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2 de setembro de 2021

A quadrilogia Batman

Batman quadrilogia


Aproveitei a promoção da HBO Max de assinatura grátis por 7 dias para testar a plataforma e curti recentemente uma cacetada de conteúdo novo e original disponível no serviço de streaming. Além de filmes recém-estreados como Space Jam – Um Novo Legado, Godzilla vs. Kong, o novo Mortal Kombat e outros sucessos, decidi rever algumas velharias do catálogo e comecei logo pela quadrilogia Batman (1989 – 1997)

Aiiiin, Rodman! Esses filmes velhos, feios e bobos! Prefiro as obras do Snyder! O Zack é Deus… ele é lindo, gostoso, sarado…

Licença, jovem padawan… ninguém pediu a sua opinião por enquanto


Michael Keaton Bruce Wayne


Lá em dois mil e blau eu já tinha feito um review sobre “Batman” de Tim Burton na época em que o morcegão da DC estava completando 80 anos, por isso, nesse post, vou me ater mais aos outros três filmes que assisti quase em sequência há alguns dias. 

Sigam-me os bons para mais um Do Fundo do Baú com o tio Rodman! 


BATMAN O RETORNO


Batman a quadrilogia


Eu já devo ter contado aqui que o primeiro filme do Batman teve forte influência em minha ascensão nerd — se é que ainda dá pra se ter orgulho de falar isso em voz alta — e que toda vez que ele passava na televisão eu fazia questão de assistir por achar muito foda. A meu ver, até hoje, muito do que Tim Burton desenvolveu no final dos anos 80 para o universo cinematográfico do Homem-Morcego impactou diretamente na transposição do personagem dos quadrinhos para o audiovisual nas décadas seguintes e eu fui um dos jovens padawans que foram diretamente afetados por essa influência. 


batman o retorno


O logotipo dentro da elipse amarela, o traje todo preto, as bat-traquitanas, o Batmóvel fodão, a Batwing… são tantas referências ao que influenciou os criadores que vieram depois do Burton que vou parar por aqui, antes que esse post vire (novamente) uma ode ao longa de 89.

Faziam alguns bons anos que eu não revia Batman O Retorno e decidi fazê-lo com bastante atenção aos detalhes da produção que, como a primeira, também foi dirigida por Tim Burton e estrelada por Michael Keaton em 1992.

O jovem Rodman já tinha ficado bestificado com o antecessor — e toda a mídia também, já que só se falava em Batman! —, por isso, foi até natural que a sequência do grande sucesso criasse expectativas na galera. O hype era tão alto, que lembro que rolou até matéria no Fantástico da Globo falando do lançamento do segundo filme e eu parei maluco em frente à TV vendo a cena do trailer em que o Batmóvel passa no meio de um engarrafamento arregaçando vários carros que estão em volta. Aquilo me deixou surtado. 


quadrilogia Batman


Além da matéria jornalística, eu lembro também que a Pepsi lançou uma coleção de tampinhas de garrafa com desenhos dos personagens do filme e que concorria a ingressos para a estreia quem juntasse os selos que vinham dentro das tampinhas. 

Rapaz! Eu nem sei de onde saíram essas recordações! Nem sabia que meu HD cerebral ainda retinha essas coisas!

Na história do filme, algum tempo depois de livrar Gotham City da terrível ameaça do Coringa — que só queria matar a população com produtos cosméticos adulterados —, o Batman (Michael Keaton) cai nas graças da Polícia local e passa a incomodar os criminosos da cidade. Agora, boatos sobre um “homem-pinguim” começam a ganhar os jornais como numa lenda urbana, enquanto um empresário inescrupuloso chamado Max Shreck — não confundir com o ogro! — pretende desenvolver uma usina na cidade para garantir o reabastecimento energético e impedir apagões… 


Christopher Walken Batman


Qualquer semelhança com a realidade brasileira atual em que estamos à beira de outro colapso de energia elétrica, é mera coincidência!  

A ideia da usina, claro, é apenas uma cortina de fumaça para que Shreck (Christopher Walken) roube a energia da cidade com um transformador e se torne um acumulador ao invés de um gerador. Ao bisbilhotar os arquivos confidenciais — ôôô loco, meu! — do chefe, a secretária dele, Selina Kyle (Michelle Pfeiffer), acaba descobrindo detalhes técnicos de como a geringonça funciona na verdade e não demora a sacar que naquele angu tem caroço. 


a usina do Shreck


O resultado? 

Ao descobrir os planos malignos do patrão, como todo gato curioso, Selina acaba sendo atirada para a morte do alto do prédio de Shreck, mas em vez de ceifar sua vida, o acidente acaba gerando um sentimento de vingança na moça, que mais tarde decide se tornar a Mulher-Gato.


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Ainda nesse contexto sobre a tal usina — que não sabemos se é hidroelétrica, eólica ou nuclear porque isso não fica claro no roteiro —, Shreck decide pedir auxílio financeiro a Bruce Wayne para a criação da matriz energética e ele se recusa, alegando que Gotham “já tem energia em excesso”

O plano do empresário é tão rocambolesco que eu não me surpreenderia se o Ministro de Minas e Energia brasileiro atual resolvesse aparecer a público com uma ideia parecida para resolver nossa crise de luz! Afinal, planos vilanescos e maquiavélicos de histórias em quadrinhos é a especialidade dessa várzea de governo! 

Para de falar mal do meu Capitão, Rodman, seu comunista!

Ok. Voltamos então ao filme.

É bacana mencionar que, até esse encontro entre Bruce e Max, NADA sobre a vida empresarial do alter-ego do Batman tinha sido mencionado nesse ou no filme anterior. Para o público em geral, ele era só rico e ponto. Os roteiristas não se importavam em nos dizer de onde vinha a fonte de renda do bilionário ou o que ele fazia quando não estava andando fantasiado à noite espancando pobre fodido e doente mental. 

Sobre a Mulher-Gato/Selina Kyle de Michelle Pfeiffer, também levantei alguns pontos curiosos sobre a personagem no filme. Por exemplo... como foi que ela sobreviveu à queda do prédio?


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Dããã, Rodman! Estava nevando! A neve amorteceu a queda… além disso, os gatos que lambem as feridas dela depois da queda lhe deram superpoderes e ela passou a ter sete vidas!

Eu ri, jovem padawan!




Lembrando que, nos EUA, os gatos são melhores que os nossos e eles têm 9 vidas!

Além do mistério sobre a queda de Selina, outro ponto que me deixou curioso, é como ela se tornou uma hábil lutadora que do nada estava chutando estuprador nos becos, dando bicuda no Batman e manuseando um chicote como uma dominatrix sadomasô do dia para a noite?


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Vale lembrar que nada sobre seu passado havia sido nos mostrado na primeira hora de filme e que tudo que sabíamos de Selina era que a coitada não tinha sorte com os homens — e ela mesma reclama disso várias vezes —, tinha a incrível capacidade de fazer um ótimo cafezinho, possuía habilidades hackers — já que ela descobriu a “difícil” senha do computador do chefe — e que era muito distraída, além de curiosa. 

Nada na história nos dizia que ela já tinha sido uma ginasta olímpica ou que tinha trabalhado como domadora de feras num circo, mas se atinarmos a nossa suspensão de descrença e ter fé no Pai que basta botar um colante de látex no corpo para que você instantaneamente ganhe a capacidade de chutar bandido na rua, esses detalhes passam suavemente. 

Foram os gatos, Rodman. Já disse. Eles deram superpoderes à ela!

Nota também para o comentário passivo/agressivo/machista da Mulher-Gato ao fazer sua estreia nas ruas de Gotham e salvar uma mina que está prestes a ser estuprada:

“… você fica facilitando na rua, esperando o Batman aparecer para te salvar…”

Soa quase como um “aí, tá vendo? Se não tivesse saído com essa calça apertada, essa saia curta e esse decote, não tinha sido estuprada! ”.


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Aiai! Ainda bem que o discurso feminista da Selina melhora ao longo do filme!  

Ainda sobre a Mulher-Gato, é inegável que apesar desse filme ter quase 30 anos nas costas, o traje preto brilhante com costuras brancas evidentes é, até hoje, o melhor visual da personagem nos cinemas. Não que o recheio da Pfeiffer dentro dele seja ruim, mas o visual de gata sadomasoquista combina pra caralho com toda a atmosfera gótica e sombria imposta por Tim Burton. Na minha cronologia pessoal, essa Mulher-Gato ainda é a oficial e deveria ter durado mais tempo. 

Além da felina sadomasô, em “Returns”, o Batman ainda tem que enfrentar o Pinguim, que nesse longa, é vivido impressionantemente bem pelo baixinho Danny DeVito. Mais uma vez, a produção de caracterização que já tinha matado a pau no filme anterior com o visual do Coringa do Jack Nicholson, elevou o nível nessa sequência e é realmente possível acreditar que aquele Oswald Cobblepot é mesmo um cara que nasceu com uma deformidade peculiar que o assemelhava a um pinguim. 


Pinguim Danny DeVito


Além da aparência bizarra — com DeVito coberto por quilos de maquiagem e próteses — ser plasticamente assustadora, é importante mencionar que o trabalho vocal do ator também ajudou bastante nesse intuito. Eu nunca tinha assistido esse filme em seu som original e pela primeira vez pude ouvir os rosnados e grunhidos anasalados que DeVito emite antes e depois de algumas frases. Ele realmente interpreta uma criatura sobre-humana e isso causa uma sensação perturbadora durante seus diálogos. 

Apesar dessa representação animalesca fugir bastante ao que o personagem é nas HQs, o Pinguim do cinema ainda é uma das melhores representações dele no audiovisual. Vamos ver o que o Colin Farrell vai conseguir fazer no vindouro "The Batman".

Mais um ponto que levantei sobre Batman O Retorno que eu não tinha percebido se existia também no filme de 89, são as óbvias insinuações sexuais que abundam ao longo da projeção. Num certo diálogo entre Shreck e Oswald, o Pinguim chega a sugerir que quer “entrar nas partes” de sua secretária de campanha para prefeito de Gotham e em outro momento, o personagem dá uma manjada MONSTRA na raba da Mulher-Gato quando ela o procura para propor uma aliança contra o Batman. 

Oswald, aliás, é descrito sempre como um personagem de apetite sexual voraz e é claro seu interesse em sempre levar as mulheres a seu redor para o “abatedouro”, digamos assim. 

Destaque para o “sensual” banho felino que a Mulher-Gato toma na frente do Pinguim, deixando o cara maluco! 


Pinguim e Mulher-Gato


Bacana também sinalizar que Batman O Retorno é uma sequência quase que imediata de Batman, porque além de voltar na história com alguns coadjuvantes como o Comissário Gordon (Pat Hingle) e o Alfred (Michael Gough), eles mencionam um “palhaço” que aterrorizou Gotham anteriormente, fazendo referência ao Joker, o palhaço, o bobo, o Curinga. O próprio Bruce Wayne relata porque seu relacionamento com a Vicky Vale (Kim Basinger) não deu certo, o que nos transmite aquela sensação de continuidade e não de dois capítulos na vida do Batman soltos e isolados. 


Comissário Gordon e Alfred


Em um diálogo com Selina, após o bilionário se sentir atraído por ela — quem nunca! — e a convidar para um jantar em sua mansão, ele comenta que Vicky se sentiu ameaçada por sua vida dupla e que decidiu deixá-lo para trás por não saber lidar com isso. Embora um não saiba a identidade secreta do outro até aquele momento, é interessante nessa cena que ambos falam cheios de metáforas sobre dualidade e como se sentem solitários por não conseguir conciliar secretamente suas duas vidas. 


Selina e Bruce


A química entre Keaton e Pfeiffer é imensamente melhor do que a dele com Basinger no primeiro filme, mas é bem evidente que a Selina Kyle é muito melhor trabalhada do que a Vicky Vale, que era mais um bibelô que vivia em perigo, sendo disputada pelo Batman e pelo Coringa. 

Nesse ponto do enredo, os dois já tinham se encontrado com suas personas noturnas e após trocar socos, estavam cheios de hematomas — ela rasgou o Batman com suas garras e ele jogou um troço incendiário nela! —, e quando começam a dar uns pegas no sofá, sentem os ferimentos gritarem por baixo da roupa. É uma cena bem engraçada. Não dá pra dizer que Keaton é um mau ator e a Michelle está ótima. 


Selina e Bruce


Batman O Retorno é bem melhor do que eu me lembrava e não deixa nada a dever para seu antecessor, apesar das escorregadas óbvias de roteiro e a galhofada super-heroica necessária para a época. A história se sustenta pelo carisma de seus personagens e o talento de seus atores, mas claro que também é sempre bom ver em tela esse Batman live-action com suas bugigangas tecnológicas e máquinas inventivas. 

O filme prende tanto a atenção, que me vi curtindo até coisas bobas como o Morcego dando um rolê de Batmóvel na neve e depois ele sem luvas na batcaverna todo estropiado pedindo um antisséptico para o Alfred após o arranca-rabo com a Mulher-Gato. Esses detalhes não são mostrados no primeiro filme e acrescentam bastante ao universo desenvolvido pelo maluco do Tim Burton. Quase tive vontade de ver o que mais ele tinha em mente para um terceiro filme sob sua batuta.

 

BATMAN ETERNAMENTE


batman forever


Lançado nos cinemas em 1995, Batman Eternamente procurou manter aquecida a “batmania” iniciada em 1989 e para o lugar de Tim Burton — que foi demitido largou o projeto por deixar o clima dark demais para as criancinhas divergências criativas, mas que aparece creditado como Produtor Executivo — a Warner contratou o gabaritado Joel Schumacher de “Os Garotos Perdidos” (1987) e “Um dia de Fúria” (1993). Entre os quatro filmes da franquia, "Forever" fica em segundo lugar nas bilheterias — o longo rendeu 336 milhões nos EUA e perde apenas para o primeiro “Batman”, que faturou 411 milhões — e abre um abismo de qualidade entre ele e tudo que Burton já tinha criado antes disso. 

 

Joel Schumacher


Logo nos créditos iniciais, dá para notar pela diferença de técnica na direção e pela música de abertura que algo de errado não está certo. À frente da trilha sonora agora está Elliot Goldenthal no lugar do já icônico Danny Elfman e ao invés das sombras góticas e dos cenários lúgubres e sujos de Gotham há muito, MUITO neon colorido.

Duas-Caras caricato e histriônico, batmamilos, um Charada com humor excessivo — todo mundo diz que Jim Carrey estava pronto para fazer um excelente Coringa, em vez do Charada —, roteiro fraco, trama rocambolesca… enfim. Batman Forever já apanhou o bastante por mais de uma década por conta desses problemas, por isso, vou me reservar a falar apenas do que eu acabei gostando de relembrar ao assistir o filme. 


Duas-Caras e Charada


Quando se tem 13 anos, é fácil gostar de QUALQUER filme de super-herói, e na época — até por falta de demanda —, é lógico que eu fiquei maluco com o lançamento de Batman Eternamente, a ponto de colecionar figurinhas autocolantes num álbum da Panini, de me reunir com a galera na casa de algum colega de escola para assistir a fita VHS — DIM DIM DIM! Alerta de idade tocando! — e de rever todas as vezes que passava no SBT.

Guardadas as devidas observações, o que eu acabei gostando nessa última revisitada é que Val Kilmer também é um bom Bruce Wayne, embora não seja tão talentoso quanto seu intérprete anterior. 


Val Kilmer Batman


Se como Batman ele se reserva a fazer uma cara meio apalermada embaixo da roupa de morcego — além do biquinho sensual com a boca —, como Wayne, é interessante perceber que ele se esforça para criar uma atmosfera mais séria em torno de seu personagem. 

Todo o longa se baseia em Bruce aprendendo a viver com seus “demônios internos” e o trauma de ter assistido ao assassinato de seus pais ainda na infância. Com o intuito de amenizar seu sofrimento, ele acaba se interessando pela doutora Chase Meridian (Nicole Kidman), a psicanalista à serviço do Arkham que está ajudando a Polícia de Gotham a estudar a mente de “seres fantásticos” como o Duas-Caras — vivido por Tommy Lee Jones, que aparece com parte do rosto deformado logo no início, dando indícios de que ele já é um vilão há algum tempo no enredo — e o próprio Batman.

Embora de maneira meio superficial, o roteiro tenta nos fazer crer que a doutora Meridian é uma perita no assunto psique humana e que ela pode ajudar Bruce a superar seus traumas, já que agora, além de sonhos com a noite da morte dos pais, ele também tem devaneios enquanto está acordado.


Nicole Kidman Chase Meridian


Toda essa vontade de fazer o roteiro parecer que vai ser levado a sério vai pro caralho quando a doutora, em vez de estudar os malucos de Gotham, acaba ficando atraída sexualmente por um deles e começa a se ver dividida entre Bruce e Batman, sem saber que os dois são a mesma pessoa. 

Sério! 

A mulher fica muito na fissura! Num grau que ela acaba agarrando o Morcego no meio de um quebra-pau para lhe roubar um beijo. Depois disso, ela ainda marca um encontro noturno com ele em sua casa e o recebe coberta apenas por um lençol! 


Nicole Kidman Chase Meridian


Mano! É muito tesão em caras de colante com batmamilos! 

O “triângulo amoroso” Chase/Bruce/Batman é uma das poucas coisas que causa alguma tensão sexual nesse filme — isso se você não curte o close na bundinha do Batman quando ele veste a roupa —, mas fica claro que é muito pouco aproveitado por falta de tempo de tela… afinal, a trama maluca envolvendo dois super-vilões engraçaralhos que querem “roubar a inteligência” das pessoas de Gotham e a introdução do Robin na história precisa andar.


close na bundinha do Batman


Outra coisa que acabei achando interessante nesse terceiro filme é a engenhosidade técnica que Schumacher — e sua equipe de produção — usa nas cenas mirabolantes de ação. De um modo geral, as sequências não empolgam e as lutas nem são tão bem coreografadas quanto eu me lembrava que eram, mas todos os cenários e as armadilhas que o Duas-Caras e o Charada criam para foder o Batman — e não estou falando literalmente, claro! — são muito bem elaborados, além de que a tecnologia visual usada para a época é até bastante convincente.    

Apesar de não ter Danny Elfman comandando a trilha sonora, convenhamos que uma das melhores coisas do filme é a música do Seal, “Kiss from a Rose”!



♫ Ba-da-da, ba-da-da-da-da-da, ba-da-da

Ba-da-da, ba-da-da-da-da-da, ba-da-da

Theeeeere used to be a graying tower alone on the sea

Yooooou became the light on the dark side of me...♪


BATMAN & ROBIN


Batman & Robin


E chegamos à pá de bosta cal que enterrou a franquia Batman por anos no cinema: o infame Batman & Robin.

Outra vez dirigido por Joel Schumacher, o quarto filme do Homem-Morcego foi lançado em 1997 e faturou a menor bilheteria entre eles, apenas 238 milhões


Joel Schumacher


Como fiz no tópico anterior, vou me ater a falar mais das coisas boas dessa produção, até porque, as más já foram repetidas incansavelmente todo esse tempo. 

Rodman, você considera Batman & Robin o pior filme de super-heróis de todos os tempos?

Nem de longe, jovem padawan! 

A meu ver, ele está no mesmo nível de Batman Eternamente e é bem superior a algumas bombas da própria Warner como Lanterna Verde (2011), Jonah Hex (2010) — que eu nunca vi, mas acredito em vocês que dizem que É UMA BOSTA! — e, claro, a Mulher-Gato (2004) com a Halle Berry. Até mesmo na Marvel tem coisa pior, tipo, Elektra (2005), Motoqueiro Fantasma (2007), Justiceiro 2 (2008), etc, etc.

Sobre o que eu gostei… 

O plot da doença do Alfred — ainda vivido por Michael Gough — é um ponto bastante sensível no roteiro e mesmo quase perdido em meio a toneladas de efeitos visuais discutíveis e cenas de ação “firulescas”, é algo que dá algum valor à história.

O mordomo britânico é a única figura paterna da qual o herdeiro dos Wayne se recorda desde criança, portanto, é saudável questionar o que mudaria em sua vida e na de seu alter-ego se o velho companheiro adoecesse e morresse?  


Alfred Michael Gough e Bruce Wayne George Clooney


Essa pergunta não é respondida no filme — até porque o véio não morre —, mas cria uma atmosfera melancólica e nostálgica à relação entre Alfred e Bruce que dá uma profundidade à narrativa rasa. George Clooney está sempre com aquele ar canastrão na cara e parece difícil exigir alguma dramaticidade sua em cena, mas mesmo assim, é possível enxergar um valor "roteirístico" ao filme enquanto os dois personagens vão se lembrando do passado em que interagiram pela mansão Wayne durante a infância de Bruce. As cenas em flashback quase funcionam como uma despedida antecipada, nos fazendo mesmo acreditar que o mordomo vai partir dessa para uma melhor.   

Dá pra ver uma relação de pai e filho ali, algo que Wayne se lamenta por não poder transmitir da mesma maneira para  Dick Grayson (Chris O’Donnel), o garoto órfão que ele acolheu em sua casa no filme anterior, após o assassinato de seus pais. O tema paternidade é bastante recorrente em Batman & Robin, mas claro que podia ter sido feito com bem mais capricho.


Robin Chris O'Donnel


E os vilões?

Ah, os vilões!

Deus do céu!

Desta vez, Gotham City está sendo ameaçada por um bad guy de coração gelado — piadinha ruim a nível do filme! — chamado Sr. Frio que começa a saquear tudo quanto é joalheria para obter diamantes — ou seriam cristais? Eu não lembro! —, peças fundamentais tanto para o funcionamento de sua armadura tecnológica congelante quanto para o equipamento que ele imagina poder salvar a vida de sua esposa, que sofre de uma doença rara — curiosamente, a mesma da qual padece Alfred.


Mr. Freeze Arnold Schwarzenegger


Entre os vilões do Batman, Victor Fries é um dos que tem o background mais trágico. No início, contrariado, ele entra para a criminalidade no intuito de custear sua constante busca de encontrar a cura para a esposa Nora, mas nunca consegue. No filme, no entanto, é claro que a gente não vê nem uma fração dessa carga dramática, já que ele está sendo interpretado por Arnold Schwarzenegger — que não é muito conhecido por seu talento interpretativo — e uma vez que além das limitações de seu intérprete, o roteiro coloca Fries no papel de mais um vilão mauzão e engraçadão que só congela as pessoas enquanto solta piadinhas vergonhosas. Pouco drama e muita comédia, algo que é mais o forte do Schwarzzas. 


Mr. Freeze Arnold Schwarzenegger


Até a animação da Harley Quinn, que é galhofa pura e focada no humor negro, soube tratar melhor o personagem no quesito seriedade!

Apesar da caracterização comportamental do personagem destoar bastante do que conhecemos dele nos quadrinhos, devo salientar que o traje metálico “tunado” e a maquiagem de Arnold lhe dão um tom ameaçador, o que lhe concede, sobretudo, um dos melhores visuais de vilões entre todos os quatro filmes. Essa armadura é bem melhor do que aquela jarra de vidro que ele usa na cabeça nas animações e nos gibis! 

A Hera Venenosa de Uma Thurman é burocrática, mas não chega a decepcionar, uma vez que ela faz no filme exatamente o que a personagem era destinada a fazer na maioria das histórias em quadrinhos que aparecia na época: seduzir homens para atingir seus objetivos. 


Pamela Isley Uma Thurman


Basicamente, a Hera age assim o filme todo e só não consegue usar seus poderes "feromonais" quando tem que enfrentar no mano-a-mano — ou no mina-a-mina — a Batgirl (Alicia Silverstone) depois que a garota integra a bat-família já no terceiro ato da trama.

Aiiiiiin, credo, Rodman! Ela é muito magrela! Não tem peitão, não tem coxão… como pode achar ISSO bom?

Convenhamos que nenhuma adaptação de personagem feminina extraída dos quadrinhos para outras mídias faria jus ao que era na época, colega! 

Estávamos em plenos anos 90. A Era da punheta! As heroínas, vilãs e até as coadjuvantes eram desenhadas GOSTOSÍSSIMAS nas HQs e nenhuma mulher real conseguiria se equivaler aquele apelo visual. Nem as mulheres-frutas! O corpo esguio de Uma Thurman nem chega a ser um dos problemas de sua caracterização. 


Hera Venenosa gostosa


O fato é que a personagem é bastante rasa até para um filme como esse. A sua doutora Pamela Isley até chega a insinuar algum tipo de engajamento quanto à causa do desmatamento e da preservação ambiental ANTES de tomar um "banho químico acidental" e se tornar, de fato, a Hera Venenosa, mas depois que ela ganha poderes, ela quase não faz nada para provar o seu ponto e REALMENTE proteger a flora e o meio ambiente da ação humana. Tudo que ela faz é usar o Bane ogro — que só rosna e repete frases — como aríete para bater nas coisas e causar rivalidade na dupla dinâmica que, obviamente, fica seduzida pelos encantos da ruiva. 

Nem mesmo o plot de "doutora ingênua que quer salvar o mundo e que vê suas convicções soterradas pela ganância de empresários malignos" se sobressai mais que dois minutos na história e ela se torna uma personagem bem vazia no final das contas. Uma pena, porque, apesar de tudo, Thurman encarna muito bem o lado femme fatale da Hera. 

O momento de redenção do Sr. Frio no final e seu reencontro no Arkham com a Pamela Isley fecham os poucos momentos bons desse filme e apesar do saldo parecer negativo se fizermos uma média entre prós e contras, a meu ver, Batman & Robin ainda rende bons momentos de entretenimento se o consideramos como um produto feito para a molecada se divertir e apenas isso. 

Sei lá… o Rodman de 13 anos ia achar um barato o Robin descendo do céu de “skate” voador gritando “Cowabanga! ” — ou “ah, eu tô maluco!” na dublagem brasileira! — e ia se sentir compensado no close da bundinha da Batgirl na hora dela vestir a roupa de heroína. 


Batgirl Alicia Silverstone


P.S. – Eu tinha verdadeira paixão na Alicia Silverstone na época de “As Patricinhas de Beverly Hill” e assistia sempre que passava na Sessão da Tarde.

P.S. 2 - Parecia algo incrível de se imaginar há alguns anos, mas Michael Keaton vai mesmo voltar a interpretar o Batman/Bruce Wayne numa produção da Warner/DC. O cara retorna ao papel que consagrou (e amaldiçoou) sua carreira no filme solo do Flash que deve ser lançado nos próximos anos. Ele seria um velho Bruce Wayne rabugento excelente em uma adaptação de Batman do Futuro, nénão? 

NAMASTE!   

11 de janeiro de 2021

O Snyder Cute é tudo


 

Aiiin, Rodman! Você só posta coisas sobre a Marvel, só fala da Marvel, seu marvete safado!

Atendendo a inúmeros pedidos, depois de um longo período, eu finalmente vou falar de DC...

Falar mal, é claro, porque hoje vamos destrinchar todas as polêmicas, tretas e viagens do diretor mais visionário da face da terra e seu infindável projeto Zack Snyder’s Justice League!

Siga-me os bons!


É importante relembrar que toda a saga de Zack Snyder para dar luz àquilo que ele chamava de “seu corte” começou depois que as críticas ao filme Liga da Justiça (2017) passaram a ficar cada vez mais mordazes pela imprensa e pelo público. Snyder tinha sido colocado à frente do projeto para levar aos cinemas a equipe de super-heróis mais importante dos quadrinhos — Chupa, Vingadores! — pela própria Warner Bros., mas precisou se afastar devido a morte de sua filha de 20 anos no período das filmagens. Como uma medida paliativa e para que o filme não acabasse sendo engavetado com a saída de seu diretor, a competente equipe do estúdio do Pernalonga escolheu ninguém mais ninguém menos do que Joss Whedon para substituir Zack.

“O Josueldon fez aquela equipe mequetrefe lá da Marvel render mais de 1 bilhão de bilheteria... é claro que ele é a escolha certa para dirigir um filme da MAIOR EQUIPE DE SUPER-HERÓIS DO UNIVERSO!” (Executivo da Warner, em reunião emergencial).

Whedon tinha se desentendido com os manda-chuvas da Marvel Studios após dirigir Vingadores – A Era de Ultron e saiu putinho, batendo a porta. Foi dito na época que o “casamento” entre ele e a Marvel tinha se desfeito por conta de diferenças criativas, mas rolavam boatos fortes de que o diretor teria assediado moral e sexualmente alguns membros da equipe de produção por trás das câmeras e que ele havia agido de maneira sexista e machista por mais de uma vez durante as gravações do segundo filme dos heróis da Marvel. Nada foi comprovado e nenhum outro comentário sobre isso foi tecido entre 2015 — ano do lançamento de A Era de Ultron — e 2016 — ano em que Zack Snyder foi obrigado a se afastar de Justice League, deixando o posto para Whedon — o que permitiu a contratação do novo diretor de fama duvidosa.


Ainda na época, chegou a ser dito que o trabalho de Whedon seria basicamente conectar as pontas soltas deixadas por Snyder na direção e que a maioria das cenas já tinham sido filmadas, mas logo depois a boataria começou a correr solta sobre refilmagens, substituição do compositor da trilha sonora, remodelagem nos efeitos visuais e até mesmo mudanças no roteiro. O que antes seria só uma medida paliativa para salvar a produção, acabou se tornando um projeto praticamente novo e o filme antes imaginado por Zack Snyder foi recosturado, fato esse que desagradou completamente os devotos fãs fervorosos do visionário.

O público se dividiu. Enquanto alguns saíam do cinema com uma boa impressão do que haviam visto na tela, outros caíram matando em críticas ao que Joss Whedon fez ao filme anteriormente PERFEITO na cabeça de Zequinha da Galera, e foi aí que começaram os pedidos para que a Warner lançasse o tal “Snyder Cut”.

Igualmente insatisfeito com o que viu seu filme PERFEITO se transformar, Zack Snyder começou a incitar seus fãs a exigirem que o seu corte fosse lançado como uma versão alternativa à que foi ao cinema, e o cara despirocou nas redes sociais, postando sem parar fotos e vídeos do que era para ter sido a sua versão de Liga da Justiça. Daí para frente, amigo... não tivemos mais um só dia de paz! Toda hora era uma manchete nova:

“Zack Snyder mostra visual alternativo do Superman

“Zack Snyder publica frame de um segundo da barata que passa num canto na cena em que o Flash salva Iris West

“O visionário mostra a cueca usada por Ben Affleck durante as gravações”

“Polêmica: ‘O meu Superman jamais perderia tempo salvando pessoas! ’, diz Zack Snyder, para delírio de seus fãs nas redes sociais”.

Exceto os devotos fãs do cara, ninguém mais estava aguentando a insistência de Snyder em um projeto que visivelmente havia sido um fracasso para o estúdio da qual ele era, além de diretor, também produtor executivo. Justice League tinha rendido à Warner US$ 657,9 milhões — com um orçamento de US$ 300 milhões — e ficou bem abaixo das outras produções da DC também dirigidas por Snyder, como Batman V Superman (2016) e Man of Steel (2013). Era bem óbvio que os picas grossas do estúdio não queriam mais saber do filme e que desejavam apostar em uma direção menos “dark” e mais fantasiosa — algo mais Marvel! — para seu DCU, o que acabou se mostrando um acerto, visto que Mulher Maravilha (2017) e Aquaman (2018) foram bem nas bilheterias, por coincidência ou não, largando de mão o jeito zacksnyderiano de se fazer filme.


Por mais de uma vez a Warner Bros. se pronunciou por meio de seus executivos alegando que não tinha interesse em lançar uma versão de diretor da Liga da Justiça, e por muito tempo achou-se que nem mesmo EXISTIA uma versão do filme não-finalizada por Snyder. Foi aí que em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, a hashtag #releasetheSnyderCut tomou as redes sociais do mundo — e de outros universos também. Até o Darkseid tweetou em sua conta oficial! — e aquilo que antes parecia impossível, começou a tomar forma.


Os executivos da Warner
voltaram atrás e o anúncio foi feito pelo próprio Zack Snyder em sua conta no Twitter. Com Mulher Maravilha 1984 engavetado — na época — e mais nenhum lançamento na manga para o ano devido a pandemia, a turma do Pernalonga decidiu injetar o valor inicial de US$ 30 milhões na versão não-finalizada do visionário e o Snyder Cut começou a ganhar vida.
 


 

INCONGRUÊNCIAS

Vale lembrar que uma versão do diretor costumeiramente é feita com cenas não adicionadas no corte original do filme que foi para o cinema e nós já tivemos vários exemplos disso, como nas várias versões do diretor de Blade Runner — de Ridley Scott — e o próprio Superman de 1978, filme que foi originalmente dirigido por Richard Donner — tanto o primeiro quanto o segundo —, mas cuja parte 2 acabou saindo creditada a Richard Lester, por conta de desavenças entre Donner e o estúdio.

No caso do Snyder Cut, com todas as notícias que saíram após o anúncio do investimento milionário no projeto, é bem evidente que não havia mesmo uma versão do diretor já filmada e cujas cenas apenas não tinham sido aproveitadas por Joss Whedon. O tal “Snyder Cut” era na verdade a ideia que Zequinha tinha em sua cabeça para o filme e que nunca tinha sequer sido gravada, daí a necessidade dos US$ 30 milhões da Warner. Tanto é verdade, que não demorou para que o próprio diretor viesse a público falar sobre gravações extras — usando inclusive parte do elenco — e novas inserções digitais. Quem ironizou muito bem a ideia desse corte do diretor, foi o roteirista Dan Slott em uma postagem:

“Eu tenho um corte do diretor de um filme que quero lançar. O filme está pronto. Totalmente pronto. Na minha mão. Ele existe. Um filme completamente real e tangível. Eu só preciso de US$ 70 milhões de dólares para refilmagens”

Sim, amiguinhos!

Aqueles US$ 30 milhões iniciais inflaram para US$ 70 milhões posteriormente e não se admirem caso esse “projetinho” acabe custando aos bolsos da Warner mais de US$ 100 milhões em algo que começou como um capricho de um diretor mimado.

Nada me tira da cabeça que o Zack Snyder deve ter fotos comprometedoras de algum executivo de alto escalão da Warner! Só isso para explicar tanto poder dado a alguém que tinha sido DEMITIDO da empresa!

Eu também sei alguns segredinhos sujos do meu ex-patrão... será que ele me dá US$ 30 milhões para eu terminar o projeto de um filme que eu nunca sequer comecei? Será?

EFEITOS VISUAIS REFEITOS

Um dos motivos de piada da versão original de Liga da Justiça foi a horrenda remoção digital do bendito bigode de Henry Cavill para as refilmagens do filme. Na época, o ator estava gravando também Missão Impossível – Efeito Fallout e ostentava um belo bigode, algo que era imprescindível — sei lá porquê! — que ele não tirasse da caracterização de seu personagem "August Walker", segundo o estúdio do filme. Whedon achou que não seria de bom tom que o Superman surgisse barbudo e bigodudo em cena e isso acabou custando US$ 25 milhões à Warner, que contratou o sobrinho "disáiner" de alguém para fazer os efeitos visuais. 

Quem poderia imaginar um Superman barbudo, não é mesmo?


Resultado? Uma bizarrice sem tamanho que gritava aos olhos em IMAX.



Zack Snyder, ao reassumir a direção do filme, decidiu de imediato que não iria usar NENHUMA cena adicionada por Joss Whedon — para manter a perfeição de seu projeto, a primazia de sua obra única —, mas em vez de tirar um bigode que custa US$ 25 milhões, ele quis ir além. Segundo o diretor, muito do que veremos na tela será inédito e feito totalmente do zero:

“Eu estava conversando com Tamara Watts Kent, a minha produtora de efeitos visuais, e estávamos falando sobre as atualizações do filme. O fato é que cerca de 80% dos efeitos nunca foi visto por ninguém além da equipe. E nem estou incluindo as cenas que foram regravadas… O filme está emocionante. Mal posso esperar para que todos testemunhem o quão grande será essa experiência.” 
  

Mano... 80% dos efeitos... 80% DOS EFEITOS!

O cara refez praticamente tudo e ainda tem coragem de chamar essa $@@#% de “cut”.

Uma coisa que me deixou curioso é: se o Zequinha da Galera não vai usar as cenas dirigidas por Whedon, como ele vai fazer com o Henry Cavill bigodudo? Ou o Henry Cavill bigodudo jamais existiu e faz parte de um universo paralelo acessado pelo Flash e... Hã... esquece!

RAY FISHER PUTO DA CARA!

Um dos atores do elenco original de Liga da Justiça que mais criticou a versão de Joss Whedon foi o intérprete do Ciborgue / Victor Stone, e isso não se deve somente ao fato de que seu personagem se tornou praticamente irrelevante ao corte final, sendo que ele era mencionado como o “coração” da versão snyderiana. O fato é que Ray Fisher acusou Whedon de anti-profissionalismo durante sua passagem conturbada pela direção do filme e entre outras coisas, falou que o tratamento do cara para com a equipe era “nojento, abusivo, pouco profissional e completamente inaceitável”.




Em postagens bastante mordazes nas redes sociais e em entrevistas sobre o filme, Fisher alegou mais de uma vez que tinha sido destratado por Whedon no set e que tinha provas contundentes do que estava falando. Comentou também que os produtores Geoff Johns e Jon Berg permitiram que Whedon agisse de maneira desrespeitosa com ele, e foi além sobre as provas que tinha em sua posse:

"Demorei dois anos e meio para obter todas as informações necessárias para construir algo forte o suficiente para que as pessoas não pudessem descartá-lo. Nós vamos chegar ao fundo disso tudo. E se alguma coisa que eu disse sobre esse homem for falsa, convido-o de todo o coração a me processar por difamação".

Chamou na chincha!

A treta entre Whedon e Fisher acabou ficando clara no corte final do filme. Além das cenas do Ciborgue que aparecem no trailer do filme e que nunca foram usadas na versão final, Fisher alega que seu personagem teria muito mais profundidade — como o Aquaman... hein? hein? profun... deixa pra lá! — e que ele havia conversado com o roteirista Chris Terrio sobre a essência que ele gostaria de ver incutida em seu Victor Stone.

“Vamos nos sentar e falar sobre a experiência de ser um negro e vamos chegar a um tipo de acordo. Ele [Terrio] colocou dinâmicas bonitas da sua perspectiva, e apontamos o que ficaria bom, o que poderia ser problemático, especialmente porque o personagem não é só negro mas também deficiente físico".

Apesar de todo esse disse-me-disse, Victor Stone terá cenas de sua origem como jogador de futebol adicionadas ao "novo" Liga da Justiça, porém, a aparição do Ciborgue no vindouro filme do Flash foi cancelada devido todas essas polêmicas envolvendo o ator e as denúncias de assédio.


 
Booyah!

LOBO DA STEPHANIE E DARKSEID

Foi feito um alarde desgraçado por conta da aparição do temível Darkseid no trailer do Snyder Cut e o próprio diretor não parava de falar de como seu vilão era foda e blábláblá... mas o resultado final — pelo menos o que dá para ver no vídeo — não parece fazer jus ao que se esperava. 

Segundo Snyder, o senhor de Apokolips em seu filme será retratado como um "jovem Darkseid" e por isso tem uma aparência diferente da truculência física a que estamos acostumados nas caracterizações do personagem em outras mídias. A meu ver, ficou bem merda! Nem parece que terminaram de renderizar essa animação tosca!



Assim como na versão de Joss Whedon, apesar da aparição de Darkseid no trailer, o grande vilão da história vai continuar sendo o Lobo da Estepe que, obviamente, ganhou uma repaginação em seu visual. Acho difícil que os novos efeitos digitais deem o peso necessário que faltou ao boneco de CGI do primeiro filme, ou que esse Lobo turbinado seja mais convincente que o anterior, mas a nova "peita" do personagem foi elogiadíssima por Zack Snyder que não demorou para arrotar que seu vilão "era assustador demais".




Ui, ui, tirem as crianças da sala que o bichão ralador de queijo é assustador! 

Na boa? Ainda tenho dificuldades para saber qual das duas versões merdas desse personagem merda ficou pior! Vamos esperar para ver como vai ser vê-lo em ação no filme para fazer as devidas comparações. Criticar com mais base é sempre melhor!

Ainda no trailer, é possível ver outro morador de Apokolips de relance, o puxa-saco maior de Darkseid, o temível Desaad. Nenhuma outra informação foi mencionada a respeito desse personagem ou qual será seu papel no enredo, mas tal qual seu mestre, acho bem difícil que seja algo muito maior do que uma aparição especial no meio do roteiro já bastante inflado com várias tramas e sub-tramas dessa colcha de retalhos que é o Snyder Cut.   


CORINGA GANGSTA E SLAAAAAAAADE

Nós sabemos que parte do que mais agrada os fãs de Zack Snyder em seus filmes do DCU é o modo limítrofe como ele encara alguns personagens, em especial aqueles que em outras mídias tendem a ter uma visão mais pacifista e/ou apaziguadora, por isso, para quem compactua com suas ideias “O SUPERMAN QUEBRAR PESCOÇOS É IRAAAADO, LEK! CRACK! CRACK! ”.

A inserção de personagens como o Coringa e o DeathstrokeExterminador ou mais comumente chamado de Slaaaaaaade — em Liga da Justiça desse ponto de vista limítrofe parece ser, de certa maneira, acertada, já que nenhum dos dois precisa necessariamente defender ninguém ou agir de acordo com seu senso de justiça. Eles estão pouco se fodendo para isso! Motivo que os coloca como melhores opções para cair nas mãos do Lek Snyder.


A primeira vez que percebemos que o Coringa tinha algo a ver com o passado do Batman — esse morcego introduzido em
Batman V Superman — foi numa cena na batcaverna em que vemos um traje de um Robin pichado com vários “HA HA HA HA”, o que acabou sendo confirmado pelo diretor do filme, em uma de suas duzentas milhões de postagens no Twitter sobre os extras de BVS. Snyder não só confirmou que o seu Robin era Dick Grayson, como também alegou que o personagem — que nunca chegou a aparecer nesse universo — tinha sido assassinado pelo Coringa. Assim que o Joker Gangsta maloqueiro corintiano sofredor interpretado por Jared Leto em Esquadrão Suicida (2016) deu as caras, várias teorias surgiram sobre seu visual, inclusive que os dentes de metal tinham sido implantados no lugar dos que o Batman teria quebrado no soco após a morte do Robin.

Viagem!



Bem, pouca gente discorda que o Coringa de Leto foi O PIOR CORINGA que já vimos na tela do cinema — e isso nem tem só a ver com o visual tatuado e completamente descaracterizado do Palhaço do Crime —, mesmo assim, o ator estará de volta ao papel para uma ponta no Snyder Cut, fazendo parte, segundo o diretor, de mais um dos pesadelos de Bruce Wayne ao longo do filme. Além dessa informação e da comemoração de Leto por voltar a interpretar o Coringa, mais nada foi anunciado sobre a inserção do personagem que, lembremos, NÃO FAZ parte do filme original.

Dito isso, será que veremos no filme o Coringa macetando um pé-de-cabra na cabeça de um adolescente e esmigalhando seu cérebro em slow-motion enquanto pedaços de seus miolos voam de encontro à câmera? Seria bem a cara do Snyder, né?



Outro ator que comemorou feito pinto no lixo a volta a seu papel foi Joe Manganiello, que postou em sua conta no Twitter o novo visual de seu Slade Wilson para o filme. O Exterminador acabou sendo completamente irrelevante na versão de Joss Whedon, ganhando apenas uma aparição rápida em uma cena pós-crédito de algo que se assemelhava à reunião da Legião do Mal — junto do péssimo Lex Luthor de Jesse Zuckerberg... Mark Eisenberg... Jesse... Sei lá! O carinha lá de Zumbilândia

Antes do projeto ir para as cucuias — pra não dizer “para os caraios” —, era sabido que Manganiello ia repetir o papel do mercenário mais foda da DC no filme solo do Batman, quando a bagaça ainda estava nas mãos de Ben Affleck. Com a restruturação do filme para o que hoje conhecemos como o “The Batman” — com direção de Matt Reeves —, Manganiello ficou desempregado e seu Slade nunca teve mais do que aquela cena mequetrefe que não acrescenta nada em Liga da Justiça.



Já falei aqui no Blog que o Exterminador é um dos meus vilões preferidos da DC e como ele é porradeiro, adora uma espadinha, uma arminha e costuma agir de maneira bem violenta nas HQs, seria o personagem PERFEITO para ser dirigido por Zack Snyder em um filme. Imaginem só aquela cena de BVS em que o Bátema salva a Martha moendo de pancada os soldados do KGBesta só que com o Slade no lugar, podendo fatiar, fuzilar e estraçalhar à vontade seus alvos! Seria fantástico, não é? Aposto que a sua cabeça explodiu tal qual OS MIOLOS DO DICK GRAYSON com essa ideia!

Rodman apoia um filme do Exterminador dirigido por um Zack Snyder sem controle nenhum.


SUPERMAN BLACK

Eu chorei na Morte do Superman... não tenho vergonha de assumir.

A versão dos quadrinhos, claro. A versão do cinema eu até bocejei algumas vezes durante a luta da Trindade da DC contra o Cococalipse.

Uma das coisas mais legais da época da morte e do retorno do Superman — além dos mullets! — foi o traje preto que Kal-El usou enquanto seus poderes eram restabelecidos. Roupas pretas são legais. Eu, como um adolescente na época, “se” amarrava com aquele traje desenhado pelo Dan Jurgens e é bem óbvio que o pequeno Rodman também ia se amarrar em ver algo parecido na tela do cinema.



O mais curioso do verdadeiro motivo da inserção do traje negro tão comentado que “faltou na edição final de Joss Whedon” é que nem o Zack Snyder sabe explicar! Em vez de mandar um “porque eu quis” na resposta quando questionado pela razão de fazer o herói usar a roupa preta no filme, o visionário disse:

“Eu sou um defensor ávido do traje preto. Eu realmente queria o traje preto, fazia sentido para mim porque… o Superman é um personagem que notoriamente nunca cresce. Ele é como uma pedra e tudo apenas é esmagado contra ele. E descobrimos mais sobre nós mesmos tentando mudar aquilo que não pode ser mudado. Isso é o jeito antigo, o velho Superman, enquanto eu sentia que o meu Superman tinha que, em todo o caminho, meio que subir de nível e aprender algo e ser algo diferente, porque no fim, a ideia do que eu planejava era um passo final para o Superman, que era seu retorno real, ou ele chegando ao que eu considero o Superman clássico. Nós não temos ele nesse filme, o Superman clássico. Eu também sinto que o traje preto é um delineador de tempo. Então se você vê um flashback ou flash-forward, ter ele no traje preto te deixa saber onde você está no tempo, porque é algo muito particular desse certo arco. Então eu estava muito animado em usar o traje preto para meio que nos prender em quando ele vai do traje preto para o traje vermelho e azul e então quando ele está no traje vermelho e azul, o que aquilo significa e quando ele volta para ele, o que isso significa? ”

Se você não entendeu porra nenhuma dessa explicação, nós somos dois, colega. High-Five!



Vamos nos ater novamente à visão limítrofe — sim, eu gostei dessa palavra! — que Snyder tem sobre o heroísmo que o Superman representa nos quadrinhos e como essa ameba simplesmente NÃO ENTENDE o simbolismo de um herói que, embora seja mais poderoso que QUALQUER SER HUMANO, entende perfeitamente a sua limitação, e que o fato dele não usar seus dons para ganhar vantagens e/ou abusar da boa-fé da humanidade, o torna o MAIS HUMANO de todos os seres excepcionais com que ele convive.

Dá pra sacar a diferença disso para um cara que simplesmente quebra o pescoço de um inimigo, por mais que isso pareça na hora a única solução?



Um Superman “do jeito antigo”, o “velho Superman”, como cita Snyder em sua explicação, arranjaria milhões de outras formas de deter o descontrole de seu conterrâneo Zod sem que isso envolvesse matá-lo, e é esse altruísmo, essa bondade intrínseca que faz do Superman o que ele é. Um cara com o poder de um deus, mas que age como o mais humano dos humanos simplesmente porque entende o que é ser falho.



Quando Snyder diz que “o Superman não cresce” e que o seu Superman “tinha que, em todo o caminho, meio que subir de nível e aprender algo e ser algo diferente” — embora não saiba concluir seu argumento, confundindo todo o meio de campo em seguida — é o velho Zack Snyder limitado falando mais alto. 



O mesmo cara que só viu a superfície da obra Watchmen e que acha que o seu Batman tem que matar sim e que o seu Superman precisa evoluir, ser “melhor” do que sua versão boazinha e escoteira das HQs. O “velho Superman” é passado. O novo Superman mata, arrebenta uma cidade inteira para deter o vilão e está pouco se fodendo para as consequências de seus atos. Em resumo... o uniforme negro do Superman mostra a verdadeira visão que Snyder tem do personagem, alguém trevoso, alguém desprovido de luz, que não mede o poder que tem em mãos e que usa os mesmos métodos de seus inimigos para vencê-los.

Personagens assim tem aos montes para serem trabalhados. O Superman deveria ser a exceção.  


MULHER MARAVILHA BOLADONA

Patty Jenkins foi uma das poucas pessoas do meio cinematográfico que entendeu o que a Mulher Maravilha deveria simbolizar no mundo dos super-heróis, e a diretora do filme Mulher Maravilha e da sequência Mulher Maravilha 1984 acabou pagando caro por tentar representar a heroína como ela deveria ser nos cinemas.


Recentemente, Zack Snyder publicou mais um material inédito da época de
Batman V Superman e surpreendeu um total de 0 pessoas ao mostrar que não entende os personagens que tem em mãos. A imagem exibida por Snyder seria a versão original da foto que causa todo o reboliço no roteiro de BVS entre Diana Prince e Bruce Wayne — aquela com a personagem perfilada com seus colegas na Primeira Guerra Mundial — e nela, Diana aparece ao lado de outros “colegas” ostentando como troféus três cabeças humanas a tiracolo.



A explicação de Snyder soa ainda mais ofensiva que a do traje negro do Superman, mas é mais inteligível:

“Mulher-Maravilha 1854 – Essa imagem incrível tirada por Stephen Berkman de um universo alternativo, mostra uma Diana cansada pela guerra, que perseguiu Ares pelos campos de batalhas ao redor do mundo, e ainda não havia conhecido Steve, que a ajudaria a restaurar sua fé na humanidade e no amor.”

“... uma Diana CANSADA pela guerra...”, mas que ostenta CABEÇAS HUMANAS como símbolo de “quem manda aqui é nóis, mano! ”. Entendi. Ok.

Nem é preciso dizer que a imagem acabou causando mal-estar nos fãs da personagem, em especial pela maneira brutal com que a princesa guerreira é retratada.

Aiiiin, Rodman! Deixe de ser pau no cu, seu pau no cu! O Zéquinha lindo disse que essa Mulher Maravilha — essa rachada HOR-RO-RO-SAAA — faz parte de um universo paralelo. Ela não é a mesma dos filmes!

Hmmm... não faz sentido nenhum, jovem padawan! Se é de um universo paralelo, por que causa, motivo, razão, circunstância a Diana iria hackear os computadores do Bruce Wayne só para recuperar a foto dela pagando de Maria-Bonita? Enfim...

Quem acabou dando uma “voadera” com os dois pés no peito do Zéquinha da Galera acabou sendo a própria Patty Jenkins, que defendeu sua visão da Mulher Maravilha para os filmes, falando ainda sobre a interferência que a Warner tentou criar durante a produção do primeiro filme:

“Mulheres não querem ver isso. Ela sendo rude, durona e cortando a cabeça das pessoas, não é isso que deve ser – eu sou uma fã da Mulher-Maravilha e não é isso que estamos procurando. Ainda assim, eu podia sentir aquele nervosismo instável da parte deles sobre o meu ponto de vista. ”

Em tempos, vale lembrar que Jenkins alegou recentemente que o terceiro ato de seu filme de 2017 foi inteiro roteirizado por imposição do estúdio, que cismou que deveria haver uma grandiosa batalha entre Diana e Ares.



Grandiosa mesmo! Grandes merdas de sequência!

A briga entre os dois é uma das piores coisas do filme e até mesmo Jenkins admite que ninguém gosta daquela sequência e que ela acabou sendo obrigada a ceder ao que o estúdio queria. 

Além do estúdio que quis forçar uma visão mais agressiva da Mulher Maravilha, quem também tinha planos para um lado mais sombrio da personagem era o próprio Zack Snyder, que tinha escrito um roteiro para o final de Liga da Justiça em que Diana decapitava o Lobo da Estepe — a ilustração abaixo mostra a ideia de Snyder. Patty Jenkins parecia ser a única lúcida o suficiente na Warner e também a única capaz de entender a verdadeira essência da Princesa das Amazonas. O resto queria mais é ver a principal personagem feminina das HQs arrancando cabeças no cinema!

Aiiiin, Rodman! Deixe de ser recalcado! Nos quadrinhos a Diana é uma guerreira ela mata geral mesmo... trucida, esquarteja! Mimimimi! Quem lacra não lucraaa!



Pois é... após o advento dos Novos 52, a Princesa das Amazonas ficou resumida a essa bárbara boladona que usa mais a espada como arma do que o laço da verdade e que não perdoa os inimigos. A molecada de hoje em dia nem sequer ouviu falar da Mulher Maravilha justa, altruísta e bondosa recriada pelo George Pérez na década de 80. Uma pena!



FICA OU NÃO FICA?

Todo mundo sabe que as decisões da equipe preparada e absoluta da Warner Bros. são tomadas ao sabor do vento que está soprando na hora, não é mesmo? Por isso, ainda é cedo para dizer se Zack Snyder vai continuar ou não à frente do DCU — ou seja lá como esse troço se chama hoje em dia — após o esperado lançamento do Zack Snyder’s Justice League. É bem claro que a simples ideia de um novo filme do diretor movimenta o mercado cinematográfico, seja para o bem ou para o mal, e que o nome do cara já se tornou sinônimo de hype. Falem bem, falem mal, falem de Zack Snyder!



Em publicação recente, o cara disse com todas as letras que não tem interesse em continuar na Warner / DC após o lançamento do filme, e que não vai dirigir mais nada para a companhia pelos próximos anos — toca aquela música aí que ele tanto adora... "Hallelujah"! A Warner, tal qual a vida, é uma caixinha de surpresas, mas por ora, também parece satisfeita com as participações do visionário.

A pergunta é: E se Zack Snyder’s Justice League for um sucesso retumbante e arregaçar com os servidores da HBO Max com zilhões de acessos? E se a versão do diretor mais amado do mundo empanturrar o cu do Pernalonga de tanto dinheiro, fazendo com que os acioni$ta$ da Warner queiram que o Zequinha retorne no futuro, quem sabe, para um Justice League 2, 3 e 4? Será que ainda assim ele não retornaria? Será que mesmo com os executivos implorando em sua porta, ainda assim ele vai queimar as fotos comprometedoras que tem guardadas na gaveta e desistir de ganhar mais dinheiro? Duvido!



O ano é 2021... e em algum momento desses 12 meses nós iremos assistir essa tão aguardada obra-prima dos deuses da cinematografia, que será exibida como uma série de 4 partes no serviço de streaming exclusivo da Warner, o HBO Max e no Torrent mais perto da sua casa, e é claro que eu estarei lá para me regozijar... ou não!

Devo confessar que eu não lembro o que eu tinha fumado na época que escrevi o review de Joss Whedon’s Justice League... mas eu falei BEM do filme na maior parte do texto! Que loucura! Eu devia estar sob efeito de psicotrópicos, não é possível! Já revi o filme umas duas vezes depois da primeira no cinema, e atualmente acho tudo uma MERDA... exceto a luta da Liga contra o Superman... essa eu ainda acho maneira... apesar do queixo redigitalizado escrotamente do Henry Cavill!

P.S. – O post acabou ficando mais imenso que a jiromba do Kid Bengala, mas eu esqueci de citar que quem também deve dar as caras na nova versão REMASTERIZÁITION de Liga da Justiça é o Caçador de Marte Ajax e o próprio Zéquinha da Galera mostrou algo parecido com o visual do marciano em seu Twitter. Nada foi confirmado sobre a participação de Harry Lennix, o ator que interpreta o General Swanwick em Man of Steel, e que seria a forma humana em que J’onn J’onzz estaria disfarçado na Terra, mas é provável que ele faça uma ponta. Tem que justificar esses US$ 70 milhões aí, amigo! Quié... lavagem de dinheiro essa porra?



P.S. 2 - Recentemente Zack Snyder comentou que é um grande fã de Frank Miller e que se fosse dirigir um filme para a Marvel — deusulivre! —, gostaria que fosse algo baseado na graphic novel Elektra - Vive do autor. Taí... seria algo que se encaixa no perfil dele... desde que ele se limitasse à Elektra e não fizesse o Demolidor sair matando todo mundo... igual o Miller fez em O Homem sem Medo! Heheheh! Falando em Frank Miller, como um bom fã do autor, será que Snyder já leu essa página de O Cavaleiro das Trevas??



NAMASTE!

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