PONTOS ALTOS: Esse episódio tem na medida certas doses de
comédia e drama, e a adição de Mick Rory (Dominic Pursell) ao elenco dos heróis, contribui bastante para a parte engraçada. Após reunir todos à bordo da
Waverider (a nave das Lendas do Amanhã), o Monitor e Lyla informam os heróis sobre a
existência dos Paragons, basicamente sete seres capazes de derrotar o
Antimonitor. Incumbidos de procurar os avatares que faltam, além dos que já
estão presentes como a Supergirl (Esperança) e Sara Lance (Destino), Kate Kane
e Kara vão até uma versão de Gotham City do futuro atrás do Paragon da Coragem,
enquanto o Superman vai com Lois atrás de um outro kryptoniano que sofreu uma
perda irreparável (o Paragon da Verdade). O momento da reunião em que o bebê Jonathan começa
a chorar toda hora interrompendo o discurso do Monitor é hilário!
Rory e o bebê Jonathan |
A adição de Lex Luthor ao time também causa uma tensão muito
bem-vinda ao episódio, já que a raiva de Kara por ele começa a afetar sua relação com Kate, fazendo a prima de Bruce Wayne ficar de olho na kryptoniana
em tempo integral, querendo impedir que ela surte. Aliás, Jon Cryer como Lex
Luthor é uma das melhores representações do vilão em muitos anos, após as
decepções com Kevin Spacey e Jesse Eisenberg nos cinemas.
Outra boa participação nesse episódio é a do John
Constantine (Matt Ryan), que é convocado por Sara, Mia e Barry para tentar encontrar um
Poço de Lázaro em alguma Terra Paralela e ressuscitar Oliver Queen.
John ConstanTÁINE |
Eu nunca pensei que ia falar bem de algo relacionado a essa série nesse Blog, mas o cameo de
Tom Welling como o Clark Kent de Smallville (♫Somebody saaaaaaave meeee!♪) foi
uma das melhores participações especiais desse episódio. Além de relembrar sua parceria com a
Erica Durance (que já vive a mãe da Supergirl no Arroverso!), o diálogo entre ele e o Lex
Luthor (Jon Cryer) é cheio de referências ao universo do Superman, e o ódio que Luthor
sente por QUALQUER SUPERMAN.
Em sua missão de destruir todos os Supermen com o
Livro do Destino (aquele mesmo usado em Elseworlds), o vilão chega à Terra-167 apenas para descobrir que o Clark
daquela Terra desistiu de seus poderes e vive uma vida tranquila com a esposa Lois
e as filhas em Pequenópolis Smallville. Pra quem esperava ver Welling finalmente vestindo o
traje colorido do Homem de Aço, não foi dessa vez!
♫Somebody saaaaaaave meeee!♪ |
Lois (Durance) e Clark (Welling) |
Aliás, o Lex justificando o porque não acredita que Clark Kent e o Superman são a mesma pessoa, por causa dos óculos, é uma sacada genial! O cara mais inteligente do mundo cai num truque idiota como esse!
Aliás, outra coisa que gostaria de saber como vão resolver no futuro é o fato de Luthor saber a identidade secreta de todo mundo que estava a bordo da Waverider, já que eles não fizeram nenhuma questão de usar máscaras em sua frente enquanto estavam lutando lado a lado!
Por falar em "nunca pensei que diria isso nesse Blog", quem diria que um dia eu iria elogiar
Brandon Routh VESTIDO DE SUPERMAN! Não há como negar que o cara encarna o
herói (fisicamente) muito melhor que Tyler Hoechlin! Caracterizado com o traje
do Superman do Reino do Amanhã (a graphic novel), Routh – que já é o Ray Palmer
de Legends of Tomorrow – consegue transitar bem entre o humor pastelão de seu
personagem Atom (ou Eléktron) para a seriedade do Superman velho e amargurado.
PONTOS BAIXOS: A viagem da Kate Kane e da Kara para Gotham
tinha tudo para ser um momento épico do crossover, mas perdeu uma grande chance
de mostrar o universo do Batman do Futuro em live-action por preferir colocar o
Bruce Wayne (interpretado por Kevin Conroy, a voz do personagem nas animações)
como uma espécie de anti-herói, cheio de amargura e colecionando troféus por
suas mortes. A loucura do personagem é justificada pelas mortes de aliados
que ele viu acontecer em sua luta contra o crime ao longo dos
anos, mas é colocada de uma forma totalmente estúpida e despropositada na série.
Após descobrir que aquele Batman MATOU o Superman de sua Terra, Kara decide
confrontar fisicamente o debilitado Wayne, que está preso a um exoesqueleto
devido as lesões sofridas na luta contra o Homem de Aço. Kara acaba levando a
pior quando Wayne usa kryptonita, e é Kate quem tenta colocar um pouco de
sanidade na mente senil de seu primo. Legal pela participação de Conroy,
péssimo pelo plot.
Kevin Conroy como Bruce "bandido bom é bandido morto" Wayne |
A tão esperada luta entre o Superman do Reino do Amanhã – que é descrito no episódio como sendo o mesmo interpretado por Christopher Reeve – e o Superman baixinho da Terra-38 é bem decepcionante. O CGI do voo e do combate aéreo dos dois nem chega a ser insultante, mas a coreografia de luta é ridiculamente fraca e sem qualquer emoção (aliás, como a maioria das lutas dos dois episódios até aqui).
Nem mesmo a psicologia usada por Lois Lane, para tentar trazer o Superman/Routh de volta da hipnose criada por Lex Luthor, é tocante, e se tornam apenas palavras vazias em meio a uma sequência de açãofeia boba e cara de mamão. Aliás, o que a Iris Allen (Candice Patton) estava fazendo mesmo ali?
Nem mesmo a psicologia usada por Lois Lane, para tentar trazer o Superman/Routh de volta da hipnose criada por Lex Luthor, é tocante, e se tornam apenas palavras vazias em meio a uma sequência de ação
Continua...
NAMASTE!
"Bruce Wayne (interpretado por Kevin Conroy, a voz do personagem nas animações) como uma espécie de anti-herói, cheio de amargura e colecionando troféus por suas mortes." Eles apenas estão sendo fiéis as HQ's esse Batman foi a mistura do Batman do Reino do Amanhã e o Batman de Reinado do Terror, quando eles seguem as HQ's reclamam e quando não seguem também reclamam.
ResponderExcluirFoi puro fan-service. Mesmo o Bruce Wayne do Reino do Amanhã apresenta certa consciência de que o crime NUNCA compensou, esse da série estava bem além de entender isso. Achei raso, apenas isso.
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