Houve uma época em que os super-heróis dos cinemas e da TV
eram interpretados por atores que acabavam se tornando SINÔNIMOS de seus
personagens. Superman era Christopher Reeve, a Mulher Maravilha era a Lynda
Carter e o Batman era o Adam West. Hoje tanto Hollywood quanto os estúdios de
TV tem uma ENORME dificuldade em achar nomes novos para interpretar as figuras
coloridas que saltam aos montes das páginas das HQs para a “vida real”, e os
nomes praticamente vão se revezando entre papeis e estúdios. A ideia desse TOP 10
20 é relembrar os principais atores e atrizes que já viveram (estão vivendo ou VÃO viver) mais de um personagem
dos quadrinhos nas telas e comparar suas escolhas artísticas. Quem fez a melhor escolha?
Em 2009 Zack "O Visionário" Snyder recebeu a missão da Warner/DC de transpor para as telas do cinema a Graphic Novel Watchmen de Alan Moore. Sucesso entre o público leigo (que nunca leu a HQ) e fracasso entre os nerds gordos e sebosos que sabiam de cor cada passagem dos quadrinhos desenhados por Dave Gibbons, o filme faturou US$ 185 milhões de Dólares, apresentou algumas caras novas do elenco ao público e elevou as carreiras de caras como Billy Crudup, o ator americano de 50 anos que também viveu o roqueiro dos anos 70 Russel Hammond de Quase Famosos, filme de 2000.
Crudup foi incumbido de dar vida a Jon Osterman, o pacato físico nuclear que acaba sendo vítima da sua própria invenção, tendo o corpo desintegrado e ganhando com isso a habilidade de rearranjar as moléculas a seu redor. Nas palavras da própria HQ, Osterman se torna o "Superman" da vida real, e com seus poderes ele leva os EUA a vitória na Guerra do Vietnã. O personagem filosófico e complexo é todo criado digitalmente com base na captura de movimentos de Crudup... Exceto por seu avantajado pênis! 😆
Crudup foi incumbido de dar vida a Jon Osterman, o pacato físico nuclear que acaba sendo vítima da sua própria invenção, tendo o corpo desintegrado e ganhando com isso a habilidade de rearranjar as moléculas a seu redor. Nas palavras da própria HQ, Osterman se torna o "Superman" da vida real, e com seus poderes ele leva os EUA a vitória na Guerra do Vietnã. O personagem filosófico e complexo é todo criado digitalmente com base na captura de movimentos de Crudup... Exceto por seu avantajado pênis! 😆
Alguns anos mais tarde, Crudup voltaria ao universo cinematográfico da DC, desta vez para viver um personagem menos complexo, mas igualmente dramático, o pai de Barry Allen (Ezra Miller), o injustiçado Henry Allen, acusado de assassinar a própria esposa e preso por isso. Crudup faz só uma ponta em Liga da Justiça, mas não tem necessidade de nos alongarmos muito nesse assunto (já falei sobre esse filme aqui). Se o filme solo do Flash ainda for sair do papel (com a DC nunca se sabe!), é possível que Crudup ganhe mais espaço na história.
A canadense Serinda Swan de 34 anos viveu a feiticeira Zatanna Zatara por duas vezes na série Smallville (Somebody saaaaaaaaaave me!!!), a primeira vez na temporada 8 (em 2008) e reprisando seu papel na temporada seguinte (2009). Com um visual bem fiel ao dos quadrinhos, o que era raro nessa série mequetrefe que já colocava o jovem Clark Kent (Tom Welling) para encontrar TODO O UNIVERSO DC antes dele se tornar o Superman, Serinda parecia adequada ao personagem fisicamente, e não chegou a decepcionar. Muito se especulou que ela pudesse repetir seu personagem quando surgiram boatos sobre a produção da série do Constantine, mas essa ideia não foi para frente, assim como a série!
Em 2017, após fazer pontas em diversas séries (como Supernatural), Serinda decidiu se bandear para o lado da Marvel, quando a empresa em conjunto com o canal ABC resolveu aproveitar todo o potencial que os Inumanos tinham. Após viver a bruxa Zatanna, Serinda agora era a inumana Medusa, rainha de Átilan ao lado de Raio Negro (Anson Mount), o soberano.
Alardeada como uma super produção (a nível de Game of Thrones!!), com estreia do primeiro episódio prevista para salas de cinema IMAX, Marvel's Inhumans chegou como um foguete nos meios midiáticos... E sumiu embaixo da mesa como um buscapé de festa junina. Com caraterizações medonhas, atuações vergonhosas e efeitos digitais piores que o chroma key do Chapolin, Inumanos foi o primeiro fracasso declarado da Marvel. Hoje a primeira temporada (que deve ser a única!) está lá perdida na Netflix, e quem quiser conferir o resultado tome antes um Estomazil, porque a coisa é braba! Serinda está horrível como Medusa, e os efeitos digitais dos "cabelos vivos" da personagem dão aquela vergonha alheia básica.
É tão ruim, que os roteiristas já dão logo um jeito de (SPOILER) cortarem os cabelos da moça logo no primeiro episódio para economizar com o CGI!
Maquiado até a alma em Thor - O Mundo Sombrio, o descendente de nigerianos Adewale Akinnuoye-Agbaje (51 anos) viveu o braço direito de Malekith na história.
Em um primeiro momento ele até está reconhecível na pele do elfo negro Algrim, mas quando ele aceita se tornar o hospedeiro do mal encarnado (ou algo assim, eu não prestei atenção nesse filme!), ele se torna Kurse, um monstro gigantesco que dá canseira no todo poderoso Thor na luta corpo a corpo e que acaba empalando o Loki em uma das suas mortes fakes. Muita gente nem se lembra de Adewale nesse filme, até por sua caracterização cobrir quase todo seu rosto, mas esse foi seu primeiro contato com o mundo dos super-heróis.
Diferente de Serinda Swan que trocou a DC pela Marvel, Adewale fez o inverso, e em 2016 ele topou viver o bizarro Waylon Jones (ou Crocodilo) na adaptação para os cinemas do Esquadrão Suicida. Seu personagem tem pouquíssimo destaque na trama, serve mais para encorpar as fileiras de desajustados controladas pela Amanda Waller e para fazer o filme ganhar um Oscar de maquiagem!
Apesar de ter uma história muito fraca e uma direção pouco inspirada, Esquadrão Suicida caprichou na caracterização de seus personagens, e a maquiagem do Croc feita em Adewale ficou realmente assustadora. Mais uma vez é difícil reconhecer o ator ali embaixo de tanto látex, mas o Oscar é indiscutível!
Em 2010 Matthew Vaughn levou para os cinemas Kick-Ass, adaptação cinematográfica da HQ lançada pelo selo Icon da Marvel e escrita por Mark Millar. A história já era praticamente um roteiro pronto para ser adaptado para as telonas, tanto que levou apenas DOIS ANOS para migrar das páginas para o cinema.
Embora tivesse pouco a ver fisicamente com o Dave Lizewski das HQS, Aaron Johnson foi escolhido para viver o personagem, e de loser mesmo ele só tinha a cara.
Várias mudanças acabaram ocorrendo entre a mídia de papel e a versão cinematográfica (falei bastante sobre isso aqui), mas de certo modo Johnson segurou bem o papel de adolescente perdedor e virjão.
Cinco anos mais tarde a Marvel já estava entrando na Fase 2 do MCU, e Johnson entrou no sistema de reaproveitamento de atores de Hollywood, escalado para viver Pietro Maximoff, o Mercúrio em Vingadores - Era de Ultron. Comparado a exaustão com o Mercúrio da Fox vivido por Evan Peters (colega de elenco de Johnson em Kick-Ass) nos filmes dos X-Men, Johnson acabou não agradando tanto o público com seu personagem velocista.
Considerado irritante e "lento" demais (um velocista teria conseguido escapar daqueles tiros ao final do filme!), o Mercúrio acabou encerrando a sua participação nas produções Marvel cedo demais.
Havia várias questões envolvendo direitos autorais e a utilização do personagem Mercúrio entre a Fox e a Marvel, e por isso ele durou bem menos que a Feiticeira Escarlate. Hoje com a compra da Fox pela Disney, esses problemas de direitos autorais serão resolvidos de forma mais simples, e é possível que Johnson volte a aparecer em Vingadores 4 - Ultimato, mesmo que tenha MORRIDO em Era de Ultron.
Outro ator de Watchmen que vai aparecer em uma nova produção com personagens de quadrinhos é Patrick Wilson, que viveu o segundo Coruja Daniel Dreiberg em 2009 e que agora será o Mestre do Oceano, meio-irmão do Aquaman e inimigo mortal do herói aquático.
Queridinho do diretor James Wan da franquia Invocação do Mal e da saga Sobrenatural (o filme, não a série!), Wilson apareceu em praticamente TODOS os filmes de terror dirigidos por Wan, e a parceria volta com tudo agora em Aquaman, filme que estreia em breve.
Pouco se viu até agora do visual do ator como o Mestre do Oceano, mas espera-se que ele tenha grande destaque como antagonista de Jason Momoa, já que a atual versão do personagem nas HQs aparece com frequência saindo na mão com o loirão.
O porto-riquenho de 51 anos Benicio del Toro é um dos poucos casos de atores oscarizados (ele levou o prêmio em 2001 por sua atuação em Traffic) que topam fazer filmes baseados em HQs, mas mesmo assim ele já topou fazê-lo por mais de uma vez.
Em 2005 ele entrou para o elenco estelar de Sin City, filme baseado na HQ homônima de Frank Miller. Dirigido por Robert Rodriguez, ele viveu o alucinado gangster Jackie Boy. Na história, o cara persegue de forma obscena a ex-prostituta Shellie (Britanny Murphy), e acaba entrando no caminho de Dwight McCarthy (Clive Owen), o atual amante da garota.
Apesar de exagerado, Sin City foi bastante elogiado na época pelo estilo noir e a filmagem em preto e branco estourada.
Del Toro retornou ao universo dos quadrinhos em 2013, quando foi contratado pela Marvel para viver Taneleer Tivan, o Colecionador. A primeira aparição do personagem nas HQs foi em 1966, numa história dos Vingadores, já nos cinemas, como Tivan, o ator fez só uma ponta na cena pós-crédito de Thor - O Mundo Sombrio, recebendo das mãos de Lady Sif e Volstagg o Éter, objeto que mais tarde saberíamos se tratar da joia da realidade.
No ano seguinte, o Colecionador de del Toro voltou a aparecer em Guardiões da Galáxia de James Gunn, e vivendo em Luganenhum, ele explica aos heróis o que são as joias do infinito e porque Thanos as almeja tanto. Já em posse de uma das joias (a da realidade), ele vê a chance de ficar com mais uma quando o Senhor das Estrelas e seus amigos levam até ele a orbe contendo a joia do poder. O desenrolar disso nós acabamos vendo em Vingadores Guerra Infinita, quando Thanos ataca Tivan (e provavelmente o mata) para conseguir a joia do poder.
Não dá para dizer que del Toro interpreta um Colecionador fiel ao personagem, que nas HQs, é só mais um daqueles vilões cósmicos genéricos, mas ninguém reclamou disso. Caricato ao extremo com seus cabelos descoloridos, o ator pareceu se divertir em cena, e apesar dele ser um vilão em essência, a gente acaba se divertindo com seus trejeitos afetados, já que ele não nos transmite nenhuma sensação de perigo. Com os planos de Guardiões da Galáxia 3 paralisados por enquanto, o futuro do personagem no cinema é incerto.
Willem Dafoe já nasceu com cara de vilão, e teoricamente qualquer maníaco homicida que deem em suas mãos ELE VAI fazer bem feito. Foi basicamente o que aconteceu em 2002, quando a Sony em parceria com a Marvel o convidou para interpretar Norman Osborn, o alter-ego do MAIOR inimigo do Homem Aranha, o Duende Verde.
Ensandecido e com um olhar perturbador no rosto, por várias vezes ele engoliu o mediano Tobey Maguire em cena sob a direção de Sam Raimi, e se não fosse a armadura Power Ranger do Duende que limitava para CARALHO a atuação do cara, ele seria lembrado até hoje como o melhor de todos os vilões do cinema.
Agora Dafoe vai viver o conselheiro de Arthur Curry chamado Vulko no vindouro filme do Aquaman, e temos pouquíssimas informações a respeito de seu personagem, que por enquanto só aparece no cantinho de um pôster sem grande destaque.
Num elenco que conta com Nicole Kidman (Atlanna), Amber Heard (Mera), Yahya Abdul-Mateen II (Arraia Negra) e Dolph Lundgren, vai faltar espaço para Dafoe mostrar seu talento, o que talvez seja um desperdício, assim como foi colocar J.K. Simmons para viver o insosso Comissário Gordon em Liga da Justiça (mas isso já falarei daqui a pouco).
No início dos anos 2000 a atriz norte-americana de descendência mexicana Jessica Alba era a grande sensação feminina de Hollywood. Linda ao extremo, ela protagonizava séries de TV, filmes de ação e comédias românticas, e foi a escolha mais óbvia para viver a Sue Storm na adaptação para os cinemas de Quarteto Fantástico, filme que foi levado as telas em 2005 pela Fox.
O filme É RUIM que dói, e na época, apesar de ser a escolha mais certa para viver a principal personagem feminina da franquia por todos os holofotes sobre ela, muita gente criticou uma latina de pele morena se passando por uma caucasiana loira de olhos azuis. Basicamente é a mesma coisa que aconteceu mais tarde com Tilda Swinton em Doutor Estranho, atriz com aparência nórdica que viveu a personagem Anciã, que nos quadrinhos É UM HOMEM oriental! Seja como for, o que estraga Quarteto Fantástico nem de longe é a aparência de Jessica (que convenhamos, é maravilhosa!), mas sim o roteiro, a história, a descaracterização dos personagens, os efeitos especiais meia-boca, etc, etc. Jessica ainda reprisou o papel da Mulher Invisível em 2007, na continuação Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado, mesmo assim a franquia não sobreviveu.
No mesmo ano, Jessica foi convidada a participar de Sin City como Nancy Callaghan, personagem que nos quadrinhos é praticamente a protagonista da história principal e que motiva John Hartigan (Bruce Willis) a agir. Callaghan é quase uma lolita sexy no filme, e como esquecer a cena em que ela dança em cima do balcão usando um laço de cowboy, hipnotizando a todos na boate?
Sin City foi a primeira parceria entre Alba e Robert Rodriguez. Ela voltaria a trabalhar com o diretor em Machete (2010) e Machete Mata (2013).
Produtores da Marvel: "Precisamos de uma atriz negra porradeira que possa interpretar a chefe da guarda de Wakanda no filme do Pantera Negra".
Estagiário 1: "Podemos procurar alguma atriz nova e..."
Estagiário 2: Que tal a Michonne de The Walking Dead? É só trocar a katana por uma lança e já era!
Produtores da Marvel: Ótima ideia!
Parece que foi assim o diálogo para o casting de Danai Gurira para o papel de Okoye no filme do Pantera Negra, de tão preguiçosa a escolha. No ar desde 2013 com a série The Walking Dead (adaptação dos quadrinhos de Robert Kirkman) pelo canal AMC, Gurira ganhou rapidamente a aceitação do público como a espadachim badass matadora de zumbis. Por seu visual boladaço e a cara de brava, a sua Michonne se tornou rapidamente um símbolo de mulher forte e fodona da cultura pop, e hoje não há quem não segure o cu com as duas mãos com medo que ela se torne a próxima vítima da série sanguinária que chega esse ano a nona temporada.
Embora saibamos que os produtores da Marvel podiam ter escolhido outra atriz que não estivesse tanto em evidência e que se encaixasse no perfil da personagem, em 2018 Gurira apareceu na pele da Okoye, a principal comandante do exército conhecido como Dora Milaje, formado apenas por mulheres e que protege a família real de Wakanda, em especial seu soberano T'Challa (Chadwick Boseman).
Tão porradeira quanto a Michonne, Okoye se diferencia da primeira apenas pelo senso de humor refinado que aparece em situações específicas, em geral quando ela está conversando com seu Rei e amigo. A personagem se tornou tão importante que ela tem bastante destaque na Guerra Infinita dos Vingadores contra Thanos, e ela NÃO MORRE ao final do filme, o que garante sua participação em Vingadores 4 também.
Por seu talento e extrema simpatia por trás das câmeras, Gurira foi com certeza uma escolha acertada de elenco, e é total mérito seu que hoje nós não a vejamos apenas como a Michonne.
Raramente um ator se adequa tanto a um personagem quanto J.K. Simmons se adequou ao implicante e estressado J.Jonah Jameson no primeiro Homem Aranha de 2002. Além da caracterização perfeita que o fazia parecer uma das pinturas realistas de Alex Ross em Marvels, Simmons deu vida de forma intensa a toda rabugice do velho jornalista que infernizava a vida de Peter Parker através das fake news denegrindo o Homem Aranha no Clarim Diário.
Torcemos por anos para que ele voltasse a aparecer como Jameson em outras adaptações do Homem Aranha (até mesmo O Espetacular Homem Aranha) de tão perfeita que era sua atuação, mas o sonho acabou quando o ator aceitou viver o Comissário Gordon em Liga da Justiça, filme de 2017.
Publicando fotos na internet malhando e se preparando para o papel durante a produção do filme, era esperado que o velho parceiro do Batman teria um grande destaque na trama, mas isso acabou não acontecendo quando o filme foi lançado.
Talvez a edição feita por Joss Whedon, que foi contratado para reeditar o filme após a demissão de Zack Snyder, tenha cortado a participação do Gordon de Simmons, mas para o grande público é extremamente desconfortável ver um ator tão talentoso (que ganhou Oscar de Ator Coadjuvante em Whiplash) desperdiçado num papel que QUALQUER ator menos tarimbado e talentoso poderia fazer num final de semana de gravações.
Embora já tivesse atuado em filmes como As Torres Gêmeas (2006) e Uma Noite no Museu 2 (2009), assim como sua parceira de elenco Danai Gurira, Jon Bernthal só ficou famoso mesmo participando da série The Walking Dead entre 2010 e 2012.
Interpretando o ex-policial boladão Shane Walsh, o cara tinha o timing perfeito do drama que vivia seu personagem. Quando seu parceiro policial foi dado como morto, ele tratou de "cuidar" da sua esposa e de seu filho Carl, tanto que quando o amigo resolveu voltar dos mortos, foi difícil explicar que esse "cuidar" tinha sido em TODOS os sentidos. Deu ruim!
Shane durou duas temporadas na série, mas foi o suficiente para ganhar a simpatia do público com seu jeito durão, em contraponto ao "bom mocismo" exacerbado de seu colega Rick Grimes na época. Shane era maluco e não media as consequências de seus atos, Bernthal sabia fazer um personagem truculento e raivoso, algo que chamou a atenção da Marvel alguns anos depois.
Em 2016 estreou a segunda temporada de Marvel's Daredevil na Netflix, e a grande novidade da série foi a o surgimento do Justiceiro, vivido pelo próprio Bernthal. A empresa havia recuperado os direitos do personagem após os anos de ostracismo na Fox, e nada mais justo que ele fosse aproveitado na série do Demolidor, já que nos quadrinhos, os dois viviam se engalfinhando.
O Justiceiro de Bernthal tinha o tom certo que o personagem precisava (nada de camisa havaiana e nem ação durante o dia), e o ator recebeu diversos elogios por sua interpretação, o que deu alma ao personagem que sempre foi bem raso nas HQs.
Não tardou a ganhar série própria também pela Netflix graças a seu sucesso em Demolidor, e apesar do enredo chato e enrolado (como falei aqui), Bernthal deu show novamente com sua atuação sisuda e crua.
Jeffrey Dean Morgan de 52 anos tem uma carreira extensa nos cinemas e na TV. O cara atua desde 1991, e revezando entre as duas mídias, ele já fez de um tudo. Ele já participou da série Star Trek: Enterprise e de CSI (ambas em 2003) e entre 2005 e 2007 ele foi o pai dos irmãos Winchester da série Supernatural. Em 2009 nos cinemas teve a chance de viver um dos personagens mais desejados de Watchmen, o "anti-herói" Comediante, e seu tom de voz monótono e grave deu a seu Edward Blake uma caraterística única: A de ser odiado e amado AO MESMO tempo por todo mundo.
Apesar de seu John Winchester ser em essência um good guy, Morgan combina mais com evil guy, e em 2016 ele entrou para o elenco da já capenga The Walking Dead para viver o violento Negan. Usando o mesmo sadismo que o Comediante tinha, com rigores de crueldade AINDA maiores, seu Negan pulou direto dos quadrinhos de Robert Kirkman para a tela da AMC para aterrorizar os comandados de Rick Grimes (e explodir a cabeça de alguns deles!).
Em 2018, Morgan continua no elenco de TWD, mas antes disso ele deu uma passada no universo da DC dos cinemas mais uma vez para viver Thomas Wayne em Liga da Justiça. Em entrevistas concedidas durante a divulgação do filme, Morgan se mostrou interessado em viver o próprio Batman numa possível adaptação de Flashpoint.
Nas HQs, no universo alternativo criado pelo Flash, Thomas Wayne se torna o Batman após o assassinato de seu filho Bruce Wayne. Já pensou que louco seria?
Às vezes é necessário fazer algumas escolhas questionáveis para tentar o sucesso, e foi o que o promissor ator Michael B. Jordan fez ao entrar para o elenco de Quarteto Fantástico (2015). Envolto em muitas críticas e polêmicas por ser um ator negro interpretando um personagem que nas HQs é loiro de olhos azuis, Jordan encarou o desafio de viver Johnny Storm, o Tocha Humana nos cinemas na TERCEIRA tentativa de se acertar a família primordial da Marvel pela Fox, mas não havia Cristo que fizesse esse filme funcionar.
Brigas nos bastidores, refilmagens e vários remendos de última hora fizeram o filme dirigido por Josh Trank naufragar bonito. Considerado ainda pior que seus antecessores, Quarteto Fantástico rendeu US$ 168 milhões dos US$ 120 investidos, e hoje está na lista dos PIORES filmes de super-heróis já feitos. Bom lembrar que Jordan não tem culpa alguma desse desastre, e os efeitos visuais de seu Tocha Humana eram bem legais.
Dois anos depois, ainda na esteira de reaproveitamento de atores de Hollywood, Jordan foi escalado para viver o antagonista do Pantera Negra no filme próprio do herói africano, e de repente ninguém mais lembrava do seu Tocha Humana. Como Killmonger, Jordan deu a volta por cima no mundo dos super-heróis, e como falei aqui, o ator deitou e rolou em um papel sob medida que dividiu opiniões. Ele não era de todo um vilão, e para muitos tinha mais jeitão de anti-herói.
Mark Strong tem cara de vilão, e não é a toa que vivendo o Doutor Silvana em Shazam! (2019) ele vai para o TERCEIRO vilão de super-herói que viveu nos cinemas.
Tudo começou em 2010, quando Strong foi escalado como o Frank D'Amico em Kick-Ass. O divertido filme dirigido por Matthew Vaughn adaptou as HQs de Mark Millar de uma forma, digamos, amigável, e Strong pode viver seu primeiro vilão de história em quadrinhos.
Um ano depois ele saiu da Marvel (lembrando que o selo Icon onde Kick-Ass é publicado pertence a Marvel) para a DC, e ele foi escalado para viver Sinestro, o arqui-inimigo do Lanterna Verde. O filme dirigido por Martin Campbell é medonho, tem diálogos ruins, efeitos visuais exagerados e malfeitos e um roteiro ridículo... Mas o Sinestro de Strong é a melhor coisa do filme inteiro. Nem de longe ele é responsável pelo fiasco de Lanterna Verde, e não havia quem não quisesse o vilão de volta em futuras produções da Warner/DC... Algo que nunca mais vai acontecer.
Para 2019, Strong está escalado para o elenco de Shazam!, o filme que vai adaptar as histórias do mortal mais poderoso do mundo para a telona.
Por enquanto ele apareceu pouco tanto no trailer quanto nas fotos de divulgação, mas sabe-se que seu personagem tem potencial como um cientista louco que odeia o Capitão Marvel.
Halle Berry não era muito conhecida quando foi convidada pelo diretor Bryan Singer em 2000 para viver nos cinemas uma das heroínas mais importantes da Marvel, a Tempestade. Naquela época ninguém acreditava exatamente que um filme como X-Men poderia dar certo, mas a Fox acreditou no projeto e deu início a uma década de sucesso que veio logo em seguida. A Ororo Munroe de Berry não é exatamente a líder destemida e mulher badass que lemos nas HQs, mas num filme com sérias restrições orçamentárias e numa época em que os únicos filmes que conhecíamos com heróis eram os Batmen da DC e o Blade da Marvel, até que dava pro gasto.
Em 2003 ela topou retornar ao papel da heroína mutante em X-Men 2 e já oscarizada por sua atuação em A Última Ceia (2002), ela custou caro aos cofres da Fox, e "coincidentemente" a Tempestade ganhou mais destaque na história.
Em 2004 ela decidiu deixar a Marvel para se aventurar na Warner/DC, vivendo Patience Phillips no INACREDITÁVEL Mulher Gato.
Ninguém entendeu bem qual era o objetivo do estúdio com esse filme horrível que adaptava uma Mulher Gato que NÃO ERA a Mulher Gato que todos conheciam e que ainda por cima colocava a Sharon Stone (meio Ana Maria Braga!) para sair na mão com Halle Berry. Dirigido pelo desconhecido Pitof (??), o filme faturou US$ 80 milhões dos US$ 100 investidos e choveu Framboesa de Ouro para a produção, incluindo o de PIOR atuação para Halle. A atriz compareceu a entrega do prêmio e entrou no clima de galhofa, admitindo que o filme a levou do topo para o chão em poucos anos.
Ela ainda retornou para a Marvel em 2006 para a terceira parte de X-Men e depois fez uma ponta em X-Men Dias de Um Futuro Esquecido (2014) quase sem nenhuma fala. Sua Tempestade já não tinha mais o mesmo destaque, e sumiu na história dos mutantes mais famosos da Marvel.
O cara teve a chance de viver DOIS vilões dos anos 90, um pela DC outro pela Marvel, e conseguiu ser MAL escalado em ambos os papeis!
Tanto o Bane quanto o Venom (dois personagens com nomes de "veneno", sério??) são monstros musculosos e gigantescos nas HQs, mas por algum motivo Chistopher Nolan (diretor de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge) e Ruben Fleischer (diretor de Venom) acharam que Tom Hardy de 1,75 m daria certo como ambos os personagens na telona.
Em 2012 Tom Hardy viveu o afônico vilão Bane na terceira parte da trilogia de Christopher Nolan, e embora ninguém entendesse o que ele falava por trás daquela máscara, ele foi o primeiro vilão físico do Batman nos cinemas, e levou para as telas a icônica cena em que o vilão quebra a espinha do Morcego. Hardy malhou feito louco para se aproximar do físico do personagem nas HQs, e claro que falhou miseravelmente.
Seu Bane acabou virando mais um antagonista mental do que físico para Bruce Wayne, e ao final do filme é eliminado de forma patética, após ser atingido pela garota que o deixou na friendzone a vida toda.
Em 2018, Hardy voltou todo serelepe para o cinema, desta vez na pele do jornalista Eddie Brock em Venom. Posando com camisetas com a cara do simbionte alienígena e se dizendo fã do personagem bocudo, Hardy tentou alavancar o filme antes dele estrear, mas nada disso fez com que a produção se livrasse das críticas mordazes à falta de roteiro e cenas de ação medíocres.
Criado nas HQs durante os anos 90 por Todd McFarlane, o Venom se tornou figurinha carimbada na maioria das HQs do Homem Aranha, e por muito tempo ele era conhecido como o "maior" vilão do herói, por possuir os mesmos poderes que ele, conhecer sua identidade civil e ainda ser imune ao sentido de aranha de Peter Parker.
Nos cinemas não há um Homem Aranha no universo de Venom, e sinceramente, nem sei a razão desse filme existir.
Venom faturou US$ 142,8 milhões dos US$ 100 que custou em duas semanas de exibição, o que prova que nem sempre qualidade está aliada a sucesso.
Josh Brolin deve ter um assessor e tanto em Hollywood! O cara já participou de tudo quanto é filme possível e imaginável nos cinemas, mas vamos nos ater aqui aos relacionados a personagens de HQs.
Tudo começou em 2010 quando Brolin achou ser uma boa ideia aceitar protagonizar o filme do Jonah Hex da Warner/DC. Dirigida por Jimmy Hayward (??), a produção tentou adaptar o personagem de faroeste da DC, mas o filme acabou virando um samba do afrodescendente desprovido das faculdades mentais. Apesar de contar com Megan Fox no elenco, nada funcionava no roteiro, e muita gente nem lembra que esse filme existiu.
Em 2013 Brolin entrou para o elenco de Sin City - A Dama Fatal dirigido por Frank Miller e Robert Rodriguez. Sua missão foi substituir Clive Owen no papel de Dwight McCarthy, e a continuação do badalado Sin City rendeu US$ 39,4 milhões no mundo.
Em 2014 Brolin foi contratado pela Marvel para dar vida ao Titã Louco Thanos pela primeira vez. Sua presença foi pontual no filme dos Guardiões da Galáxia de James Gunn, e embora ele tenha emprestado apenas sua voz e seu rosto para a versão digital do personagem, aquela foi sua primeira aparição no MCU. No ano seguinte ele fez mais uma ponta na cena pós-crédito de Vingadores - Era de Ultron de novo como Thanos, mas foi em 2018 que ele pode realmente mostrar seu talento por trás da maquiagem digital do Titã roxo.
Falei aqui sobre Vingadores - Guerra Infinita e a atuação de Brolin, e embora seu sucesso tenha sido absurdo num personagem da Marvel Studios, no mesmo ano ele deu as caras com um outro personagem muito famoso nos anos 90: O Cable!
Alguns boatos afirmam que Brolin deixou de gravar algumas cenas como Thanos por estar envolvido AO MESMO TEMPO com as filmagens de Deadpool 2, filme que topou fazer por ser um grande fã do Cable, o soldado temporal que foi criado nas HQs por Rob Liefeld para as histórias dos Novos Mutantes. Vingadores - Guerra Infinita e Dedpool 2 tem uma diferença orçamentária astronômica, e isso fica bem claro se compararmos o CGI usado em Thanos com o do Colossus, por exemplo, mas o Cable de Brolin é bem fiel ao das HQs (não que isso seja difícil!), e sua seriedade contrasta bem com o clima totalmente galhofeiro do filme. Brolin conseguiu se sair muito bem em filmes de propostas bem distintas, agradou tanto como Thanos quanto como Cable.
Nicolas Cage já se tornou uma lenda em Hollywood. Ator talentoso, ganhador de Oscar (Despedida em Las Vegas de 1996), com bons filmes no currículo (como Cidade dos Anjos e O Senhor das Armas), mas com um pezinho fincado no trash que o faz aceitar QUALQUER papel que o faça passar vergonha nos cinemas.
O contato de Cage com os quadrinhos começou cedo (a ponto dele mudar seu nome artístico por causa do Luke Cage da Marvel!), mas nos cinemas seu primeiro contato com um filme de super-herói foi com o Superman, no infame Superman Lives (1996). O filme que seria dirigido por Tim Burton e com roteiros (rejeitados) de Kevin Smith JAMAIS ganhou a luz do dia, mas serviu para nos presentear com as imagens mais hilárias da internet com Cage vestido como o Superman de mullets.
Em 2007 Cage ganhou sua primeira oportunidade real de viver nas telonas um personagem de quadrinhos, e ele deu vida ao Motoqueiro Fantasma pela Fox. Com um visual bacana e assustador, o filme é uma galhofa inacreditável, indo contra tudo que o personagem propõe nas HQs.
O problema do filme é principalmente o tom engraçaralho do Johnny Blaze de Cage, e essa impressão é difícil de tirar enquanto a galera no cinema cai na gargalhada em um filme que tinha tudo para ser um thriller de terror. Cage ainda voltaria ao papel em 2012 em Motoqueiro Fantasma: Espírito da Vingança, mas esse filme chega a ser AINDA mais lamentável que seu antecessor.
Em 2010 Cage conseguiu seu papel mais interessante baseado em HQs, vivendo o "Paizão" em Kick-Ass. Esse filme foi uma aposta no escuro de Cage e Matthew Vaughn, que filmaram apenas uma cena e tentaram vender para um estúdio de cinema. Embora não tenha sido nenhum sucesso que se diga "nooooossa, que filme foda", Kick-Ass deu a chance de Cage viver pela primeira vez um personagem de quadrinhos decente. O seu Big-Daddy é bem verossímil, e ele dá um tom sério ao personagem, algo que ele ficou devendo em Motoqueiro Fantasma.
Em 2018 Cage ainda dará voz ao Homem Aranha Noir na animação da Sony Homem Aranha no Aranhaverso. Um dia ele chega lá!
Demorou para Chris Evans cobrir a estigma de só fazer personagens cômicos e/ou idiotas no cinema, mas hoje (salvo algumas exceções) ele é bastante celebrado como o Capitão América dos cinemas.
A história de Evans com personagens de quadrinhos começou em 2005, quando ele foi escalado para viver Johnny Storm, o Tocha Humana em Quarteto Fantástico. Até então, o ator era muito conhecido em comédias besteirol (como Não é mais um besteirol americano) e o personagem de Storm casava muito bem com a personalidade do ator. Seu Tocha Humana é um fanfarrão mulherengo, e as melhores cenas do filme são das brigas e implicâncias entre Johnny e Ben Grimm, o Coisa. Na segunda parte do filme, Evans protagoniza uma das melhores cenas de Quarteto Fantástico que é a batalha aérea entre o Tocha Humana e o Surfista Prateado. Poucas coisas se salvam nesses dois filmes, mas essa cena tirada direto dos quadrinhos é primorosa.
Evans ainda daria voz ao Casey Jones em uma das (muitas) animações das Tartarugas Ninjas em 2007, e viveria o folgado Lucas Lee, ex-namorado de Ramona Flowers em Scott Pilgrim contra o Mundo em 2010, antes de assumir o manto do Capitão América no recém criado Universo Marvel dos cinemas.
Ninguém entendeu nada quando a Marvel deu o papel do maior símbolo da sua editora para o fanfarrão que havia vivido o Tocha Humana nos cinemas, e ninguém acreditava que o ator daria conta de interpretar o Capitão América e tudo que ele significava. O primeiro filme foi lançado em 2011, e Evans adquiriu o porte físico de Steve Rogers, embora ainda não convencesse cenicamente como ele. O filme inteiro é construído para entendermos a essência do Capitão América e afastá-lo do "porta bandeira dos Estados Unidos", e nesse sentido ele obtém sucesso, mas ainda demoraria até que Evans vestisse de vez o manto do herói.
Em Vingadores, trajando o pior uniforme que o Capitão América já teve nos cinemas, apesar de mostrar em algumas cenas o herói inspirador que ele é nas HQs, sua atuação fica meio apagada frente a Robert Downey Jr., e só em Capitão América 2 - Soldado Invernal é que sentimos pela primeira vez que ele se tornou o Capitão América que queríamos, se afastando cada vez mais do seu Tocha Humana babaca.
Vingadores 4 será o último filme de Evans como Capitão, e hoje aprendemos a respeitá-lo e até sentiremos falta dele após 2019. O mundo dá voltas, queridinha!
Assim como Chris Evans, Ryan Reynolds parecia que jamais ia nos convencer num papel sério, já que seu histórico era quase inteiro de filmes cômicos ou comédias românticas, e quando ele tentou fazê-lo, falhou MISERAVELMENTE!
Todos se lembram de Reynolds em Lanterna Verde interpretando o Hal Jordan mais BABACA que vocês já devem ter visto na vida, mas o ator já tinha interpretado o Deadpool por DUAS vezes antes de ir para a DC.
Vocês se lembram de Blade Trinity? O filme que encerra a trilogia do caçador de vampiros vivido por Wesley Snipes é o pior de todos os três, e apresenta Reynolds no papel de Hannibal King, um mercenário falastrão, bom de briga e que usa espadas em combate.
Falastrão. Mercenário. Bom de briga. Usa espadas.
Porra! Hannibal King já era um proto Deadpool ANTES dele viver o próprio no cinema!
Em 2009 a Fox decidiu manter o contrato dos mutantes da Marvel fazendo mais um filme deles, só que em vez de colocar todos os X-Men em cena, a história iria focar somente no mais famoso deles, o Wolverine. Wolverine Origens tinha tudo para ser um puta filme de ação com o personagem mais carismático do universo mutante, mas acabou sendo um desastre, fatiado e picotado por edições em cima de edições que prejudicaram bastante a história final.
Reynolds acabou sendo escalado como o mercenário falastrão, bom de briga e que usa espadas no combate Wade Wilson, mas no primeiro corte do filme ele acaba sendo morto pelo Dentes de Sabre e desaparece do filme. No segundo corte do filme, alguém decide que o vilão final do filme deveria ser o mesmo Wade Wilson, e algumas cenas são refeitas para incluir Reynolds numa versão BIZARRA do Deadpool.
Após viver o proto Deadpool por duas vezes, e fracassar com seu Lanterna Verde, Reynolds começou uma batalha junto a Fox para levar aos cinemas o VERDADEIRO Deadpool, aquele de colante e máscara, assim como o era nos quadrinhos.
Ele mesmo bancou uma animação que descrevia uma das cenas que depois acabou sendo utilizada no primeiro filme, e com isso ele conseguiu o aval da Fox para começar a produção do filme Deadpool. Divertido, com um humor negro exacerbado e violência nos picos (com censura 18 anos) o Deadpool dos sonhos de Ryan Reynolds chegou aos cinemas em 2016, e claro, agradou e muito o público em geral. Nenhum outro personagem dos quadrinhos combinaria mais com Reynolds do que Wade Wilson, e quando o estúdio Fox percebeu isso, viu surgir um sucesso instantâneo que eles já poderiam ter aproveitado desde 2009, se não fosse aquele EQUÍVOCO impressionante que é X-Men: Wolverine Origens. O próprio estúdio admite que esse filme é uma BOMBA, e nas cenas pós-crédito de Deadpool 2, o anti-herói volta no tempo e mata o Deadpool de Wolverine Origens. Vida longa a Ryan Reynolds como Deadpool!
PS.: Dois atores que também já participaram de mais de uma produção de temática heróis foram Ken Leung que viveu o "Porco-Espinho" em X-Men 3 - The Las Stand e depois o Karnak na série dos Inumanos e Laurence Fishburne, que viveu o Perry White em Man of Steel e depois na Marvel viveu o Bill Foster em Homem Formiga e a Vespa.
NAMASTE!
Todos se lembram de Reynolds em Lanterna Verde interpretando o Hal Jordan mais BABACA que vocês já devem ter visto na vida, mas o ator já tinha interpretado o Deadpool por DUAS vezes antes de ir para a DC.
Vocês se lembram de Blade Trinity? O filme que encerra a trilogia do caçador de vampiros vivido por Wesley Snipes é o pior de todos os três, e apresenta Reynolds no papel de Hannibal King, um mercenário falastrão, bom de briga e que usa espadas em combate.
Falastrão. Mercenário. Bom de briga. Usa espadas.
Porra! Hannibal King já era um proto Deadpool ANTES dele viver o próprio no cinema!
Em 2009 a Fox decidiu manter o contrato dos mutantes da Marvel fazendo mais um filme deles, só que em vez de colocar todos os X-Men em cena, a história iria focar somente no mais famoso deles, o Wolverine. Wolverine Origens tinha tudo para ser um puta filme de ação com o personagem mais carismático do universo mutante, mas acabou sendo um desastre, fatiado e picotado por edições em cima de edições que prejudicaram bastante a história final.
Reynolds acabou sendo escalado como o mercenário falastrão, bom de briga e que usa espadas no combate Wade Wilson, mas no primeiro corte do filme ele acaba sendo morto pelo Dentes de Sabre e desaparece do filme. No segundo corte do filme, alguém decide que o vilão final do filme deveria ser o mesmo Wade Wilson, e algumas cenas são refeitas para incluir Reynolds numa versão BIZARRA do Deadpool.
Após viver o proto Deadpool por duas vezes, e fracassar com seu Lanterna Verde, Reynolds começou uma batalha junto a Fox para levar aos cinemas o VERDADEIRO Deadpool, aquele de colante e máscara, assim como o era nos quadrinhos.
Ele mesmo bancou uma animação que descrevia uma das cenas que depois acabou sendo utilizada no primeiro filme, e com isso ele conseguiu o aval da Fox para começar a produção do filme Deadpool. Divertido, com um humor negro exacerbado e violência nos picos (com censura 18 anos) o Deadpool dos sonhos de Ryan Reynolds chegou aos cinemas em 2016, e claro, agradou e muito o público em geral. Nenhum outro personagem dos quadrinhos combinaria mais com Reynolds do que Wade Wilson, e quando o estúdio Fox percebeu isso, viu surgir um sucesso instantâneo que eles já poderiam ter aproveitado desde 2009, se não fosse aquele EQUÍVOCO impressionante que é X-Men: Wolverine Origens. O próprio estúdio admite que esse filme é uma BOMBA, e nas cenas pós-crédito de Deadpool 2, o anti-herói volta no tempo e mata o Deadpool de Wolverine Origens. Vida longa a Ryan Reynolds como Deadpool!
PS.: Dois atores que também já participaram de mais de uma produção de temática heróis foram Ken Leung que viveu o "Porco-Espinho" em X-Men 3 - The Las Stand e depois o Karnak na série dos Inumanos e Laurence Fishburne, que viveu o Perry White em Man of Steel e depois na Marvel viveu o Bill Foster em Homem Formiga e a Vespa.
NAMASTE!
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