Eu li "Quem Manda já Morreu" pela primeira na época da escola, há mais de vinte anos e, confesso, que não me lembrava muito do enredo.
Conforme fui relendo agora, em pleno século XXI, foi como se a história toda retornasse com força à minha mente.
Isso, é claro, não me impediu de REDESCOBRIR o livro, nem tampouco me entreter novamente com essa fantástica história de investigação detetivesca com uma inenarrável pitada de humor — e sarcasmo — impressa por Edu — o estudante de Comunicação —, que não só é o protagonista como também o narrador.
As situações em que ele, o tio Palha — o detetive que pegou um leão quase que literalmente na unha — e a versátil Coca Gimenez — uma uruguaia quarentona que faz as vezes de secretária, maquiadora e cantora de Tcha tcha tcha — se envolvem ao longo da narrativa com uma perigosa máfia são muito empolgantes. Cada novo momento consegue surpreender o leitor de uma maneira muito positiva e, mesmo depois de tanto tempo, me vi como um acompanhante novato desse enredo delicioso.
"Quem manda já morreu" não chega a ser um primor e nem é um dos livros mais inspirados do meu eterno autor nacional favorito, Marcos Rey, mas cumpre com excelência o seu papel de entretenimento literário, e é, com certeza, mais um de seus ótimos trabalhos como escritor infanto-juvenil.
Afinal, se você leu e não ficou com o "Tchin Tchimbá-tchimbá! Uule-lá-lá" cantada na Montanha de Ali na cabeça, ou não saiu por aí imitando o sotaque do "homem do cravo" dizendo "espertchinho" a torto e a direito, volte duas casas e leia com mais atenção!
Recomendadíssimo!
P.S. - Eu lembro que na primeira vez que li o livro, eu ficava falando em voz alto o "espertchinho" de Bristol, o mafioso que sequestra Edu no enredo, imitando o sotaque estrangeiro do cara. Bons tempos de adolescência!
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Toda a minha vida de leitor de livros na adolescência foi pautada e muito bem incentivada pelas obras de Marcos Rey, aquele que é, até hoje, o meu escritor brasileiro favorito.
Eu li "O Mistério do 5 Estrelas" e "Um Cadáver Ouve Rádio" — ambos publicados pela Editora Ática, na lendária série Vaga-Lume — na época do colégio, ambos emprestados por amigos, e só tive a oportunidade de ler "O Rapto do Garoto de Ouro" recentemente, achando que tinha completado a trilogia...
Eis que lendo a sinopse de "Um Rosto no Computador", acabei descobrindo depois de todos esses anos, que Rey havia escrito um quarto livro com os protagonistas que eu tanto admirava nos livros anteriores, e essa sensação foi semelhante a de achar dinheiro escondido no bolso da calça.
E, realmente foi um achado precioso.
Assim como Rey disse que só faria uma continuação das aventuras de Leo, Gino e Ângela se tivesse uma ótima ideia para contar com o trio, eu assino embaixo às palavras do mestre.
Eu considero esse o melhor livro da quadrilogia. A narrativa é envolvente, os novos personagens inseridos são muito bem construídos e todo o mistério envolvendo o sumiço de uma modelo adolescente — a denominada Lia Magno, uma baianinha muito carismática que vem para São Paulo em busca de um sonho — é maravilhosamente bem-conduzido.
Como leitores, nós somos convidados a participar das investigações de Leo e seus amigos, e não tem como não se envolver com o enredo.
O livro acerta em tudo a que se propõe, e foi uma alegria muito grande "rever" os personagens tão queridos que Marcos Rey criou lá nos anos 80. Foi como se eu tivesse ganhado um presente inesperado depois de anos achando que já tinha lido tudo sobre os moradores do Bixiga. Mais uma vez.
Nota 10!
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O livro um da trilogia "O Crime da Rapieira" foi escrito em 2019 para ser publicado gratuitamente na plataforma Wattpad. Naquele mesmo ano, eu escrevi um post falando um pouco a respeito sobre as minhas inspirações para desenvolver o texto e todo o seu enredo.
Passado alguns anos, é hora de falar um pouco sobre as curiosidades a respeito desse sucesso e o que vem por aí agora que o livro dois também já está à vendano site da Amazon e nas demais lojas do ramo.
1 - A ideia para o livro surgiu por acaso
2 - O plot da vingança foi baseado num caso real
3 - O livro possui "easter-eggs" de outras obras do autor
4 - O Crime da Rapieira é uma homenagem
5 - Uma trilogia
O Crime da Rapieira está à venda exclusivamente no site da Amazon, agora com um preço especial. Na sinopse,
"Sara Jane e Cássia Mendes são duas estudantes universitárias de jornalismo jovens e extrovertidas que estão aproveitando um dia de folga para dançar e se divertir em uma comemoração entre amigos. A mansão da rica família Telles de Mendonça é o palco de uma festa à fantasia ciceroneada por sua filha Regiane, colega de turma das duas belas visitantes e, tudo está correndo bem, até que um crime nas dependências da residência abala todos os convidados. O aluno de publicidade Jonathan Braga é encontrado morto dentro da despensa da casa e agora todos são suspeitos. Assoladas pelo crime brutal, Sara e Cássia decidem usar os seus recém-adquiridos conhecimentos jornalísticos para investigar aquele caso por conta própria e, assim, ajudar a polícia a levar o assassino à justiça. Mas em meio a vários convidados que transitavam livremente nas dependências da mansão, quem teria motivo para dar cabo do estudante de maneira tão perversa?
"O Crime da Rapieira" é um thriller romanceado que homenageia grandes autores brasileiros do gênero como Rubem Fonseca e Marcos Rey, além de beber bastante na fonte de filmes policiais e de investigação jornalística. Mergulhe de cabeça no enredo cativante do livro e descubra também a resposta para a pergunta que não quer calar, afinal, quem matou Jonathan Braga?
Assista ao book trailer da produção clicando no vídeo aí embaixo.
“O crime não compensa”. Se você cresceu num lar minimamente decente e foi criado por pais — ou somente pai, ou somente mãe, ou mães, ou avós, etc. — que tinham como passatempo regular lhe ensinar bons costumes, certamente já ouviu essa frase. O crime não compensa.
Mas será mesmo?
À princípio, devo confessar que como aspirante a
autor eu não havia concebido a ideia de “O
Crime da Rapieira” — o livro anterior a Rastros de uma Obsessão — como parte de uma série, de uma duologia ou mesmo de uma
trilogia, mas então eu relia aquele final com a fuga do Guilherme Ribeiro e uma
coceira incômoda na base do calcanhar teimava em aparecer.
“Cara… é um final bastante ousado até mesmo para quem pretende sempre
fugir dos clichês! ”.
Eu queria imprimir um tom de impunidade com aquele epílogo.
Tentei passar a noção de que nesse país, os verdadeiros criminosos não são
punidos de verdade e que quando são, não acontece por muito tempo.
Todo mundo
que cresceu com aquela máxima de que “o
crime não compensa” meio que se acostumou ao preto e branco. Ao mocinho
vence o bandido.
Ainda nos é difícil aceitar que um criminoso tenha um final
feliz. E então, todas as vezes que eu era assolado por esse pensamento, vinha
em minha mente a célebre frase do pensador moderno Dominic Toretto diante de seu antagonista Luke Hobbs: “Aqui é Brasil! ”, o que em outras palavras quer dizer que "aqui tudo é válido".
A continuação do Crime da Rapieira
A ideia de uma sequência para “O Crime da Rapieira” que elucidasse, afinal, o que havia acontecido
após a fuga cinematográfica de Guilherme e seus dois comparsas, surgiu durante
uma troca de comentários sobre o que poderia acontecer em uma continuação feita
num dos capítulos do primeiro livro, e aquilo me intrigou.
Após matar seu
desafeto Jonathan Braga com uma arma espanhola do século XVI, Guilherme tinha
tentado incriminar outro de seus concorrentes ao coração da bela e fogosa
Daiane, usando para tanto uma confusão envolvendo um traje de Zorro em uma
festa à fantasia. O plano tinha sido descoberto por Sara Janede Moraes e
Cássia Mendes, as duas amigas inseparáveis que, como estudantes de Jornalismo,
se viram na obrigação de investigar.
Graças à intervenção das moças, o delegado do 14º DP de
Pinheiros, o rotundo Marcondes de Sá, acabou chegando à verdadeira identidade
do assassino da rapieira e colocou seus agentes para caçar o rapaz,
aprisionando-o em seguida. Durante uma transferência entre presídios, os irmãos
Felipe e Cibele Amaral movimentaram mundos e fundos para libertar o amigo que
haviam ajudado secretamente até então e após a morte do investigador Noronha e
dos graves ferimentos sofridos pelo policial Medeiros, o delegado decidiu se
dedicar inteiramente à recaptura do fugitivo, o que acabou não acontecendo.
“Mas como assim você
vai deixar um assassino à solta, Rodman? Nós queremos ele preso, AGORA! ”.
Eu não queria que um segundo volume fixado nesse mesmo
universo começasse desfazendo imediatamente os acontecimentos finais do
anterior, então, resolvi criar uma segunda trama que fugisse originalmente da
primeira, mas que ao mesmo tempo, nos pincelasse dicas do que aconteceu depois
da fuga dos criminosos.
“Sei! Você quer nos
enrolar, Rodman! ”.
Não exatamente. Eu senti que tinha explorado pouco o mundo
de nossas duas protagonistas e queria dar ao leitor, numa continuação, mais de
Sara e Cássia, mostrando detalhes de nossas jovens heroínas que, até então, não tinham
sido delineados — nem sequer rascunhados — no texto anterior.
Bem, agora elas são estagiárias de um portal de notícias. O
quanto esse fato pode alterar suas vidas para o bem e para o mal? O quão
benéfico pode ser o lado extrovertido de Cássia para o mundo do jornalismo
universitário e quão maléfico pode acabar sendo o perfeccionismo virginiano de
Sara numa redação de jornal?
Era esse tipo de coisa que eu tinha imaginado para as duas
amigas e baseei toda a minha escrita na intenção de descortinar as meninas,
além de inseri-las numa nova dinâmica e envolvê-las com novos personagens que
fazem a trama principal funcionar.
“Mas que trama
principal é essa, Rodman? ”.
Era do meu interesse escrever sobre o mundo da televisão —
embora esse tema seja cada vez menos relevante atualmente — mais precisamente
sobre o mundo das celebridades, e foi aí que acabei tendo a ideia de unir isso
à obsessão por pessoas famosas, a paixão brasileira por reality shows — e a vida alheia — tendo como norte a visão de um
jornalista.
O que é relevante hoje em dia no mundo do jornalismo? Escrever
sobre celebridades é informar? Novelas ainda dão pauta jornalística? Quais são
os benefícios medicinais de uma planta-carnívora? (essa só vai entender quem
ler o livro!).
Peguei tudo, bati no liquidificador e isso originou a linha
principal de “Rastros de uma Obsessão”,
a continuação direta de “O Crime da
Rapieira”.
Nada disso teria sido possível, no entanto, se não fosse o
apoio de vocês, nobres leitores, que me fizeram sentir vontade de escrever de
novo. Os elogios, o apoio e os comentários renovaram a minha energia e eu
escrevi “Rastros…” pensando em todos
vocês que tiraram um tempo precioso para ler meu conto anterior. Espero que que
gostem e se sintam interessados por uma continuação após embarcarem nessa nova
jornada. Afinal, a palavra “trilogia” soa muito melhor do que “duologia”, não
acham?
O Crime da Rapieira na Amazon
Se você ainda não leu o primeiro livro, clica no link abaixo e se divirta, jovem padawan! O Crime da Rapieira está com preço novo no site da Amazon e pode ser adquirido com o valor de um "pingado" na padaria.
O projeto Rastros de Uma Obsessão
Agora que você já leu a primeira história, que tal conhecer o mais novo livro?
O processo de revisão, edição e acabamento da versão física de Rastros de Uma Obsessão foi bastante árduo, mas valeu muito a pena. É necessário deixar aqui os meus mais sinceros agradecimentos à toda equipe da editora Ases da Literatura que me ajudou a concretizar o sonho de publicar o meu primeiro livro físico pelo selo Novos Ases.
Um agradecimento especial às maravilhosas Gabrielle Antunes e Denise Himpel que trabalharam com o preparo do material original e com a revisão, respectivamente. E um super abraço para a Luisa Bruno e a Fernanda Pereira que fizeram a diagramação e a capa da edição.
Para quem me acompanha aqui pelo blog nesses quase 15 anos já deve ter me ouvido falar uma ou outra vez sobre livros e sobre o meu desejo de publicar um de maneira tradicional. Agora que parte do sonho se tornou realidade, espero poder contar com o apoio de vocês para fazer de Rastros de Uma Obsessão um sucesso.
Comprou? Leu?
Não esqueça de deixar a sua avaliação no site da compra ou aquela resenha marota no Skoob, o aplicativo que reúne aficionados por livros e que permite que o usuário deixe a sua opinião sobre a leitura.
A novidade de Rastros de uma Obsessão é que eu preparei uma playlist no Spotify para quem quiser curtir o texto com trilha sonora. As músicas citadas no livro estão aí na trilha para serem ouvidas.
Nesse período de divulgação, eu concedi uma entrevista à queridíssima Monique Machado para bater um papo literário sobre as minhas inspirações como escritor e, claro, para falar sobre Rastros de Uma Obsessão. A entrevista completa pode ser vista e ouvida no Youtube (que você pode assistir aí embaixo) ou pelo podcast da Monique no Spotify, o Do Livro não me livro, onde ela publicou uma resenha maneira sobre Rastros.
Esse post foi patrocinado pela Globalplay que está lançando com exclusividade a série "Pesadelo na Ilha", que é baseada no best-seller homônimo de Alberto Serrano, da Editora Global.
Além disso, a novela de grande sucesso escrita pelo autor Daniel Arraes"Além do Querer" está com todos os episódios liberados na plataforma Globalplay.