21 de janeiro de 2020

Crise nas Infinitas Terras - PARTE 2


BATWOMAN – EPISÓDIO 9 (Temporada 1)

PONTOS ALTOS: Esse episódio tem na medida certas doses de comédia e drama, e a adição de Mick Rory (Dominic Pursell) ao elenco dos heróis, contribui bastante para a parte engraçada. Após reunir todos à bordo da Waverider (a nave das Lendas do Amanhã), o Monitor e Lyla informam os heróis sobre a existência dos Paragons, basicamente sete seres capazes de derrotar o Antimonitor. Incumbidos de procurar os avatares que faltam, além dos que já estão presentes como a Supergirl (Esperança) e Sara Lance (Destino), Kate Kane e Kara vão até uma versão de Gotham City do futuro atrás do Paragon da Coragem, enquanto o Superman vai com Lois atrás de um outro kryptoniano que sofreu uma perda irreparável (o Paragon da Verdade). O momento da reunião em que o bebê Jonathan começa a chorar toda hora interrompendo o discurso do Monitor é hilário!


Rory e o bebê Jonathan

A adição de Lex Luthor ao time também causa uma tensão muito bem-vinda ao episódio, já que a raiva de Kara por ele começa a afetar sua relação com Kate, fazendo a prima de Bruce Wayne ficar de olho na kryptoniana em tempo integral, querendo impedir que ela surte. Aliás, Jon Cryer como Lex Luthor é uma das melhores representações do vilão em muitos anos, após as decepções com Kevin Spacey e Jesse Eisenberg nos cinemas.



Outra boa participação nesse episódio é a do John Constantine (Matt Ryan), que é convocado por Sara, Mia e Barry para tentar encontrar um Poço de Lázaro em alguma Terra Paralela e ressuscitar Oliver Queen.


John ConstanTÁINE

Eu nunca pensei que ia falar bem de algo relacionado a essa série nesse Blog, mas o cameo de Tom Welling como o Clark Kent de Smallville (♫Somebody saaaaaaave meeee!♪) foi uma das melhores participações especiais desse episódio. Além de relembrar sua parceria com a Erica Durance (que já vive a mãe da Supergirl no Arroverso!), o diálogo entre ele e o Lex Luthor (Jon Cryer) é cheio de referências ao universo do Superman, e o ódio que Luthor sente por QUALQUER SUPERMAN


Somebody saaaaaaave meeee!♪
Em sua missão de destruir todos os Supermen com o Livro do Destino (aquele mesmo usado em Elseworlds), o vilão chega à Terra-167 apenas para descobrir que o Clark daquela Terra desistiu de seus poderes e vive uma vida tranquila com a esposa Lois e as filhas em Pequenópolis Smallville. Pra quem esperava ver Welling finalmente vestindo o traje colorido do Homem de Aço, não foi dessa vez!


Lois (Durance) e Clark (Welling)

Aliás, o Lex justificando o porque não acredita que Clark Kent e o Superman são a mesma pessoa, por causa dos óculos, é uma sacada genial! O cara mais inteligente do mundo cai num truque idiota como esse! 

Aliás, outra coisa que gostaria de saber como vão resolver no futuro é o fato de Luthor saber a identidade secreta de todo mundo que estava a bordo da Waverider, já que eles não fizeram nenhuma questão de usar máscaras em sua frente enquanto estavam lutando lado a lado! 

Por falar em "nunca pensei que diria isso nesse Blog", quem diria que um dia eu iria elogiar Brandon Routh VESTIDO DE SUPERMAN! Não há como negar que o cara encarna o herói (fisicamente) muito melhor que Tyler Hoechlin! Caracterizado com o traje do Superman do Reino do Amanhã (a graphic novel), Routh – que já é o Ray Palmer de Legends of Tomorrow – consegue transitar bem entre o humor pastelão de seu personagem Atom (ou Eléktron) para a seriedade do Superman velho e amargurado.



PONTOS BAIXOS: A viagem da Kate Kane e da Kara para Gotham tinha tudo para ser um momento épico do crossover, mas perdeu uma grande chance de mostrar o universo do Batman do Futuro em live-action por preferir colocar o Bruce Wayne (interpretado por Kevin Conroy, a voz do personagem nas animações) como uma espécie de anti-herói, cheio de amargura e colecionando troféus por suas mortes. A loucura do personagem é justificada pelas mortes de aliados que ele viu acontecer em sua luta contra o crime ao longo dos anos, mas é colocada de uma forma totalmente estúpida e despropositada na série. Após descobrir que aquele Batman MATOU o Superman de sua Terra, Kara decide confrontar fisicamente o debilitado Wayne, que está preso a um exoesqueleto devido as lesões sofridas na luta contra o Homem de Aço. Kara acaba levando a pior quando Wayne usa kryptonita, e é Kate quem tenta colocar um pouco de sanidade na mente senil de seu primo. Legal pela participação de Conroy, péssimo pelo plot.


Kevin Conroy como Bruce "bandido bom é bandido morto" Wayne

A tão esperada luta entre o Superman do Reino do Amanhã – que é descrito no episódio como sendo o mesmo interpretado por Christopher Reeve – e o Superman baixinho da Terra-38 é bem decepcionante. O CGI do voo e do combate aéreo dos dois nem chega a ser insultante, mas a coreografia de luta é ridiculamente fraca e sem qualquer emoção (aliás, como a maioria das lutas dos dois episódios até aqui). 



Nem mesmo a psicologia usada por Lois Lane, para tentar trazer o Superman/Routh de volta da hipnose criada por Lex Luthor, é tocante, e se tornam apenas palavras vazias em meio a uma sequência de ação feia boba e cara de mamão. Aliás, o que a Iris Allen (Candice Patton) estava fazendo mesmo ali?


Continua...


NAMASTE!

2 comentários:

  1. "Bruce Wayne (interpretado por Kevin Conroy, a voz do personagem nas animações) como uma espécie de anti-herói, cheio de amargura e colecionando troféus por suas mortes." Eles apenas estão sendo fiéis as HQ's esse Batman foi a mistura do Batman do Reino do Amanhã e o Batman de Reinado do Terror, quando eles seguem as HQ's reclamam e quando não seguem também reclamam.

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    1. Foi puro fan-service. Mesmo o Bruce Wayne do Reino do Amanhã apresenta certa consciência de que o crime NUNCA compensou, esse da série estava bem além de entender isso. Achei raso, apenas isso.

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