Parece que a novela para escolher
quem, afinal, vai assumir a direção do novo Star Wars (a ser lançado em 2015)
finalmente terminou, e J.J. Abrams é o novo escolhido. A notícia explodiu feito
uma bomba no mundo Nerd, e levantou uma questão muito importante: Se J.J.
Abrams já é o responsável pela revitalização de Star Trek, como ele também será
responsável pelo universo de Star Wars?
Depois que Star Wars – Episódio III
– A Vingança do Sith chegou aos cinemas em 2005 e que George Lucas, a mente
criativa por trás de tudo (ou quase tudo) relacionado aos preceitos da Força,
Jedis, Siths e afins, anunciou que aquele era o último filme da franquia,
ninguém mais sequer mencionava qualquer possibilidade de haver novos capítulos
na saga da família Skywalker, e parecia mesmo que Star Wars estava morto e
sepultado nos cinemas.
Tudo mudou, no entanto, no final
de 2012, quando a Disney anunciou a compra da Lucas Film (e todas as empresas a
ela relacionadas como a ILM, por exemplo) e já de imediato confirmou um novo
filme para a franquia Star Wars, o que deu novo fôlego ao universo até então
monopolizado por George Lucas. Agora, Star Wars e todos os seus personagens
estão nas mãos da Disney, e muito tem se especulado sobre o destino da
franquia, desde que Leia se tornará uma Princesa Disney até que teremos novos
filmes com os “fofos” ursinhos Ewoks na Lua de Endor.
Mas e aí?
O que podemos esperar de Star
Wars agora que J.J. Abrams assumiu a batuta da direção?
Eu conheci o trabalho de Abrams na
série LOST, e de lá pra cá, devido meu vício na história da ilha e de seus
sobreviventes, acompanhei praticamente todas as iniciativas do diretor, seja no
cinema ou na TV, esperando que ele pudesse me surpreender novamente. De fato,
excetuando talvez Fringe que comecei a acompanhar, mas que não conseguiu me
agradar, tudo aquilo que teve envolvimento de Abrams caiu no meu gosto, e mesmo
sua estreia nos cinemas como diretor em Missão Impossível 3 (2006), que a meu
ver, é o mais bem executado da franquia de ação protagonizada por Tom Cruise, foi
bem melhor do que se esperava para um diretor “novato”.
Depois de MI:3, Abrams ainda produziu
o melhor filme de handcam depois da Bruxa de Blair para os cinemas, e em 2008 O
Monstro de Cloverfield surpreendeu a todos com um excelente trabalho de
marketing viral em torno do tal “monstro” do título.
A estrela de Abrams continuou a
brilhar, e em 2009 J.J. foi chamado para encabeçar uma missão ousada:
Revitalizar o universo de Star Trek para os cinemas.
Star Trek, assim como Star Wars,
possui gerações de fãs mais do que devotos, e muito disso foi construído ao
longo das décadas, com a popularização da série clássica de TV dos anos 60. Mexer
com um universo tão adorado e defendido por tantas pessoas era perigoso, mas
J.J. assumiu o risco, e em 2009 lançou Star Trek, o filme que renovou o público
do antigo seriado e que causou a ira de trekkers mais agressivos, por modificar
elementos considerados cânones para a historiografia de ST.
Mas tudo bem, gente. O filme se
passa em um universo paralelo. Sem ataques de pelancas, por favor!
Mesmo antes de saber que havia
uma rixa entre Trekkers e os fãs de Star Wars, eu sempre tive preferência pelo
mundo criado pelo Tio Lucas, até porque nunca havia assistido Star Trek na
vida (não era da época do seriado da década de 60, e não ligava para a Nova
Geração dos anos 90) e achava os sabres-de-luz muito mais bacanudos do que aqueles pijamas coloridos usados pelos tripulantes da Enterprise ou a orelhinha pontuda do Spock. O filme de
2009, no entanto, me acertou em cheio no quesito empolgação, e me deu certo
interesse em querer saber mais da história daqueles personagens da qual eu
sabia tão pouco. De repente eu era o público da revitalização de ST.
O segundo filme dessa nova
empreitada (Star Trek – Into Darkness) está a caminho, e estreia em Maio, mas
como ficará a agenda de J.J. Abrams, uma vez que está também em suas mãos um
projeto para um 5º filme de Missão Impossível, uma terceira parte de ST e agora
o 7º filme de Star Wars?
Quanto ao talento do diretor não
há o que se temer. Desde muito cedo o cara trabalha com cinema, tem experiência
com ficção científica (Fringe e Star Trek), sabe criar como ninguém mistérios, e
ninguém discute sua capacidade em manter um público interessado por um produto
seu por mais de 6 anos. Ou alguém desmereceu tudo o que LOST criou ao longo dos
anos só por causa de seu final, que para muitos, deixou a desejar?
É certo que LOST não teve a marca
de Abrams até o final, mas muito da magia que ele criou para a série do
canal ABC foi respeitado por seus seguidores Carlton Cuse e Damon Lindelof.
E porra! LOST é até hoje a melhor
série que já foi transmitida pela TV. Como fã, estou revendo pela 4ª vez
a série, e me vejo surpreendido e extasiado por alguns episódios da mesma forma
que da 1ª vez. Que outro programa consegue isso?
Depois de Star Trek, Abrams ainda
teve a chance de trabalhar em um filme produzido por ninguém menos que Steven
Spielberg, e Super 8 é quase uma obra autoral, que fala muito sobre a vida do
próprio diretor, apesar do climão “Spielberguiano” que permeia toda a história
do começo ao fim.
Assisti Super 8 recentemente, e
me vi surpreendido pelo filme. Toda a narrativa, a história dos personagens e o
mistério que envolve um gravíssimo acidente de trem, nos deixa ligados aos adolescentes do enredo, e não há como não perceber alguns elementos de Abrams no filme,
mesmo que envoltos pelas características de Spielberg.
Com uma carreira onde os acertos
são mais notórios do que os erros ou deslizes, J.J. Abrams se torna mais do que
apto para apresentar Star Wars para uma nova geração de nerds, e cabe a nós
torcermos para que ele consiga dividir bem seus trabalhos, não trazendo
influências de Star Trek para Star Wars e vice-versa.
Se ele não conseguir, pela primeira vez em muitos anos,
a “profecia” de Martin McFly em De Volta para o Futuro estará bem próxima de se
realizar:
Darth Vader do planeta Vulcano!
Se J.J. Abrams conseguir ressuscitar Star Wars com qualidade, apagar a má impressão que deixou a última trilogia de George Lucas, e mais ainda imortalizar de vez a franquia Star Trek nos cinemas, o diretor tem tudo para se transformar em pouco tempo no deus Nerd, dando de braçada em Christopher Nolan e em Zack "O Visionário" Snyder.
Se J.J. Abrams conseguir ressuscitar Star Wars com qualidade, apagar a má impressão que deixou a última trilogia de George Lucas, e mais ainda imortalizar de vez a franquia Star Trek nos cinemas, o diretor tem tudo para se transformar em pouco tempo no deus Nerd, dando de braçada em Christopher Nolan e em Zack "O Visionário" Snyder.
Vida longa e próspera, e que a
Força esteja com J.J. Abrams! Ele vai precisar!
NAMASTE
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