda doem. Mas, no fim, ainda deu vontade de ver o que vem depois — mesmo que só para descobrir se alguém finalmente vai tomar um banho nessa porra de série.

The Walking Dead season 8


No fim das contas, a temporada 8 é tipo aquele amigo que sempre promete que "vai ser diferente esse ano" — começa empolgante, entrega algumas boas cenas de ação e emoção aqui e ali, mas no geral parece que a criatividade pegou carona com o Glenn na temporada passada e não voltou.

Vale a pena assistir?

Se você já sobreviveu até aqui, claro que vale! Mas prepare-se para testar a paciência e torcer pra que os roteiristas encontrem um mapa melhor que o GPS quebrado que usaram nessa temporada.

P.S.: Tenho certeza que você, assim como eu, não se esqueceu o que Negan fez com o Abraham e com o Glenn na temporada passada e ficou injuriado com o destino dado a ele pelo Rick.

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Review das temporadas anteriores no Blog do Rodman:

TEMPORADA 1

TEMPORADA 2

TEMPORADA 3

TEMPORADA 4

TEMPORADA 5

TEMPORADA 6

TEMPORADA 7

NAMASTÊ!

16 de abril de 2025

Demolidor Renascido - Episódio 9 Review

O POST A SEGUIR CONTÉM SPOILERS!

Demolidor Renascido - Episódio 9


Episódio 9 - "Direto para o Inferno"

Escrito por Dario Scardapane (dos episódios 1 e 8) e Heather Bellson (que, entre outras coisas, já escreveu alguns episódios de The Walking Dead da da e da 10ª temporada), “Direto para o infernoconclui com competência o grande acerto da Marvel Television de 2025 que foi Demolidor – Renascido.

Heather Bellson que roteirizou The Walking Dead


Nesse episódio dirigido mais uma vez pela dupla Aaron Moorhead e Justin Benson, nós descobrimos o que realmente motivou Vanessa Fisk a contratar o Mercenário para assassinar Foggy Nelson e o seu cliente Benjamin Cafaro, levando a todos os eventos que permearam essa primeira temporada da série — da aposentadoria forçada do Demolidor à tomada de poder de Wilson Fisk.

Como a “Rainha do Crime” na época do afastamento do marido, Vanessa usou o porto de Nova York, Red Hook, como a sua cidade estado, mantendo ali obras de arte e todo tipo de artigo traficado do exterior, à margem da jurisdição das autoridades locais.

Sem saber no que estava se metendo, Foggy aceitou defender Cafaro achando se tratar de um caso comum de Direito. No entanto, o fiel amigo de Matt Murdock estava se metendo nos negócios ilegais de Vanessa, algo que ela não podia permitir.

Em sua breve visita a Benjamin Poindexter — que após os eventos da terceira temporada de Daredevil acabou sendo internado numa clínica para desajustados mentais — Vanessa expõe ao cara que não está ali para nenhum tipo de acerto de contas quanto ao passado dele com o seu marido, mas sim para lhe pedir um favor.

Demolidor Renascido - Episódio 9
Poindexter chapado de Fluoxetina


É bem nítido que Poindexter está sob efeito de vários medicamentos que o mantêm dócil e controlado, o que se conecta bem ao fato de que ele não chega a empregar resistência ao pedido da mulher.

De volta ao presente, durante os eventos do baile preto e branco do prefeito de Nova York, Matt Murdock se jogou na frente de Wilson Fisk para deter a bala atirada pelo Mercenário, e acabou sendo alvejado.

Em particular, Vanessa deixa claro que tem culpa no atentado do Mercenário e Fisk alega que já sabia que ela o havia contratado para matar Foggy Nelson e o seu cliente Cafaro.

Demolidor Renascido - Episódio 9
Vanessa e Wilson


Na intenção de se livrar de dois coelhos com uma só cajadada — eliminar o advogado e o seu arqui-inimigo fantasiado ao mesmo tempo —, Fisk dá a ordem para que seu pau-mandado preferido, Buck Cashman, elimine Murdock, que está no hospital se recuperando do tiro.

Tentando se aproveitar do atentado contra a sua vida para inflamar ainda mais os ânimos da população, Fisk pressiona o comissário Gallo na intenção de que ele bloqueie todas as saídas da cidade e impeça a fuga de Poindexter. Depois, ele manda que os agentes da companhia de energia de Nova York causem um blecaute deliberado para gerar ainda mais caos e poder alegar que forças estão se unindo para derrubá-lo.

Demolidor Renascido - Episódio 9


Em meio ao apagão — que se fosse em São Paulo na época de chuva seria só mais uma quarta-feira comum —, Matt consegue antecipar a visita de Cashman ao seu quarto e foge do hospital de volta para sua casa. Quando chega lá, é surpreendido pela presença de Frank Castle que está à sua espera com ordens para tirá-lo em segurança do local.

Demolidor Renascido - Episódio 9
Frank Castle de barba feita


Enquanto os dois trocam farpas e insinuações, a milícia de Wilson Fisk está a caminho com ordens claras de assassinar Matt Murdock, se aproveitando da escuridão da cidade e para usar como desculpa da sua morte o tiro que ele levou na noite anterior.

Uma questão que ficou rondando a minha cabeça o episódio inteiro é se os capangas de Fisk, incluindo seu Arranjador, sabiam que Matt e o Demolidor eram a mesma pessoa.

Bem, se não sabiam, ficaram sabendo quando o próprio Demônio Audacioso se juntou ao Justiceiro para descer o sarrafo na Força-Tarefa Antivigilante, com direito a cenas da mais fina e cruel sanguinolência, marca registrada do seu, do meu, do nosso Frank Castle.

Demolidor Renascido - Episódio 9


Como todos eles morreram… não fez muita diferença que a identidade de Murdock fosse revelada, não é mesmo?

Algum tempo depois, descobrimos que quem contatou Castle para salvar Murdock foi Karen Paige, que está de volta à cidade depois de uma ausência de oito episódios.

Demolidor Renascido - Episódio 9
A volta de Karen Paige


Sabe-se lá como, ela descobriu sobre a fuga de Ben Poindexter da prisão e voltou para Nova York prevendo que seu amigo de longa data precisaria da sua ajuda para detê-lo. A caminho de lá, ela ligou para Castle no intuito de mandá-lo na frente e defender Matt dos capangas do Rei.

Paige ajuda Matt com os ferimentos causados na porradaria em seu apartamento e agradece o auxílio de Castle, que se recusa a ajudá-los com a investigação que vai esclarecer de uma vez por todas os motivos que levaram Vanessa a mandar matar Foggy Nelson.

Usando o rádio roubado de um dos milicianos horas antes, Castle descobre que eles estão se juntando numa zona específica da cidade e decide ir até lá para acabar com a festa dos patifes, agora que sabe que os caras estão usando deliberadamente o seu símbolo da caveira como inspiração para cometer as maiores atrocidades.

Demolidor Renascido - Episódio 9
Justiceiro sangue no zóio


Em mais uma cena de violência desenfreada — a meu ver, ainda mais sanguinolenta que as de Daredevil ou da própria série do Justipunisher na Netflix —, Castle mostra porque é o anti-herói mais badass motherfucker da Marvel, pilhando corpos enquanto avança sobre eles numa fúria descomedida.

Aliás, reforço aqui que Jon Bernthal nasceu para o papel de Justiceiro!

Aqueles urros que ele solta conforme vai pra cima dando tiro nos maluco tudo são massa véio ao extremo!

Porém...

Após confiar demais nas suas capacidades assassinas, Castle acaba sendo capturado pela milícia, jogando aquele balde de água fria bem na cabeça dos espectadores que já se levantavam do sofá para comprar na Amazon a primeira camiseta com a estampa da caveira que encontrasse pela frente.

Ele é levado para um dos covis da Força-Tarefa e é confrontado pelo ex-policial Powell, que reafirma toda a admiração que ele e seus colegas — todos com o emblema da caveira pintados em seus coletes — têm por suas ações violentas.

Demolidor Renascido - Episódio 9
Powell confronta Castle


Frank reforça que as coisas que ele faz em vingança ao assassinato da sua família não devem ser celebradas, e que aqueles pobres coitados não entendem as suas verdadeiras motivações. Segundo ele, a sua perda não pode ser mensurada, nem compreendida por um bando de pau-mandado valentão que só se garante com uma arma na mão.

Enquanto isso, Matt e Karen encontram os antigos casos arquivados da época do escritório de advocacia que eles comandavam. Entre eles, aquele que acabou condenando Foggy à morte.

Aliás, aqui é legal mencionar o quanto esse episódio homenageia a antiga série do Demolidor, fazendo várias citações a elementos nostálgicos de lá — como “Avocados da lei” — e nos mantendo cientes que nada das três temporadas anteriores foi rebootado ou mesmo esquecido pelos atuais showrunners.

Mesmo ferido, Matt decide seguir as pistas que o levam até uma das bases da Força-Tarefa Antivigilante e é desencorajado a invadi-la por Karen, que sabe que em seu atual estado, ele não duraria nem um round contra o Rei do Crime.

O comissário Gallo


Na parte de dentro do covil, Fisk decide mais uma vez demonstrar a sua força diante de seus comandados. Após descobrir que o comissário Gallo estava tentando cooptar a sua secretária de planejamento — ou seja lá qual for o seu cargo! —, Sheila para trai-lo, o prefeito o convoca — por assim dizer — apenas para matá-lo fria e cruelmente, sob o olhar atônito de todos os seus capangas.

Aqui, cabe dizer que eu NUNCA tinha visto uma cena tão graficamente grotesca numa série da Marvel, mesmo considerando as antigas em que o próprio Rei já havia moído a cabeça de um russo com a porta de um carro e que o Justiceiro esfregou a cara do Retalho em vidro.

Demolidor Renascido - Episódio 9


A morte de Gallo é tão chocante que eu fiquei parado alguns segundos em frente à TV pensando se eu tinha visto mesmo uma cabeça sendo esmagada por mãos na minha frente ou se eu só tinha imaginado.

Rapaz! Aplausos para a coragem da Marvel que colocou isso num programa veiculado pela Disney…



Aí, amigo… o caldo engrossa de vez.

Enquanto a cidade enlouquece por conta do apagão e a milícia de Fisk ganha ainda mais poder agora que pode agir livremente com a sua autorização — e sem o mínimo de controle que Gallo ainda conseguia exercer com os seus policiais honestos —, o título do episódio começa a fazer todo o sentido.

Quando perguntado a ele como Matt pretende deter os planos megalomaníacos de Wilson Fisk para com a cidade, o Audacioso responde à Karen “Com um exército”, o que volta a criar aquele monte de roteiro de fanfic na cabeça do espectador médio que já espera que na segunda temporada o Demolidor vai liderar vários super-heróis urbanos em sua guerra contra o Rei do Crime.

Demolidor Renascido - Episódio 9


Espero que o “exército” citado por ele não seja aquela galera que ele encontra no bar da Josie logo em seguida. Não querendo menosprezar o Cherry, a detetive Kim, a Karen ou a própria dona do bar… mas eles não parecem que aguentariam nem um minuto de porrada franca contra a Força-Tarefa Antivigilante do Fisk…

Demolidor Renascido - Episódio 9


👍

PONTOS POSITIVOS: De um modo quase geral, “Direto para o inferno” é um ótimo episódio de fim de temporada porque cria certa expectativa para o que virá a seguir. As cenas de ação se não são excelentes, ao menos são carregadas de muita violência gráfica, o que acaba elevando bastante a sua qualidade. O choque causado pela morte de Gallo e a prisão do Justiceiro também ajuda a aumentar a nossa esperança por uma vingança sangrenta e dolorosa revanche dos heróis na segunda temporada, bem como a derrota definitiva de Wilson Fisk.

O foco em todos os personagens coadjuvantes como a Sheila, o Daniel, a BB Urich e a Angela del Toro também trouxe um pouco mais de "humanidade" aos dois lados da guerra por NY, algo interessante de acompanhar. Entre um gordo careca ganancioso por poder e um doido cego vestido de demônio, existem pessoas normais com motivações comuns e a série soube bem valorizá-las.

👎

PONTOS NEGATIVOS: Diferente das temporadas anteriores de Demolidor que nos agraciaram com as icônicas porradarias de corredor — aquela da segunda temporada do Justiceiro na prisão entrou para a história, inclusive! —, faltou pelo menos uma sequência de pancadaria memorável em Demolidor – Renascido. Os diretores não fizeram bem a lição de casa e trouxeram no máximo algumas lutas mornas ao longo da temporada, nada que ficasse na lembrança.



Aliás, ponto negativíssimo para a câmera lenta usada para registrar a volta do Justiceiro saindo na mão — e no tiro — contra o cara que matou o Hector Ayala! Me fez lembrar dos maneirismos exagerados de Zack Snyder... deuzulivre!

Mas Rodman, foi a temporada mais violenta de todas. Como assim você tá reclamando, seu pau no cu??

Então, nem sempre o uso de violência extrema representa cenas de lutas memoráveis. Além da violência, tem que ter ali uma coreografia bacanuda, um ensaio geral entre atores, dublês e figurantes para trazer mais realismo — ou movimentos menos falsos — à cena. Acho que faltou uma pegada mais John Wick em Demolidor – Renascido. Tirando, talvez, a primeira briga entre o Demolidor e o Muso e aquela treta entre o Matt, o Powell e o outro policial lá do episódio 2 — da portada de geladeira nas fuças.

O que não quer dizer, é obvio, que a série seja ruim. Muito pelo contrário. A meu ver, o Demolidor continua sendo o personagem melhor adaptado para as séries de TV da Marvel — e isso também considerando o seu alter-ego advogado cedo, é claro — e estou muito ansioso para a segunda temporada. 



Ah… e o traje do Audacioso vai ter o duplo D no peito... FINALMENTE!

Demolidor Renascido - Episódio 9


Não leu os reviews anteriores, jovem padawan? 

Deixa de preguiça, larga esse Tik Tok e vai perder alguns minutos com as merdas que eu escrevo aqui achando que ainda estou em 2010!

EPISÓDIO1 E 2

EPISÓDIO3

EPISÓDIO4

EPISÓDIO5 E 6

EPISÓDIO7

EPISÓDIO8

NAMASTÊ!

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